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sexta-feira, agosto 31, 2007

EUA - a escolha entre as duas opções Sionistas

Se bem que a generalidade dos comentadores internacionais atribua à guerra do Iraque a causa de todos os males que vão estando na origem da desgraça americana – todos os candidatos inscritos no espectáculo eleiçoeiro do próximo ano concordam em que a política de continuidade da estabilização da invasão daquele importante país produtor de petróleo do Médio Oriente é para manter.

Todos concordam?, Não. Há um, pouco ou mesmo nada conhecido no exterior dos Estados Unidos, que vem afirmando frontalmente estar contra a impopularíssima politica de intervenção externa da que tem sido até aqui a única superpotência. Política essa que tem sido igualmente a causa da queda em desgraça de Bush e seus sequazes na opinião pública interna. Como se calcula e vai vendo, uma coisa é o imperialismo e as máscaras diplomáticas que lhe escondem os crimes a nível externo, outra coisa é o discurso mediático populista a nivel interno, que tenta dar resposta às aspirações mais profundas do americano médio que desespera por não ver voltar o país (melhor dito, seria conglomerado de Estados) à normalidade (que, de facto, nunca existiu, embora essa ideia de prosperidade lhes tenha sido induzida, à força e por via das desgraças alheias, enquanto o poderio militar deu boa conta da empresa). É no discurso declaradamente anti-guerra, para consumo das massas ignaras, que joga o candidato republicano Ron Paul – que aqui fica desde já apresentado como sendo a lebre do Sionismo na grande corrida de 2008.

Ron apoia uma política externa não-intervencionista para os EUA e defende o retorno imediato das tropas americanas que se encontram no Iraque. Até Julho de 2007, a sua campanha recebeu mais doações de empregados das forças armadas do que as de todos os outros candidatos juntos

Sabendo como os Sionistas são mestres em criar antagonismos fictícios, especializados em armar dois campos opostos (simples maniqueismo, para que toda a gente compreenda), enquanto subtraem lucros de ambos os lados, Ron Paul é a lebre ideal: apanha mais adeptos entre gente bem intencionada que os electrocutores de insectos dos pseudos democratas apanham moscas. A maior percentagem de potenciais eleitores, todos eles com doações individuais até 200 dólares são neste momento captadas por este “candidato”. Mas afinal quem é o bicho? - Ron Paul é versado em filosofia económica, ferrenho adepto da Escola Austríaca de Economia, sendo autor de vários livros sobre o assunto. Tem retratos de Friedrich von Hayek, Ludwig von Mises e Murray Rothbard pendurados na parede de seu escritório. Eis portanto um neoliberal puro – a politica do balão de ar sempre a encher seguida desde a década de 70, responsável pelo beco sem saída onde se encurralou o sonho americano.
Para se aquilatar das patranhas Sionistas dificeis de engolir por qualquer inteligência mediana, aqui fica uma resenha do momento de glória do candidato: um debate televisivo com outro republicano, o ex-chefe-dos-bombeiros-novaiorquinos-herói-do-11-de-Setembro-Giuliani

PAUL: Você já tentou discernir sobre os motivos pelos quais nos atacaram? Eles atacaram-nos porque nós estivemos lá. Bombardeámos o Iraque durante 10 anos. Estivemos no Oriente Médio durante muitos mais anos. Eu acho que [Ronald] Reagan estava certo. Nós não entendemos a irracionalidade da política do Oriente Médio. Agora mesmo, estamos a construir uma embaixada no Iraque que é maior que o Vaticano. Estamos construindo aí 14 bases permanentes. O que diríamos se a China estivesse a fazer isso no nosso país ou no Golfo do México? Nós estaríamos a protestar. Precisamos olhar para o que fazemos sob a perspectiva do que aconteceria se alguém fizesse isso connosco.
MODERADOR: O Sr. está sugerindo que os convidámos a fazer os ataques de 11 de Setembro?
PAUL: Estou sugerindo ouvirmos as pessoas que nos atacaram e as razões que os motivaram, e eles estão felizes por estarmos lá pois Osama bin Laden disse, "Estou contente por vocês estarem na nossa areia porque podemos atingí-los muito mais facilmente." Eles desde então já mataram mais de 4 mil dos nossos homens, e eu acho que isso foi desnecessário.
GIULIANI: Essa é uma afirmação extraordinária. Essa é uma afirmação extraordinária, para alguém que sobreviveu ao ataque de 11 de setembro, que nós os convidámos a atacar porque atacámos o Iraque.
PAUL: Eu acredito muito sinceramente que a CIA está correcta quando ensinam e falam sobre blowback. Quando fomos ao Irão em 1953 e instauramos o regime do Xá, sim, houve blowback. A reacção foi o sequestro dos reféns, e essa é uma sequela que persiste. E se nós ignorarmos isso, fazemo-lo sob nosso próprio risco. Se acharmos que podemos fazer o que quisermos pelo mundo fora sem incitar ao ódio, então temos um problema. Eles não vêm aqui atacar-nos porque somos ricos e livres, eles vêm e atacam-nos porque estivemos lá
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