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terça-feira, setembro 30, 2014

Porque caíu António "Jota" Seguro?

Torna-se cada vez mais claro que o aparecimento a público do "caso Tecnoforma" é um alibi para que as coisas pareçam que mudam para continuarem todas na mesma. A equipa da procuradoria que "investiga" a mentirola de Passos Coelho, anuncia em peso publicamente em vésperas de primárias que irá votar em António Costa. À boca de Passos que é apenas uma pessoa remediada e não tem contas bancárias em nome de familiares Seguro apressa-se a responder dizendo que o pedido de levantamento do sigilo bancário ao actual 1º ministro se vai estender a José Sócrates, o anterior 1º ministro. Tarde demais, Seguro, se é que estava a ser bem-intencionado, agora já não manda nada. A evolução na continuidade é isto, nem a fraude xuxa morre nem o povo almoça.

(...) "o mais grave de todos os erros de Seguro foi a sua total incapacidade de criticar, sem ambiguidade, a política de Sócrates no Poder, que arrastou o País para a situação em que se encontrava em 2011. Costa, que foi o número dois do governo socratista, tem seguido até agora o mesmo caminho e prepara-se para continuar a política de Sócrates, muito embora com algumas breves alterações. qui faisait de la prose sans le savoir?

Seguro caiu, porque sem sequer ter exigido a submissão a referendo, assinou, com o governo de Passos Coelho/Portas, o Tratado Orçamental, que liquidou totalmente a possibilidade de salvar o País da dívida. Costa vai pelo mesmo caminho. Seguro e todo o grupo parlamentar do PS abstiveram-se na votação do primeiro orçamento de Vítor Gaspar, atitude com a qual, na altura, Costa concordou. Seguro opôs-se a que os deputados do PS requeressem a revisão constitucional daquele orçamento e, na ocasião, Costa não se demarcou de Seguro. Seguro, com o correr do tempo, tornou-se num lacaio de Cavaco, que chegou a negociar com o presidente umas eleições antecipadas para Junho deste ano, caso Seguro aprovasse os orçamentos rectificativos de 2013. Costa não chegou a tanto, mas, se algum dia entrar em São Bento, irá negociar com o PSD (talvez de Rui Rio) uma revisão da Constituição e liquidará, em nome de uma pseudo-reforma, o chamado Estado Social, ou seja, o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social e o Ensino Público. Seguro pretendeu impor uma nova lei eleitoral, que eliminaria a representação parlamentar da esquerda, mas Costa tem também uma lei dessas em carteira. Finalmente, e para ficarmos apenas pelo principal, Seguro foi até ontem um lacaio das instituições europeias e do capitalismo alemão, caminho para onde irá seguir o Costa. Bem vistas as coisas, Seguro caiu pelos mesmo motivos pelos quais cairá, mais dia menos dia, o Costa..." (Luta Popular)
o calado é o melhor, e António Costa conseguiu a proeza de se ver eleito "candidato a 1º ministro" do Partido dito Socialista, sem prometer uma única medida concreta aos seus eleitores.

segunda-feira, setembro 29, 2014

a Guerra pela adesão da Ucrânia ao Ocidente. E se a cura da Sida seguisse a bordo do voo MH17?

Segundo estatísticas da ONUSida em 2013 havia 9,7 milhões de pessoas a ser tratadas com medicamentos anti-retrovirais contra a epidemia da Sida. Espera-se aumentar esse número em 2015 para 15 milhões de pessoas abrangidas por esses tratamento especifico do total de 25,9 milhões de infectados conhecidos.

Neste momento existem 42,5 milhões de refugiados sem acesso a qualquer terapia, ou sequer cuidados de saúde em geral. Atingir 80 por cento de cobertura para os doentes infectados implicará um gasto adicional de 2,4 biliões de dólares. Actualmente o custo médio anual de tratamento do HIV é de 14.277 euros por paciente. Significa que para as empresas multinacionais fabricantes da indústria farmacêutica existe bastante margem para crescer, para criar procura, para vender e obter lucros fabulosos. Significa que o PIB potencial anual das farmacêuticas, só no que concerne aos medicamentos da Sida previsto será de cerca de 369,77 mil milhões de dólares/ano.

o PIB da Ucrânia antes da tomada de poder em Kiev pela extrema-direita era de 337,4 biliões de dólares. Entre 1991 e 1999, com a implosão da União Soviética, a Ucrânia tinha perdido 60 por cento do PIB. A recente perda da Crimeia representa menos 3,7 por cento. Com as duas regiões autónomas revoltosas no leste a Ucrânia perde mais 20 por cento do PIB. Endividada e em estado de degradação, (só à Russia deve 5,3 mil milhões do fornecimento de gaz) cujas consequências sobram para a União Europeia e aproveitam ao FMI, a região é um foco de instabilidade onde é fácil recrutar mercenários para trabalhos sujos. E se estes forem controlados pelo governo, tanto melhor!!

Existem provas que o voo da Malaysian Airlines MH17 abatido sobre a Ucrânia foi alvo de ataque por um avião da força aérea ucraniana em Julho de 2014. Levando em linha de conta que os separatistas não têm força aérea…

Coincidência extraordinária, a bordo desse avião com 298 passageiros a bordo seguiam 100 especialistas em HIV com destino a uma Conferência de Especialistas em Melbourne, entre eles o reputado Joep Lange. Sabendo-se da recente evolução em direcção à descoberta de uma vacina preventiva que ponha cobro à epidemia, a pergunta a fazer é: “E se a cura da Sida seguisse a bordo daquele avião?”, já viram o prejuízo?

domingo, setembro 28, 2014

A forma corrente do capitalismo continuamente em degradação que temos actualmente...

... acabou com o conceito de bem e de mal. Apenas reconhece o que dá lucro e o que se pode fazer com esse lucro por forma a que com ele se possam acumular mais lucros. E então quando os capitalistas têm os governos, oposições, os media, as forças armadas e as policias no seu rol de pagamentos, não há muita coisa digna que possa ser visto

primeiro embuste: em Portugal não existem eleições para primeiro ministro. Existem eleições para deputados à Assembleia da República e é destes representantes eleitos para o orgão Legislativo que sai o governo como orgão Executivo das leis ali aprovadas. A eleição interna num partido politico a candidato a primeiro ministro, à moda dos Estados Unidos, é uma subversão do processo democrático, um simulacro que pretende espalhar a ilusão que há uma escolha alargada do povo simpatizante que passa a ter uma maior participação não se sabe bem em quê; segundo embuste: não se sabe em quê porque qualquer dos dois primários não apresentou qualquer programa politico concreto; terceiro embuste: António Costa, caso seja eleito nas Legislativas em 2015, fará sempre acordos de governação à direita, em nome da estabilidade do regime, quer com o partido do Portas se ficar em minoria, quer com o PSD com outra cara na liderança se obtiver maioria. Em nome da sacrossanta submissão à estabilidade da Dívida

sábado, setembro 27, 2014

a Morte de mais um Palhaço

Inicialmente, na década de 60 os Manfred Mann já clamavam "Ah,ah, diz o Palhaço"; finalmente uma canção d`The Kinks" abate metaforicamente a risota. Quer dizer, já há duas gerações que os palhaços estão desmascarados, falta só a vontade politica da maioria dos espectadores defraudados para acabar com o circo.
Cavaco Silva: “a informação que me foi dada é que ele [primeiro-ministro] respondeu a todas as questões e prestou todos os esclarecimentos e no local próprio, que é a Assembleia da República (…) há limites à especulação dos meios de comunicação social, o Presidente não se guia pela agenda mediática." concluiu a mais alta múmia da nação, recusando comentar o caso Tecnoforma ou as questões relacionadas com os montantes que Pedro Passos Coelho terá recebido para suportar despesas de representação do CPC. Ora o CPC tinha o mesmo domicilio legal no mesmissimo escritório da Tecnoforma. As cópias das facturas que Passos Coelho entregou para ser reembolsado desapareceram. Mas a carta à AR a pedir os 60 mil euros da exclusividade como deputado existe (1).  O advogado da Tecnoforma não sabe quanto é que a empresa dava à ONG de Passos, mas o mesmo advogado diz que vai processar um jornal e o ministro que anda a bufar falsidades. Acontece porém que um antigo director-geral da Tecnoforma afirma que na organização existia uma companhia offshore que servia para depositar milhões de dólares vindos de Angola. "Funcionou como um saco azul" disse Luis Brito ao Expresso. Mais um para ser processado judicialmente. Mas na Tecnoforma, cuja objecto social foi sacar fundos para promover o Coelho até onde ele chegou (2), o actual primeiro ministro não auferiu salário, sobreviveu a comer cenouras (3). Tarefa concluida deram a Tecnoforma como falida, quer dizer, insolvência deliberada. A Tecnoforma tem atualmente 124 credores, entre eles o BES (4). Conta o mesmo Expresso: naqueles últimos dias antes de Passos ser eleito (5), “a sede do PSD é um reboliço. As entradas e saídas são tão frequentes que deixaram de poder passar despercebidas à pacata vizinhança. No palacete de São Caetano à Lapa entram banqueiros, embaixadores, deputados e jornalistas. Caras conhecidas, muita pompa de motoristas, que fazem rasantes às paredes do pátio, para encontrar uma nesga de estacionamento entre as altas cilindradas que se apinham. Dia após dia, em tom de nervoso miudinho. É óbvio que se cozinham ali muitas hipóteses de futuro para o país” – ora, para o Expresso, que é o órgão oficial do Clube Bilderberg para o protectorado português, ajudar à festança que é o actual streap-tease da canalha deste governo, é porque a sua missão está dada como concluída, esgotada, tornou-se urgente para a cáfila que manobra nos bastidores (6) preparar o senhor que se segue. Outro bonzo que não altere coisa alguma do que agora se acabou de fazer. Pela sensibilidade enganosa do povo, parece que vão apostar num dos “Antónios” (7) do Partido dito Socialista.


(1) Passos foi consultor da Tecnoforma enquanto esteve em exclusividade no Parlamento 


(4) Tecnoforma pediu insolvência em 2012, o que é contestado em Tribunal 
(6) Último patrão de Passos: se ele quiser voltar tem as portas escancaradas
(8) links para as canções do preâmbulo por cortesia do camarada João Manuel Ribeiro
 
 "Optei por curso de Economia enquanto TRABALHAVA na TECNOFORMA". Escrito pelo punho de Pedro Passos Coelho no seu livro "Mudar

sexta-feira, setembro 26, 2014

Portugueses no Mundo (II)

O emigrante Jorge Oliveira radicado em Newark, acaba de ser imortalizado por serviços prestados à causa da liberdade do Ocidente.

É um verdadeiro "newarker" afirmou o porta-voz Jack Fanous da organização sem fins lucrativos "GI Go Fund" na inauguração de uma estátua do insigne português naquela cidade: "Esta rua vai para sempre carregar o nome de Jorge Oliveira, para que as gerações futuras possam passar por aqui e ver o nome de um verdadeiro herói". Mais de duas centenas de pessoas juntaram-se no parque Essex County para assistir in loco à elevação da estátua de bronze. Mas quem é este português que tanto marcou a comunidade de Newark desde que ali chegou com 7 anos oriundo de uma aldeia da Anadia e merece agora tal homenagem? - "o sargento Jorge M. Oliveira faleceu em 2011 no Afeganistão ao serviço do Exército dos Estados Unidos da América (EUA) quando vários talibans atacaram a sua unidade na aldeia de Paktika com um improvisado engenho explosivo" (1). O elogio fúnebre foi feito pelo seu colega sargento Randal Bisset que se lhe referiu como "um irmão, um filho, um amigo, e acima de tudo um herói". Segundo o guiaMichelin da Anadia a Paktika são 4.013 quilómetros, o azar foi o desvio para oeste de 10.844 quilómetros, ida e volta. Oliveira é o 140º morto nas operações militares de invasão do Afeganistão e do Iraque só no ranking do Estado de New Jersey.  (Painel "Gold Star Family, NJ Run for the Fallen")

(1) Guerra contra os Povos. No artigo "Taking it to the Taliban" descreve-se a situação no terreno: "os aldeões fogem em conjunto com os combatentes talibans. Para as tropas da Nato é a maior parte das vezes impossivel distinguir quem são ou não são os civis" (Time Magazine, 8 de Março de 2010)

quinta-feira, setembro 25, 2014

salário minimo

o "aumento" do salário mínimo nacional corresponde a uma bica por dia numa tasca; se a bica for servida numa esplanada então o aumento teria de ser aquele que a CGTP pretendia, 515 euros mensais;
mesmo assim há economistas que alertam para o perigo do aumento conseguido aumento para a economia nacional. Ainda assim o "acordo de consertação social" foi um simulacro da representatividade dos trabalhadores, porque a CGTP foi expulsa do processo.
Quem assinou este miserável acordo? - o secretário-geral  da UGT que representa maioritariamente empregados e quadros de escritórios, bancos, empresários  por conta própria, etc. Carlos Silva, grande apoiante de Seguro, "na defesa dos interesses dos trabalhadores", convidou para o seminário que comemora os 36 anos da "Central", para além de inúmeros Secretários de Estado e do João Proença, os seguintes homens de Estado: Pedro Mota Soares, Nuno Crato e Passos Coelho que encerra as comemorações.

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quarta-feira, setembro 24, 2014

os Plagiadores

o regime de propriedade intelectual é um conceito da burguesia, isto é, dos donos dos meios de produção culturais, tanto do que é pré-subsidiado agora, como no que diz respeito ao saber acumulado, em economia o correspondente ao capital fixo, fruto de trabalho morto, imobilizado e apropriado por outrem.

Seja na forma de bibliotecas, museus, arquivos históricos, artigos de opinião valorizados em jornais, televisões, páginas na web, tudo é, com aspas ou sem aspas, plagiado de outrem que já o tinha pensado, escrito ou dito antes. Sobre essa matéria inerte, o senso comum incutido, trabalham os “autores”, quer dizer, os que se pretendem apropriar da sabedoria comum (da comunidade, comunista), levando o incauto cidadão também ele comum, ostracizado pela falta de meios de acesso económico à cultura, ouvinte ou leitor de opinadores versando as partes que lhes interessam, a “plagiar” para dentro das suas cabeças essas mensagens - acumulando-as e difundindo esse saber parcial como veículos plagiadores de excepção, em conversas de café, sociedades recreativas, sedes de partidos e jogos de futebol. O saber individualista, tem exactamente a mesma natureza de classe do saber bota-da-tropa que está nas origens da formação dos exércitos que possuem a propriedade intelectual de fazer a guerra.

Ora, os que pretendem ser os donos da saber em exclusividade invocam decerto a máxima do contra-revolucionário Max Stirner em ““O único e a sua propriedade” (1844), uma elegia à sapiência do individualismo liberal utilizado como negócio, agora tão em voga. Mas esses sabichões evitam a máxima de Joseph Proudhon “toda a propriedade é um roubo” e em última instância, fogem a sete pés de Karl Marx quando o plagiou e lhe acrescentou: “a ideologia difundida pelos meios de produção culturais vigentes é sempre a ideologia da classe dominante(in a “Ideologia Alemã”, 1847). Nada que não possa dialecticamente evoluir e ser modificado para um regime de saber comum, livre, público, de propriedade dominante das classes proletárias maioritárias.

Portanto, informação ou ideia que sai por um buraco passa a ser saber adquirido susceptivel de entrar pelo mesmo buraco, quer dizer, face aos direitos de autor no presente paradigma capitalista, os que escrevem de forma que pensam ser "original" com o fito de obter lucro, ou sequer pelo simples reconhecimento de um qualquer interesse não declarado, podem fazê-lo vendendo essas obras num circuito editorial comercial. Assim não acontecendo, desde que publiquem em local público esse saber, informação, alienação ou manipulação, essa obra passa a ser propriedade de todos - para o bem e para o mal, livre.

terça-feira, setembro 23, 2014

Passos Coelho invocou "exclusividade”, Parlamento diz o contrário

Toca o telefone: "Sim Sr. Ministro (...) Sim". Afinal não havia exclusividade. Confuso? o actual 1ª ministro requereu exclusividade nas funções de deputado e recebeu da Assembleia da república um subsidio de 60 mil euros por isso, mas afinal actualmente já nunca teve exclusividade? só acredita quem quiser. O actual 1º ministro após denúncia fundamentada é acusado no Caso Tecnoforma por ter recebido 150.000 euros quando, enquanto deputado da nação, exercia o cargo em exclusividade, o que o impedia de "fazer biscates" fora das honrosas funções que lhe estavam confiadas (cof,cof)...

E actualmente o país do vota-neste-ou-no-outro está suspenso à espera que o próprio acusado Passos Coelho se explique. Há quem afirme que em vez dos 60 mil Passos só teria infringido a lei em relação ao 2º mandato na AR e nesse caso apenas em 30 mil euros. Este valor ou o dobro, de qualquer forma o suficiente para qualquer honesto cidadão trabalhador poder trocar de carro. Primeiro os serviços parlamentares garantiram que o actual primeiro-ministro não era deputado em exclusividade entre 1995 e 1999. Mas quando saiu de São Bento, Passos requereu o subsídio de reintegração mais alto, garantindo ter cumprido o regime de exclusividade. Confuso? Afinal qual é a importância de Passos Coelho ter estado ou não em exclusividade na Assembleia da República entre 1995 e 1999?

«.... A resposta é simples: se esteve em exclusividade não podia ter recebido qualquer pagamento pelo exercício de actividades profissionais exteriores ao Parlamento. E se não esteve em exclusividade, como disse esta segunda-feira o secretário-geral do Parlamento, isso quer dizer que recebeu indevidamente cerca de 30 mil euros, correspondentes a parte do subsídio de reintegração que requereu e foi aceite. Mas se for verdade que recebeu cinco mil euros por mês da empresa Tecnoforma, entre 1997 e 1999, para desempenhar as funções de presidente do Centro Português para a Cooperação (CPPC) — uma organização não-governamental criada por aquela empresa para lhe angariar financiamentos internacionais —, então o problema é bastante mais complicado: terá violado as regras da exclusividade e terá incorrido num crime fiscal por não ter declarado tais rendimentos nas suas declarações de IRS....». Confuso? não... a evasão fiscal imputada a Passos Coelho já prescreveu. Como já passaram mais de dez anos, a investigação foi encerrada. O plano legalista está safo, restam as consequências politicas as quais no presente estado-gatuno-da-nação nunca são importantes.

processo BPN teve uma "saída limpa"
O governo tem mais de 70 mil funcionários públicos na mira para despedir sem causa aparente. E que tal se começassem por dar o exemplo e estes "selfie-governantes" se despedissem ou se entregassem a si próprios voluntariamente num estabelecimento prisional uma vez que já têm causas de sobra?. No actual clima de revanche judiciária em curso, se Al-Capone para Al-Capangas, até o pobre Isaltino Morais já vem a público reclamar por ter sido injustamente condenado por sonegar 1,1 milhão de euros ao Fisco, quando de facto o tribunal apenas conseguir provar que roubou 15 mil euros.

segunda-feira, setembro 22, 2014

é você que Diz Culpa?

não! não desculpamos!
(...) esta semana assistiu-se à rara oportunidade de ouvir não um, mas dois ministros a pedir desculpas. Para os que encaram a política como uma luta de galos, a disponibilidade para reconhecer erros em público é um sinal de fraqueza. Os que, pelo contrário, acreditam que a democracia é um espaço que não dispensa o civismo e o respeito pela inteligência limitam-se a acolher as desculpas e a decidir se merecem ou não se aceites. É isso que está em causa com os pedidos de perdão de Nuno Crato e Paula Teixeira da Cruz. (...) O que esta relação entre a práxis recente e o pedido de desculpas pretende esclarecer é o grau de sinceridade da contrição..... os dois casos que estão na base do pedido de perdão variam em gravidade e em estilo. O que se passou na Educação é uma vergonha que expõe à luz do dia a incapacidade de um ministério em definir uma fórmula matemática de primeiro grau, mas cuja incidência tem um limite temporal (a presente fase de colocação de professores) e um raio de acção limitado a poucos milhares de docentes. Pelo contrário, o colapso do Citius pode ter consequências de longo prazo para o sistema de justiça, para os interesses do Estado e de milhares de cidadãos". (daqui). Um ministro que tem a humildade de vir a público pedir desculpa por erros cometidos nos serviços sob a sua tutela deve, por norma, ser encorajado e respeitado por se empenhar na prestação de contas à sociedade? então e se se demitissem o respeito não seria muito maior?

Passos Coelho, o proto demissionário-mor, comentou a situação: "aumentar a chamada salsicha educativa não é a mesma coisa que ter um bom resultado educativo" - e comenta o Eduardo Neves: "ter uma salsicha grande não é a mesma coisa que aumentá-la artificialmente. É basicamente isto que o Passos e o Crato discutem entre eles: quem tem a maior salsicha?". Então e não é uma inJustiça não discutir o estado-de-sitio da salsicha da ministra?
Então e a "Oposição"? - acaba de ser marcada pela crítica de Clara Ferreira Alves ao Tozé Seguro: "abriu uma cratera dentro do partido! "não há espaço dentro de partido" para todos, "eu não tive convicções" "é um idiota!" e "durante quanto tempo é que esta gente quer manter este idiota à frente de um dos grandes partidos"!? - ora, à "esquerda", tanto Seguro, como Costa como Ferreira Alves foram todos convidados do Grupo Bilderberg. As individualidades que cooperam com o Bilderberg são todas idiotas? ou a palhaçada que decorre no Partido dito Socialista trata apenas de garantir a barragem a qualquer alternativa ao programa dos actuais facinoras deste governo?
desde a sua fundação em Setembro de 1970, contra a ditadura fascista, contra a guerra colonial, até à actual falência do capitalismo, sempre a mesma palavra de ordem: só os trabalhadores podem vencer a crise

Discurso integral de Garcia Pereira no comicio na Voz do Operário a 16 de Setembro de 2014 
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Apesar dos apelos a que os trabalhadores das empresas do Grupo Espirito Santo se organizem e tomem nas suas mãos as decisões que irão marcar o futuro dos seus postos de trabalho, nem um sindicato, um movimento cívico de esquerda, ou sequer um único dos 20 mil individuos ligados ao GES, marcou presença (que se saiba) num debate que neste momento se tornou absolutamente necessário e urgente. Quanto aos partidos do arco-do-poder, com assento parlamentar, marinhos ou sequer a "oposição", estão todos calados sobre a essência do problema: o roubo dos activos do BES/GES e a sua entrega a pataco ao capital estrangeiro. Ninguém ousa falar, por uma razão, além do "vote-e-volte-daqui-a-quatro-anos", são trabalhadores do sector terciário, podem acrescentar valor pelos serviços que prestam, mas no momento actual só o trabalho efectivo na produção de bens transaccionáveis pode criar valor. Portanto, não existe nenhuma revolução proletária à vista, do que se trata é tão só a mobilização de um leque alargado de classes sociais que exercendo a democracia e com espirito patriótico ponha fim ao estado-de-sitio que está a conduzir à implosão social e à destruição de bens públicos da comunidade que ainda responde pelo nome Portugal.

(Para quem não tem disponibilidade para ouvir integralmente a comunicação de Garcia Pereira acima gravada, pode ler aqui o seu resumo no apelo que antecedeu o comicio)

domingo, setembro 21, 2014

Lobbycracia, afinal como se fazem os negócios mais poderosos do país nas sociedades de advogados?

É esse fenómeno que o livro mais recente de Gustavo Sampaio, "Os Facilitadores" onde o autor explica: as Parcerias Público-Privadas(PPP), os contratos ‘swap', ajustes directos e sem concurso no Estado, privatizações de grandes empresas públicas, grandes concessões. Passa tudo pela mãozinha e pela cabecinha das grandes sociedades de advogados, representantes dos interesses dos maiores grupos económicos e financeiros. Os grandes negócios com ou sem epicentro no Estado, os mais influentes ex-políticos e políticos no activo em regime de acumulação. Em "Os Facilitadores", os advogados das grandes sociedades são retratados como uma espécie de "vasos comunicantes, fornecedores de contactos, intermediários de relações, facilitadores de negócios, produtores de blindagem jurídica, depositários de informação sigilosa, gestores de influências, criadores de soluções" numa espécie híbrida de "lobbycracia". O jornalista Gustavo Sampaio, também o autor de "Os Privilegiados", responde às perguntas sobre o seu novo livro aqui 

  relacionado: 

sábado, setembro 20, 2014

movimentos independentistas: a implosão do Império dos ricos?

Que espécie de poder centralizado e global é este, que declínio civilizacional permite que um único magnata mexicano possa ter um rendimento maior que o PIB de 127 paises no mundo?

Bandeira do Texas, 1839
o Movimento Nacional do Texas (movimento separatista norte-americano activo no Estado norte-americano do Texas), afirmou que sairia reforçado se a Escócia, finalmente, proferisse o "sim" no referendo libertando-se dos condicionalismos políticos que ligam a região em condições de desigualdade ao poder central da Grã-Bretanha. Se a Escócia foi integrada numa União supranacional faz trezentos anos, a compra dos povos hispânicos do Texas é muito mais recente e mais traumática (1845). As preocupações dos que são contra a secessão na Escócia e no Texas são as mesmas, diz-se num comunicado do MNT. Os argumentos a favor da secessão escocesa são semelhantes aos que têm vindo a se expostos pelos independentistas do Texas – e à pergunta: “o que acontecerá com as nossas condições sociais" se passarmos a ter uma moeda própria livre do ónus do imperialismo? - esta questão que continua a ser ouvida nos debates da Escócia, na Ucrânia ou na Catalunha, será também uma das maiores preocupações que os texanos irão sentir se ganharem a convicção de sair dos Estados Unidos da América. Ou dos portugueses se lhes consentirem votar pela saída do Euro. E a resposta consta das leis da física: toda a acção provoca uma reacção - à tentativa de instaurar um regime ditatorial esclavagista os povos respondem com a luta pela liberdade. E cabe aqui recordar a célebre máxima que levou à independências das colónias inglesas no Novo Mundo: não pagamos impostos contribuindo para uma economia alheia às nossas necessidades se não tivermos representação política que possa decidir sobre a resolução dos nossos problemas locais.

Se e quando os Estados do Sul dos EUA começarem a separar-se da União haverá uma reacção em cadeia. O mesmo aconteceu na década de 90 com a queda da União de Repúblicas ditas socialistas agregadas à Rússia, lembra-se num artigo publicado no site do movimento separatista do Texas - "a maioria das pessoas na América do Norte sabe que a Escócia teve aqui a oportunidade de votar a favor da sua liberdade". Mas o referendo é uma falsa solução: ninguém diz “sim” ou “não” seja a que questão for, excepto à pena de morte. Resta a problemática da morte lenta, que será aceitar dividir o povo em duas metades mais ou menos iguais, com falsas promessas de que os povos subjugados não serão alvos de racismo económico, que pertencerão a algo superior do seu interesse, à grande coligação dos povos dependentes das ex-colónias (a Commonwealth), enfim, à emissão da moeda (a Libra) que mede tudo isso. No caso do Texas o Dólar, de emissão livre da relação com a economia assente na valorização do Trabalho.

Na verdade, afirma o MNT, “acreditamos que o povo da Escócia já constitui um país independente. Se a Escócia tivesse decidido formalmente pelo "sim", então "o impossível pareceria possível", lembrando que um Texas independente tem uma riqueza per capita maior do que a Escócia. Muitos texanos são a favor da independência relativamente aos EUA, mas lá no íntimo intimidam-se julgando que isso nunca irá acontecer. É consabido, em primeiro ligar pelo Poder instalado, que as pessoas quando manipuladas individualmente, sem um trabalho consistente de esclarecimento político, “escolhem” sempre a tranquilidade adquirida pelo senso comum à aventura de trilhar um caminho incerto de descoberta. No entanto, para este movimento separatista a luta pela independência da região não é uma coisa do passado. A questão vai sendo ignorada por Washington e pelos Media precisamente porque esperam que a questão anti-imperialista passe despercebida ao povo do Texas, conclui-se no texto.

sexta-feira, setembro 19, 2014

na cara da banca

Fevereiro de 2013
a necessidade dos bancos irem buscar dinheiro ao Estado, isto é, aos sem-abrigo e falsos-pobres pensionistas criticados pelo banqueiro Ulrich
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Sim! Foi idealizado e financiado pela CIA, em 1975! Assim como o PS foi pela maçonaria francesa e inglesa com a ajuda dos banqueiros pró-união da Europa através da Fundação alemã Friedrich Ebert. O cds é um mero instrumento dos beatos do vaticano e da extrema direita portuguesa (e o sacristão destes dois partidos). A grande maioria dos cidadãos portugueses, desconhece tudo isto, porque prefere ir a Fátima, ver Futebol, Novelas ou comer umas febras nos comícios ajantarados do psd, cds ou ps, tudo bons rapazes que ao domingo até vão à missa. E só por isso é (des)governado por este tipo de energúmenos, começando só agora a aperceber-se da dura e insana realidade, política, económica e social... ou melhor dizendo a da destruição de um país independente chamado Portugal.

quinta-feira, setembro 18, 2014

Politica de Transcortes

A fúria privatizadora de tudo o que é bem público de uso social em Portugal decidida pelo Bloco Central de interesses nos últimos anos consiste na sub-orçamentação das empresas-alvo e tem como único objectivo furtar ao Estado e entregar ao Capital financeiro tudo o que é lucrativo.

As indemnizações compensatórias aprovadas pelo Governo, no segundo “orçamento rectificativo” no espaço de um ano (!), relativas aos serviços prestados por empresas públicas, privadas ou municipais correspondem a um montante global de 229 milhões de euros. Em comunicado o conselho de ministros refere que este valor “representa uma redução global de 95 milhões de euros comparativamente ao ano anterior” (portanto, de sub-orçamentação). Uma redução que é válida apenas para as empresas públicas e que eventualmente terá de ser compensada com novo aumento no preço dos transportes públicos em 2015. A CP foi contemplada com uma indemnização compensatória de 18.857 milhões, ou seja, menos 17.031 milhões de euros que em 2013. Por sua vez o Metropolitano de Lisboa vai receber directamente 29.627 milhões contra os 46.640 milhões de euros recebidos em 2013 (menos 17.031 milhões). O Metro do Porto fica com menos 8.520 milhões e o Metro Sul do Tejo com menos 3.384 milhões de euros.

À Carris o governo PSD/CDS atribuiu 5 milhões de euros; em 2013 havia atribuído 19,682 milhões A congénere do Porto, a STCP recebe igualmente 5 milhões, contra os 10,820 milhões recebidos o ano passado. Esta devrá ser a última vez que o Metro de Lisboa e o do Porto, Carris e STCP recebem indemnizações compensatórias do Orçamento do Estado, dado que o fim do pagamento de indemnizações compensatórias a essas empresas é uma das medidas que constam do caderno de encargos do processo com vista à sua privatização. Na Área Metropolitana de Lisboa as duas empresas de transporte fluvial de passageiros, Soflusa e Transtejo, não vêem os montantes das indemnizadas directas sofrer grande variação. Por sua vez, as empresas privadas do sector rodoviário de transportes vão receber no seu conjunto cerca de 18,4 milhões de euros de indemnizações compensatórias em 2014. Ou seja, um aumento de mais de 100% atendendo aos 9,175 milhões de euros recebidos em 2013.

Com menos financiamento directo do Estado e a braços com a perda acentuada de passageiros, empresas como a CP, Carris e Metro vão ter de rever os preços actualmente em vigor. Será o sexto aumento no espaço de quatro anos, período em que o custo das famílias com transportes públicos cresceu em média 25%. No inicio de 2014 o preço dos transportes subiu 1%, mas recuando um pouco, há que recordar que em 2011 (com o governo “socialista” de Sócrates) os preços foram aumentados em 4,5%. Já com o governo de vigaristas Passos/Portas agravaram-se em 5% (em Agosto de 2011), mais 5% em 2012 e 0,9% em 2013. Pelo meio desapareceram os descontos em passes sociais para estudantes e reformados, o que levou no casos dos primeiros a um aumento de 100% no passe social. A estes aumentos há que juntar a degradação dos serviços, com a redução de carreiras, do número de carruagens e com o aumento dos tempos de espera. (texto decalcado do jornal da Voz do Operário)

terça-feira, setembro 16, 2014

Venha debater o BES, a queda de 20% do PIB motivada pela falência do banco e mais milhares de trabalhadores das empresas do grupo despedidos

o Novo Banco não conseguiu nem conseguirá pagar um juro de 9% sobre 4,9 mil milhões. Se o banco não for vendido no curto prazo, o risco para o Estado e para o sistema bancário será cada vez maior. Mas nem sempre foi assim: o Novo Banco poderia ter sido uma estória completamente diferente, se o Governo e o Banco de Portugal (BdP) quisessem. (in "Quem Tramou o Novo Banco?") 

o Novo Banco Prepara-se Para Não Pagar Depósitos.

Como estarão lembrados, o supervisor Carlos Costa, muito embora sem poderes para o caso (mas apoiado pelo presidente da república), mandou prover com 4,9 mil milhões de euros (700 milhões de taxas bancárias e 4,2 mil milhões do orçamento do Estado) o fundo de resolução do Novo Banco.

Aconteceu que, após um mês de direcção do Novo Banco pela equipa de Vítor Bento, já tinham saído desse Banco dez mil milhões de euros em depósitos entretanto levantados pelos depositantes. Ou seja, em pouco mais de um mês de actividade do Novo Banco, o fundo de resolução do banco bom (4,9 mil milhões de euros) já tinha desaparecido duas vezes, só para pagamento de depósitos de clientes!… (Luta Popular)

«É para partir isto tudo», diz o Pedro Santos Guerreiro, no Expresso. E explica: "Acabou-se a conversa, a estratégia, as borboletas e os ventos de mudança. O Banco de Portugal escolheu uma administração do Novo Banco para atar e pôr ao fumeiro. Não é gente melhor nem pior do que quem lá estava, é gente adequada à missão de vender. Uma tropa que entrará no banco como Chuck Norris entrava no Vietname para resgatar reféns, de pinturas de guerra e botas cardadas. Depois da chacina, cada um voltará à origem para beber Martini."

segunda-feira, setembro 15, 2014

só a verdade é revolucionária

Nuno Godinho de Matos,  "socialista" e amigo confesso de António Costa, referiu numa entrevista recente ao jornal i, que foi durante seis anos a convite de Ricardo Salgado, administrador não executivo do BES, onde, apesar de mamar 2 400 euros por cada reunião do conselho de administração, invoca nunca ter tido conhecimento de nada de especial relativamente à situação do banco nem às sucessivas golpadas que lhe passavam pelos queixos. Na mesma entrevista, em que procura daquela forma limpar-se da sua cumplicidade na falência do BES e na gatunagem da família Espírito Santo, Godinho de Matos proclama-se de alma e coração do Partido Socialista e apoiante indefectível de António Costa, reconhecendo nele a virtude de ter habilidade para fazer politica, mas sem fazer uma única menção a qualquer ideia política do homem
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Qual é o verdadeiro buraco do Banco Espirito Santo e quem são os seus responsáveis? Qual é a solução que permite evitar o pagamento pelos contribuintes de 25 mil milhões de euros, a destruição de 20% da Economia Nacional e o despedimento de milhares e milhares de trabalhadores? E porque é que o Ministério Público tem medo de pôr na cadeia a quadrilha de gatunos enquanto a "esquerda parlamentar" assobia para o lado?
Vamos à luta!
Grande Comício do PCTP/MRPP sobre o tema
"O BES, o actual Governo e o Presidente da República" amanhã 3ª feira, 16/9, 21h00, na Voz do Operário, em Lisboa.
Há dois anos havia Gente a acreditar poder fazer. E hoje? Estamos em que ponto de viragem?
"Ainda não vi 3 milhões de pessoas na rua a protestar. Por isso, quem não protesta tem o que merece"
(Paulo Morais).
E por via disso, os que não se resignam têm o que não merecem...

domingo, setembro 14, 2014

o Mundo contra os especuladores. O exemplo da Argentina a seguir pelos pequenos paises endividados

"a ONU acaba de aprovar marco legal para a reestruturação das dívidas dos países. 124 países apoiaram a proposta argentina contra “fundos abutres” em New York" (Globo) - Reestruturar?

Ainda que a aprovação da resolução seja festejada como um dia histórico, prevalecem as dúvidas de que os credores de Estados insolventes se submeterão, futuramente, a arbitragens independentes. "É importante lembrar que os países para os quais confluem os fluxos financeiros globais são contra uma mudança do status quo", escreveu o articulista Gustavo Bazzan no jornal argentino Clarín. "Isso justifica a suspeita de que a implementação das intenções aprovadas na resolução vai demorar muito a chegar" (Deutsche Welle)

A Argentina é considerada insolvente de facto, desde que deixou de pagar 1,3 mil milhões de dólares a dois hegde-funds domiciliados nos Estados Unidos. Após a bancarrota argentina em 2001, esses Fundos-abutre haviam comprado títulos públicos do país a preços artificialamente desvalorizados, exigindo agora receber o valor nominal. O ministro argentino da economia Axel Kicillof afirmou esta semana que "esses (e outros) especuladores têm um plano para atacar a Argentina e pretendem obter lucros de 1.600 por cento!

O veredicto da Organização Mundial do Comércio (OMC), sobre as restrições impostas pela Argentina às importações para evitar o agravar do endividamento, é favorável aos Estados Unidos, à União Europeia e ao Japão. A OMC considera as restrições às importações uma violação de seus acordos, desenhados segundo os interesses do falido Consenso de Washington . Deduzido da sentença da OMC, a Argentina, segundo dizem em situação de incumprimento técnico, já enfrenta uma inflação de 40 por cento e crescimento económico negativo, podendo pelas pressões imperialistas agravar-se ainda mais a crise na economia do país, alastrando esta para paises vizinhos, como o Brasil e o Uruguai. (Deutsche Welle)

sábado, setembro 13, 2014

as origens do "Estado Islâmico", a Indústria Petrolífera e a tentativa de construção do Grande Israel

¿Como podem terroristas vender petróleo num mercado tão controlado por Washington? de onde lhes vem os fundos financeiros dos quais os Estados Unidos se queixam que são ilimitados?

Thierry Meyssan, na Red Voltaire: "Enquanto os meios de (des)informação ocidentais apresentam o exército do Estado Islâmico e do Levante (na sigla em inglês ISIS: Islamic State in Iraq and Syria) como um bando de jihadistas capazes de recitar o al-Corão de memória, esse grupo armado relançou a guerra pelo petróleo no Iraque. Com a ajuda de Israel, o Estado Islâmico do Iraque e da Síria cortou o abastecimento de petróleo à Síria e tornou possivel que o governo local do Kurdistão possa roubar o petróleo de Kirkuk. A venda do crude dessa região está a concretizar-se através da Saudi-Aramco, a companhia petrolifera que disfruta do roubo fazendo-o passar por "um aumento da produção da Arábia Saudita"

Em tempo: Obama pediu ao Congresso o apoio de 500 milhões dólares para financiar os rebeldes sírios...esta mesma dita oposição que combate agora o regime iraquiano lacaio do imperialismo ianque, um tal Exército Islâmico que de facto se autodenominado do Iraque e da Síria (ver mapa). Depois de, com o alto patrocinio dos Estados Unidos terem espalhado o terror na Síria, agora, a pretexto de novo frete, dizem que queriam conquistar o Iraque - como na decadência de Roma, o Império paga a mercenários para os ajudar na expansão do Imperialismo, sem se dar conta que são estes mesmos merccenários que vão estar na origem da queda do Império, e quando tardiamente se apercebem do perigo não têm meios para os combater, despejando ódio por cima de quem recusa a subjugação - Obama 'pronto' para lançar ataques aéreos contra Estado Islâmico na Síria

Dissuasão, não corrida armamentista:
 Rússia sugere poder criar força militar rival para dissuadir acções da Força Global de Ataque Rápido dos EUA/Nato (US Prompt Global Strike)


sexta-feira, setembro 12, 2014

11 de Setembro, no Dia Nacional da Catalunha, manifestação pró-independência reuniu 1,8 mihões de pessoas em Barcelona

Compreender a aspiração de independência da Catalunya pela história:

Com a morte de Carlos II a casa de Áustria não deixa descendentes directos, o que levará os monárquicos europeus a tomar partido entre os possíveis sucessores. A França defendia Filipe d`Anjou, neto de Luis XIV o Rei Sol e bisneto de Filipe IV, como candidato à Coroa de Castela. Enquanto toda a restante Europa defendia o arquiduque Carlos da Casa dos Habsburgos, afilhado do último rei e filho do imperador germânico. Carlos era o pretendente reconhecido maioritariamente para a coroa dos reinos da Catalunha e Aragão (que incluia Maiorca, a Sardenha, Córsega, Sicilia e Nápoles); e em 1705 foi proclamado rei de Barcelona pelas instituições catalãs.

Na sequência da Guerra dos 9 Anos, assim irá começar a Guerra da Sucessão em Espanha, em que tropas inglesas e austríacas lutaram contra tropas francesas e castelhanas, ajudados pelos partidários respectivos de cada candidato.
Os aliados, a Grande Aliança de Haia, pretendiam evitar que a casa dos Bourbons, que reinava em França e finalmente em Espanha a partir de 1700, adquirissem a hegemonia em todo o continente em detrimento dos países que se haviam aliado para o evitar: a Catalunya junta com os países da Coroa de Aragão (uma união com raízes no século XIV), a Inglaterra (os catalães com origem austríaca tinham assinado o pacto de Génova no ano de 1705 que reconhecia Carlos III de Habsburgo como Rei), a Holanda, parte da Itália e Alemanha e por fim, para desequilibrar, os paises do Império Austro Húngaro.

O primeiro acto da guerra começa em 1691 com a chegada da frota francesa e o bombardeamento da cidade de Barcelona por mar. 850 bombas lançadas em dois dias causam grandes prejuizos no casario. As tropas filipinas irão avançar e retroceder nesta grande contenda internacional. A frota francesa retira-se para ir atacar Alicante. Até que por fim, em 1697, é enviado o melhor da armada do rei de França comandada pelo conde d`Estrées (14 naus, 30 galeras, 3 bombardeiros e 80 embarcações menores) e o exército de infantaria do duque de Vendôme chega por terra com 18 mil homens e 6 mil cavalos iniciando o cerco da cidade, apostados em utilizar as últimas inovações em artilharia. A 14 de Setembro de 1705 o príncipe Jordi de Hessen- Darmstat, representante da coroa de Aragão nomeado pelo arquiduque Carlos III, morre ao tentar tomar o castelo do Monte dos Judeus (Montjuic), convertendo-se assim no primeiro mártir da história da Catalunya independente. Uma importante força de destruição desembarcou e continuou frente a Barcelona: 56 canhões e muitas outras peças de morteiro reforçados com tropas sob o comando do duque de Berwick, um avoengo da casa da familia Churchill.
A guerra irá sofrer uma reviravolta quando fica vazio o trono austríaco de que era herdeiro o arquiduque Carlos. A Inglaterra retira-se da guerra e a Catalunya irá ficar sózinha na defesa do arquiduque, abandonada à sua própria sorte. A partir de Julho de 1713, durante o ano que durou o cerco no total foram disparadas 50 mil balas de canhão, 20 mil bombas e efectuados 100 mil tiros de artilharia. 88 casas do então reduzido centro histórico foram totalmente destruidas e todas as outras sofreram danos parciais.
Após um ano de cerco, a 11 de Setembro de 1714, a cidade de Barcelona, que era defendida pelas milícias barcelonesas (a Coronela) sob o comando do capitão dos conselhos populares Rafael Casanova, sucumbiu às mãos das tropas de Felipe IV. Durante a batalha Rafael Casanova é ferido mortalmente; (e ainda hoje no monumento em sua honra no junto à Igreja de St. Maria del Mar arde ininterruptamente uma chama em sua memória e diariamente os populares ali depositam flores). 90 mil soldados do exército da casa dos Bourbon ocupam a provincia. Os catalães irão sofrer uma duríssima repressão. Perante a incredulidade dos cidadãos a inexorável lógica militar decide mandar revogar os títulos de propriedade e demolir todas as casas já se si muito danificadas no núcleo antigo da cidade, o bairro del Born, (onde se situa hoje o parque da Ciutadella), e construir ali uma grande fortaleza para aquartelar as forças invasoras.

Mais de 1000 casas e todo aquele sector de malha urbana de 200 hectares, antigamente muito próspero onde habitavam 40 mil pessoas, foi eliminado. Não há um paralelo comparável de destruição em toda a história europeia. O rei Filipe V, o primeiro da dinastia bourbónica irá suprimir a Constituição e as instituições democráticas catalãs de governo – como havia feito em Aragão e Valência – em 1716 promulga o decreto da Nova Planta, pelos qual os paises pertencente à coroa de Aragão eram desmembrados e submetidos à total dependência e organização política unitarista centralizada em Madrid. Vão desaparecer as Cortes Catalãs, a Generalitat e o Conselho dos Cem, os orgãos dos barceloneses que regiam o direito público catalão com direito participativos dos cidadãos que radicavam na tradição democrática adquirida a partir das Cortes de Tortosa em 1225. Todas as vias públicas foram renomeadas pelo rei de Espanha; e foi designado um capitão- general com autoridade máxima da Real Audiência para administrar justiça. Também irão ser suprimidas as Universidades de Barcelona e Leida, sendo criada outra de cariz filipino, a de Cervera. O castelhano é proclamado o idioma oficial único, e a língua catalã é banida, proibida por decreto. Assim será, e a Catalunya entra num lento processo de decadência cultural, até 1833 quando o Estado Espanhol será obrigado a reconhecer a provincia como entidade territorialmente unificada.

Durante a revolução, em 1869 o povo organizou-se e tomou nas suas próprias mãos a tarefa de demolição do quartel da Ciutadella, cujos terrenos livres (do antigo bairro del Born cujas ruinas arqueológicas recuperadas em parte se preservam hoje sob o coberto metálico do antigo mercado) dariam depois origem ao jardim que tem o mesmo nome. A partir do século XVIII os catalães embarcam na grande epopeia da colonização do Novo Mundo, que de um modo geral enriquece (a burguesia) do território. Gaspar de Portolà i Rovira, cuja estátua se situa hoje no alto do castelo sobre o porto, será o primeiro governador espanhol da Califórnia e a familia Guell, que enriqueceu com o negócio escravo das plantações de açúcar em Cuba, já no século XX encomenda a Antoni Gaudi o famoso parque que tem o seu nome e numerosas outras obras que hoje são ícones turisticos da cidade. Porém nenhuma destas novas memórias construidas e alimentadas com a exploração imperialista selvagem de outros povos, faz esquecer as velhas memórias das selvagerias antigas – Esta breve história aqui relatada é só para que se compreenda porque se queimam ainda hoje bandeiras espanholas e retratos do rei designado pelo ditador fascista Franco, Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias, na Diada, o Dia Nacional da Catalunya a 11 de Setembro, e se compreenda o sentimento de independência que está ali mais vivo que nunca,

11 de Setembro de 2014

quinta-feira, setembro 11, 2014

13 anos de azar social depois da best-offer Nine-Eleven

o mal que desinforma a opinião pública é a opinião da autoria dos "especialistas nesta área", como a do maçónico espião Jorge Silva Carvalho. Num olhar relâmpago sobre este artigo caça-se imediatamente uma das inúmeras falácias ali expressas: que "o Estado emana da sociedade" (riso amarelo) - as funções do Estado actualmente, 13 anos depois do Nine-Eleven, resumem-se a 1. serviços fiscais de cobrança de impostos, 2. prover forças policiais para zelar pela segurança das elites a pretexto da criação e fomento de "ameaças terroristas"e 3. aplicar um sistema judicial implacável para vigiar e punir os dissidentes politicos. Todas as restantes áreas vão estando gradualmente por conta do capital privado em detrimento do capital social. Capital social que era a razão de ser da forma "Estado", a favor do qual o homem delegava uma parte da sua liberdade em troca pela garantia da sua subsistência. Para além do golpe-de-Estado que foi a 11 de Setembro de 2001 do lobie norte-americano da Energia, sobrelevar as funções do Estado por poderes supranacionais foi a verdadeira razão de ser do "inside job" que as retrógadas forças neoliberais e respectivas policias politicas comemoram com orgulho neste dia.


* John McCain subiu na vida por mérito próprio ao pertencer aos famosos “The Keating Five”, um grupo de 5 Governadores de Estado acusados de corrupção em 1989.
* Igualmente famosos são os esqueletos no armário dos Clinton
* Relevante para a compreensão da época que vivemos é perceber como é que o Pentágono, a mais alta e sofisticada instância de segurança no planeta, consentiu que o 11 de Setembro acontecesse. Não é uma conspiração. São factos. Porque foi que o FBI cancelou as reuniões nesse dia, deixando as portas abertas para o que aconteceu?

A actual conjuntura económica / o BES / as eleições no PS

Garcia Pereira: 
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quarta-feira, setembro 10, 2014

Alterações Climáticas: é o capitalismo, o Costa, o Seguro e outras metástases do Cavaco, que são os elementos poluidores

Não há ninguém na troika nacional, melhor dizendo no tripé de traidores ao povo portuguêsas duas patas do Partido dito Socialista e a pata que põs os sociais-democratas - que queira ouvir falar em aumento de impostos. E no entanto, a tripla em exercicio para a difusão desta nova operação de spin encobre mais uma vez o que está a ser concertado por quem decide acima destes empregados de uso doméstico. E as grandes mudanças, que trarão mais impostos vão tentar ser operadas a nivel do consumo de energia. Enquanto isso, a opção do dr. António Costa é vender a pataco a estrangeiros o património imobiliário da cidade de Lisboa.
Isto altera tudo: o Capitalismo contra o Clima

Parte de uma campanha concertada entre o governo, oposição, organizações ambientais nacionais, internacionais e a ONU, a primeira tarefa do funcionário delegado pela banca internacional na pessoa do ex-ministro das Finanças português, no seu novo emprego é estudar a aplicação de um novo imposto global sobre as actividades poluentes. Sem que se cumpra tal designio, o "Mercado" em geral, o FMI e o Banco Mundial em particular não concederão crédito aos paises dependentes. E tendo Vitor Gaspar como guru tecno-financeiro, "Portugal já está a tratar disso".
No novo livro de Naomi Klein, "This Changes Everything: Capitalism vs. the Climate", defende-se que é o capitalismo — e não o carbono — que está na origem das alterações climáticas que, em busca do lucro, nos conduzem inexoravelmente para um Armaggedon ambiental (...) Não se pode combater as mudanças climáticas sem combater o capitalismo, argumenta Klein. "Um grande número de progressistas decidiu abandonar o debate sobre as alterações climáticas em parte porque pensou que os grupos Big Green, por onde escorrem os dólares filantrópicos, tinham essa questão assegurada. Mas, podemos confiar num financiamento empresarial capitalista "bem intencionado"?