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terça-feira, agosto 04, 2009

A falta que faz ao Papa um pouco de marxismo

"A nova encíclica de Bento XVI Caritas in Veritate de 7 de julho último é uma tomada de posição da Igreja face à crise actual. O complexo das crises, que atingem a humanidade e que comportam ameaças severas sobre o sistema da vida e seu futuro, demandaria um texto profético, carregado de urgência. Mas não é isso que recebemos, senão uma longa e detalhada reflexão sobre a maioria dos problemas actuais que vão da crise económica ao turismo, da biotecnologia à crise ambiental e projecções sobre um Governo mundial da Globalização. O género não é profético, o que suporia "uma análise concreta de uma situação concreta (...) Parafraseando Nietzsche: "quanto de análise crítica o Magistério da Igreja é capaz de incorporar"?
Leonard Boff na Adital, via Tlaxcala

do mesmo autor: "A bifurcação da humanidade": Não bastam controles e regulações que acabam beneficiando os que provocaram a crise. Faz-se urgente um novo paradigma que redefina a relação da natureza com os seus recursos escassos, o propósito do crescimento e tipo de civilização planetária que queremos. Importa elaborar uma Declaração do Bem Comum da Humanidade e da Terra que oriente ética e espiritualmente o sentido da vida neste pequeno planeta. Depois de um intenso trabalho previamente feito por uma comissão de experts, presidida pelo Nobel de economia Joseph Stiglitz com as colaborações vindas de quatro mesas redondas e da Assembleia Geral concertou-se um documento detalhado que ganhou o consenso dos 192 representantes dos povos. O perigo colectivo facilitou uma convergência colectiva, uma raridade na história da ONU. - na Agência Carta Maior
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