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domingo, dezembro 31, 2006

a melhor emoção do ano,

uma espécie de requiem pelo Ocidente,

Agitata da due venti,
freme l'onda in mar turbato
e 'l nocchiero spaventato
già s'aspetta a naufragar.
Dal dovere da l'amore
combattuto questo core
non resiste e par che ceda
e incominci a desperar

Vivaldi e Cecilia Bartoli - rock puro para abanar a carola na etérea pureza do Teatro Olimpico de Vicenza
acesso reservado






















"A Noite dos Ricos",
Diego Rivera

as melhores fotos do ano,,,

Pensamento de fim de ano,
"O que define os Impérios é a sua capacidade de cobrar impostos aos seus vassalos para financiar as guerras de ocupação de novos territórios e adquirir novos espólios.(uma espécie de Dona Branca armada). A habilidade pós-moderna está em engendrar situações de disfarce em que os tributos possam ser cobrados pelos próprios subjugados, escolhendo de entre eles quem demonstre ter competência de lábia e a maior falta de vergonha na cara".
RIP

Série B - Nacional: chafurdar na lama dos assuntos limpos




do Discurso da Tanga de 2001 à execução pragmática que põe todos efectivamente de Tanga (2006)

e os outros é que ficaram com a fama







Série A -Internacional
: chafurdar na lama semeada pelos porcos sujos

e Jesus disse ao Centurião romano,
“Não encontrei ninguém em Israel com tão grande Fé. Muitos vieram do Leste e do Oeste e tomarão os seus lugares no banquete juntos com Abraão, Isaac e Jacob no Reino dos Céus. Mas os objectivos do Reino terreno continuarão a ficar de fora”
Mateus, 8:10, 11-12
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sábado, dezembro 30, 2006

o melhor blogue do ano,,,

A corrupção do futebol é uma parte ínfima da corrupção geral do país. E serve principalmente para a esconder”
Vasco Pulido Valente

“Quando um dos nossos mais carismáticos comentadores irrompeu pela blogoesfera arrasou a concorrência deixando a milhas em número de visitas os contumazes abades da paróquia: Pachecos, Fernandes e Mirandas à direita, Tavares, Vitais e Tadeus à esquerda, Saraivas, Marcelinos e Monizes onde der mais jeito, no papel ou nas imagens. (a Sociedade Anónima dos Nomes Mediáticos) Este nosso apreço por quem diz mal de tudo, e de todos entre si, pode ser uma boa profissão e Pulido Valente é um profissional disso mesmo; o costume arrebanha boa freguesia; tem raizes profundas na prática generalizada do reviralho contra a união nacional salazarenta, uma das raras vezes na História em que estivemos quase todos de acordo (todos, menos “eles”) – e o uso desta dicotomia traz lucros imediatos – os “inimigos” fazem falta para legitimar o Poder contra os “maus”; afinal, veio-se a descobrir depois, até Salazar teria dado uma mãozinha invisivel na mirabolante fuga de Peniche ao secretário geral do partido dito comunista.
Quando o Espectro fez a sua aparição logo os teóricos (aos quais miseravelmente me dedico nas horas vagas) bateram as suas píveas intelectuais na perspectiva de se estar a assistir ao nascimento das tais “comunidades de leitores” de onde, da profusão individual das participações, nasce a riqueza de conhecimentos diversificados que permitem que a sociedade se torne também ela própria mais rica; ou das necessidades de partilha gratuita e de outras tretas. Mas o clone modernaço do “Sampaio da Revolução” de bem com os miguelistas de Novembro, tornar-se-ia num “emblema singular do jornalismo doutrinário e da luta pela Liberdade”? como o velho Espectro o foi "da sombra das victimas que acompanhou sempre os seus assassinos e opressores? – seria a umbra mortis, esse fantasma que não deixa de atanazar o rico no seu palácio nem o pobre na sua cabana? – seria o innocente a clamar vingança contra o seu perseguidor?, foi o dedo invisível da Providência a escrever nas paredes da casa de Balthasar e sentença da sua morte”?
Nada disso. Aqui nem o redactor nem o tipógrafo que faziam chegar os panfletos por portas travessas às caixas de correio dos ministros, foram perseguidos. O Vasco Guedes, dito Pulido Valente por via do marketing que o nome do avô comunista lhe legou, tinha tido aquela ideia do Blogue apenas para mostrar competência na angariação de audiências para garantir emprego certo como colunista no “Público” à mulher Constança desempregada vinda do falido “Independente”.

Afinal,
dando alento aos cépticos sobre as elaboradas teorias conspirativas que regem os grandes temas, por uma vez sem exemplo, o grande acontecimento teve razões bem mais comezinhas,,,
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sexta-feira, dezembro 29, 2006

a melhor piada do ano,,,














Usando aviões fretados, a CIA realizou mais de mil vôos secretos sobre território europeu entre Janeiro de 2002 e Julho de 2006, para transporte de passageiros e no âmbito do chamado “combate ao terrorismo”. Usando aviões alugados de “fachada”, a CIA explorou o recurso legal que permite que aviões privados aterrem em aeroportos estrangeiros sem terem de informar as autoridades locais, ao contrário de aviões do Governo ou militares. O caso está a ser investigado pelo Parlamento Europeu e a eurodeputada Ana Gomes entregou em Bruxelas uma lista de 77 voos de e para a base de Guantanamo que sobrevoaram o espaço português e outros 17 que fizeram escalas nos aeroportos das Lajes e Santa Maria nos Açores. Esta lista, refere a revista Visão, contradiz as informações prestadas à comissão de inquérito do Parlamento Europeu pelo actual ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, quando ainda era ministro da Defesa, que disse que não constavam dos registos portugueses quaisquer voos com referências à base de Guantanamo. Paulo Portas, predecessor de Amado na pasta da Defesa, também recusou testemunhar perante a comissão, alegando nada ter a declarar. A polémica promete durar. Ninguém quer assumir responsabilidades, mas como diz Freitas do Amaral, "tinha sido mais prático o Estado português admitir que foi enganado".
enganado?
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quinta-feira, dezembro 28, 2006

e Escalada,

Dêem uma oportunidade à Paz (ver videos)

ler artigo de David Gee, (do Publico)

Àcerca do recém- finado 38º amado líder Gerald Ford diz a imprensa que foi o único presidente da história dos Estados Unidos que não foi eleito. Não é verdade! Pelo menos Lyndon B. Jonhsson que chegou à Casa Branca na sequência do assassinato de Kennedy (que se opunha à presença militar no Vietname) também não foi eleito. Foi ele que levou à escalada da guerra noVietname. Na época 'The Ugly American' (1963), chamado entre nós com o sonso titulo de “o Embaixador” retratava perfeitamente a situação da luta anti-comunista num país asiático imaginário chamado “Sarkan”. As actividades clandestinas da CIA e o Complexo Politico Militar não são meros chavões retóricos.

Depois do vice- Presidente Jonhsson ascender ao Poder onde antes apenas estavam destacados algumas centenas de “conselheiros” poucos meses depois estavam meio milhão de soldados! Foi esta situação que foi trespassada ao notório simpatizante nazi Richard Nixon (“eleito” pelo processo “Watergate” quando Edgar J. Hoover investigava as conexões Nazis da banca americana no pós-guerra, que o levaram ao Union Bank – propriedade do pai de George Herbert Bush. O director do banco desde 1942 é Averell Harriman (futuro secretário de Estado) – que em conjunto com as famílias dos magnatas Ford e dos banqueiros judeus Rockefeller e Rothschild financiaram a campanha de Nixon. Todos eles estão implicados no assassinato de Kennedy). Pelo Vietname passaram mais de 8 milhões de soldados, enquanto actualmente na "guerra ao terrorismo" o número ascende a 1.440.000. Nixon, o presidente mais odioso de sempre, enfrentou a maior onda de protestos jamais vistos nos EUA; enquanto Bobby Darin, um menino pobre do Bronx, estava em voga com "Simple Song of Freedom" (e se engatava sopeiras pirosas ao som de "splish-splash") e John Lennon juntava 1 milhão em Central Park para entoar “Give Peace a Chance”. A citação "dêem uma oportunidade à Paz" continua mais actual que nunca.
Gerald Ford chegou ao poder depois da demissão de Richard Nixon, em Agosto de 1974, na sequência do escândalo Watergate, tendo provocado acesa controvérsia ao conceder um perdão total e incondicional a Nixon por quaisquer crimes que pudesse ter cometido enquanto presidente. De acordo com os analistas políticos, este gesto custou-lhe a reeleição em 1976 (perdeu para o “democrata” Jimmy Carter) mas permitiu pôr uma pedra sobre Watergate. È assim quer funciona: todos diferentes, todos iguais nos mesmos objectivos. O "choque de civilizações" é a face actual do plano para ampliar a supremacia americana.
Também no Vietname se fizeram simulacros de eleições, sendo a ideia a mesma de sempre: "naturalizar" essas guerras ou seja, manter um governo e um exército subordinados, governo e exército fantoches a fazer o trabalho sujo, enquanto os americanos se mantêm em bases estratégicas fortemente protegidas, aptos a intervir directamente apenas em expedições punitivas de grande envergadura... isto é um modelo militarmente muito débil e politicamente devastador, como foi aliás o apoio e sustentação ao governo títere de Van Thieu no Vietname do Sul.







A Guerra no Iraque, 2003-2006
www.youtube.com/watch?v=0aeCNEP6jpw

* Sean Penn: ""devemos iniciar o processo de destituição de Bush, fazer as malas e sair do Iraque"" (em espanhol aqui)
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Bem-Vindo ao Deserto do Real,,, É assim que, no filme Matrix, Morpheus introduz um Neo siderado à «verdadeira realidade» de um mundo devastado que uma realidade virtual alienante esconde. Ou de como emagrecer evitando as "mãos sujas na massa" e fazer regredir a entropia neoliberal através da revisão do programa da Firma Balsemão, sem passar fome. Bem-Vindos aos Oásis do Real:

Um Herói do Nosso Tempo

Auditorias efectuadas a empresas geridas por António Cardoso e Cunha entre 1998 e 2003 descobriram um buraco financeiro da ordem dos 14,5 milhões de euros, assim como desvios de verbas de vários milhões. Membro dos governos de Nobre da Costa, Mota Pinto e Sá Carneiro, comissário da Expo98, vice-presidente do PSD, presidente da TAP em 2002 nomeado por Durão Barroso, Cardoso e Cunha foi alvo no ano seguinte de vários processos relacionados com os seus negócios pessoais, nomeadamente com uma cervejeira moçambicana que nunca chegou a ter actividade e que serviu de cobertura para obter da Caixa de Crédito Agrícola e do Banco Totta/Santander créditos no montante de 6 milhões de euros, sendo esses fundos depois transferidos para contas no estrangeiro. Decretada em 2005 a falência pelo tribunal, foram os seus bens congelados mas sem efeito prático, visto que toda a fortuna (prédios, carros, contas bancárias) tinha sido colocada em nome dos filhos do casal ou transferida para empresas offshore.

in “Filhos da República” na “Politica Operária” nº106
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quarta-feira, dezembro 27, 2006

entre a fé e a ciência: as tangas dos livros religiosos (I)

fantástico: João vê surgir do céu um prodigio quando Maria a filha de Sião estava a dar à luz e aparvalhado assiste à tentativa do dragão vermelho com sete cabeças lhe querer devorar o menino.
Giusto de`Menabuoi fresco na "Cappella degli Scrovegni" (cerca de 1305)

Episódio I - Menáge a trois, com pomba.

Tom Waits, "Waltzing Matilda"

powered by ODEO
Mal o puto nasceu, sem o pai ter emprenhado a mãe,
os carolas zelotas toparam logo que estava ali uma mina, porque
a coisa começou a atrair a malta da guita. Vinham atrás da estrela de
Belém. Sorte a deles, que o miúdo fosse judeu.

esta "Adoração dos Magos", foi pintada por Duccio di Buoninsegna em 1355 na scuola da familia mais rica de Siena, os Lorenzettis, estando hoje exposta no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid.

Seja milagre divino, ou dança celestial dos planetas, certo é que a simbologia do objecto dourado que pairou sobre Belém contrasta com a explicação cientifica plausivel para as aparições do cometa. Contudo, entre as camadas mais ignorantes da sociedade, a crença na

"Imaculada Concepção"
mantém-se com pujante vigor na nossa era. Não há surpresa alguma nisso: a ignorância é paga pelo Estado, em favor das benesses dos oligarcas que lhes detêm os cordelinhos.
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segunda-feira, dezembro 25, 2006

Feliz Natal,
a Guerra Acabou!








É assim o capitalismo: quem
a montante decide a guerra
pela apropriação dos recursos,
decide tambem a jusante pelas
oportunidades de negócios que
a destruição proporciona.
Fique Feliz


E tão certo como tudo o que se acaba, uma das maiores
lendas do lado negro do sentimento de felicidade,
morreu hoje. "I Feeel Nice, I got You", disse-lhe a Morte.
so long Mr. Dynamite!
"Get up, get on up
Stay on the scene, like a sex machine
Wait a minute!
Get on up and then shake your money maker,
Shake your money maker"...
(tremam seus fabricantes de dinheiro)
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domingo, dezembro 24, 2006

“a teologia da libertação deve ser entendida na sensibilidade ao sofrimento dos outros”
Johann Baptist Metz, na enciclica Lumen Gentium

"Se bem que as vítimas são o meu problema – os assassinos não o são! Os assassinos são o problema de outros, mas não o meu; outras pessoas deverão entender ou deverão fazer a tentativa de entender porque os assassinos eram cristãos"
Elie Wiesel, filósofo Judeu, libertado de Auswchitz

Palestina 2006, a "Adoração do Menino"












Poderiam ser todos, excepto o lobie gay do largo do Caldas. Não interessa nada especificar qual é a identidade do homem que sustem nos braços o cadáver do menino. Podería ser libanês cristão, ou muçulmano- libanês, ou israelita, ou árabe- israelita, ou jordano, ou palestiniano, ou sirio, ou iraníano-chiíta, ou iraquiano-suníta, ou... norte americano. Na verdade nenhuma sociedade pode estar livre da tristeza, da raiva e da impotência quando actos desta natureza nos alcançam. Na realidade, os sentimentos humanos não têm pátria nem fronteiras. Tal como os interesses do Capital.



Nasce um deus. Outros morrem. A Verdade

Nem veio nem se foi: o Erro mudou
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.

Cega, a Ciência a inútil gleba lavra
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias; tudo é oculto

"Natal", Fernando Pessoa

quarta-feira, dezembro 20, 2006

“Sandino” (1989)
o filme do realizador Miguel Littin, sobre a vida do revolucionário considerado como o primeiro “General dos Homens Livres” na América, fundador da independência da Nicarágua contra a ingerência dos Estados Unidos, cujo papel principal é desempenhado por Joaquim de Almeida, inédito entre nós, em vez de ser exibido como anunciado, foi Censurado.

No âmbito da planificação cultural que decidiu da unificação da Ibéria como ideia politica neoliberal na prestação se serviços (sub-imperialistas) para a America Latina e África, a EGEAC, o Departamento que trata da cultura na Câmara Municipal de Lisboa, co-produziu no cinema São Jorge, em conjunto com a “Associação Lumiére Noire” de Barcelona, o festival de cinema ibérico - uma coisa chamada “Hola Lisboa”. O evento, que exibiu algumas peliculas interessantes como “Babel” (co-prod. USA-México) “90 Milhas” e “Salvador” (Espanha), “El Brigadista” (Cuba), “Movimentos Perpétuos”(*) e “Pele” (Portugal), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (Brasil) e “Oxalá Cresçam Pitangas” (co-prod Portugal-Angola), foi um fiasco, pela não promoção e subsquente ausência de público.
Para o encerramento prometia-se uma gala para distribuição de prémios, os “Galos de Ouro”, uma homenagem a Joaquim de Almeida pela sua carreira, e a exibição de "Sandino".

Aquilatando da qualidade da organização, que “meteu” discurso do vereador do pelouro da CML e tudo, a sessão foi apresentada por um fulano (benza-o deus) famoso por ter ganho o concurso “Bar da TV”; integrando o júri a estilista Fátima Lopes. As "gaffes" e o amadorismo foram uma confrangedora constante. Joaquim de Almeida, visivelmente embaraçado, depois de receber a estatueta do “Galo”explicou às não mais de meia centena de pessoas presentes que (citando), “a rodagem do filme feita na Nicarágua foi dificil porque coincidiu com a guerra verdadeira, patrocinada pela CIA na ajuda aos Contras para acabar com a “Frente Sandinista” então no governo”. A obra de Littin, cineasta chileno obrigado a exilar-se em Espanha a partir de 1973 depois do golpe de estado de Pinochet, é a narrativa da segunda guerra (1926-1934) de ingerência dos EUA no exterior (a primeira foi Cuba em 1898), e não é coisa de que os norte americanos se possam orgulhar – o filme conta a história dos crimes que levaram ao poder o sanguinário ditador pró-americano Anastácio Somoza que comandou durante décadas um regime de terror implacável. “Quando “Sandino” ficou pronto” continuou o actor português, “e os métodos de intervenção externa dos EUA (então ainda pouco conhecidos) para a expansão dos seus interesses comerciais foram expostos, a própria CIA interveio e inviabilizou que o filme fosse exibido nos Estados Unidos. E concluiu: “Enfim, esperemos que agora com esta vitória dos democratas este tipo de práticas, que atingem hoje a maior paranóia de sempre, termine de vez e se consiga expulsar o expoente máximo da ilegalidade que é este presidente”
A seguir à sessão de entrega dos prémios, metade da escassa assistência abandonou a sala e começou a exibição. Estranho, a pelicula não tinha genérico de apresentação, as legendas em inglês só se liam pela metade; o filme começou por uma cena de repressão das forças de ordem sobre a população faminta e indefesa. Pouco depois Sandino é preso e fuzilado. Que diacho, então ainda agora começou e matam-nos já o nosso herói? – após breves minutos começam a correr os créditos finais. A bobine só continha vinte minutos dos 136 minutos totais, e ninguém da “organização se tinha dado conta disso”.

Uma dúzia de indispostos lá protestaram, sem obter qualquer resposta ou explicação, e por fim os próprios funcionários da EGEAC devolveram o dinheiro dos bilhetes. Impávidos e sem abrir a boca lá ficaram Edgar Pêra (* um dos premiados) e a namoradinha, a coquette Joana Amaral Dias, pavoneando-se pelo foyer, sem manifestarem qualquer opinião. Aliás, apanágio de uma certa “esquerda” nem tinham lá ido para ver “Sandino”, obviamente. E aqui está, a forma como a CML dispende as verbas da Cultura. The End e uma sugestão: podiam entregar isso ao LaFéria, ao menos sabiamos antecipadamente com o que se podia contar.

(*) Edgar Pêra, durante o festival, dirigiu um “workshop” em que jovens estagiários das escolas de cinema ensaiaram filmar sobre o tema “Tortura” ácerca de Guantanamo e das prisões secretas da CIA. Segundo informe dos organizadores, e perante um encolher de ombros de Pêra, também “por motivos burocráticos” nada disto foi exibido. Tomem lá (dai cá) dinheiro e deixem-vos (nos) andar entretidos,,, (pareceu-me ouvi-los “civilizadamente” pensar, a uns e a outros). Tortura? é essencial que estas coisas não passem dos papéis de estimação arquivados nos esconsos das élites. E repare-se como os links do "Festival" já desapareceram imediatamente do mapa (www.holalisboa.com)
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segunda-feira, dezembro 18, 2006

Eu Carolina

(dizem por aí que blogue que não ostente titulo similar a este em epigrafe, cai para metade da audiência habitual. Assim sendo, para acompanhar a onda, aqui vai um post alusivo à quadra justicialicia). Uma prendinha de Natal,


eu bem piei e voltarei a piar, mas o pinto eventualmente só irá parar à gaiola quando eu já estiver assim,,,




(ver mais, nos bastidores)

ps - o próximo livro vai ser sobre o viagra que se utiliza no futebol, enquanto a corrupção em todas as outras áreas, (aquelas que verdadeiramente contam), serão ocultadas por esta nuvem de fumo.

relacionado:
"China, prostituição e repressão"
A China cresce como poucos, sobretudo no incremento da investigação científica que já superou o Japão e se colocou em segundo lugar depois dos USA. Entre progressimo e tradição aparece um facto curioso de prostituição. Foram presas prostitutas e os seus clientes, todos condenados não só a prisão mas expostos publicamente na praça mais central para serem criticados pela opinião pública (um velho costume chinês). Mas no mundo da Internet os criticados foram os autores daquela repressão: 80% do fórum www.sina.com condenou aquela politica. E os principais a protestar foram mulheres de uma associação feminina. (via Indymedia)
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a Time elegeu o "utilizador da Internet" como a Pessoa do Ano, quando constatou que no sistema de votação da sua página Web o presidente Hugo Chávez liderava as preferências do público com 35 por cento dos votos. Seguía-se Mahomoud Ahmadinejad com 21 % e a lider democrata Nancy Pelosi com 12 por cento. (ver mais), então, por exclusão de partes,

a Pessoa do Ano és

dizem eles que,
"o Individuo está no centro da evolução do futuro" mas,, acescentamos nós, desde que tenha capacidade para pagar impostos a fim de suportar as clientelas e corporações que usurparam o aparelho de Estado em seu beneficio - e não ponha em causa o Mercado, questionando o seu papel de "consumidor"
,,, ora o Consumo é coisa de minorias, como se sabe,

é interessante notar como o link da noticia publicitada por um conhecido sitio internet (neo)Liberal nos remete para a edição interna da Time nos Estados Unidos, onde se leva de chofre logo com um anúncio da Chrysler, enquanto a edição da Time destinada à Europa não se atreve a tanto. Atendendo à recente polémica sobre os fazedores do Blasfémias serem pagos para editar o blogue, parece-nos óbvio que os interesses comerciais não se podem perder de vista. Que compre quem quiser.
Os americanos compram, claro, como compram sempre tudo mais que os outros. Nos USA a média de utilizadores de internet ronda os 70% e a sua utilização está vulgarizada por via dos preços baixos; entre nós pouco ultrapassa os 30% e a prestação do serviço tende a ser cada vez tendencialmente mais cara. A Censura (que próximamente se agravará com a Internet2) será exercida por via dos constrangimentos económicos impostos. Está no nome: Impostos.
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domingo, dezembro 17, 2006

"Afinando as Notas", aguarela de Carl Larsson, 1898















a Festa da Musica acabou. René Martin diz que lhe roubaram a ideia. O Expresso faz campanha no forum "Vamos salvar a Festa da Musica", a favor do mais popular evento de música clássica em Portugal; esforço fingido, condenado ao insucesso, de que restarão apenas as "boas intenções" de que o inferno está cheio. Então não é muito melhor, na óptica do individualismo prégado pelo liberalismo, cada um e cada qual tocar à sua maneira o que quiser, em sua casa?, voltarmos às nossas raizes, ao século XIX, deleitar com as nossas virtualidades os nossos familiares, que são os únicos que afinal nos podem dar de retorno o apreço que merecemos?
é urgente que haja um piano em cada casa portuguesa!, ou um fagote, no minimo, ou um pífaro - nada que faça lembrar a beleza colectiva de uma Orquestra, sem que se pague 50 euros por pessoa nas catedrais da élite. A propósito, até a Gulbenkian pôs termo às noites no Coliseu com as grandes orquestras mundiais, a que podiamos assistir no glorioso peão, lá em cima, junto ao tecto,,,

Um patusco comentador faz uma sugestão a Sua Excelência o Senhor Presidente do CCB Doutor António Mega Ferreira: "Programe para 2007 uma festa de música constituída por toques de telemóveis. Sai muito mais barato e tem o apoio certo da Vodafone, Tmn e da Optimus, excelente ideia pois desta forma, pelo menos os impostos estarão salvaguardados dos habituais "gestores" públicos! Ironias àparte vamos então à realidade.
mais do mesmo, ou o vazio


Quando chutaram o Mega para Belém foi com a intenção pré- determinada de reformular o projecto por forma a repor a verdade inicial - o CCB é uma obra cavaquista. O plano de acção é simples (é um bocado mais do mesmo, mas paciência): limpar a casa pondo as despesas a zero (museu entregue de bandeja ao Joe do Banif) e construir o 3º módulo já previsto desde o inicio do CCB que prevê um Hotel e um Centro Comercial (140 mil M2 de construção nova). Tudo o mais que se disser é folclore. Estão de parabéns o lobie do Betão, os empresários e os clientes de uma zona de luxo, assim como se dá novo alento aos basbaques calcorreantes de corredores de centros comerciais que arrastam os fundilhos na cobiça das montras de néon em dias de sol radioso. É a isto que se chama "coesão social" na óptica cavaquista; qualquer diabo pode comprar prada, e os comedores de pipocas em cinemas também não serão esquecidos. Sem dúvida que isto é outra música - Olhem para o resultado: não é lindo? pra uso de todos à mesma, e bué da cosmopolita? (com a porcaria da cultura varrida do mapa. Morra a Cultura, viva a Kultura! pimba)

sábado, dezembro 16, 2006

a Democracia grega incentivava a luta de Galos















Jean-Leon Gerome, 1847 – Museu D`Orsay

¿ então senhores barões, militantes e simpatizantes do PSD, vocês vão-nos desmentir aquela nossa velha impressão que Vossas Excelências só se constituem em Associação quando estão sentados no Poder e há bastas benesses e mordomias para distribuir?
Para além do camarada de Gaia há por aí mais alguém capaz de ter um discurso frontal? Façam qualquer coisa no intervalo dos almoços, mexam-se carago – p/e, podem começar por aqui, por exigir saber quem mandou “limpar o sebo” ao vosso fundador:

Falta de vergonha na cara
(uma carta do leitor Manuel Dias Martins, do Porto)

“É a primeira vez que escrevo sobre o chamado “acidente” de Camarate. De há 26 anos para cá, sempre dei o beneficio da dúvida às nossas autoridades policiais e judiciais para ser apurada a verdade. Quando tudo decidiram arquivar, sem qualquer procedimento, quis acreditar que tinham razão. Quem era eu, simples cidadão, que não sou polícia nem jurista sequer, para pôr em dúvida centenas de especialistas e magistrados. Agora que um indivíduo já referenciado pelas autoridades policiais vem a público, numa entrevista, confessar que preparou pessoalmente a bomba que terá vitimado um primeiro-ministro e um ministro da Defesa, ambos em funções, bem como outros dois acompanhantes e o próprio piloto, fiquei envergonhado de ser português. Mas quem não tem de facto vergonha na cara são os responsáveis de topo das autoridades policiais e de investigação, os magistrados da Procuradoria e todos os restantes que escreveram e decidiram que Camarate foi um acidente. A começar por Feitas do Amaral, que sem ninguém o obrigar, que eu saiba, veio no dia seguinte ao do trágico evento “determinar” em público que havia sido um acidente. Em qualquer outra democracia, de gente com coluna vertebral, a seguir às declarações do confesso criminoso, teria havido “mea culpa” dos responsáveis e demissões de cargos públicos, caso estivessem ainda em funções. Neste nosso amado cantinho, nada se passa, ninguém tem sequer vergonha na cara” (Publico, 14/Dez.)

Há uma aliança entre a mentira e a destrutividade: quanto mais se mente mais destrutivo se é, isto tanto a nivel individual como colectivo. É como se na politica estivesse institucionalizada a tolerância à mentira, ao faz de conta. Não há legitimidade para a mentira.

Rui Coelho, Psiquiatra do Instituto de Psicanálise do Porto, no colóquio “O Homem e a(s) Mentira(s)

(ps - o professor, decerto por lapso, ainda não deve ter notado que lá pelos galinheiros partidários quem trabalhar com base na verdade não sobe na carreira)
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quinta-feira, dezembro 14, 2006

Portugal, como parte interessada no assassinio de JFK (I)

É sabido que foram os americanos que patrocinaram a eclosão e mantiveram durante anos o financiamento dos movimentos de libertação contra os quais combatemos na "nossa" Guerra Colonial. Sabe-se que foram agentes da CIA, (“os olhos e os ouvidos do mundo livre” diria anos mais tarde Reagan) que trabalharam activamente, no tempo de John F. Kennedy, para facilitar a fuga de Agostinho Neto da prisão. Salazar tinha confidenciado: "Se apareceu petróleo em Angola, estamos perdidos". No auge da "guerra fria" adivinhamos também as voltas que o mundo deu até serem os soviéticos a arcar com o odioso da questão da perda do nosso pequenininho Império , que de colonial tinha muito pouco. E no entanto, esta era a América "boa", do imperialismo soft, cujos ideais ainda vendiam bem a ideia a toda a gente, quando em frente do capitalismo ainda havia espaço para crescer,,,

























Fac-simile de folhetos que apareceram a circular em Dallas dias antes da visita do Presidente. O folheto refere expressamente o nome de Portugal como "país amigo (ver mais pormenores aqui)
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terça-feira, dezembro 12, 2006

o Clube dos Eleitores Mortos

Tão previsiveis que eles são. Bastou o actual lider do PSD (decerto com pré-intenção pré-fisgada) ter batido na tecla do desaparecimento prematuro de Sá Carneiro, e na insistência ao exigir um “despropositado” julgamento ao crime de Camarate, para uma acção concertada da comunicação social dos patrões da imprensa lhe desabar em cima.
Acto contínuo, sai o próximo coelho da cartola. Já vos tinha dito, aí para trás.
¿Queres saber quem é o empregado VIP que proximamente irá influir na politica nacional? presta atenção a quem é convidado para a reunião anual do Grupo Bilderberg.

Em 2005 o convidado foi Morais Sarmento – ei-lo portanto aí nas primeiras páginas dos jornais, por gratificação pelos bons serviços prestados, o arrebenta que saneou o "Acontece" da RTP a sanear com os mesmos métodos terroristas o actual lider: "Marques Mendes não tem causas nem carisma". Não é qualquer um, tanto mais que nem foi eleito em nenhuma instância para o fazer, que tem acesso a dizer isto numa primeira página de jornal, ou é?. Em 2004 os convidados do padrinho Balsemão (que faz os convites para o Bildelberg há 18 anos) tinham sido Santana Lopes e José Sócrates, os dois entertainers que então se começaram a “digladiar” para inglês ver na televisão. Ambos, cada um a seu modo e com os seus estilos próprios, foram de seguida chamados a desempenhar os seus papeis. O eleitor ainda está convencido que teve, tem ou terá pitada de influência nestes processos?

Os indícios conhecidos levam a crer que o atentado que vitimou o fundador do PSD então 1º Ministro e o Ministro da Defesa Amaro da Costa esteja relacionado com a “Operação Northwoods” uma mega designação para diversas actividades da CIA para ocultar um amplo rol de acções, como a venda de armas aos contra da Nicarágua (no escândalo Irão-Contra), como antes tinha servido de chapéu de chuva à invasão de Cuba, operação estreitamente relacionada com o posterior assassinato do Presidente Kennedy.
Quando chegou ao Poder Adelino Amaro da Costa sabia que Portugal era um importante entreposto de venda de armas nesse tipo de negócios em que estava implicada, ou de que tinha conhecimento, quase toda a alta hierarquia das Forças Armadas. Ambos os governantes tinham assinado uma Constituição de cariz socialista e, na sequela do golpe de 25 de Novembro em que ascendeu ao Poder um obscuro capitão do exército, estariam apostados em impôr alguma moralidade possivel nas actividades militares. O uso da ingenuidade em politica mata.

Os militares que levaram a cabo o golpe ultraconservador de 25 de Novembro não recuariam perante qualquer risco de guerra civil. Foi por uma unha negra, pelo bom senso das forças progressistas que tal não aconteceu. Também o golpe do 25/11 tem as suas vítimas esquecidas: o Capitão Júlio Ribeiro.

“Quase trinta anos passados, continuam por esclarecer as circunstâncias da morte do capitão da Força Aérea Júlio Ribeiro, ocorrida na Base Aérea de Tancos. O caso tem uma carga politica explosiva porque Júlio Ribeiro, que estava a ser perseguido pelos Comandos por ter apoiado a insoburdinação dos pára-quedistas no 25 de Novembro de 1975, apareceu inanimado na parada do quartel em 18 de Maio de 1977, dando lugar a suspeitas de que tivesse sido assassinado.
Continue a ler, aqui
adenda, o que vem aí é disto:

trauliteiros

Fiquem calmos - porque eles não vos vão deixar Apagar a Memória. Lembram-se disto?:
Depois de ter recebido informações da secção da PSP, um bófia à paisana aborda um pequeno grupo de manifestantes que protestavam contra a transformação do edificio da PIDE em condominio de Luxo, ali ao Chiado, onde os nossos pais foram torturados. Já Santana Lopes tinha mandado demolir e terraplanar a antiga escola da PIDE em Sete Rios (hoje é um terreno baldio onde estacionam automóveis de forma selvagem, uma imagem de marca da Lisboa feita pelos que moram na Quinta da Marinha). Adiante. O policia, de seu nome António (como convém aos dissimulados herdeiros e potenciais salazaretes) de seu sobrenome o Quinto, sob o pretexto de dois dos manifestantes estarem a pisar o asfalto, prejudicando a livre circulação do trânsito, leva-os de cana. Um dos dois "escolhidos" é o militar que estava na RTP na noite do golpe de 25 de Novembro de 1975, Duran Clemente. Coincidência, certo?
"Acho um pouco incrível sermos acusados como pessoas que praticaram crimes" diz o hoje Coronel reformado. Caricato ou não, o certo é as vítimas de perseguição já foram incomodadas. Só não foram parar à Boa Hora, onde funcionaram os Tribunais Plenários porque o crime calhou ao 6º Juizo Criminal de Lisboa. Não é ridiculo que se queime dinheiro e energias em coisas destas?. A prioridade de quem decide da justiça é a "Esquerda mal-compartada", já sabíamos disso. O "julgamento" começou hoje com a presença como testemunhas de alguns notáveis do extinto 25 de Abril. A sentença é lida no próximo dia 21 de Dezembro.
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segunda-feira, dezembro 11, 2006

Nenhum outro estado na América do Norte tem um alcance tão elevado, tanto psicologicamente como na politica ou nas bolsas, como o estado do Texas. Dois dos três últimos presidentes americanos – e três dos últimos oito, são oriundos do Texas: Lyndon Johnson, George Herbert Bush e George W. Bush, todos acederam à Casa Branca através da exploração de uma cadeia de dinheiro e poder que nenhum outro estado conseguiu atingir.



Robert Bryce na sua obra “Cronies” (que leva como subtítulo: Petróleo, os Bushes e a ascenção do Texas como super-Estado americano) explica como é que os negócios do Texas se transformaram nos negócios dos Estados Unidos, e como a politica do Texas é agora a politica da América. A narrativa começa nos dias do boom do petróleo texano (quem se recorda de James Dean no “Gigante” de Georges Stevens?), passa pelo reinado de Lyndon B. Johnson (o Vice- presidente que subiu ao poder na sequência do assassinato de JFK) e acaba na presente época do Dubya, o estróina do Skull&Bones em Yale. Desde os tempos gloriosos da falida companhia de nome hispânico “Arbusto Energy” (a tradução de arbusto para inglês é bush) até ao presente, quando o jovem advogado de sempre nos negócios da família Bush – James Baker III (o 2º a contar da esquerda na capa do livro) – nos vem comunicar as receitas a aplicar no negócio do Iraque. Desde que a multinacional Brown&Root (uma holding gerida por um lobie de advogados texanos, entre eles o infalível J.Baker) garantiu fornecimentos milionários com a escalada da Guerra do Vietname decretada por Lyndon Johnson, passando pelo envolvimento com Saddam Hussein contra o Irão, com os Talibans e a Al-Qaeda de Bin Laden em Houston, até aos dias de hoje, quando justamente o mesmíssimo Baker se prepara para cobrar a factura da reconstrução do Iraque (numa altura em que os negócios não correm nada bem para outra das empresas derivadas da B&R, a famosa Halliburton, obrigada a abandonar o terreno)

Omitindo o óbvio – (mais detalhes aqui)

“Osama Bin Laden” é um boneco de retórica e tem assento na Casa Branca. “Osama” é uma corruptela do nome do agente da CIA, Tim Osman, a quem coube a tarefa da criação do grupo de trabalho que se envolveu com os Mujahedin talibãs na guerra contra a influência soviética no Afeganistão. Por essa época, entre outros, quem dirigiu as actividades da CIA seria o que foi o futuro presidente George Herbert Bush. Mas a CIA, desde há muito que era uma corporação que actua(va) por conta própria – como no famigerado episódio da invasão de Cuba na década de 60 que ficou conhecido como da Baía dos Porcos (Operação Mongoose), mas que apareceu em documentos desclassificados também denominada como "Operação Zapata". Ora a "Zapata Petroleum" foi o 1º negócio com que se estabeleceu Bush (Pai) explorando um offshore no mar das Caraíbas a meio caminho entre as 90 milhas que separam a Florida de Cuba. Foi justamente daí que partiu a "Operação Zapata". Estamos então de volta aos tempos de John F.Kennedy – que quando ascendeu à presidência recebeu um rol de acessores envenenados (coordenados pelo vice Lyndon B. Johnson) que se propunham fazer o seu próprio trabalho nas ligações com a Agência Central de Informações do Estado – desta forma JFK era impedido de ter relações ou reuniões normais com a CIA - impedido na prática de prejudicar as suas acções de alcance geoestratégico mundial, na guerra contra a influência do comunismo internacional, de Cuba ao Vietname.

Por isso a “pista cubana” no assassinato de JFK é tão martelada na comunicação corporativa e a figura de Fidel Castro tão achincalhada por um exército profissional de gente sem escrúpulos que protege activamente criminosos. (clique no recorte ao lado para ampliar).
Procuremos a verdade dos factos. Com os dados hoje disponiveis fica claro que foi o Governo Americano quem matou Kennedy – porque ele não queria os americanos demasiado envolvidos no que viria a ser o desastre do Vietname – mas depois que o “complot do Texas” assumiu o poder na pessoa de LBJ – os efectivos militares que eram de umas poucas dezenas de milhar passaram num ápice para meio milhão de soldados. A grande diferença de opinião, na mesma equipa, entre um Presidente eleito e outro nomeado por obscuras e sinistras figuras dos bastidores do Estado ficou traduzida para a História nos números que se contabilizaram no negócio do complexo Politico-Industrial-Militar.
Pela mesma lógica, também fica hoje cada vez mais claro, que foi o próprio Governo dos Estados Unidos quem mandou matar os seus próprios cidadãos no 11 de Setembro, com o intuito de criar um novo Pearl Harbour, que assim serviu de pretexto para dar livre curso às guerras pelo petróleo e ao cumprimento do pré-programado PNAC. (ver os nomes - de Henry Kissinger a Paul Wolfwitz, duma mistura sinistra dos tais cowboys do Texas com o lobie Judaico, em “Os Senhores da Guerra” episódios 1, 2, 3, 4, 5, 6). A “teoria da conspiração” dos 19 muçulmanos que sacaram dos bolsos chisatos de cortar cartão é bem mais ludibriante do que a conspiração da CIA que tinha à disposição todas as infraestruturas e os amplos recursos necessários para levar a cabo os atentados. Com tantos esqueletos no armário, seria para destruir provas que o edificio 7 do WTC (onde se situavam importantes arquivos e serviços da CIA) ruiu horas depois da queda das 2 primeiras torres, sem qualquer razão aparente? – claro que foi uma demolição controlada! – e mais uma vez temos soldados americanos apostados em fazer do mundo inteiro um imenso vietname (a ler: "Os Estados Unidos dividiram o mundo em 5 Regiões Militares")

A estranha circunstância de haver duas designações diferentes para a mesma operação de invasão a Cuba na década de 60 e um documento furtivo de Edgar J. Hoover que escapou
à limpeza posterior pela CIA, indiciam George Herbert Bush como o principal coordenador e responsável na operação de assassinato de Kennedy. Alex Jones, da Infowars.com no video abaixo sintetiza de forma sistemática esses indícios.


e veja-se quem é o jovem turco
que chegou onde chegou e é amigo
pessoal da família. Aqui, não se
trata de uma visita de Estado;
mas sim de férias particulares,,,

Video (50 min) Bush Link to Kennedy Assassination

aproveite a veja também qual é a contribuição da numerosa familia Bush no combate ao terrorismo


Pather`s Patter: By not saying much,
Bush Sr, said it all

Como é natural Bush ("the Lonely Ranger", o homem que bate todos os "records" em capas da Time) enfrenta uma contestação dificil de ser ultrapassada. Um dos mais influentes cronistas americanos, Joe Klein, em “A Fathers Inadvertent Wisdom” (4/12) interroga-nos sobre que significado profundo estará por trás da relutância de G. Herbert Bush em prestar quaisquer aconselhamentos públicos ao filho.

domingo, dezembro 10, 2006

"Desta Vez Já Não Fala Mais!"
litografia de Honoré Daumier, 1834

os blasfemos estão de luto pela prosperidade de 10% da população chilena numa "democracia consolidada"

Numa dessas tertúlias de fim de tarde discutia-se os sistemas politicos de redistribuição. Um jovem estudante de economia dá a sua opinião: " pois, sim, o mais dificil porém é definir qual é o motor que faz mover o sistema". A mim, sempre me quis parecer que o motor que move o capitalismo é o crime.
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cenas de cultura fast-pop

"O meu filho já me dá sugestões enquanto escrevo"
Margarina R.Pinto, em entrevista à revista "Caras"

Um destes dias cogitava eu na vidinha trepando Chiado acima, quando de repente fui detido por um mau encontro. Há porta da Bertrand estava, adasmastormente tenebroso, um catrapázio em cartão assustadoramente avantajado, o suficiente para impedir a qualquer audaz leitor dobrar o cabo do desprezo. O objecto da promoção retratava uma top-model-writter, de rendinhas no saiote, que em tempo se gabou de ter posto Portugal a ler. a Ler?, (hic, ainda hoje não bebi nada), ou a cansar a vista com farelo? Recompus-me e fui-me ao porteiro fardado que montava guarda à porta da baiúca e atirei-lhe com aquela velha piada: "Com guardadoras do templo destas à porta bem podes ficar descansado que aqui ninguém entra pra roubar nada" (ih,ih,ih, acompanhei a frase com o risinho alarve próprio para estas ocasiões, não fosse o segurança não entender). Do alto da solidez do seu posto de trabalho precário, o homem exibiu aquele tipo de sobrolho carregado de académico erudito extremamente hábil para nos explicar o ciclo de vida útil dos zigotos, mas por outro lado inexplicavelmente inábil para compreender o que é que andam a congeminar as particulas quânticas de comportamento aleatório - e não respondeu. Fixe, meu, suspirei eu, enquanto era puxado por um braço por aquela que me atura. Que cena malaica, man. Bué da mais divertido que ler o livro da gaja, ou ir ao cinema light, podes crer, Luiz Pacheco.

"Nasci três dias depois do 25 de Abril de 1974, ou seja, não vivi um único dia sob regime ditatorial, razão pela qual a minha cabeça está completamente formatada para a liberdade"
Ricardo Araújo Pereira, na "Tv Guia"


Formatemos então a parte sobrante, a nascente e a jusante.
Nos casos em que uma frase se constrói incluindo um contexto situacional extralinguistico, que não seja meramente textual, precisamos de instaurar uma situação de deixis utilizando grupos proposicionais; advérbios; verbos; pronomes; determinante e afixos. A Holoninia e a Meronimia são os conceitos associados à relação entre as partes e o todo de cada uma das unidades lexicais. A Hiperominia e a Hiponímia são os conceitos associados à inclusão entre duas unidades lexicais; ou seja, a lexicografia da TLEBS faz a distinção entre a estrutura interna dos diversos tipos de dicionário. Quem não possuir capacidade para pagar a aprendizagem de modo a fazer-se entender empregando conectores nas coesões interfrásicas do ponto de vista temporo- aspectual, fica sem perceber patavina daquilo que os eruditos que tiveram dinheiro para aprender, lhes estão a tentar transmitir.

Sabendo nós que grupos falando o mesmo dialecto original, desligando-se durante duas ou três gerações deixam de se entender devido à evolução da linguagem falada separadamente por cada um dos grupos – teremos a modalidade, que segundo o TLEBS é uma categoria gramatical que consiste na “gramaticalização das atitudes e opiniões dos sujeitos” exprimindo a atitude do locutor - verifique-se então se esta separação de classes não fica já bem patente na semântica conceptual empregue no site que é de longe mais visitado na net portuguesa (perto de 5 milhões de visitas). Citando: "adoro alinhar em cenas novas ehehe, k gajos fixolas e gente k kurta metal" - o destrunfo dos Porcos (RIP)

a professora Isabel Coutinho (Public7/12) explica: "já começo a ter dúvidas sobre a bondade ou maldade tlebiana: no dia em que em Portugal só houver "Gamas" (TAH-Terminologia Aldous Huxley) talvez os alunos sejam poupados aos disparates de certos manuais escolares. Estou a pensar concretamente nos de História, que é o meu ramo. Nesse dia, além de não saberem ler, ficarão então a não saber quem são. E, como a Geografia parece já ter desaparecido dos programas escolares, ficam também a ignorar onde estão. Que tal? não é bom?"
e agora a vertente económica, que é a base que sustenta todas as outras:
Privados dos cafés de antigamente, quase todos transformados em Bancos, bem podem carpir nostalgias o Pacheco e Vicente Jorge Silva, o autor da famosa deixa da "geração rasca" (que se entreteve a comparar "o melhor" com o "o pior"). Sucedendo-lhe em situação cada vez mais agravada, esta é, sem dúvida, a "geração hipotecada"

mas nem todos dependerão dos pais até aos 30 anos! (ou mais) - o filhinho da MRP p/e tem muito jeito para a escrita,,,
(e assim se fechará o círculo da rasquice)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

afinal, qual é a utilidade da Arte?




















Lucien Freud, Berlim 1922,
Private Collection, Bridgeman Art Library - Londres


Paula, foi uma sorte teres casado com alguém influente na National Art Galllery, senão ainda andavas a pintar canecas na Ericeira. Bem giras, por sinal. Apesar da tua ausência, gosto de ti - e sei que te preocupas com o estado a que o teu país de origem chegou; porém, devias mandar retirar os teus quadrinhos de Belém, desde que a casa está ocupada por aquela gentinha horrivel. Merry Christmas.


"o João Carlos Espada é um merdas"
Pedro Cabrita Reis, citado na revista "Politica Operária"

"Fundação", no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, Lisboa
limpar tudo, e com os materiais que sobraram dos destroços, tentar construir algo de novo. O resultado aparece-nos estranho

Instalação na ArteLisboa, Novembro 2006
destruição, materiais para obras espalhados sem nexo,
as pessoas fazendo parte do cenário

a única Arte, possivel, que se pode assumir como verdadeira, nos tempos que correm, é a de ganhar dinheiro sem precisar de trabalhar. No aspecto político, em particular, estamos numa sociedade de “artistas”; digo eu,,, enfim, é uma teoria minha, mas,
uma Teoria pode ser Indutiva ou Dedutiva; desenvolvida no nível Macro ou no nível Micro, quer seja com o propósito de puro conhecimento , quer com o propósito mais activo de modificar a Realidade. Portanto, o campo que se pretende estudar poderá ser mais facilmente compreendido se abordado a partir de quatro perspectivas intelectuais básicas:
o REAL - ou o Ser, conhecido através do método, da descrição
o POSSIVELou o que pode Ser, conhecido através do método da Especulação Teórica
o PROVÁVELou o que virá a Ser, conhecido através do método da Previsão
o DESEJÁVELou o que deveria Ser, conhecido através do método da Reflexão normativa, valorativa ou ética.
Estas 4 categorias normalmente correspondem:
á HISTÓRIA, descrita segundo as interpretações dos diferentes autores.
á ARTE, segundo cada critério de criação.
á CIÊNCIA, possível a quem tem acesso aos meios de produção científicos e,
á FILOSOFIA, que nos tempos que correm, não serve absolutamente para nada (e foi abolida das escolas)

Richard Wagner, "o Anel"
(aperta o cerco em torno dos individuos)
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