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segunda-feira, agosto 31, 2009

Show-bizz, a Cabala, o poder de emitir "dinheiro" e a Nova Ordem Mundial

a propósito da actuação da cançonetista Madonna em Israel, as televisões pisaram e repisaram ontem durante largos tempos de antena a natureza religiosa da artista que, depois de afrontar com escândalos a sensibilidade do mundo católico, resolveu converter-se ao judaísmo. Teria esta eminente celebridade atingido píncaros tão elevados no seu marketing de espectáculo se não fosse levada ao colo por um séquito de rabinos fanáticos de fundamentalistas religiosos?

No seu livro de 2006, "A Sinagoga de Satanás" (a história secreta da dominação do mundo pela doutrina sionista dos judeus) o escritor britânico Andrew Carrington Hitchcock teve muita coisa a dizer sobre a Casa dos Rothschild. De facto este livro é uma revelação das origens dos tempos que correm. A cronologia de um tenebroso sindicato do crime que começou em 1760 quando Mayer Amschel Bauer tomou posse da herança do negócio de empréstimo de dinheiro no gueto de Frankfurt na Alemanha e mudou o seu nome de Bauer para Rothschild, um nome alemão que significa "Escudo Vermelho" e adoptou o simbólico hexagrama que agora adorna a bandeira de Israel pendurando-o como bandeira por cima da sua porta.
Os últimos 250 anos são basicamente a história da devastação que os Rothschilds têm provocado sobre todos os habitantes do planeta. Um desses efeitos que desembocaram directamente no século XX é a quebra da civilização que nos conduz para um desastre global - se não acordarmos a tempo de impedir este desfecho eminente, desmantelando e dissolvendo finalmente o infame e diabólico negócio usurário desta "casa de satanás", cujas raizes originais têm causado a degradação da humanidade nos últimos dois séculos e meio.

(Contra-informação: o sitio "radical.press.com" apresenta o dominio financeiro do sistema de Reserva Federal dominado pela banca judaica como sendo "o perigo bolchevique")
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sábado, agosto 29, 2009

Desenvolvimento sustentado

a Google Earth tem vindo a adicionar fotos históricas aos seus arquivos. Na primeira imagem (em cima) pode ver-se Las Vegas quando esta parte do Estado do Nevada era ainda quase apenas um deserto nos anos 50. Como na economia do pós-guerra e no boom financeiro, a cidade do pecado cor-de-rosa, do jogo, prostituição e show-bizz clandestinos, a desregulamentação e o crescimento urbanístico desmesurado assumiram aspectos de catástrofe. A segunda imagem (em baixo, veja-se como termo de comparação as pistas do aeroporto) mostra a Las Vegas de hoje (2008), um modelo glamoroso de sucesso comercial e desenvolvimento,,, saturado e insustentável – uma herança a precisar de receitas profilácticas. Tanto mais que o panorama geral na cidade é de falência generalizada. Efectivamente foi aqui que o mercado do imobiliário teve a sua pior derrocada em todos os Estados Unidos. Como em tudo o mais, (menos nos investimentos bélicos), mais uma machadada nas apostas do “sonho americano”


A cidade dos casinos apostou tudo no boom imobiliário, e perdeu!

(1) O último número da revista Time Magazine faz capa e insere uma reportagem sobre a situação fazendo um trocadilho com o famoso mupi: “Bem vindos ao fabuloso mundo de Menos Vegas”. Um quarto de 70 metros quadrados no luxuoso hotel do Wynn Resort custava há um ano 500 dólares por dia; hoje pode-se reservar o mesmo quarto por 109 dólares e ainda se recebe um voucher de 50 dólares para desconto em futuras estadias. No Circus Hotel Casino podem-se arranjar quartos por 22 dólares por dia. A taxa de ocupação média na cidade caiu para 72 por cento. A taxa de desemprego passou de 3,8% em 2006 para 12,3% em 2008. No boulevard principal existem pelo menos oito mega-empreendimentos em construção que foram suspensos, desde as Trump Towers de 1,2 biliões, passando pelo Hilton Grand de 714 apartamentos de time sharing, até ao empreendimento de 4,8 biliões do hotel casino de 5000 quartos “The Echelon”; ainda que o novo City Center propriedade da MGM prossiga com as obras no total de 8,4 biliões que empregam cerca de 9.500 operários. O optimismo capitalista permanece: “ “Não existe maneira que possa mudar este nosso mundo. Não há hipótese que as pessoas parem de fazer as coisas que elas querem fazer”, comenta Sheldon Adelson, o administrador executivo da Sands Corporation (uma corporação cujos primórdios assentam num casino fundado pela Máfia nos anos do pós guerra)

(1) Veja a reportagem em http://www.time.com/time/business/article/0,8599,1868932,00.html
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sexta-feira, agosto 28, 2009

“Auschwitz, os Nazis e a Solução Final”, edição portuguesa da D. Quixote, 2005

o autor, Laurence Rees, apresentado como investigador do chamado “holocausto judeu mas que de facto é argumentista profissional da BBC, escreveu esta obra por altura das comemorações do 60º aniversário da libertação de Auschwitz. A técnica usada na efabulação da versão sionista da História é simples. Decalca extractos de trechos que apelam às emoções primárias do leitor (o famoso truque da vitimização dos judeus) e cita como fontes obras escritas recentemente e não quaisquer documentos originais (ver notas do nº 48 a 52), usa documentos ditos dos arquivos russos desclassificados já depois da queda da URSS cuja autenticidade poderá ser duvidosa, cita trechos ardilosamente tendenciosos colocando-os entre aspas, mas sem lhes referir a fonte, ou seja são inventados (casos aqui assinalados por (?); e finalmente entremeia tudo com episódios romanceados pelo autor. Uma dramatização ao estilo dos argumentos das séries televisivas. O resultado é eficaz: o conjunto é homogénio e aparece todo ele como sendo um relato verdadeiro. Porém,,, (ver fontes e notas finais às páginas 68-70do livro):

“(...) os nazis acreditavam que não se tratava de uma guerra contra as nações “civilizadas” do Ocidente (?a), mas de uma luta de morte contra os “sub-humanos” judeo-bolcheviques. Por isso, Franz Halder, chefe do Estado Maior do Exército, registou no seu diário, a 17 de Março de 1941, que na Rússia “deve ser usada a força, na sua forma mais brutal” e “a intelligentsia activada por Estaline tem de ser destruída”(?b). Esta atitude significava que era exequivel, para os estrategos económicos, avançarem com uma solução devastadora para o problema da alimentação do exército, duranta a incursão na União Soviética. Um documento de 2 de Maio de 1941 oriundo da Wehrmacht diz que “todo o exército alemão” teria de ser alimentado às custas da Rússia. A consequência disto era óbvia: “dezenas de milhões de homens irão, sem dúvida, morrer à fome se retirarmos do país tudo o que necessitamos” (48). Três semanas mais tarde, a 23 de Maio, outro documento, ainda mais radical, foi produzido pelo mesmo departamento. Intitulado “Guia Politico-Económico para a Organização Económica do Leste”, esclarecia que o objectivo actual era utilizar os recursos russos não apenas para alimentar o Exército alemão mas, também, para sustentar a Europa controlada pelos nazis. Assim sendo, 30 milhões de pessoas, no Norte da União Soviética, podiam vir a morrer à fome” (49)
Existia uma corrente de pensamento dentro do movimento nazi que via esta redução da população economicamente justificável. Sustentada numa teoria da “dimensão optimizada da população”, os estrategos económicos examinavam qualquer zona e baseava-se apenas no número de pessoas que ali vivia, quer a comunidade fosse lucrativa quer desse prejuizo. Por exemplo, o economista alemão Helmut Meinhold, do Instituto para o Desenvolvimento do Leste, calculou em 1941 que 5,83 milhões de polacos (incluindo idosos e crianças) eram “excedentários” para as necessidades” (50). A existência desta população excedentária (os Ballastexistenzen) representava uma “verdadeira erosão de capital”, um “desperdicio de espaço”

Faziam notar o modo como Estaline tinha lidado com uma sobrepopulação semelhante na União Soviética. Na Ucrânia, durante os anos 30, uma politica de deportação da classe dos “kulaques” (camponeses ricos) e a colectivização dos que ficaram, levara à morte 9 milhões de pessoas (?c)
“Apelando à rápida germanização dos territórios ocupados, Himmler já chamara a atenção para o facto de a maioria das quintas ou propriedades polacas ser demasiado pequena para sustentar uma família alemã e, agora, acreditava sem dúvida que a morte, em massa, pela fome, iria facilitar a criação de grandes Estados alemães na União Soviética. Pouco antes de ser iniciada a invasão Himmler disse com toda a franqueza que “o objectivo da campanha russa [é] dizimar 30 milhões de eslavos” (51)
(...) quando Hitler escreveu a Mussolini para lhe comunicar a decisão de invadir a União Soviética, confessou-lhe que se sentia “espiritualmente livre” e que a “liberdade espiritual” consistia na capacidade de agir, durante o conflito, como lhe apetecesse. Tal como Goebbels, o chefe da propaganda de Hitler, escreveu no seu diário a 16 de Junho de 1941: “o Führer diz que temos que chegar à vitória quer o façamos a bem ou a mal. De qualquer maneira, temos tanto sobre que responder...” (?d)

Era também claro, nesta fase do planeamento da guerra, que os judeus da União Soviética iriam sofrer horrivelmente. Num discurso no Reichtag em 30 de Janeiro de 1939, Hitler tinha feito uma ligação explicita entre uma futura guerra mundial e a eliminação dos judeus: “Quero ser hoje, de novo, um profeta: se as finanças internacionais e o judaismo dentro e fora da Europa conseguirem lançar as nações, mais uma vez, numa guerra mundial, o resultado será não a bolchevização da Terra e a vitória dos judeus, mas a aniquilação da sua raça na Europa”. (52) ; na foto abaixo: os Nazis prendem o filho de Estaline, Yakov Djugashvili

Hitler usou o termo “bolchevização” para, de acordo com a teoria racial nazi, salientar a ligação entre comunismo e judaísmo. Para ele, a União Soviética era a séde da conspiração judeo-bolchevique. Não interessava que o próprio Estaline tivesse claras tendências anti-semitas (?e). A fantasia nazi concebia que os judeus puxavam os cordelinhos por todo o império de Estaline. Para lidar com a perceptivel ameaça dos judeus da URSS (?f) foram formados quatro Einsatzgruppen, pelotões operacionais, integrados nas SS e na Policia de Segurança que operavam imediatamente antes da linha da frente limpando o terreno, com o objectivo de exterminar os inimigos do Estado”

Fontes mencionadas no livro:
(48) Minutas dos arquivos do Julgamento de Nuremberga 1946
(49) idem
(50) Goetz Aly e Susanne Heim, “Architects of Annihilation”, 2002.
(51) idem
(52) do livro “Hitler” de Ian Kershaw, 2000.


Comentários à obra:
(?a) O principal motivação ideológica dos nazis, antes como agora, era a destruição do comunismo como sistema de organização económico-social, como aliás ficou claro desde a formação dos “Freikorps” durante a Revolução alemã de 1918/9
(?b) Os aparelhos de controlo de massas na época eram copiados entre si pelos três principais lideres europeus: Churchil, Hitler e Estaline. Ver John Keegan, “Biografia de Churchill”.
(?c) Decerto este número é incluido na velha balela laudatória de condenação do “comunismo” pelos “milhões de mortos” que provocou.
(?d) as campanhas militares vitoriosas da Alemanha estavam em pleno apogeu, pelo que não é credível que em Julho de 1941 os seus lideres se auto-culpabilizassem por derrotas previsiveis. Ver “Discurso de Hitler no Reichtag em 11 de Dezembro de 1941, sobre a culpabilidade de guerra de Franklin D. Roosevelt”
(?e) Não se compreende a acusação de anti-semitismo. Estaline era ele próprio de origem judaica: de seu nome de origem Yoseph David Djugashvili, o que traduzido à letra significa “José filho de judeu David"
(?f) a ênfase posta nas intenções de extermínio dos judeus do Leste visa branquear o controlo do negócio bancário da City de Londres e de Wall Street pelos banqueiros judeus que financiaram de igual modo o esforço de guerra da Inglaterra e da União Soviética. Existem cartazes de propaganda nazi onde se diaboliza a aliança do capitalismo ocidental com o capitalismo de Estado que então começava a nascer na URSS
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quinta-feira, agosto 27, 2009

os Kennedys

quando se ouve por aí dizer “morreu o pilar do mais poderoso clã dos Estados Unidos”, quem difundiu a ideia na origem teve a deliberada intenção de mentir. E quem mente são justamente os que aniquilaram durante décadas sistematicamente os Kennedys.

A familia Kennedy é ainda anterior à grande vaga de imigração europeia para o novo mundo no virar do século XIX para o século XX, no caso imigrantes oriundos da Irlanda. O clã prosperou nos Estados Unidos com o evento da Lei Seca nos anos 20 que proibiu a venda de álcool. (Com a desculpa que uma elevada taxa da população se tinha tornado alcoólica compulsiva causando grandes estragos sociais e económicos, há quem defenda a tese que na verdade a Lei da Proibição se ficou a dever às pressões da industria petrolifera apostada em evitar que o álcool se convertesse numa alternativa à gasolina como combustivel para os automóveis que então começavam a ser fabricados em grande escala. O primeiro Ford modelo T tinha surgido em 1907).

Para abastecer o mercado negro de bebidas alcoólicas, contrariando a lei, o patriarca Joe Kennedy fez fortuna importando whisky da Irlanda que chegava em navios fretados de grande envergadura entrando pelos portos livres do Canadá e através do contrabando era introduzido nos circuitos clandestinos dos “speakeasys” cabarets, casinos e na alta roda social da América do Norte. O primeiro agente canadiano no negócio foi a familia de judeus Bronfman (que ainda hoje detêm a marca Seagram, precisamente com séde com Canadá). Mas nos principais destinos de mercado, New York e Chicago, a familia Kennedy tinha concorrência de peso na disputa do negócio: o clã dos Italianos, Lucky Luciano e Al Capone e o clã de Meyer Lanski, um kapo judeu de origem polaca que nos anos 30 haveria de arregimentar os clãs mafiosos italianos por via do controlo bancário do negócio. O banqueiro judeu Arnold Rothstein (celebrizado no romance de F. Scott Fitzgerald O Grande Gatsby) financiava as verbas necessárias para pagar os arriscados carregamentos com juros altíssimos; e quem não alinhasse no esquema era perseguido pelas autoridades policiais previamente corrompidas e os detentores de negócios que se recusassem ao pagamento dos lucros à Banca eram destruidos pelos operacionais italianos.

Este esquema mafioso floresceu em paralelo com o controlo do negócio bancário nos termos em que ainda hoje funciona, com a criação em 1913 do Sistema de Reservas Federais também monopólio de judeus. A exclusividade da emissão de Dinheiro, dos negócios do Jogo (Las Vegas, a Costa Dourada na Florida e mais tarde na Havana de Fulgêncio Bautista) e do Álcool, os três monopólios da delinquência, estiveram na origem da génese do controlo de praticamente toda a economia dos Estados Unidos pelos judeus. Os repetidos assaltos por gangsters aos carregamentos de álcool dos Kennedys foram o primeiro desaire para o clã irlandês. Anos mais tarde, depois da Grande Guerra, quando John Kennedy foi eleito presidente adivinhava-se uma espécie de vingança moralizadora: Kennedy preparava o fim do controlo da emissão de dinheiro pela Reserva Federal e o irmão Robert Kennedy como secretário de Estado levava a cabo um impiedoso combate contra a corrupção e a máfia. Ambos foram sucessivamente abatidos.

A Ted Kennedy anos mais tarde fabricaram-lhe um acidente de automóvel com uma prostituta, destruiram-lhe qualquer veleidade de disputar a presidência e encostaram-no a um lugar irrelevante no Senado. Mais recentemente o filho de JFK, John-John, um jovem com um futuro politico promissor morreu num mais que suspeito acidente de avião particular. O judeu Meyer Lanski morreu de velho protegido por Israel já na década de 80. Sabe-se que deixou um filho que se formou na Academia Militar de West Point, mas por razões de segurança, sobre aquele que será hoje decerto uma alta personalidade nos EUA, Lanski sempre se recusou a revelar o seu verdadeiro nome
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quarta-feira, agosto 26, 2009

o caso dos médicos cubanos

A barragem que tem vindo a ser feita à contratação de médicos cubanos pelas corporações do ramo instaladas no sistema não é surpreendente. Porque o que determina a prestação de provas para aprovação prévia da competência dos médicos oriundos do sistema de saúde livre, gratuito e universal que vigora em Cuba é que a importação de actores que trabalham subordinados a este tipo de exemplos são maus para o negócio da saúde privada.

Portanto, as rigorosas provas obrigatórias aos médicos cubanos exigidas pela Faculdade de Medicina do Porto têm um cariz ideológico, anti-socialista. Na ausência de capacidade formativa de médicos num país como Portugal, dito desenvolvido, ocidental, já houve antes contratações de médicos espanhóis e uruguaios para acudir ao negligenciado sistema nacional de saúde e não se levantou problema algum. (1) Em flagrante contraste com outra prática que cada vez se torna mais corrente em Portugal: a contratação de médicos assalariados por empresas de trabalho temporário que depois os subcontratam, por metade do preço que o SNS paga, para prestar serviços nos hospitais regionais ou em centros de saúde no interior para onde ninguém quer ir. Trabalham em regra servindo de bombeiros a fazer serviços nas urgências de 24 horas, são pagos à hora, acumulam serviços seguidos sem observar periodos minimos de descanso, ganham pequenas fortunas, e sobre as suas competências ou habilidades comunicacionais não é exigivel qualquer controlo especial. Muitos têm uma carreira médica lastimável, não têm qualquer especialidade, alguns foram erradiados da função pública por problemas éticos; mas para serem “mercenarizados” por empresas de trabalho precário já são um óptimo material (com a vantagem de ser nativo) que não carece de teste prévio.

(1) Compare-se o lamentável episódio dos doentes que ficaram cegos por negligência médica no Hospital de Santa Maria, com o retumbante sucesso das operações às cataratas feitas sob a égide da Operacion Milagro providenciada pelo SNS de Cuba que já reabilitou algumas centenas de milhar de doentes em risco de ficarem cegos, um serviço que vem sendo comparticipado e aberto a todos os pobres da América Latina; e por extensão, até o presidente da Câmara de Vila Real de Santo António (que é oriundo do PSD) já se “pendurou” nele para recolher dividendos politicos para a autarquia
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segunda-feira, agosto 24, 2009

A doutora Manuela

votar na ex-ministra do neocon Durão Barroso lembra o episódio do “Cavaleiro Inexistente” de Ítalo Calvino em que o pedinte esfomeado se debruça avidamente sobre a sopa como se a marmita fosse uma janela para o mundo. Empurrando como alternativa a plebe votante para a gestão apolítica de um grilo falante da série PS que se formou como engenheiro a um domingo, efectivamente o nosso reduzido e imperceptível mundo aparece-nos todo ele na forma de uma grande Sopa.

Fale com ela, a do PSD, e espere-lhe pela pancada. Ainda a procissão eleitoral vai no adro e já MFL se queixa acusando o governo e o Banco de Portugal de não dizer a verdade sobre o défice. Quem não se recorda da cena dos 3% do défice de Barroso que passaram de imediato a 6,7% pela mão dada por Vítor Constâncio ao compincha de partido Sócrates? – como diria a doutora Judite em off na entrevista da RTP “foi gira esta última pergunta, não foi?” – pois foi, mas decerto não traduz o agravamento de impostos nem o aumento da carestia do custo de vida que se avizinha - ganhe quem ganhar, perdemos todos.

Alguns locutores e editorialistas pretendem que a “politica de contenção de MFL despida de sonhos e promessas representa um corte abrupto com o passado” (o insultuoso compadrio com os criminosos neocons de Bush, pois sim, que o povo tem memória curta) – e como é que eles sabem!? se este tipo de candidaturas mudas (como a de Cavaco em 2006, que ipsi verbis se calou para não dizer asneiras) não tem programa fora de Washington e abunda em interjeições aparvalhadas: “não me comprometo”, “não posso prometer”, “não sei”, “não posso responder” – não dizem pêva e depois de entronizados executam aquilo que parece ser o que lhes dá na gana mas que na verdade é o cumprir estritamente as ordens emanadas do grupo Bilderberg, os reais decisores do mundo tal qual vem sendo construído. Fora do universo maniqueísta televisivo da doutora e do engenheiro (da Sopa) não existe nada. “O mundo não se muda com o voluntarismo de programas eleitorais” disse sobre o mutismo o número 2 do PSD, ele próprio um conviva do Bilderberg como aliás a chefe de fila Ferreira Leite, como aliás Sócrates e Santana, ou Augusto Santos Silva; todos eles são pródigos em largar dicas anticomunistas tendo como destinatários os cada vez mais escassos labregos que frequentam a paisagem do grande centrão. Citando de novo Aguiar Branco: “Sócrates tem uma visão retrógada e sovietizada, que não dá liberdade às pessoas, não confia nelas nem na iniciativa privada”. Deixa-nos rir. Disse César Pavese: afinal “todo o problema da vida consiste nisto: como romper a própria solidão, como comunicar com os outros?”.


Como não é possível existir ideias, venha a imagem


O new look da doutora Manuela exibe uma boa carrada de pó de arroz demagógico nas fuças mas que de forma alguma apaga a velha imagem da saia casaco castanho cinzentão e da maleta porta bicuatas descuidadamente a tiracolo. Como travesti da “moralidade pública” MFL exemplifica-se pela aturada confecção das tormentosas listas de shindler dos candidatos do partido cavaquista; (“ao apontar um arguido acusado de fraude e fuga ao fisco para deputado a líder do PSD dividiu a ética individual em duas: uma que se pratica na esfera pública e outra na vida privada”. Manuel Carvalho, Público). Sobre a osmose das empreitadas da coisa pública que giram em torno das adjudicações a negócios privados de notáveis dos partidos, sobre este caso e muitos outros, disse a raposa de guarda ao milho dos galinheiros Ferraz da Costa: “Portugal não tem dimensão para se roubar tanto” (Expresso supl. Economia 15/Agosto).

“Uma ferida aberta!”, acudiu pressuroso o Barbas, não o do Benfica, mas o outro. O Benfica vai bem e recomenda-se. Afinal na “importante” entrevista onde a doutora Manuela se esgotou no “e sobre isso não vou dizer absolutamente mais nada” a transmissão do jogo do Benfica quando já se conhecia o resultado bateu em audiência a líder do PSD em directo, uma personagem obscura da qual não se espera em definitivo resultado algum
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sexta-feira, agosto 21, 2009

o Sol do Mendigo

os aficionados viciados compulsivos na compra de revistas do coração vivem por estes dias momentos gloriosos – parece que Madame de Boisrouvray, sua alteza do principado de Mónaco Charlotte Casiraghi e Carla Bruni Tedeschi a famosa parceira sexual do funcionário investido em funções no governo de França, praticam a transação de propriedades em grupo ali para as bandas da Herdade da Comporta, no litoral do Alentejo – uma zona de "espíritos santos" em alto risco de ser privatizada para uso exclusivo da monarquia dos ricos europeus, como se vai vendo pela organização urbanística do resort de Tróia, infrequentável pela plebe por via das altas tarifas de transportes de acesso e pela impossibilidade de estacionamento próximo das praias.

apesar das vicissitudes da época que vivemos, a azáfama da movida popular dos pacatos alentejanos lá para os lados da praia do Carvalhal tem sido intensa;

Olhai o vagabundo que nada tem
e leva o Sol na algibeira!
Quando a noite vem
pendura o sol na beira de um valado
e dorme toda a noite à soalheira…
Pela manhã acorda tonto de luz
Vai ao povoado
e grita:
- Quem me roubou o sol que vai tão
alto?
E uns senhores muito sérios
rosnam:
Que grande bebedeira!
E só à noite se cala o pobre.
Atira-se para o lado,
dorme, dorme…

(Manuel da Fonseca, in "Obra Poética")

mas saiba-se que Albina de Boisrouvray, herdeira do “Conde” Patiño oriundo da Bolívia, (um dos países mais pobres do mundo) que se notabilizou como Rei do Lixo de lata durante a Grande Guerra e a sua corte de grotescos pajens chulo-capitalistas são apenas mais umas quantas peças do lixo que é largado anualmente nas praias pelos despreocupados recolectores da caça e pesca nacional. Num caso pelas nossas élites, noutro pela mísera e desqualificada fauna local. Em memória da segunda tribo, aqui fica a tradicional e exemplificativa escultura anual da arte povera tuga com elementos recolhidos em escassos dez minutos de passeio na orla costeira de Melides:

quarta-feira, agosto 19, 2009

algumas questões sobre a chamada "gripe A"














Um documentário de Julián Alterini. ¿O que se esconde por trás da gripe dos porcos? ¿Porquê a insistência?

Operação Pandemia


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terça-feira, agosto 18, 2009

a hiperinflação global (II)

(continuação do post anterior - tradução anotada do artigo de Webster Tarpley)




















“A pressão interna nos EUA provém do facto que as ajudas aos bancos e os empréstimos sobre a dívida pública, não correspondem a bens materiais, são ficticios e “apoiados” numa massa de derivados financeiros que cresce exponencialmente e que por fim terão forçosamente de ser indexados aos valores dos bens efectivamente produzidos. Some-se isto ao factor mais importante, o pânico em redor do dólar nos mercados de câmbios internacionais e torna-se evidente que tudo aponta para uma situação de hiperinflação. O patrão mor do lobie financeiro judeu-americano Ben Shalom Bernanke ganhou a alcunha de Ben “Helicopter” Bernanke da sua famosa performance de bombardear com caixotes de dólares os buracos dos bancos como forma de estimular a economia para a resgatar da Depressão - aliás, uma demolição planeada. A cena recorda-nos que o perfil das lideranças financeiras anglo-americanas, desde Gordon Brown, Alistair Darling, and Mervyn King até Summers, Geithner, e Bernanke são decididamente hiperinflacionárias, embora todos afirmem que tal é impossivel.














A situação de hiperinflação alemã em 1923 foi gerada internacionalmente, não foi devido a causas internas da Alemanha. Tratou-se de uma campanha de guerra económica da Grã Bretanha e da França contra o seu derrotado rival. A Alemanha assinou os Acordos de Rapallo conjuntamente com a Rússia Soviética criando uma combinação económica que excedeu os objectivos anglo-franceses. Com a finalidade de abortar o potencial de Rapallo criando o caos na economia alemã, a coligação anglo-francesa destruiu sistematicamente o valor dos marcos alemães nos mercados de câmbios internacionais, tirando vantagens do sistema de indemnizações de guerra decidido em Versalhes e pela ocupação francesa da zona industrializada do vale do Ruhr. O marco caía cada dia que passava quando a sua taxa de câmbio era anunciada na Bolsa de Londres. Hoje em dia são as enormes quantidades de dólares detidos internacionalmente que tratam de aniquilar as notas verdes emitidas pelos Estados Unidos.

A única maneira da deflação actualmente se resolver seria se alguém como o popular ideólogo autodidacta da escola austríaca Ron Paul tomasse o poder e executasse a alternativa “libertária” ao sistema continuado de ajudas a Wall Street da administração Obama. É evidente que haveria de imediato um crash deflacionário, o qual na sua opinião seria automaticamente seguido por uma retoma. Ron Paul (uma lebre na corrida dos judeus Sionistas) é um representante moderno da assim chamada “escola liquidacionista” à qual pertenceu Andrew Mellon, o secretário de Estado do Tesouro dos EUA nos anos 20. Mellon procurou executar a liquidação de valores excedentários detidos em stocks, fundos (bonds), créditos imobiliários e postos de trabalho desnecessários na conjuntura. O chanceler alemão Heinrich Brüning, outro liquidacionista, cortou selvaticamente os beneficios dos desempregados ("nanny state", o equivalente ao falso “Estado minúsculo” de Ron Paul) no auge da situação de depressão ajudando a desencadear a debacle de Janeiro de 1933. Os liquidacionistas tendem a ser pessoas endinheiradas que acreditam que continuarão a ter dinheiro mesmo depois de todos os outros se terem precipitado na bancarrota – quando eles estariam aptos a comprar valores sob stress de perda e trabalhadores desempregados e desesperados a qualquer preço. Mas os liquidacionistas obviamente não podem ser a solução para a depressão de uma sociedade inteira.

As recentes reuniões dos lideres do expandido grupo de paises do G-8 em L'Aquila na Itália ficaram marcadas pela crescente falta de credibilidade do Dólar norte americano, o qual devido às politicas financeiras criminosas de Wall Street que têm dominado as administrações Bush e Obama, não podem continuar por mais tempo a representar o papel de moeda única mundial. O presidente russo Medvedev pugnou por uma nova moeda global no sentido de pressionar o regime financeiro representado por Obama na direcção de uma reforma séria do sistema monetário internacional, a qual é clara e urgentemente o processo a decidir antes de qualquer outro. Naturalmente, funcionários dos oligarcas financeiros como Larry Summers, Tim Geithner e Ben Bernanke pretendem continuar a desempenhar o papel de ditadores da actual divisa mundial, e não a serem forçados a negociar o fim da hegemonia anglo-americana do dólar. O mundo precisa de ir mais além, para um novo processo alargado do sistema monetário mundial no qual o euro, o yen, o dólar, o rublo, a moeda chinesa e possivelmente uma nova moeda latino-americana e outra Árabe possam ser todas incluidas. Será importante proceder à transição para o novo sistema da forma mais ordeira possivel, porquanto um catastrófico colapso do dólar a curto prazo não será vantajoso para ninguém e apenas representará um passo decisivo para a ruina universal.

As taxas de crescimento económico sob o regime de Bretton Woods entre 1944 e 1971 foram as mais elevadas na história escrita antes ou depois desse periodo. Isto foi cumprido através do dirigismo do Estado na forma de estreitas faixas isoladas entre as diversas divisas, combinadas com reservas de ouro que regulamentavam os excedentes ou os défices entre nações, as quais preveniam o principio realista indispensável para restringir a tendência hiperinflacionária do centro capitalista anglo-americano. O novo sistema monetário internacional deverá incluir a abolição do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial nas suas formas actuais, na medida em que estas instituições estrangulam o progresso económico e o desenvolvimento do sector financeiro. Depois disso, o objectivo do novo sistema monetário será reiniciar a exportação de bens essenciais de alta tecnologia do tipo mais moderno disponiveis nos EUA, Europa e Japão com destino aos paises empobrecidos de África, Ásia do Sul e certas partes da América Latina.

O Governo Federal dos EUA (e os dos seus Estados subsidiários) deverão pôr fim aos pedidos de empréstimo e começarem eles a emprestar

Os Estados Unidos precisam, no sentido de liquidar a bolha dos derivados, da ajuda da taxa Tobin de 1% de imposto sobre as transações financeiras especulativas, incluindo futuros, fundos opcionais, stocks, bonds, commodities, câmbios sobre o estrangeiro, etc.
Caso tivesse sido aplicada a taxa Tobin na Califórnia esta teria resolvido a situação de défice do Estado. Os 16 maiores bancos de Wall Street (1) são instituições fantasma que precisam de ser dimensionadas e liquidadas de acordo com o capítulo 7 do código das falências com todos os seus derivados a ir pelo esgoto abaixo. As hipotecas sobre casas, explorações agricolas, pequenas indústrias e negócios deverão ser banidas no minimo pelo periodo de cinco anos ou pelo periodo que durar a depressão, o qual se prevê seja cada vez mais alongado. Para providenciar a concessão de crédito, a Reserva Federal deverá ser redimensionada e nacionalizada, servindo de veiculo que faculte crédito à taxa Zero apenas para as actividades produtivas, não para actividades especulativas. Para reavivar a procura de crédito o Estado e os Governos Locais devem implementar grandes projectos de construção, como hospitais, energias alternativas, linhas ferroviárias TGV, reactores nucleares de última geração, reconstruir sistemas de fornecimento de água, auto-estradas, etc. As fábricas de automóveis deverão ser reconvertidas para estes e outros propósitos: polos cientificos no campo da exploração e colonização espacial, física de alta energia e a pesquisa biomédica deverão também ser subsidiadas no sentido da modernização tecnológica. A segurança social cujas pensões têm vindo a ser destruidas, precisam de ser impulsionadas por beneficios gratuitos dos serviços nacionais de saúde para todos aqueles que perdem seguros de companhias declaradas insolventes devastadas pela especulação dos derivados. Estas são medidas simples que são requeridas de imediato para a manutenção da civilização humana na América do Norte. Até que medidas como estas sejam levadas a cabo nos Estados Unidos, o mundo inteiro continuará a cair numa depressão económica cada vez mais profunda”

Podemos reconhecer algumas destas medidas nas actuais intenções estratégicas de Obama e José Sócrates, mas as essenciais decerto não são sequer equacionadas, porque ambos trabalham efectivamente para manter a hegemonia da infima elite financeira dos 3 por cento de multimilionários globais. J.M.Brandão de Brito, um researcher do BCP recorda no jornal “I” de ontem que a Time escarrapachou a cara de Lorde John Maynard Keynes na capa com a legenda: “agora somos todos keynesianos” (em 1965 mas poderia bem ser em 2008) e lembra que “os apoios estatais para combater a crise têm um risco: se a estagnação persistir, teremos uma perigosa explosão na dívida pública” – no actual paradigma é isso mesmo que se pretende, que os Estados se endividem e os seus cidadãos sejam onerados em impostos e na alta generalizada do custo de vida com o pagamento de juros às mesmas elites supracionais de sempre agregadas em redor da Reserva Federal americana. E isto acontecerá de igual modo, quer seja Sócrates, Ferreira Leite ou qualquer outra coligação neoliberal a ser investida no poder. Pelo que as tricas sobre assessores que trabalham nos programas uns dos outros não passam de meros fait-divers

(1) De facto, longe da morte vaticinada de Wall Street, na concentração de capitais em curso a obra judaica Goldman Sachs acaba por permanecer sozinha na medida que actualmente é a única empresa firme em Wall Street
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terça-feira, agosto 11, 2009

a superabundância de dólares

O Império americano tenta compensar o declinio com a implementação de guerras regionais. Mas as receitas da «indústria bélica» são manifestamente insuficientes para garantir a sobrevivência da maioria das populações. Enquanto os ramos ligados à guerra prosperam, o que ocorre na restante economia presentemente é uma depressão global na qual mais de uma quarta parte da potencial força de trabalho mundial em breve estará desempregada.

o mesmo tipo de financiamento utilizado internamente nos EUA para suprir os custos da guerra em 1939-1945 está agora a ser utilizado e imposto a nivel global

A superabundância de dólares financia o fortalecimento militar dos Estados Unidos – Michael Hudson, Global Research

Os meios de comunicação social dos EUA guardam silêncio sobre o tópico mais importante discutido pelos responsáveis politicos da Europa (e suspeita-se que o mesmo acontece na Ásia) : como proteger os seus paises destas três dinâmicas inter-relacionadas : 1) o excedente de dólares que está a chover sobre o resto do mundo acarreta ainda mais especulação e aquisições pelas grandes corporações 2) do facto de que os Bancos Centrais se vejam obrigados a reciclar essa afluência de dólares comprando «bónus do Tesouro» dos EUA para previsivelmente financiar o défice federal anterior ; e 3) o carácter militar do défice de pagamentos na balança dos EUA.
Por estranho que pareça – e por irracional que seria um sistema mais lógico de diplomacia mundial – a superabundância de dólares é o que financia o fortalecimento militar global dos EUA. Trata-se de uma efectiva «tributação sem representação» (*). Manter reservas internacionais em «dólares» significa reciclar entradas em dólares para comprar valores do Tesouro sobre a dívida do governo dos EUA criada em grande parte para financiar as suas forças armadas (...) – (ler mais no original) - (ou traduzido em castelhano)

(*) No Taxation without Representation foi a bandeira na luta contra o regime colonial da Inglaterra no Novo Mundo de expressão anglo-saxónica. A negação ao pagamento de impostos sem que as populações estivessem representadas no Governo foi o motivo para o inicio da luta pela independência dos Estados Unidos que viria a culminar com a declaração de 1776. Os colonos norte americanos recusaram liminarmente o dinheiro que era impresso pelo Banco de Inglaterra e expedido por barco para uso no território colonial - um mesmo tipo de recusa deveria ser utilizado hoje pelos cidadãos do mundo inteiro que têm vindo a ser colonizados pela Reserva Federal norte americana

relacionado
Nunca antes tantos soldados de tantos Estados prestaram serviço no mesmo teatro de operações, muito menos num mesmo país, no caso o Afeganistão; a NATO cria o primeiro exército global da história
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segunda-feira, agosto 10, 2009

obituário














Caterva de governantes, que segue passo a passo
o cadáver de um herói que vai para o panteão
Uma menina levanta o gorducho e branco braço
assinalando entre as núvens o vôo de um avião

Um vapor gorduroso se levanta da terra,
a comitiva continua a marcha, escorrendo suor
E um pequeno fox-terrier monta uma cadelinha,
Bamboleia-se e afana-se, para poder ver melhor

Renato Leduc (1895-1986)

domingo, agosto 09, 2009

In G.O.D. We Trust (Gold, Oil, Drugs)

O acrónimo de Deus (God), como sigla inscrita nas notas de dólar significa: em Ouro, Petróleo e Drogas, nós Confiamos!

Relembrando o Panamá (“The Panamá Deception”, 1992)

A “estrada para o Iraque” e para o Afeganistão, Paquistão (e talvez para o Irão) começou a ser aberta há 20 anos atrás com a invasão do Panamá, sob a direcção do presidente George Herbert W. Bush, o pai. O golpe cirúrgico desenhado para remover o parceiro da CIA Manuel Noriega do seu palácio de governo, matou aproximadamente 10 mil civis.
Demonizado por ser um “narco-terrorista”, Noriega era então o banqueiro do comércio de cocaína na região das Caraíbas. Estava envolvido no programa de Herbert Bush “Irão-Contras”, um comércio triangular o qual envolvia a venda de armas para o Irão (visando lucros privados), importando cocaína para os Estados Unidos (com lucros de privados) e entregando armas aos Contras da Nicarágua (com fins lucrativos privados).
Depois da invasão biliões de dólares foram removidos do sistema bancário do Panamá com um mandato federal – mesmo a tempo de acudir ao salvamento da falida S&L Industry a qual colapsou sob o peso da corrupção e da “desregulamentação”.

(Abrimos aqui um parêntesis para relembrar que há uma componente politico militar portuguesa no processo “Irão-Contras”, gerido na época precisamente pelas mesmas figuras de referência que tutelam o Estado e ainda nos governam actualmente)

Este é um documento de uma história não contada que reporta a Dezembro de 1989, a invasão do Panamá - os eventos que conduziram a este desfecho, a força excessiva usada; a enormidade de mortos e destruição; e a subsquente devastação social. “The Panamá Deception” põe a descoberto as verdadeiras razões para este ataque condenado internacionalmente, apresentando uma visão da invasão que difere substancialmente daquela que foi retratada oficialmente pelos Estados Unidos e pelos seus Media, expondo o governo dos EUA face à informação suprimida acerca do desastre da politica externa de agressão.

O documentário inclui imagens da invasão nunca vistas antes e mostra as suas consequências, assim como entrevista os proponentes da invasão, o general Maxwell Thurman, o presidente panamiano Endara e o porta voz do Pentágono Pete Williams, opositores à acção como o senador Charles Rangel (D-NY.), defensores panamianos dos Direitos Humanos, operários como Olga Mejia e Isabel Corro e o ex-diplomata panamiano Humberto Brown. Excertos de noticias e criticas jornalisticas contribuem para expor análises sobre o controlo dos orgãos de informação e das linhas editoriais de auto-censura – um assunto relevante hoje em dia, particularmente durante tempos de guerra.

Quando se celebra o 20º aniversário da invasão, quem aposta que tal não será mencionado nos noticiários dos media corporativos de referência? Os helicópteros apareceram à meia noite e começaram a disparar, as pessoas irromperam a correr para todos os lados, sem destino. Quando tudo acabou,,, Colin Powell, um tipo que em 2003 chegou a ser considerado “de esquerda” na administração Bush, aparece aqui como responsável do Pentágono ao minuto 5.38 a comunicar a situação

1h:31min;10seg

sábado, agosto 08, 2009

Organização popular e guerra contra o “terrorismo mediático”

Presidente Chávez: "Não encerrámos as 34 emissoras de rádio, recuperámo-las para o povo! - o povo deve ser proprietário dos meios de produção estratégicos", começando principalmente pelos de formação de opinião, acrescente-se. (ver video aqui)

ligações para sitios internet da América Latina:
Cuba Debate
Diario digital Aporrea
Prensa Latina
Agencia Bolivariana de Noticias
YVKE Mundial
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sexta-feira, agosto 07, 2009

A “operação Liberdade Duradoira”

encomendada pela administração Bush às forças signatárias da NATO, longe dos ideiais democráticos propangandeados iniciou-se logo de forma dramática – “O Massacre Afegão: O Comboio da Morte” ("Afghan Massacre: The Convoy of Death") de Jamie Doran é um documentário que já foi exibido no Parlamento Europeu. O argumento foi extraido de uma história verdadeira relatada no livro The Guantanamo Filesonde se focam diversos episódios sobre os 774 prisioneiros ainda encarcerados na prisão ilegal gerida pelos norte americanos.

"O Comboio da Morte" retrata o massacre de pelo menos 1.500 prisioneiros no norte do Afeganistão em finais de Novembro de 2001, após a queda perante os invasores da cidade de Kunduz, o último e mais forte bastião dos chamados “Talibans”. E é chamado, por todos aqueles que o invocam, como “comboio da morte”, porque todos os que morreram asfixiados durante o transporte, na sua grande maioria pereceram em consequência de ferimentos de arma em virtude de terem sido armazenados em contentores fechados em cima de camiões com destino à prisão de Sheberghan. A coluna foi comandada pelo General afegão Rashid Dostum, um dos cabeçilhas da famigerada “Aliança do Norte” suportada pelas tropas dos Estados Unidos.

Oito anos depois, está nas mãos da administração Obama tomar a decisão de julgar este caso. Será alguma vez julgado?

50min. 13seg.

quinta-feira, agosto 06, 2009

uma nação hiperinflacionada

o Império está na bancarrota. Inúmeras vozes de nações a nivel mundial apelam a uma nova ordem financeira e pedem uma nova moeda internacional como alternativa credível à fraude do dólar. Mas se as antigas instituições estão falidas, as intenções para que foram criadas não o estão – 3 por cento da população mundial são milionários, enquanto os outros 97 por cento são condicionados a trabalhar para os fazer ainda mais ricos – o principal centro capitalista que zela para que assim seja, a Reserva Federal, tem de fechar as portas e desaparecer.
Na chamada “crise”, aquilo que estamos a testemunhar, é ao colapso do sistema financeiro; e a saída para a crise só poderá aparecer se for consertado um novo sistema de moeda (fiat money) a nivel global que volte a ser medida, por exemplo, em relação ao ouro. Como é evidente, com esta transformação todos iremos sofrer enormes dores de parto económico; não poderá haver mudança sem sofrimento.
A solução a nível interno dos Estados “Unidos” passará pela “Desunião”. A secessão acontecerá quando os Estados compreenderem que a FED (o sistema financeiro de Reserva Federal) não produz nada e tem um custo exorbitante, isto é, custa muito mais que aquilo que tem para dar. Até aqui o défice tem sido compensado pelo saque imperialista sobre os pobres de todo o mundo, porém já pouco ou nada resta para sugar que lembre ligeiramente a euforia de outrora.
As “Reservas Federais” estão nas lonas – a cobrança de impostos caiu 40 por cento, o que quer dizer que os niveis de negócios cairam igualmente 40 por cento. Feitas as contas proporcionalmente significa que os bónus a pagar pelas sociedades de accionistas caem cerca de 15 por cento. Quando se concluirem as contas aos cortes, chegar-se-á à conclusão que as receitas numa economia dramaticamente deprimida nunca irão pagar o défice. Neste ponto, como Marx previa - “o sistema capitalista traz no seu próprio seio os elementos da sua própria destruição”: as recentes e desmesuradas ajudas aos Bancos provocarão uma nova bolha inflacionária mundial; e logo que haja sinais de nova implosão, a nivel dos EUA acontecerá a secessão, porque os povos querem é usufruir de valores medidos em moeda consoante aquilo que produzem – não querem uma situação de hiperflação crónica, que só aproveita para aumentar os rendimentos aos 3 por cento dos multi-milionários.

1/3 - (9min. 25seg.)

continuação:
* Hyperinflation Nation 2/3
* Hyperinflation Nation 3/3

terça-feira, agosto 04, 2009

A falta que faz ao Papa um pouco de marxismo

"A nova encíclica de Bento XVI Caritas in Veritate de 7 de julho último é uma tomada de posição da Igreja face à crise actual. O complexo das crises, que atingem a humanidade e que comportam ameaças severas sobre o sistema da vida e seu futuro, demandaria um texto profético, carregado de urgência. Mas não é isso que recebemos, senão uma longa e detalhada reflexão sobre a maioria dos problemas actuais que vão da crise económica ao turismo, da biotecnologia à crise ambiental e projecções sobre um Governo mundial da Globalização. O género não é profético, o que suporia "uma análise concreta de uma situação concreta (...) Parafraseando Nietzsche: "quanto de análise crítica o Magistério da Igreja é capaz de incorporar"?
Leonard Boff na Adital, via Tlaxcala

do mesmo autor: "A bifurcação da humanidade": Não bastam controles e regulações que acabam beneficiando os que provocaram a crise. Faz-se urgente um novo paradigma que redefina a relação da natureza com os seus recursos escassos, o propósito do crescimento e tipo de civilização planetária que queremos. Importa elaborar uma Declaração do Bem Comum da Humanidade e da Terra que oriente ética e espiritualmente o sentido da vida neste pequeno planeta. Depois de um intenso trabalho previamente feito por uma comissão de experts, presidida pelo Nobel de economia Joseph Stiglitz com as colaborações vindas de quatro mesas redondas e da Assembleia Geral concertou-se um documento detalhado que ganhou o consenso dos 192 representantes dos povos. O perigo colectivo facilitou uma convergência colectiva, uma raridade na história da ONU. - na Agência Carta Maior
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segunda-feira, agosto 03, 2009

crise: Ben Shalom Bernanke “perdeu o rasto” a 500 biliões de dólares em swaps !!!

Extractos do artigo traduzido da autoria de Alfredo Jalife-Rahme no diário mexicano “La Jornada” adaptado em conjugação com o video das declarações do senador Alan Grayson

Durante o recente simúlacro de audição legislativa, Bernanke, o manda chuva da Reserva Federal (FED), declarou de forma assombrosa que desconhecia a que bancos estrangeiros havia outorgado 500 biliões de “swaps” (em português, "permuta"). Porém se Bernanke o ignora, saiba-se que um dos paises destinatários foi o “México Neoliberal”; e a maior parte destinou-se a injectar liquidez nos paises da União Europeia (e mais uma vez, leia-se os Europeus, vão pagar “a ajuda” com língua de palmo).

Encontramo-nos no começo do século XXI, quando o avanço científico tem sido prodigioso, pelo que o extravio deste valor pela FED conduzida por Ben Shalom Bernanke, dá muito trabalho a digerir, até aos próprios legisladores dos Estados Unidos, como Alan Grayson, representante democrata da Flórida (Huffington Post, 24/7/09).
Há um outro caso antecedente relativamente recente do qual até à data não existe uma explicação verosimil, já não se pede que seja credivel, sobre os 134 mil milhões de Fundos do Tesouro que em meados de Junho passado dois japoneses tentaram introduzir na Suiça numa mala proveniente da fronteira italiana (Bloomberg, 17/6/09).

Desde Março passado que se tem verificado um aumento progressivo da injecção de dólares em bancos centrais estrangeiros pelo método dos swaps. Valores colossais têm sido transferidos sem aprovação, conhecimento ou vigilância do Congresso ou da Casa Branca. É um curioso modelo, esquizofrénico, praticado pelos EUA – por um lado a ditadura financeira (exportação de simulacros de capitais que vencem juros) com a abstenção activa de um presidente eleito por voto indirecto que beneficia a plutocracia, por outro lado, a ilusão da “maior democracia liberal do mundo”. Quem governa de facto os Estados Unidos? A ditadura financeira ou a sua democracia relativa?

Neste momento de debacle bancária a democracia politica relativa é controlada pela ditadura financeira, cuja liderança foi consubstanciada no banco Goldman Sachs. A tríade judaica Ben Shalom Bernanke, Tim Geithner (o secretário do Tesouro que representa os interesses de Wall Street) e Larry Summers (conselheiro económico presidencial) têm Obama sequestrado numa situação aberrantemente anómala da sua politica económica: a Goldman Sachs ganha, enquanto os EUA perdem!
Outra anomalia radica no facto de a mesma Reserva Federal continuar a ser lavada como entidade “semipública” quando é amplamente controlada por um consórcio reduzido de bancos privados. Uma só pessoa, Bernanke, que não foi eleita pelos cidadãos norte americanos, decidiu unilateralmente o destino da colossal soma de “swaps” que representam um intercâmbio de divisas entre paises que remetem para datas futuras. Até ao ponto que conseguimos ver, os “swaps” são parte da mesma especulação demencial dos “derivados financeiros”

No espaço de um ano (em 2008) a FED aumentou o crédito a bancos estrangeiros de 24 biliões de dólares para 500 biliões (meio Trilião de dólares). Para onde foi o dinheiro? Boa pergunta! Que bancos estão envolvidos? O chairman da FED foi vago nos detalhes: "I don't know!” bem, mas que paises receberam “o dinheiro”? "Europe and other countries”. Segundo dados expressos neste video no caso da Nova Zelândia, atendendo ao total da população, cada homem, mulher e criança recebeu swaps no valor de 3 mil dólares por cabeça.



O senador Alan Grayson questionou Bernanke: “¿o dinheiro (note-se, não se trata de dinheiro mas de “swaps”) foi usado para comprar fundos do Tesouro dos EUA e valorizar o dólar?” Como resposta o director da Reserva Federal disse ignorá-lo! Acrescentando que “não considera o comércio de divisas como um negócio de risco” devido a que colateralmente possui divisas dos bancos estrangeiros – facto contestado por Alan Grayson porque “deixa de fora o risco inerente à especulação numa actividade que é a mesma que realizam os “hedge funds” (Fundos de Cobertura de Risco). Algo de muito importante está a acontecer com o jogo de transferências de divisas e swaps para que o balanço contabilistico da Reserva Federal exiba um passivo 40 vezes maior que o seu capital. Segundo o senador Grayson, desde o inicio do jogo dos swaps e os seus reflexos na cotação do dólar “parece que os Estados Unidos sofreram perdas na ordem dos 100 biliões de dólares, devido a que o valor das divisas estrangeiras nas mãos dos EUA se desvalorizaram uma quinta parte.

Depois destas injecções massivas de swaps, recentemente o dólar tem-se valorizado, enquanto as moedas estrangeiras têm vindo a desvalorizar-se, o que Bernanke considera “uma simples coincidência”. Alan Grayson insiste que “alguém teve de sofrer perdas maiúsculas” (sic) com estas operações e que obviamente esse alguém não foi a FED. Os fortes ganhos do dólar (que tem sustentado as insistentes mensagens de retoma económica mundial) que tem como contraponto fortes perdas para os paises das periferias que ingenuamente depositam as suas divisas em Washington, deveram-se segundo Bernanke, graças às operações das swaps, “ao facto de os bancos estrangeiros pagarem juros sobre esses empréstimos”. E os Estados Unidos não pagam juros sobre o uso de valores inexistentes?

O mais grave disto tudo reside no facto de a Reserva Federal se encontrar imune a qualquer espécie de auditoria independente – o que tem vindo a ser insistentemente pedido pelo ex-candidato presidencial excomungado Ron Paul. E que entidade independente audita por exemplo o Banco de Portugal, ou os bancos centrais dos paises dependentes por esse mundo fora? – as autoridades locais, enquanto descartam a incapacidade de resolver a falência da economia para o éter da “crise mundial”, de facto são cúmplices por omissão ou comissão da conduta ditatorial dos Bancos Centrais – são ininputáveis, com ausência de transparência nas contas e na submissão a uma ordem democrática impossível neste paradigma, como se viu no caso BPN.

Segundo o articulista de La Jornada no caso do México o banco central contraiu 30 mil milhões de dólares em “créditos swap” directamente à FED e outros 47 mil milhões através do FMI. No total tais “créditos em papel impresso para o futuro” somam 77 mil milhões que deverão ser pagos algum dia – através da hiperinflacção vindoura lançada sobre a totalidade dos cidadãos-contribuintes. Não só os do México claro, mas de todos os paises cujas elites oligarcas aceitaram receber títulos de dívida em troca de depósitos de divisas nacionais à ordem do reduzido consórcio de bancos privados norte americanos que controlam através da FED a economia financeira mundial

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domingo, agosto 02, 2009

reconvertendo "Kuhle Wampe" para uma ideia de campo de refugiados global

Se a familia retratada por Steinbeck nas Vinhas da Ira ficou como a imagem de marca da crise de 1929, que se estendeu por toda a década dos anos 30 até ao inicio da guerra, agora que já não existem caminhos para atenuar a procura de dignidade, a familia Dupoe ficará como imagem indelével da crise dos nossos tempos.

Só a morte pode redimir a longa jornada de especulação, guerras e indiferença.
Quando correu a notícia do drama colectivo da familia de Ervin Antonio Lupoe naquela terça feira 27 de Janeiro de 2009 descobriu-se esta foto sem data no Facebook – o pai Erwin em cima à esquerda, em cima à direita a esposa Ana, e os cinco filhos do casal: Brittney em cima, as duas gémeas Jaszmin e Jassely e os dois rapazes também gémeos Benjamin e Christian. Erwin, um técnico paramédico matou a mulher e as cinco crianças a tiro e suicidou-se de seguida. Deixou um bilhete escrito dirigido a uma estação de televisão (a quem mais poderia ser?) justificando o acto pelo facto de ambos terem sido despedidos e ficarem sem meios de sustento.

"Kuhle Wampe", de Brecht e Dudov, realizado em 1932, cujo título completo é Kuhle Wampe, a quem pertence o Mundo? Aos alemães brancos? é um extraordinário produto cultural através de um colectivo que estava profundamente envolvido na formação do cinema de Weimar. É um filme de Arte, não apenas um produto da “indústria cultural”. O argumento foi concebido e escrito por Bertolt Brecht, que também dirigiu a cena final: um debate político entre estrangeiros a bordo de um transporte público que discutem o mercado mundial do café. O resto do filme foi realizado por Slatan Dudow. O impacto desta obra a preto e branco é realçado pela cinematografia de Gunther Krampf e pela partitura musical de Hanns Eisler.
Como Silbermann em 1995 lucidamente descreve, o próprio Brecht foi pioneiro da concepção filmica que um filme como obra de arte pode ser usado de forma revolucionária. Kuhle Wampe retrata a vida quotidiana normalíssima da classe operária, a familia de Bönike, que passa por tempos difíceis:
Berlim 1931. Bönicke e o seu filho Franz estão desempregados, à semelhança de milhares de outros cidadãos; a mãe cuida da casa e Anni é a única da família que ainda tem trabalho numa fábrica. Franz não consegue suportar o desespero e suicídia-se. E, pouco tempo depois, a família que já não consegue pagar a renda é despejada e muda-se para a colónia de tendas ”Kuhle Wampe” na periferia da cidade onde também vive Fritz, o namorado de Anni de quem esta está grávida.
No princípio da cena do suicidio, a última ceia da família é acompanhada por um sermão moral com os argumentos habituais. Enquanto o pai reclama que Franz não tem o direito de prejudicar ou excluir-se das vicissitudes ou destinos comuns da familia, a mãe insiste na máxima liberal que todos podem ser bem sucedidos desde que imponham bastante vontade aos seus esforços para conseguir sucesso.

1h.08min 31seg


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