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terça-feira, novembro 13, 2007

Segurança Nuclear e "Nukes" contra o Irão

Uma curta, quase invisivel declaração do candidato presidencial independente Dennis Kucinich tocou uma campanhia nos seus furtivos ouvintes. Dizia ele que pretendia esclarecer duas questões: a verdade sobre o 11 de Setembro (o que convenhamos já começa a ser uma reinvindicação corriqueira) e uma outra questão sobre o caso do B-52 da Base de Minot. Esta é nova, e sendo a base militar de Minot no Alabama uma base nuclear, o caso assume particular importância. Que caso seria este de que ninguém ouviu falar?
Os norte americanos assentam a segurança de uso de armas nucleares por eventuais intrusos num sistema de separação de peças: as armas, as ogivas ou os engenhos que as disparam estão armazenados em locais diferentes e o acesso a esse material é controlado por uma sofisticada panóplia de palavras passe. Assim, é perfeitamente normal, e não é notícia, os aviões andarem a passear com narizes de ogivas ou containers de umas bases militares para outras pelas mais diversas razões, fim do prazo de utilização, renovação de stocks, mostrar o poderio aos pobres, etc.

Porém, quando surge um B-52 com 6 bombas nucleares completas, armadilhadas e prontas a ser usadas o caso muda de figura; e foi isso que aconteceu em 19 de Setembro quando um desses aparelhos descolou de Minot equipado com uma Nuke e aterrou na base militar de Barksdale: a mega base intercontinental na América do Norte destinada à partida dos B-52 de onde podem atingir qualquer ponto do mundo. Que ordens cumpria e qual a missão que lhe estava destinada? É isso que Kucinich pretende averiguar – tanto mais que 6 pessoas, militares e civis a prestar serviço na base de Minot, todas elas ligadas directa ou indirectamente à manipulação e carregamento das armas nucleares, apareceram mortas na semana seguinte em situações mais que estranhas. Para evitar a proliferação de teorias de conspiração o sitio internet “Por um Governo Legítimo.Org” equaciona a questão do seguinte modo:

- todas as seis pessoas listadas abaixo trabalhavam na base de Minot
- todas elas eram pilotos ou estavam directamente envolvidas como municiadores
- todas elas estão agora mortas
- todas elas morreram nos últimos 7 dias em “acidentes”

Entretanto cá fora, noutro registo, o que “vemos” nos jornais é um movimento histericamente intenso dos altos dignitários da politica internacional. E o que "não vemos" é que de facto não há evidências de existirem projectos de armas nucleares no Irão

A ambição universal dos homens é viver colhendo o que nunca plantaram
Adam Smith, economista liberal, 1723-1790

A anarquia económica da sociedade capitalista tal qual existe hoje é, em minha opinião, a fonte real do mal"
Albert Einstein, físico, socialista, 1879-1955

Bush recebe Merkel no rancho do Texas. Putin reune em Teerão com Ahmadinejad: “o mar Cáspio deve-nos unir mais que dividir-nos”. Condi Rice visita o túmulo em Belém do “Principe da Paz que continua a estar connosco”. Merkel recebe uma pomposa comitiva do rei da Arabia Saudita. Sun Tzu avisou-os que devem manter os amigos por perto e os inimigos afastados, para que não consigam contaminar os amigos.

Os seis maiores paises da União Europeia concordaram em aplicar novas sanções ao Irão face ao não cancelamento do seu programa nuclear para fins energéticos. E, enquanto a ONU se embaraça em novas moções de censura que sejam também aprovadas pela Rússia e pela China (reunião agendada para 19 de Novembro). um grupo de oficiais de alta patente dos extremistas de Israel percorre a Europa apelando a activar sanções imediatas e a tomarem outras medidas (mais uma vez) sem esperar pelas resoluções da ONU.
Deverão os liberais e neoliberais preocupar-se com a mão invisível que está a preparar um ataque nuclear ao Irão, ou isso deverá ser preocupação de todo o resto do mundo, anti-liberal?
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