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sábado, maio 16, 2009

Está alguém a guardar a loja da emissão de dinheiro?

Segundo o canal Bloomberg, os contribuintes norte americanos são obrigados a arriscar 9,7 triliões de dólares nos programas de ajuda do Estado aos bancos, financeiras e seguradoras falidas.

Este valor de dinheiro lançado no mercado em nome da salvação daquelas entidades atingidas pela “crise financeira” já daria para pagar 90 por cento das hipotecas sobre as habitações cujos detentores se declaram insolventes; se bem já ninguém se lembra foi por aqui, pelo rebentamento da bolha do “subprime”, que tudo começou; e a maioria dos atingidos foram despejados das casas e vivem agora em tendas, deslocalizaram-se ou vivem a expensas de outrém em situação precária.
Em compensação, a Reserva Federal, o Departamento do Tesouro e a entidade seguradora dos depósitos (Federal Deposit Insurance Corporation) gastaram ou emprestaram ao todo nestes dois últimos anos cerca de 3 Triliões e estão em trânsito para destino incerto para cima de mais 5,7 Triliões; o Senado votou recentemente outro pacote de estímulo de pelo menos mais 780 biliões que precisam ser vistos em conjunto com os outros 819 biliões aprovados o mês passado.



















Quase no final da administração Bush em Outubro passado, quando o Congresso aprovou o programa de emissão de dinheiro (TARP Money) o presidente da FED e o então secretário de Estado do Tesouro Henry Paulson prometeram fiscalização apertada e transparência sobre a finalidade do dinheiro. Sete meses depois o senador republicano Alan Grayson inquiriu a Inspecção Geral da Reserva Federal acerca dos triliões de dólares já gastos ou emprestados pela FED e qual o seu destino, e ainda sobre os outros triliões anunciados que se encontram fora da folhas de balanço. A Inspectora geral nomeada para a FED Elizabeth Coleman, por entre pausas, hesitações, mudanças de direcção, exercícios de gaguês e silêncios comprometedores, acaba por admitir que a Inspecção Geral a que preside não sabe onde está, para onde foi ou para onde irá o dinheiro.



(ninguém sabe onde estão (quem empocha) estas autênticas pipas de massa, porém aos parcos e casuais espectadores da íntima cena, ficará a sensação que todos, um pouco por todo o mundo, iremos pagar por elas, ou não?)
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