O que é o Euro? - é o “dinheiro fiduciário” emitido pelo Banco Central Europeu que circula nos países aderentes e serve como moeda de referência às economias indexadas ao projecto da União Europeia - o BCE, fundado em 1999, é constituído como uma sociedade comercial estatuída entre 17 bancos centrais da zona Euro quotizados entre si por determinadas percentagens detidas sobre o seu “capital social”. As 3 maiores economias (Alemanha, França e Itália) detêm quotas num total de 45,65%, Portugal 1,75%, a Holanda 3,98%, etc. O Conselho do BCE é constituído pelos 17 governadores dos Bancos Centrais, que reúnem duas vezes por mês em Frankfurt, sendo o principal órgão de decisão do BCE, o que lhe confere uma aura de interesse público. Porém, o BCE opera como um Banco Privado e a emissão do Euro é sujeita a taxas de juro. Nestas circunstâncias, a melhor definição é que o BCE será de facto uma Parceria Público-Privada. Como vimos, há exemplos idênticos, como foi a fundação da Libra (o Dólar tem a mesma génese, uma vez que é emitido por um consórcio de bancos privados, embora se pretenda apresentar como uma entidade pública (1)
o que é o Euro? É um negócio cujo objecto é a criação de Dívida, ou seja, esta ou aquela impressão ou cunhagem de determinada quantia de moeda (2), só adquire valor depois de cumprir a sua função: ser emprestada a juros – logo, o Euro é um investimento em determinado objectivo, o qual nunca é claro para a população em geral. As emissões de dinheiro pelo BCE não são subordinadas a quaisquer outras Instituições europeias, nem essa actividade é sujeita a qualquer auditoria independente; o Euro não é, portanto, um produto democrático intencionalmente produzido tendo em vista em primeira instância o bem-estar geral dos povos da zona Euro. Como produto emitido por uma Entidade subordinada a interesses privados, que recebe juros, o Euro não circula de forma aleatória; Obedece a critérios que salvaguardam o interesse dos investidores privados que conformam o BCE; investidores que passam de facto a ser os detentores da Dívida representada pelo dinheiro emitido. O primeiro critério do BCE é o de controlar a inflação (abaixo dos 2%), isto é, para garantir que o valor criado não se desvaloriza, lesando os utilizadores-investidores. Logo, neste contexto, quando se pergunta, por exemplo no Comité para a Anulação da Dívida Pública Portuguesa se há uma parte da Dívida que é legitima? e deve ser paga? - a resposta é não!!, porque toda a génese do sistema financeiro actual assenta na exploração dos bens públicos por Privados... (continua)(1) Com o plano Plano Marshall o investimento dos Estados Unidos no estrangeiro (colmatando os défices emitindo moeda) que era de menos de 10 mil milhões de dólares em 1946 - quase duplicou para 19 mil milhões de dólares em 1950!! - e passou a ser de 40 mil milhões de dólares em 1959!!!
(2) Fev. 2012: BCE empresta 530 mil milhões de euros aos bancos europeus... a um juro de 1%
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