As guerras mundiais não foram acidentes da História.Têm a ver com a repartição do Mundo consoante os interesses dos Mercados.
O que teria determinado o envolvimento USA na II Grande Guerra?
Desde o final do conflito que os Estados Unidos passaram a dispor do “Previlégio Exorbitante”(já o dizia á época DeGaulle) de poderem utilizar a seu bel-prazer uma Moeda Única de pagamento Internacional: o Dólar!
Cronologia no pós-Guerra:
- O plano de expansão global Imperialista começou a ser urdido a 22 de Julho de 1944 durante a primeira Conferência Internacional das Nações Unidas, reunida em Bretton Woods (New Hampshire/USA), entre os 5 paises mais ricos, onde foram criados o Fundo Monetário Internacional FMI e o BIRD o futuro Banco Mundial, e onde se determinou a paridade fixa do DÓLAR em relação ao padrão/OURO.
Exausta pelo descalabro económico em que findou a guerra, o outro vencedor, a União Soviética, ao não participar neste sistema de expansão Global , sabe-se hoje, teria dado o 1º passo para a sua inviabilidade e extinção.
- Rápidamente o espaço do Dólar alarga-se á Europa com as “ajudas” financeiras (Investimento) - Plano Marshall. O investimento dos Estados Unidos no estrangeiro (colmatando os défices emitindo moeda) que era de:
- menos de 10 mil milhões de dólares em 1946
- quase duplicou para 19 mil milhões de dólares em 1950!!
- e passou a ser de 40 mil milhões de dólares em 1959!!!
- Na década de 60 com as necessidades de financiamento da guerra do Vietname e o aumento do poderio Industrial dos vencidos Alemanha e do Japão (sem prejuízo do seu estatuto de Filiais Económicas americanas), os Estados Unidos optam por um esquema de flutuação do Dólar (valorizando-o) em relação ao preço do Ouro.
- Em 15 de Agosto de 1971 o presidente Nixon, face á baixa da moeda anuncia a supressão total da convertibilidade do Dólar em Ouro. Passam a existir mais “Notas Verdes” do que Ouro nas reservas dos Bancos centrais. São abandonadas as concepções económico/politicas Keynesianas.
- A 13 de Maio de 1979 o Dólar continua a perder valor, é criado o Sistema Monetário Europeu, e o banco da Reserva Federal (FED) sobe espectacularmente o valor das Taxas de Juro para 20%, o que “amarra” definitivamente os países que tinham pedido crédito a uma Dívida astronómica ao FMI/BancoMundial (Hoje pagam mais em Juros que em valor do Capital a amortizar)
- 1985 – O resultado foram as primeiras Crises ligadas á Dívida Externa dos países da América Latina (o elo mais fraco - o quintal yankee). Depois dos Acordos do Plaza a desregulamentação Financeira acelera-se,,, e os efeitos tambem:
- 1989 – Crash dos Junk Bonds nos Estados Unidos
- Ronald Reagan e a aliada britânica Margareth Tatcher firmam o CONSENSO DE WASHINGTON procedendo á completa desregulamentação, liberdade de circulação e isenção fiscal dos Capitais Financeiros a nível Mundial
- 1991 - Mikhail Gorbachev mudou não só a Rússia mas também o mundo abrindo caminho politico ao colapso económico da União Soviética.
- 1992/3 – Crise Monetária na Europa com a desvalorização generalizada do “franco”, da “lira” e a saída da Libra do SME.
- 1994 – Crises no México e na Argentina.
- 1996 – Crises generalizadas nos países (chamados Tigres) Asiáticos.
- 1997 – Crise no Japão.
- 1 de Janeiro de 1999 – Lançamento do projecto do EURO.
- Março de 2000 – Crash da Bolsa da Nova Economia (NASDAQ) nos Estados Unidos.
O Dólar perde de forma vertiginosa a sua cotação em relação ao Euro.
- 11 de Setembro de 2001 – George Bush ensaia a politica de tentar estabelecer uma NOVA ORDEM MUNDIAL.
- 2002/3 - os Estados Unidos invadem o Afeganistão e o Iraque. O dólar continua-se a desvalorizar face ao Euro.
- 2005 - a China e diversos outros países reduzem as suas Reservas Cambiais em Dólares em beneficio do Euro.A Coreia do Sul e outros paises anunciam a intenção de tambem “diversificar a sua carteira de divisas”.
Segundo muitos Economistas prevê-se para o ano corrente uma quebra ainda mais espectacular da moeda norte-americana!
A verdadeira guerra em curso, será em ultima instância travada entre a Europa e os Estados Unidos:
"Los déficit de los Estados Unidos y la llegada del Euro" - por Miguel Otero
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=11952
Aquilo os Chineses pensam ainda não é para nós fácilmente compreensivel:
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