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terça-feira, junho 30, 2009

Revivendo o Passado dos Lideres na Caixa Geral de Aposentações

O que há em comum entre Marques Mendes, Almeida Santos, Ferreira Leite e Narana Coissoró? São todos figuras de proa dos principais partidos do sistema, mas haverá algo mais que os aglutine na concordância? sim, é a reforma, estúpido!

das cenas de estupro
de in-out em riste no filme de Kubrick

Assim que chegou aos 50 anos de idade e mal completou com 20 anos os descontos como Deputado em 2007, Marques Mendes apresentou requerimento para receber a Pensão a que tem direito, no valor vitalício de 2.905 euros mensais, integrando assim o leque das opções politicas (a precisar de reforma) que nos são “trabalhadas pelos media” para votação
Não fazemos parte da troupe - um trabalhador normal tem de trabalhar até aos 65 anos e ter uma carreira contributiva completa durante 40 anos para obter uma reforma de 80% da remuneração média da sua carreira contributiva.


"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."
in "Pátria", Guerra Junqueiro, 1886

É evidente que, quem paga o lauto pão de ló das nossas élites é a cada vez mais espoliada classe média, não por acaso em extinção acelerada. Lógico, quanto mais pagarmos mais depressa iremos à falência. E a situação agravar-se-á quando o próximo governo decretar o aumento de impostos e do custo de vida em geral para pagar o desmesurado défice que está actualmente a ser construído. Partindo do caso concreto das reformas milionárias, de entre muitos outros, estamos numa encruzilhada - depois do colapso das lutas da classe operária por via da deslocalização da mão de obra e da falência das actividades das suas organizações, o passo seguinte é a falência deliberada da classe média para cortar custos para que se possam manter as mordomias da classe dominante.

A professora catedrática da Universidade de Berkeley Elizabeth Warren teorizou o colapso no livro “The Two Income Trap: Why Middle-Class Mothers and Fathers Are Going Broke” e em “The Vanishing Middle Class”. Warren que é uma jurista com experiência em “programas de investimento público-privados (PPIP) afirma que a grande história do centro capitalista, a América, se construiu sempre em redor dos mesmos designios: a bancarrota, ou seja, a morte e renascimento do sistema financeiro: “Somos uma nação de devedores” (na fonte de origem deste gráfico compara-se a evolução do rendimento, poupanças, obrigações e o endividamento da classe média na década de 1970 e em 2003). "Porque é que pensam que o povo nas grandes vagas de emigração deixou a Europa e veio para os Estados Unidos?" continua Warren, "Fugiram porque eram devedores. Nós adoramos descrever isso como “óh, foi acerca de liberdade religiosa”, mas não!, teve a ver com o Endividamento. Toda a gente procura escapar-se ao cumprimento das dívidas contraídas” para sustentar os senhores da terra, os donos do mundo ou simples parasitas assalariados do viciado discurso politico a metro.

(o video de uma intervenção de Elizabeth Warren sobre este tema, infelizmente apenas disponivel em inglês, pode ser visto aqui. 57min.37seg.)
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