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domingo, maio 31, 2009

outside trading

inside opinion makers

"se fizermos bem as contas", especular com "meia dúzia de papelinhos em Bolsa", (ganhando uma bagatela de 80 ordenados minimos num curto espaço de tempo sem vergar a mola) ainda para mais num banco de um amigalhaço que preside a uma instituição que se revelaria impoluta, "não tem nada de mal". E quem pensar que o especulador não tem a seu favor o facto de ainda nem exercer o cargo que preside aos mais altos especuladores da Nação, é doido. Acrescente-se mais, o mais alto designio do português comum é especular desta maneira: pela certa! foi por isso que elegeram o homem, por ser um economista neoliberal esperto que nem alho, embora ascendesse ao cargo por curtíssima margem, o que quer dizer que ainda há quase metade de gente sã e decente cá por estas bandas. Todos menos os partidos, que por unanimidade dos seus directórios (PCP, BE e CDS) disseram tratar-se de "um assunto do foro privado". O PS e o PSD nem precisaram de dizer nada, pois claro,,,
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sábado, maio 30, 2009

pelo ensino público

como em todos as outras áreas, o Estado demite-se, e o caminho apontado é em direcção à ampliação dos chorudos negócios privados e à precarização dos contratos laborais. Os professores são apenas mais uma classe sob a mira do neoliberalismo, que só agora com a grande educadora da classe empresarial dona Milú e o Engenheiro Sócrates é se aperceberam que vão ser cilindrados pelo Processo de Bolonha. Até aqui têm andado a votar PS e PSD,,,

clique nas fotos para ampliar

sexta-feira, maio 29, 2009

a importância do coffee-break

Rua de São Bento. Paredão inferior da Assembleia da República.
29 Maio 2009















Diz uma lenda recente que um casal de leões um belo dia resolveu fugir do Zoo. Despediram-se e cada um partiu para seu lado. O leão embrenhou-se naquilo que lhe pareceu ser a selva. A leoa dirigiu-se para o centro da cidade. Procuraram-nos por todo o lado, mas ninguém os encontrou.
Passado um mês, para surpresa de toda a gente, o leão que tinha ido para a “selva” regressou. Vinha fraco, famélico e cheio de febre. Foi reconduzido para a jaula.
Passaram oito meses e já ninguém se recordava da leoa que tinha ido para a cidade, até que um dia foi capturada num sururu nas imediações de um ministério e levada de novo para o zoo. Estava saudável, gorda, transbordava de saúde,,,
Quando se encontraram, o macho perguntou à parceira: - ¿Como é que pudeste estar tanto tempo dentro da cidade e voltares com esse ar tão próspero? Eu tive de voltar porque não encontrei nada que comer na selva,,,
A leoa explicou: - Enchi-me de coragem e escondi-me num organismo público. Cada dia comia um funcionário pela surrelfa e ninguém dava pela sua ausência,,,
- E porque regressaste? Acabaram-se os funcionários?, perguntou o macho.
- Nada disso. Os funcionários públicos nunca se acabam, porém cometi um erro gravíssimo. Já tinha comido um Director-Geral, dois Subscretários, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de secção, quinze chefes de divisão, cinquenta secretárias e ninguém os deu como desaparecidos. Mas nesse dia, naquela maldita hora, deu-me na bolha de comer o tipo que servia o café,,, e foi aí que fodi tudo
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quinta-feira, maio 28, 2009

O rato mete o focinho
sem pensar que faz asneira;
depois, ou larga o toucinho,
ou fica preso na ratoeira
(António Aleixo)

A imprensa corporativa nada mais faz que enevoar o que se torna claro em apenas meia dúzia de linhas:
o BPN é um negócio do Estado neocon
Se Loureiro traficava dinheiro, armas e influências, ao conviver com o libanês e com o rei de Espanha, Cavaco e a cliquedos mais altos magistrados na nação” (oba) também estão implicados. Basta lembrar o activismo e a cooperação militar para o genocidio da oposição angolana, a cooperação com Israel no Líbano, o alinhamento vergonhoso com a invasão do Iraque, o encobrimento dos vôos da CIA, etc.
Qualquer cidadão decente o mínimo que pode fazer é exigir o impeachment do Presidente, até porque todo o sistema montado pelos aliados de Bush é ilegal, foi baseado em mentiras, omissões graves e crimes

quem o nomeou para o Conselho de Estado é que poderia ter o poder para o destituir. Porém, como reconhece até o mais insuspeito dos neoconservadores: "Tarde demais para quem se afirma impoluto. A demora em renunciar ao lugar prejudicou as instituições e a sua própria posição, pois surgiu como alguém à procura de protecção" (José Manuel Fernandes no editorial do Público de hoje)

relacionado:

"o Clã de Becerril, um acrónimo para o grupo neocon de José Maria Aznar esteve intimamente ligado aos negócios do BPN e a Dias Loureiro"
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quarta-feira, maio 27, 2009

Business as usual

a Royal Dutch Shell uma das multinacionais ícones da era petrolifera conhecida pela depravação de povos e meio ambiente por todo o sítio onde corrompe governos locais foi finalmente acusada judicialmente pelos crimes cometidos na Nigéria, concretamente contra o povo Ogoni do delta do rio Níger, povo que fundou o Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP) que tem liderado uma guerrilha armada com o objectivo de obter a independência económica para a região. Este é o vídeo que a Shell procurou por todos os meios evitar que fosse visto e que chegou a ser apagado do site http://wiwavshell.org/ - Porém o julgamento do caso que seria suposto ser iniciado hoje dia 27 de Maio, foi adiado, prevendo-se o prolongamento da batalha levada a cabo por um autêntico exército de advogados a soldo da multinacional anglo-holandesa que já dura desde os anos 90. Devido ao eternizar do caso hoje houve manifestações de protesto em Londres e New York



George Monbiot: "Haverá algum investimento desta multinacional que observe princípios éticos?"
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terça-feira, maio 26, 2009

El Câmbio

“esta es una grand oportunidád para el câmbio, como vemos en la América de Obama”
José Sócrates no comício social-neocon ibérico com Rodriguez Zapatero

O Banco Mundial teme uma grave crise social mundial.
"A recuperação económica mundial será muito mais lenta que o previsto e existe um risco de aumento de desemprego que criará uma crise social e o perigo do proteccionismo" (bloqueio ao consumo de bens importados e ausência de clientes para exportação de produtos nacionais). São estas as linhas chave da entrevista ao El País dada por Robert Zoellick , o judeu actual director do Banco Mundial, arquitecto fundador do PNAC e antigo secretário de Estado bushista.

Entretanto a economia europeia continua em queda acelerada, contribuindo assim com uma grossa fatia dos mais de 3 por cento previstos de quebra no PIB mundial. O colapso do comércio mundial (a Desglobalização) segue o seu curso devido a uma forte contração da procura internacional. As exportações da China caíram 41 por cento, as japonesas 38% e as alemãs 32%. Agravando a situação, os activos tóxicos na Alemanha (controlados pelo BCE, o Banco Central Europeu subsidiário da FED norte-americana) podem estalar a qualquer momento como uma granada

Para fingir que não se passa nada, os governos continuam a emitir títulos de dívida pública a um ritmo avassalador. O défice previsível para Portugal no final do ano ultrapassará os 6 por cento; em Espanha o ritmo de endividamento é de uns fenomenais 7.100 por segundo. Nada de especial, se nos Estados Unidos (unidos até ver) o défice atinge já os 12 por cento do PIB e a “União" (de trilionários) precisa de emitir uma nova remessa de títulos públicos de endividamento no valor de 3.000 mil milhões de dólares.

Claro que todo este dinheiro vai ter de ser pago e repago com juros em última instância made-in-FED, a obra judaico-capitalista por excelência. Para o conseguir é uma inflação massiva (1) e um agravamento dos impostos aquilo que já está a caminho. (Não se esqueçam de escutar a 1ª frase assim que o próximo governo “acabar de vencer as eleições”)
John Browne, um dos teólogos economistas da era Reaganomics, ex-deputado britânico associado de Margaret Thatcher e investidor da Euro Pacific Capital é ele próprio por experiência acumulada quem prepara o povo para os tenebrosos efeitos das ramificações do “tresloucado défice do governoObama (sic) – (ver o vídeo aqui)

Para além das intenções de Obama de trabalhar no sentido de transferir a bolha capitalista rebentada para outra bolha financeira nova nas “energias limpas (obrigar os pobres a cumprir regras de consumo em favor dos grandes monopólios energéticos e a pagar super-impostos sobre a poluição) prometendo aí novamente mais uns quantos milhões de empregos, o nome escolhido para encabeçar o grupo de trabalho com vista à criação do nóvel “plano energético nacional” diz tudo: Paul Volcker, o antigo presidente da Reserva Federal norte americana (sob a administração Reagan) que precedeu Alan Greenspan. Mudam-se as moscas,,,

Para se entender o “Mudança/Cambio” sobre que comíciam Sócrates/Zapatero basta ler a primeira frase da elegia avatar do Reaganismo como politica de investimento que John R. Talbott titulou “Obamanomics” com o humorístico subtitulo "Propostas para uma nova prosperidade económica" (Outubro 2008, Edições Tinta-da-China):
“Ao escrever este livro, segui a filosofia praticada por Barack Obama, segundo a qual não há qualquer vantagem em atribuir culpas pelos nossos problemas actuais, uma vez que isso apenas provocará discussões e divergências entre nós. (os assassinos estão-se a safar!). Todos sabemos em que pé estamos e não adianta tentar perceber como é que chegámos a esta situação. O que queremos agora são soluções. Somos uma nação pacífica em guerra (…)”. Pois,,, (ouvem-se risos ao fundo)
Michael Moore que tem em rodagem um novo filme sobre a “Crise Financeira” não hesita em classificá-la como “o maior roubo da história feito ao povo”. Previsivelmente a história não terá um final feliz: os ladrões estão-se a safar

(1) Lembrar a Hiperinflação de Weimar. Poderá voltar a acontecer?
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segunda-feira, maio 25, 2009

o "hit" do momento

Existem grupos de Media organizados, conluiados com orgãos institucionais, cuja função principal é defender facções partidárias, uns mais, outros menos veladamente, só um ou outro incauto não o quer ver. No caso da TVI já nem o fazem por forma a disfarçar a campanha ilegal levada a cabo há meses, passando a ferro a legislação em vigor que proibe propaganda eleitoral fora da época de caça; o activismo neocon 24 horas por dia tornou-se grosseiro, pacóvio, ordinário, como o respeito que tem pelos espectadores que inadvertidamente olhem para o esterco. José Sócrates é para ser corrido, mas não por um qualquer grupo de arrebentas de canal televisivo. A política neoliberal do PS e de Sócrates em particular é para ser banida pelo Povo, pelo voto popular ou na rua, se entretanto as condições de manipulação se continuarem a agravar.
O curioso é que nada do que é objecto de entretenimento veiculado pelos Media tem relação com os problemas da vida real; por exemplo, os mais de 8000 advogados que elegeram Marinho Pinto decerto (vivem de forma precária) não têm nada a ver com o estatuto das corporações de advogados instalados no sistema, desde os escritórios de pareceres milionários para o Estado &EmpresasPúblicas& Globais até à excessiva e vergonhosa (porque inoperante e tachista) representação da classe no Parlamento. Obviamente, nesta simulação sombria onde floresce a política de fait-divers, nada acontece por acaso:

fica o vídeo do herói do momento, para a hipótese (improvável) de algum português ainda não o ter visto

domingo, maio 24, 2009

Sobre a união das Esquerdas

3 Conclusões a retirar das mais de 85 mil pessoas que o PCP/CDU colocou no protesto de ontem em Lisboa

* Nenhum outro partido em Portugal conseguiria uma mobilização popular igual ou sequer parecida, o que nos leva ao problema da Organização
* Nenhum outro partido na Europa com implantação eleitoral acima dos 10 por cento incorpora nos seus desfiles faixas com a sigla “É preciso liquidar o Capitalismo”, o que nos leva ao debate sobre as grandes questões Políticas.
* A expressão vincada dos manifestantes PCP/CDU carrega em si a maioria do Portugal rural, genuíno, não alienado em factores alheios ao Trabalho, o que nos leva ao contraste com o clima de festividade dos eventos do BE com origem no terciário predominante- mente urbano.

3 pontos que, por fim, nos conduzem à citação na introdução do artigo “O indissolúvel nexo entre Teoria e Prática no Marxismo
de Emir Sader na Agência Carta Maior (1):

Não se pode separar mecanicamente as questões políticas das questões de organização”.
(Lenine, Discurso de encerramento do 11° Congresso do Partido Comunista da Rússia, citado por Lukacs na introdução do seu ensaio “Notas metodológicas sobre as questões de organização”, em
História e Consciência de Classe”)

o Marxismo foi concebido como uma doutrina para mudar o mundo, não como uma Teoria (ou up-grades pós modernaços) onde os intelectuais brilham com programas para tentar concertar o mundo capitalista assessorando a classe dominante - “A imagem do marxista universitário, desvinculado da prática política é nestes termos uma contradição, uma incoerência, da mesma forma que não são credíveis dirigentes políticos marxistas que não sejam ao mesmo tempo intelectuais revolucionários. O ponto de vista do marxismo é um ponto de vista de Partido, organizando a acumulação de forças para um objectivo estratégico, programático”.

Por favor jovens senhores doutores, deixem-se lá de merdas (chamem-lhes exercícios de estilo) e não abandonem o mundo do trabalho à sua sorte, condenado ao enclausuramento dentro das fronteiras nacionais, enquanto as elites intelectuais que o sistema vai produzindo se alimentam de forma abundante em torno do Estado dos negócios transnacionais. Ou como escreveu um comentador no Ionline: “Até arrepia ver tantos comunistas juntos. Ainda por cima pugnando pela liberdade, pela democracia, pela justiça e pelo trabalho. E não têm tachos nem benesses para oferecer. Nem a porcaria da passagem pagaram aos militantes para se deslocarem a Lisboa. É obra! O que será que move esta gente? Quando eles conseguirem transformar em votos esta capacidade de mobilização, de realização e de luta, Portugal só pode vir a ser um país melhor”.

(1) artigo no âmbito do Marxismo no século XXI, para ler aqui
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sexta-feira, maio 22, 2009

e não se podia exterminá-lo?

Pulido: "parece que fizeram uma recuperação extraordinária"
Manuela: "acho que têm dois pontos de diferença, creio!"
telespectador anónimo: "essa coisa de Europa é obra de ricos, não é?
abstencionista convicto (não "sondado"): "então qual é o meu papel?
programador politico nos bastidores: "para quando o voto obrigatório?"


"o Estado é uma grande ficção pela qual cada um procura viver à custa de todos os outros"
(teórico liberal clássico, no tempo em que ainda os havia)

relacionado:
* o Estado da Califórnia à beira da falência

* a Classe Dominante Transnacional patrocina a corrida para a Guerra e para a balcanização dos Estados Unidos. A febre da Secessão: activistas norte americanos temem que o governo os declare a eles como o inimigo
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quinta-feira, maio 21, 2009

Cheney, o assassino, está de volta, se é que alguma vez se foi embora,,,

Falou-se no Diabo (ver post de ontem) e eis que ele reaparece de volta do Inferno por onde parecia ter-se sumido. O ex-presidente de Bush, o psicopata Dick Cheney (será mesmo apenas um ex?) assume-se como o porta voz da ex-equipa de assassinos do Partido Republicano que deram a face ao Poder nos últimos oito anos, como “os mais bem equipados para discutir as matérias de segurança”
Obama (que sabe que Cheney tem trunfos na mão, o Sionismo militar e o Paquistão para venda) explica que se “demarcou das políticas de guerra contra o terror”, mas a guerra pela segurança mantém-se;

Não serão as duas faces deste conflito fabricado uma e a mesma coisa? - os opositores chefiados por Cheney consideram “grandes sucessos” da Oposição o facto de Obama ter sido forçado a manter as actividades das comissões militares no vergonhoso campo de concentração e tortura de Guantanamo, bem como ter conseguido impedir a publicação de mais 2000 fotos de prisioneiros torturados. Para quem como Obama pretendia assumir a face do Bem, a máscara já está conspurcada. O verdadeiro problema é que muitos se assumem como do partido do Mal pretendendo que ele é que representa o Bem, e isso é que é assustador, a defesa do modo de vida ocidental contra tudo e contra todos, incluindo os recursos e a vida no planeta. De qualquer forma, na eterna luta de Deus contra o Diabo irá ser, mais uma vez, fastidioso ver o PS por Obama e o PSD pelos Republicanos; a novidade para os teólogos, vadre retro,
é que os Mafarricos, Deus e o Diabo fundiram-se
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quarta-feira, maio 20, 2009

Portas e a Arte da Cópula

“Abri vós as portas, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade” Isaías 26:2

Segundo o Público de terça-feira, esta citação bíblica, entre muitas outras, pode ler-se num relatório do Pentágono dirigido por Ronald Rumsfeld a W.Bush dando conta das operações de invasão do Iraque em 2003 - e mal ouve falar em “portas abertastodo o ladrão que é esperto avança, (alto cá, portas é comigo) como se praticasse um piedoso acto de “democracia cristã”; ou “cristôna” porque o conceito é arrevesado. Porque razões tem Paulo Portas o tempo de antena que tem? e porque é que o dr. Mário Crespo (naquela vergonhosa entrevista à SicNotícias) não o questiona directamente sobre as suas ligações (e os negócios, Senhor!) aos neocons do Império?

Maio de 2009. Seymour Hersh afirmou há poucos dias que o governo dos EUA tem videos de rapazes presos a serem sodomizados na prisão de Abu Ghraib no Iraque. No auge do escândalo sobre os vôos da CIA, prisões secretas e directivas emitindo ordens da Administração Bush para torturar prisioneiros, uma televisão australiana supostamente comprou algumas dessas imagens (15 fotos, das cerca de 2000 imagens que se consta existirem). São estas imagens de torturas no Iraque e no Afeganistão que a administração Obama quer desesperadamente impedir que o tribunal autorize para publicação nos Media. E mesmo que autorize, como pretende a ACLU (Associação Americana das Liberdades Civis) o presidente Obama já disse que irá recorrer tentando impedir a desclassificação das imagens a todo o custo em nome de se evitar uma nova vaga de anti-americanismo no mundo muçulmano que poria em perigo a vida de milhares de soldados americanos ali destacados. São imagens que mostram alguns prisioneiros nús e ensanguentados, outros com as roupas interiores meio despidas e pendurados de cabeça para baixo, outro com o corpo cheio de excrementos e, entre muitas outras cenas aberrantes, aparece um homem com uma mensagem gravada nas nádegas "Sou um violador" escrita em inglês. Como é evidente o lider do CDS, que é o mesmo Paulo Portas ministro da Defesa de Barroso que pactuou e fez parte da implementação deste regime de terrôr não acha nada de anormal nestes factos. E também ninguém lhe pergunta por responsabilidades. Antes pelo contrário, dão tempo de antena extra ao Neocon, ou não fosse ele supervisado por Sexa o Supremo Comandante da Forças Armadas, Cavaco Silva, a alma mater do negócio militar.

«os indivíduos levam na cara com consequências de conspirações tão monstruosas que não podem acreditar que elas existem”
J. Edgar Hoover, Director do FBI na era Nixon, Kennedy e Lyndon Johnsonn

Segundo o procurador John Sifton que investiga os actuais casos de Tortura estima-se que nos acontecimentos conhecidos até agora 100 prisioneiros tenham sido mortos. Nada de especial, se tivermos em conta que este tipo de acções estão a cargo dos "Grupos de Operações Especiais" (SOT) tradicionalmente treinados no âmbito da famosa "Força Delta" de Fort Bragg cuja tristemente famosa frase de propaganda para atrair voluntários às suas fileiras era "Para seres um SEAL tens de ser um psicopata"; São estes indivíduos que nos últimos cinco anos do consulado Bush -Cheney -Rumsfeld foram "aperfeiçoados" para executarem "Acções Directas" constituindo-se em "Unidades de Missões Especiais", quer dizer, forças operacionais que são esquadrões da morte e torturadores sistemáticos, cuja única finalidade é aterrorizarem populações, assassinarem extrajudicialmente lideres locais, atacar à bomba comunidades e destruir acções de contestação popular. Eles recrutam e treinam paramilitares e pôem-nos ao serviço dos governos fantoches, facultando-lhe todos os meios para aterrorizar todo aquele que se disponha a participar nos movimentos de oposição, até que a generalidade das populações invadidas pela NATO aceitem submeter-se passivamente.

Entre Setembro de 2003 e Agosto de 2008, sob as ordens directas de Rumsfeld e reportando directamente ao vice-presidente Dick Cheney, o General Stanley McChrystal comandou a partir do Pentágono as JSO (Joint Special Operations) o comando que opera "os grupos de operações" encarregados dos assassinatos no estrangeiro. Foi esta gente que, sob as ordens directas de Cheney, executaram o assassinato do líder libanês Rafic Hariri “abrindo portas” para a invasão do país por Israel em 2006. E a avaliar pelo que vem acontecendo no Paquistão são estes mesmos upgrades de sonderkommandos que afastaram do poder Pervez Musharraf e assassinaram a líder moderada da oposição “abrindo portas” para a situação de nova ocupação de um novo (mais um) “país” inviável. Desde a ocupação do Afeganistão houve um plano gradualmente preconcebido para destruir o que restava da ténue estabilidade na região. Se é mentira vai já para o saco, ou não tivesse a administração Obama publicado em Março deste ano um relatório sobre as acções conjuntas no Afeganistão/ Paquistão, documento que ficou conhecido pelo acrónimo Af/Pak.

Quando algures perguntaram ao Bush o que é que pensava da “Quinta dos Animais” (a obra de George Orwell) ele respondeu lesto que “(…) sabe, histórias de animais no nosso país não têm grande tradição no mercado editorial”. Mentia, como sempre – estorietas destas estão sempre em re-escrita permanente e toda a gente paga, e bem, para as engolir. Segundo o artigo de James Petras publicado no “Áxis of Logic” intitulado Obama’s Animal Farm esta “nova” administração acaba de nomear o mesmíssimo General Stanley McChrystal que esteve no Pentágono sob as ordens de Bush como chefe de todas as operações militares no Afeganistão (e no Paquistão) inventando literalmente assim uma nova e lucrativa escalada do conflito na região.

Epílogo. Existe de facto uma continuidade consistente na politica nazi-imperialista dos Estados Unidos que passa na sombra dos Media subrepticiamente de governo para governo substituindo-se os figurantes mas mantendo-se a mesma linha politica nas questões fundamentais. Mas, apesar do logro que toda a gente já vai vendo, é o mesmo Paulo Portas que anda de televisão em televisão a arrastar o cu oferecendo-se como alternativa (olha que esperteza, a desta alternadeira e dos donos dos bordéis que a sustentam!)
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terça-feira, maio 19, 2009

Os nossos homens (wo-men) no Bilderberg

a conferência anual do Grupo Bilderberg (desde 1954), uma reunião dos grandes senhores e magnatas que governam os governos de forma ilegal, onde transmitem as ordens aos subalternos que irão implementar medidas que afectam os cidadãos de todo o mundo, realizou-se este ano de 2009 no hotel de 5 estrelas Astir Palace Nafsika em Vouliagmeni na Grecia, entre14 e 17 de Maio. Pontos tratados este ano, com a servil presença da líder do PSD e do ministro do BES/PS Manuel Pinho:
1 – o futuro do dólar e da economia dos EUA questão onde pontifica o nóvel secretário de Estado do Tesouro Timothy Geithner
2 – o desemprego nos EUA e na EU que no final do ano deverá atingir os 14 por cento
3 – a escolha entre Depressão ou estagnação prolongada
4 – neutralizar a luta contra o Tratado de Lisboa, nomeadamente o movimento “Libertas” ligando-o a traficantes e criminosos de delito comum
5 – criar um plano global de Saúde articulado com o problema da população mundial (End Game)
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segunda-feira, maio 18, 2009

passa aí um preservativo,

os miúdos de hoje em dia
sabem tecnologia
computador, pornografia
porém não sabem ecologia
os miúdos de hoje em dia
(rapa-papa-pa)
perdem-se na vida
são miúdos virtuais
que se portam mal
os miúdos de hoje em dia
já são homens
têm muita informação
e muita, muita televisão
os miúdos de hoje em dia
têm falta de mais juízo
e têm pouca educação
mas demasiada diversão,
perdem-se na rua


domingo, maio 17, 2009

Depois do Estado-Nação, o quê?

Ülrich Beck (n 1944) discutiu em finais dos anos 90 a possibilidade de uma sociologia da globalização focalizando temas como a formação de uma sociedade civil transnacional e de uma “sociedade mundial do risco” - e finalizou a discussão com uma probabilidade muito polémica na época: a lógica da globalização terminaria numa espécie de “brasileirização” da Europa,

vítima desta fase de desenvolvimento da sociedade moderna, onde os riscos sociais, politicos, económicos e industriais tendem cada vez mais a escapar às instituições de controlo e protecção da sociedade. No conceito de “sociedade mundial do risco” o que agora começamos a conhecer é apenas o início. A partir de agora, o risco é de todos, disse. No seu anterior ensaio “Conditio Humana” (a Condição Humana), Beck aprofundava a tese de uma sociedade global exposta a ameaças impossíveis de bloquear. Previu: “de agora em diante, nada do que acontece no mundo é um evento apenas local”.

Assim, confrontamo-nos com um tipo de organização tão complexa que se pode designar por “sociedade reflexiva”, onde a sociedade se converte num problema para si própria. Este conceito simuladamente pós-industrial (erradamente designado, pois do que se trata é da deslocalização das indústrias) não foi teorizado pelos clássicos.

O que constituía para Max Weber (1864-1920) uma unidade indivisível Estado e Soberania há muito tempo que se tornou divergente. Isto quer dizer que a capacidade dos Estados para agir tem de facto de ser conceptualmente entendida e politicamente inferida, independentemente dos conceitos anteriores de Soberania e de Autonomia.


“Max Weber partia do princípio de acordo com o qual as decisões sobre a guerra e a paz se encontravam entre as "características essenciais" do Estado – Como assim? sou um cidadão de Munique. Quem é que decide sobre a guerra e a paz em nome dos cidadãos de Munique? O concelho municipal de Munique? O governo do estado da Baviera? O parlamento federal alemão? O chanceler federal? O parlamento europeu? A comissão europeia? A NATO? O presidente dos Estados Unidos? O Conselho de Segurança das Nações Unidas? Em termos formais, a resposta pode ser definida, mas, de facto, tornou-se tudo muito pouco claro. Em última instância, a decisão nacional sobre a guerra e a paz já não corresponde às competências autónomas de Estados individuais” (1) mas sim às empresas transnacionais que definem e colocam os seus representantes nos cargos decisores. É de facto o já conhecido primado da Economia sobre a Política.

Contudo, o processo dinâmico de crescente liberdade e integração mundial dos mercados de capitais (que têm primazia), bens, serviços, tecnologia e trabalho é um processo que não é novo, vem-se desenvolvendo paulatinamente (o imperialismo) e demorará ainda muito tempo a completar-se,
no caso de o permitirem
(...).

Mas o princípio neocon de substituição da Política e do Estado pela Economia de liberdade dos mercados perdeu rapidamente a sua capacidade para ser convincente. Quando, há 8 anos se iniciou a era do Terrôr, lhe perguntaram se os 40 biliões de dólares que a administração americana pedia ao Congresso para a sua "guerra contra o terrorismo" e para a reconstrução após o 11.9 não contradiziam o compromisso com uma política económica neo-liberal com o qual a administração de Bush chegou ao poder, o porta-voz do presidente respondeu laconicamente "a segurança nacional tem prioridade"
Ou seja, em jeito de conclusão: amplas liberdades e impunidade para os actores transnacionais, condicionalismos extremos e repressão para os cidadãos que estão subjugados no interior dos Estados. A proposta da doutrina “de menos Estado” dos neoliberais é uma falácia
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sábado, maio 16, 2009

Está alguém a guardar a loja da emissão de dinheiro?

Segundo o canal Bloomberg, os contribuintes norte americanos são obrigados a arriscar 9,7 triliões de dólares nos programas de ajuda do Estado aos bancos, financeiras e seguradoras falidas.

Este valor de dinheiro lançado no mercado em nome da salvação daquelas entidades atingidas pela “crise financeira” já daria para pagar 90 por cento das hipotecas sobre as habitações cujos detentores se declaram insolventes; se bem já ninguém se lembra foi por aqui, pelo rebentamento da bolha do “subprime”, que tudo começou; e a maioria dos atingidos foram despejados das casas e vivem agora em tendas, deslocalizaram-se ou vivem a expensas de outrém em situação precária.
Em compensação, a Reserva Federal, o Departamento do Tesouro e a entidade seguradora dos depósitos (Federal Deposit Insurance Corporation) gastaram ou emprestaram ao todo nestes dois últimos anos cerca de 3 Triliões e estão em trânsito para destino incerto para cima de mais 5,7 Triliões; o Senado votou recentemente outro pacote de estímulo de pelo menos mais 780 biliões que precisam ser vistos em conjunto com os outros 819 biliões aprovados o mês passado.



















Quase no final da administração Bush em Outubro passado, quando o Congresso aprovou o programa de emissão de dinheiro (TARP Money) o presidente da FED e o então secretário de Estado do Tesouro Henry Paulson prometeram fiscalização apertada e transparência sobre a finalidade do dinheiro. Sete meses depois o senador republicano Alan Grayson inquiriu a Inspecção Geral da Reserva Federal acerca dos triliões de dólares já gastos ou emprestados pela FED e qual o seu destino, e ainda sobre os outros triliões anunciados que se encontram fora da folhas de balanço. A Inspectora geral nomeada para a FED Elizabeth Coleman, por entre pausas, hesitações, mudanças de direcção, exercícios de gaguês e silêncios comprometedores, acaba por admitir que a Inspecção Geral a que preside não sabe onde está, para onde foi ou para onde irá o dinheiro.



(ninguém sabe onde estão (quem empocha) estas autênticas pipas de massa, porém aos parcos e casuais espectadores da íntima cena, ficará a sensação que todos, um pouco por todo o mundo, iremos pagar por elas, ou não?)
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sexta-feira, maio 15, 2009

justiça independente uma ova!

é dos livros - não há nenhum ladrão que se meta a roubar algo de monta (por exemplo, os cidadãos nacionais de um país inteiro) sem que antes tenha contratado os funcionários do tribunal que não o hão-de julgar.

E, face ao alastramento da vaga do crime internacional, a chamada "justiça" portuguesa foi literalmente apropriada pelos directórios partidários que nomearam os seus representantes para controlar decisões. Aconteceu a partir de 2001 (na era Bush, cujo mandato foi também decidido por um tribunal) e em Portugal com a cabala da Casa Pia para destruir a anterior direcção do PS e para isentar o ministro Paulo Portas de procedimento criminal na fraude no caso Moderna. Mudado o paradigma para o neoconservadorismo made-in-USA, voltou a acontecer agora, com a recusa em julgar em tempo útil o caso Freeport com a finalidade de absolver o 1º ministro através do voto;
enfim, a luta continua
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quinta-feira, maio 14, 2009

Globalização (II)

Marx e Engels com a publicação do Manifesto do Partido Comunista (1848), descreveram em breves trechos, com precisão, o processo que depois se converteu na «globalização».

Alguns excertos: «o descobrimento da América e a circum-navegação de África criaram um novo terreno para a burguesia ascendente. O mercado das Índias Orientais e da China (...) deram ao comércio, à navegação, um auge desconhecido (...), os mercados continuaram a crescer (...). A necessidade de dar cada vez maior e mais extensa saída aos produtos lança a burguesia de uma ponta á outra do planeta (...) Os produtos das diferentes nações transformaram-se em património comum(...) o capital não conhece fronteiras», ou seja, transplantadas estas ideias para a linguagem actual, Marx previu a tendência dos mercados e das empresas a alargarem-se, alcançando uma dimensão mundial que ultrapassa as fronteiras nacionais. Da mesma liberdade não gozam os proletários, amarrados às fronteiras nacionais – e a luta contra isto foi a consigna “proletários de todo o mundo uni-vos”.
Passados 160 anos, a concentração do capital e o crescente abismo entre ricos e pobres (48 grandes magnatas com investimentos globais possuem o mesmo rendimento do total de 600 milhões de pessoas) e o crescimento do desemprego (1,2 mil milhões de pessoas no mundo) e da pobreza (800 milhões de pessoas passam fome) são os principais problemas sociais da globalização neoliberal; factos que, acrescentados pela crise, vêm ganhando cada vez maior significado.

Depois do advento do Neoliberalismo (com inicio na desregulamentação do valor do dólar em relação ao ouro) o economista neoliberal Theodore Levitt (um judeu, claro) foi o primeiro (em 1983) que fez referência á Globalização dos Mercados (no contexto da criação de uma Nova Ordem Mundial para a Economia, citada do grupo de neocons comandados por George Herbert Bush, então vice-presidente na era Nixon).

Michael Porter (1990) utilizou posteriormente o termo para diferenciar uma empresa Multinacional de uma Global. A companhia multinacional é aquela
que produz num determinado número de países e que não têm ambições de unir as operações dum ponto de vista estratégico, enquanto que a empresa global provoca uma estratégia mundial em que as diferentes sucursais nacionais se encontram ligadas e totalmente coordenadas entre si, fazendo com que o conjunto tenha um maior valor que a soma das suas partes. A empresa global é aquela que perde identidade nacional e que opera como uma entidade sem pátria e a uma escala mundial.
Entretanto o comando politico do processo foi sendo apropriado pelas empresas globais.que gozam de privilegios imbativeis por parte dos governos, em detrimento dos trabalhadores e dos empresários da pequeno e micro empresas nacionais.
(continua)

compre Obama

(de acordo com a prática do Bloco Central e a táctica dos dois partidos únicos) “a Democracia são 2 lobos e 1 carneiro votando sobre aquilo que há para o almoço. A Liberdade é 1 carneiro, armado até aos dentes, contestando a validade desse voto” (Benjamin Franklin)

sem a Blue State e a ilusão que
as pessoas "participam" nas redes
sociais, Obama não teria sido eleito
em caso de fracasso seria coisa para ser tratada à moda de Bush

José Sócrates contrata
a equipa de Obama
para as legislativas


Sócrates e o projecto de Ressurreição: quando eu for grande também quero dar pinotes e vender deste produto, afinal
"nós somos dançarinos profissionais de teatro",,,

quarta-feira, maio 13, 2009

peregrinar em busca das estrelas

Peregrino, era o nome atribuído normalmente a estrangeiros que caminhavam em busca de coisas que os habitantes dos locais por onde iam passando não viam. Muitas tretas místicas percorreram os caminhos da Europa desde o século VII com a invasão das tribos anti-semitas, até chegarem ao santo Iago em Compostela. Ali, circa de 1350-1400 já a palavra tomou a forma do miraculoso francês “peregrination”, de “peregrinatio” (junção do latim “Per”, o mais antigo, o que vai para lá das fronteiras, com “Ino” o sufixo grego que significa “da natureza” - "per-egr-ino", como os vocábulos “asinino” ou “cristalino”
Mas rebuscando bem, para lá do medievo, a ideia de peregrinar é bem mais antiga, a Mente foi o primeiro caso de aeronavegação quando o desejo nomeou o falcão de peregrino. Desde então, desde os tempos de Ptolomeu que as crenças dos astrólogos de nariz no ar criaram o conceito de peregrinação, perseguindo estrelas e reinos fantásticos. Nos signos do Zodíaco, os planetas significaram "acção" no sentido de motivação sobre os locais, as Casas e as circunstâncias em que se empenhavam essas acções. Inicialmente os caminhantes (em princípio, desarmados, salvo o bordão e a cabaça) perseguiam um planeta harmonioso a que chamavam Peregrino, mas o primeiro objecto que os místicos astrólogos viram e veneraram foi efectivamente o Sol, o pai de todos os deuses. Assim como a malta continua a adorar ir para a praia, outros para santuários (o desporto nacional por excelência), assim a arte de bem Peregrinar continua viva, reinventando os mitos do nosso passado em nome de um futuro amorfo.

este ano tem estado de chuva

terça-feira, maio 12, 2009

Globalização Neoliberal

a boa ditadura é aquela que consegue pôr um polícia dentro da cabeça de todos” (Rui Zink)

Em periodos de expansão os capitalistas precisam de importar mão de obra para suprir tarefas socialmente desqualificadas que ninguém quer – como contraponto à exportação de capitais e à deslocalização dos postos de trabalho qualificado para novos locais de baixo custo em busca de melhor rentabilidade para a produção. A este vai-vem de dinheiro, pessoas e bens, à amalgama social de recondicionamento do import-export que coloca os ressentimentos para lá linha de fronteira, chamam eles globalização. Localmente, nos inevitáveis periodos de recessão, as consequências nefastas, tanto da falta de capital como de excedentes do “exército proletário de reserva”, permanecem. Assim sendo, Globalização, aumento de violência e Crime parecem ser realidades indissociáveis (1). E, como diria Voltaire, caindo os conceitos avulsos no meio da populaça desprevenida “está tudo perdido” – de facto, a mensagem do ministro das polícias coincide com “a análise” de Jorge Jesus, o provável indigitado treinador para o Benfica: “os estrangeiros não são problema; estamos já a tratar da sua neutralização(do jornal “I” de hoje)

“O mal não deve ser imputado apenas àqueles que o praticam, mas também àqueles que poderiam tê-lo evitado e não o fizeram” (Tucidides: “a guerra é um mal, mas a submissão às ordens de outros Estados é pior…”)

É sabido, grande parte dos problemas que afligem o mundo nascem de realidades de extrema pobreza (ou dito de outro modo, grande parte das causas dos problemas deve-se à ganância para obter extrema riqueza). Um grupo de jovens que se juntam para assaltar um banco tem uma relação concreta com um grupo de gestores que se associam para falsificar contas. E o problema, como sempre se recorda no pensamento radical de esquerda, não é que o “exagero” ou a “ganância” de meia dúzia de energúmenos (que não são apenas meia dúzia) tenham estragado tudo. O problema é que o exagero e a ganância, que fabricam fraudes, são a base do sistema.

Obama dá milho aos pombos. Caricatura no Rebelion

(1) para aprender qualquer coisinha: ler
"A sublevação na Bela Vista e as condições económicas"
.
mau olhado, fins de mês que acabam a meio do mês? vontade excessiva de barafustar? enfim, estás à rasca da vida? Conta-pró-Barroso:
Se não contaste, tarde piaste,,, o prazo acabou hoje.
Quem telefona ao Barroso quando precisa de alguém na Europa?

segunda-feira, maio 11, 2009

fundamental

para que se percebam os programas políticos pelos quais a policia de choque luta

Arnaud Zacharie, no LeMonde Diplomatique, edição portuguesa de Abril em caixa ao artigo Nova Fachada, Velhas Práticas, A terceira vida do FMI

Direitos de saque especiais

“Os direitos de saque especiais (DSE), criados em 1969 como activos de reserva mundial, designam a “moeda” do Fundo Monetário Internacional (FMI). Trata-se de uma unidade de conta que representa uma obrigação sobre as moedas dos países-membros. O seu valor, expresso em dólares, representa a soma de quatro moedas de referência (dólar, euro, libra e yen), diariamente calculada.
Na reunião de Londres, o G20 admitiu “apoiar uma concessão geral de direitos de saque especiais que irá injectar 250 mil milhões de dólares na economia e aumentar a liquidez global”. Estes DES serão atribuídos aos 186 Estados-membros do FMI em função da sua quota-parte, o que significa que 44 por cento do total será concedido aos países do G7, enquanto os países em vias de desenvolvimento deverão contentar-se com menos de um terço, dos quais apenas 7,6 por cento (19 mil milhões) irão para os países mais pobres
Dados a ter em conta no esboço de debate sobre o papel dos emigrantes na globalização, a marginalização na sua própria terra, o êxodo e o condicionamento das quotas de inclusão nos países de chegada. Como observaria Marx, “a burguesia (transnacional) precisa de dispôr de um imenso exército industrial de reserva (um conceito hoje ampliado aos serviços, ao consumo e ao pagamento de impostos)
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Policias: novos métodos para angariar trabalho

métodos que na verdade não são novos, nem tão poucos assim














Tom Brake, um deputado britânico (liberal democrata) que se envolveu nos protestos contra a reunião do G20 em Londres no passado dia 1 de Abril (detido numa esquadra durante 5 horas), patrocina uma acção de investigação sobre as acções levadas a cabo pela Policia, a qual acusa de usar agentes provocadores para incitar as multidões à revolta. Dois paisanos foram vistos a arremessar garrafas à policia e minutos depois refugiarem-se atrás dos cordões de segurança apresentando os crachás aos colegas.
(no Guardian)