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terça-feira, maio 26, 2009

El Câmbio

“esta es una grand oportunidád para el câmbio, como vemos en la América de Obama”
José Sócrates no comício social-neocon ibérico com Rodriguez Zapatero

O Banco Mundial teme uma grave crise social mundial.
"A recuperação económica mundial será muito mais lenta que o previsto e existe um risco de aumento de desemprego que criará uma crise social e o perigo do proteccionismo" (bloqueio ao consumo de bens importados e ausência de clientes para exportação de produtos nacionais). São estas as linhas chave da entrevista ao El País dada por Robert Zoellick , o judeu actual director do Banco Mundial, arquitecto fundador do PNAC e antigo secretário de Estado bushista.

Entretanto a economia europeia continua em queda acelerada, contribuindo assim com uma grossa fatia dos mais de 3 por cento previstos de quebra no PIB mundial. O colapso do comércio mundial (a Desglobalização) segue o seu curso devido a uma forte contração da procura internacional. As exportações da China caíram 41 por cento, as japonesas 38% e as alemãs 32%. Agravando a situação, os activos tóxicos na Alemanha (controlados pelo BCE, o Banco Central Europeu subsidiário da FED norte-americana) podem estalar a qualquer momento como uma granada

Para fingir que não se passa nada, os governos continuam a emitir títulos de dívida pública a um ritmo avassalador. O défice previsível para Portugal no final do ano ultrapassará os 6 por cento; em Espanha o ritmo de endividamento é de uns fenomenais 7.100 por segundo. Nada de especial, se nos Estados Unidos (unidos até ver) o défice atinge já os 12 por cento do PIB e a “União" (de trilionários) precisa de emitir uma nova remessa de títulos públicos de endividamento no valor de 3.000 mil milhões de dólares.

Claro que todo este dinheiro vai ter de ser pago e repago com juros em última instância made-in-FED, a obra judaico-capitalista por excelência. Para o conseguir é uma inflação massiva (1) e um agravamento dos impostos aquilo que já está a caminho. (Não se esqueçam de escutar a 1ª frase assim que o próximo governo “acabar de vencer as eleições”)
John Browne, um dos teólogos economistas da era Reaganomics, ex-deputado britânico associado de Margaret Thatcher e investidor da Euro Pacific Capital é ele próprio por experiência acumulada quem prepara o povo para os tenebrosos efeitos das ramificações do “tresloucado défice do governoObama (sic) – (ver o vídeo aqui)

Para além das intenções de Obama de trabalhar no sentido de transferir a bolha capitalista rebentada para outra bolha financeira nova nas “energias limpas (obrigar os pobres a cumprir regras de consumo em favor dos grandes monopólios energéticos e a pagar super-impostos sobre a poluição) prometendo aí novamente mais uns quantos milhões de empregos, o nome escolhido para encabeçar o grupo de trabalho com vista à criação do nóvel “plano energético nacional” diz tudo: Paul Volcker, o antigo presidente da Reserva Federal norte americana (sob a administração Reagan) que precedeu Alan Greenspan. Mudam-se as moscas,,,

Para se entender o “Mudança/Cambio” sobre que comíciam Sócrates/Zapatero basta ler a primeira frase da elegia avatar do Reaganismo como politica de investimento que John R. Talbott titulou “Obamanomics” com o humorístico subtitulo "Propostas para uma nova prosperidade económica" (Outubro 2008, Edições Tinta-da-China):
“Ao escrever este livro, segui a filosofia praticada por Barack Obama, segundo a qual não há qualquer vantagem em atribuir culpas pelos nossos problemas actuais, uma vez que isso apenas provocará discussões e divergências entre nós. (os assassinos estão-se a safar!). Todos sabemos em que pé estamos e não adianta tentar perceber como é que chegámos a esta situação. O que queremos agora são soluções. Somos uma nação pacífica em guerra (…)”. Pois,,, (ouvem-se risos ao fundo)
Michael Moore que tem em rodagem um novo filme sobre a “Crise Financeira” não hesita em classificá-la como “o maior roubo da história feito ao povo”. Previsivelmente a história não terá um final feliz: os ladrões estão-se a safar

(1) Lembrar a Hiperinflação de Weimar. Poderá voltar a acontecer?
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