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segunda-feira, setembro 08, 2014

por um Governo Democrático, Patriótico e de Esquerda

Sala cheia na Fnac Chiado para assistir ao lançamento do livro "A Solução Novo Escudo" da autoria dos economistas João Ferreira do Amaral e Francisco Louçã. O livro, que analisa a saída de Portugal do Euro tem como ponto de partida uma interrogação: "Se tivermos de tomar esta decisão (não por vontade própria mas por imposição da União Monetária Europeia), o que é que devemos fazer? ao acabar com a politica de austeridade imposta pela nossa adesão ao Euro, abre-se uma alternativa que, segundo os autores, não é a única, devendo ficar a problemática a um debate que envolva os politicos e os cidadãos no sentido de "restaurar a soberania de Portugal". Com inúmeros sinais à vista, Ferreira do Amaral acredita que se aproxima um agravamento da crise económica e que "a alternativa da saída do Euro não o deixa feliz, mas é possivel". Francisco Louçã concorda e acrescenta ser necessário reflectir já sobre esta solução para se tomar uma decisão a tempo" (noticia no DN). Pergunta natural dos cidadãos: o governo português, uma associação de capatazes do governo da Zona Euro, propõe-se pagar na integra uma divida em grande parte odiosa e que não foi contraída pelo povo, fazendo-lhe cair em cima o ónus de a pagar o que, caso não se contraisse nenhuma outra dívida desde este momento, só estaria paga em 2042! Não sendo a saída do Euro indissociavel do pagamento da Dívida o que propõem os autores deste livro? pagá-la integralmente assumindo a mesma posição deste governo? socialismo ou reforma do capitalismo?

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O regresso de Portugal à emissão de moeda própria - o Novo Escudo - em principio feita em igual paridade com o Euro, determinaria imediatamente nos dias seguintes uma desvalorização de cerca de 30%. Tal facto, funcionando como "um golpe de baú" (à semelhança do que fizeram os Estados Unidos na preparação para a 2ª Grande Guerra) sobre os credores, diminuiria a dívida em cerca de um terço. Mas sem a conjugação com outras medidas, como a recusa em pagar fraudes, quer dizer que Portugal estaria ainda assim obrigado a pagar entre 4,6 a 6 mil milhões em juros. Actualmente paga entre 7 a 9 mil milhões de juros anuais sobre a dívida. Com a desvalorização as importações sofreriam um agravamento de 30%, o que seria prejudicial para a compra dos produtos supérfluos que enxameiam o mercado em beneficio de empresas estrangeiras, mas seria bom para as exportações que contando com preços mais baratos aumentariam em beneficio dos produtores nacionais. Os trabalhadores portugueses que foram expulsos para ganhar a vida no estrangeiro passam a auferir os seus salários em moeda forte; e com essas remessas Portugal relança a indústria produtiva nacional o que gradualmente faria regressar o emprego. Agora escolha-se, os interesses parasitários de uma economia de importação que gerou os três homens mais ricos do país e a banca internacional, ou trabalhar para a maioria do povo ganhar a vida honestamente?

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