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sábado, outubro 29, 2005

a Estética do Colectivo


A República Democrática da Coreia é famosa pelas suas coreografias colectivas que ocorrem regularmente e a que chamam “Jogos de Massas” ou festivais Arirang. Normalmente estes certames envolvem cerca de 100 mil executantes que formam enormes mosaicos humanos sincronizados de forma a compor uma sucessão de imagens diferentes que criam efeitos espectaculares. - “Lindíssimo” exclamou a Secretária de Estado Madeleine Albright vinda de uma visita a Pyongyang em Outubro do ano 2000 perante uma audiência embasbacada, habituada às javardices dos Media corporativos ocidentais quando debitam idiotices sobre todas as formas de organizações de Sociedade em que o interesse colectivo possa prevalecer sobre a liberdade individual de cada um, dos mais capazes e espertalhões diga-se, fazerem o que lhes dê na real gana.
Estes exercícios estéticos têm a finalidade óbvia de equacionar a dicotomia individuo-colectividade – na verdade, sem o esforço organizado de cada indivíduo que se obriga a si mesmo a cumprir certos movimentos ou tarefas, sob certas directivas específicas, o objectivo final do colectivo nunca existiria. O resultado, se atingido com a perfeição possivel, por sua vez enche de orgulho cada um dos participantes.É fácil!
E concorda em absoluto com as últimas contribuições científicas para a Antropo-Sociologia dadas pela teoria de Autopoesis de “Maturana e Varela” sobre a auto-organização, primeiro dos núcleos da matéria segundo os principios de complementaridade em que a dinâmica da realidade se define por elementos que se assumem ora como onda ora como particula; depois em nucleos biológicos que se auto-organizam na vida compreendendo que a emoção é a base da razão; finalmente da dos individuos que se auto-organizam em estruturas sociais, entendidas na forma moderna como “Redes” em interacção

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