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quarta-feira, fevereiro 09, 2005

o Provocador Institucional

José Manuel DURÃO BARROSO, na qualidade de nóvel Comissário empossado como Presidente menor denominador comum da Comissão Europeia, ao pretender relançar um simulacro da “Estratégia de Lisboa” que pretendia (há 5 anos, no ano 2000), antes do “Acordo Atlântico das Lajes”, relançar competitivamente a Economia Europeia para a transformar no maior espaço Económico mundial até 2010, deu um sinal inequívoco de que, ao contrário do que afirma, ele é o fiel depositário dos interesses norte-americanos em “partir” a Europa, antes apoiando na prática a “estratégia de desvalorização do Dólar”, a politica neoliberal comandada por Washington, última tábua de salvação para a conservação da hegemonia dos Estados Unidos a nível mundial como potência dominante.
O sinal inequívoco foi dado por Durão Barroso ao preferir dar a conhecer as “suas” ideias na matéria em entrevista ao influente jornal Financial Times em vez de o fazer no local próprio do exercício democrático, que seria frente aos Deputados Europeus
na Assembleia do Parlamento Europeu!
O editorial do FT tambem não engana ninguém ao elogiar o discurso de DB como uma “mensagem poderosa, clara e que se impunha há muito tempo”
Entretanto, o que foi dito, não interessa absolutamente nada para o caso, habituados que estamos a uma coisa ser aquilo que os políticos dizem e outra coisa muito diferente ser aquilo que eles subterraneamente “fazem”.

a opinião do anterior Comissário Romano Prodi:
"Lisbon Agenda: Missed objectives and failed promises",em
http://www.euractiv.com/Article?tcmuri=tcm:29-131447-16&type=News


A entrevista com o sociólogo Manuel Castells não é susceptível de gerar grandes optimismos. Mais: multiplica as inquietações.
O facto de Castells, autor do mais completo estudo sobre as sociedades em rede, fazer a sua própria autocrítica pela sua quota-parte no fracasso, até ao momento, da ESTRATÉGIA DE LUISBOA e apontar novos caminhos é um exercício de lucidez que nos deve inspirar. Não para desistir de uma estratégia de desenvolvimento que é a única viável para mantermos níveis elevados de rendimento e bem-estar, mas para corrigir o que necessita de ser corrigido.
Para o sociólogo, nas sociedades europeias - ao contrário do que se passa nos Estados Unidos - é necessário que o sector público desempenhe um papel central na mudança dos modelos de desenvolvimento.JMF
Entrevista com MANUEL CASTELLS no Público
Não precisamos de inventar outra estratégia de Lisboa:
http://jornal.publico.pt/noticias.asp?a=2005&m=03&d=10&id=10499&sid=1129

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