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quinta-feira, abril 09, 2009

o FMI está de volta, ou seja, querem pôr a raposa a guardar o galinheiro

Lenine argumentou que o aparecimento no principio do século XX dos cartéis monopolistas bancários e industriais teria como consequência uma explosão do capital financeiro. De acordo com Lenine, no último estádio do capitalismo quando se verifica a perseguição dos grandes lucros, muito maiores do que aqueles que os mercados internos poderiam oferecer, o capital passaria a ser ele próprio um “material de exportação”. Tal facto levaria à divisão do mundo entre as empresas monopolistas >>> o Imperialismo é o estádio superior do capitalismo >>> assente nos monopólios e na exportação de capitais (muito mais que mercadorias – muito, muito mais, diriam os neoliberais), prática que tem como uma das consequências o colonialismo.

É de novo de colonialismo que tratam as conclusões do G20, ao converter o até à pouco considerado irrelevante FMI num “novo banco central mundial”. Esta odiosa instituição é de facto a grande ganhadora da reunião desta espécie de concertação social mundial, entre patrões (os G8) e os sindicatos dos países emergentes que fornecem mão de obra e outros produtos baratos (que completam o G20, ou seja, 70% do PIB mundial)
De modo prático e efectivo, “os empréstimos” do novo FMI reciclado pelo G20 (sustentados com dinheiros públicos e garantias dos Estados nacionais) serão destinados a salvar as mesmas companhias multinacionais e bancos transnacionais que geraram as crises nos países emergentes - que nunca mais passam de “subdesenvolvidos” (para utilizar o termo capcioso usado pelo Imperialismo, porque o conceito de “desenvolvimento” não tem de ser de facto igual ao imposto financeiramente pela norma ocidentalizante)
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