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sábado, fevereiro 28, 2009

Cada terça feira de Carnaval celebra-se em New Orleans a famosa “Mardi Gras” (traduzido do francês “Terça-Feira Gorda”)

É o dia em que as cadeias de televisão (os joões baiões lá do sítio) caem todas na Bourbon Street para exibir bandos de bêbados rascas macaqueando cenas grotescas para aglomerações de gentinha, passiva e macambúzia, que nem sequer são da cidade e foram comercializados a X de bilhete por cabeça. E chamam a isso “divertimento”, e dizem que “isto é New Orleans!”. Similar, outra tradição francesa da "Mardi Gras" na América Latina é a Carnaval do Rio de Janeiro.
Chamar a Bourbon Street “New Orleans” é o mesmo que chamar “ao sistema de tratamento de esgotos” da cidade, um lar. De facto, New Orleans – mesmo depois do falhanço de verbas do Governo Federal para reparar os diquesé uma das últimas Comunidades culturalmente intactas que restam na América.
Se quisermos ver o que a América era antes das grandes Cadeias de Lojas e de Centros Comerciais (e por simbiose a Mealhada, Sines, o Sambódromo ou Loulé), quando sermos vizinhos uns dos outros significava alguma coisa, quando não éramos ainda todos empregados de Corporações com sedes em sítios longínquos, e praticávamos comércio uns com os outros – é uma grande componente de tudo isso que ainda podemos ver em New Orleans. Um grande local para ouvir música genuína, que é o que se faz no vídeo abaixo, gravado durante a “Festa do Jazz” de 2004. A qualidade da transmissão não é coisa digna de “ganhar um óscar” mas é música popular séria, participativa, que junta as pessoas, o que por estas bandas é coisa comum.

(Mais música à escolha no "Jazz on the Tube")

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

um adereço, como o pulido valente

Mika Brzezinski é uma daquelas nova-iorquinas que fizeram a fama prá-frentex da cidade; exerce o alto cargo de locutora de televisão, ou não fosse filha do famoso ex-Conselheiro de Segurança Nacional Zbigniew Brzezinski, o pai da teoria da conquista americana da Ásia Central no tempo do Nobel da Paz Jimmy Carter e agora conselheiro para a campanha de Obama (cuja politica volta a insistir no reforço da guerra contra o Afeganistão). Que é de guerra que se trata há muito que o sabemos; a novidade é que Mika fala dos mais variados temas que versam os interesses dos EUA no exterior com um bébé ao colo (bébé que nem sequer é o delafoi fornecido pela secção de adereços da produção do telejornal). À atenção da Manuela Moura Guedes.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

The War Room: há um novo inimigo, preparem-se para o pior

Segundo a cadeia de televisão ultraconservadora e militarista Fox News (e já agora, Sionista, porque é propriedade do Lobie Judaico), os Estados Unidos preparam-se para o pior: um colapso generalizado. Existem 4 cenários para uma espécie de “Pearl Harbour financeiro”. Esta expressão consta do primeiro relatório da CIA na era Obama

A “informação” da Fox difundida a semana passada prevê situações que vão desde um ataque asiático contra o dólar (por exemplo, da China, onde Hillary Clinton esteve a semana passada) e o regresso ao nacionalismo anti-americano, até a processos de caos económico nos paises da Europa do Leste, num contexto mundial onde a crise económica se vai converter num “inimigo muito mais perigoso” que o “terrorismo” para a segurança dos EUA.
Transmitido na sexta feira passada, dia 20, o programa “The War Room”, que pode ser traduzido por “Posto de Controlo de Guerra”, conduzido pelo jornalista Glenn Beck destinou-se a avaliar o que aconteceria se ocorresse um “11 de Setembro económico” ("an Economic 9.11”, um ataque coordenado de dois dias de duração contra os EUA) e utilizando metodologia militar de análise e planeamento estratégico aplicando cenários prováveis para eventos de alto impacto, Beck deixou a pergunta sobre como se deverá reagir: “preparando-nos para o pior” e logo recordou a frase chave do ex-senador William J. Fulbright, nos anos 70, os da crise petrolifera, “devemos atrever-nos a pensar o impensável, porque se o impensável chegar a ocorrer, então não haverá tempo para pensar, e as acções que tomarmos tomá-las-emos sem pensar”
Outra fonte que aponta para na mesma direcção foi a comunicação do director dos serviços de informação de Obama, almirante Dennis Blair, perante o Senado na semana passada em tom dramático: “esta nova ameaça e as suas implicações geopolíticas são hoje muito mais graves que o “terrorismo internacional”

Antevendo um 1º cenário previsto pelos analistas Gerald Celente do Instituto de Análise de Tendências e Stephen Moore do Wall Street Journal, autor do livro “O Fim da Prosperidade”, que coloca a acção num longinquo 2014, o índice Dow Jones Industrial cai 2800 pontos; o desemprego supera os 12%; todos os bancos são nacionalizados, o que resta do mercado imobiliário colapsa, o ouro chega a 8000 dólares a onça, começam a circular moedas alternativas; e este truque converte-se em forma de intercâmbio económico generalizado. Ou seja, como previu o analista russo Igor Panarim, vinte anos depois do colapso do capitalismo de Estado da URSS, trata-se agora do colapso financeiro total e da balcanização dos Estados Unidos.

Como consequência, passa-se a um estado de ingovernabilidade e caos social. Os limites de liberdade de opinião e de imprensa livre são reavaliados pelo poder remanescente, atraiçoando os “mandatos que foram recebidos do povo”. Esta análise é do sionista Onkar Ghote do Instituto Ayn Rand que recorda a possibilidade de haver o perigo de se gerar “uma linha oficial de pensamento”, como aquela que antecedeu a entrada dos EUA na 1ª guerra mundial em 1917, quando chegou a haver 150 mil presos politicos cujo único delito foi o de terem manifestado a sua oposição àquela guerra.
O sargento-mor do Exército Tim Strong falou sobre o “Efeito Bubba” que surge nos milicianos quando os combatentes deixam de confiar nos seus comandantes e se reagrupam em células autónomas unidas por interesses e objectivos em comum. Na falta de pagamento generalizado dos salários, estariamos perante a ameaça da constituição de exércitos comandados por carismáticos “senhores da guerra” coordenando civis vizinhos, amigos e familiares. Como aconteceu com as "Unidades Roswell" na Alemanha derrotada em 1918, ou como se ficcionou sobre as comunidades do filme Mad Max.
Michael Sheuer, ex-chefe da “Brigada Bin Laden” da CIA, autor do livro “Marchando até ao Inferno” comenta um estudo realizado pela neoconservadora “Fundação Heritage” que estima que para pagar os gigantescos defíces e salvamentos financeiros em curso, no futuro cada cidadão terá de pagar impostos na ordem dos 80 a 90 por cento de todos os rendimentos auferidos, o que obviamente não acontecerá, porque antes disso ocorrerá uma rebelião generalizada. Sai muito mais barato cada grupo fazer a guerra por conta própria.

Quando o anfitrião da Fox pergunta ao painel de entrevistados o que deverá ser feito para conter tudo isto, tanto Michael Sheuer como Tim Strong respondem dizendo que não crêem que se possa fazer nada (!!!). E nesse momento, Glenn Beck mostra-se realmente alarmado (ao minuto 5.12 deste vídeo) perante as respostas.

(continua amanhã, com os 3º e 4º cenários: Os policias do Mundo contra distúrbios civis generalizados; e o facto da eleição do fascista Netanyahu para 1º ministro de Israel aumentar em 55% a probabilidade da ocorrência a curto prazo de uma guerra que envolva todo o Médio Oriente)

fonte: tradução do programa da Fox-News por Adrian Salbuchi publicada no sitio web http://www.asalbuchi.com.ar
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terça-feira, fevereiro 24, 2009

uma relíquia dos anos 60

Este video foi encontrado nos escombros dos Estúdios Abbey Road e mostra a gravação de um dos temas mais famosos dos Beatles, Get Back (1969). Dizem que a letra, que convida alguém a voltar para o lugar de onde veio, foi escrita por Paul Mc Cartney em "homenagem" à então recém-aparecida Yoko Ono, personagem que estaria na origem da dissolução do grupo.
É uma gravação que pode ser considerada histórica, tanto mais que nela aparecem Billy Preston nas teclas e um puto na assistência, de seu nome Mick Jagger, o futuro lider de uma das mais famosas multinacionais da música popular para consumo de massas.



a partir de agora já existe a hipótese de doutoramento em Beatlelogia
(ver mais)

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Toponomia alfacinha

Prós Nobres a Rua do Duque
inda mais a do Conde Barão
Para quem se quiser confessar
pode ir prá Rua do Capelão

Há a Rua do Poço dos Negros
prós finados de pele cor de breu
também há o Poço dos Mouros
nunca houve foi Poço pra judeu

O Desterro das terras baldias
pra viver retirado era uma mina
E quem ficava a ver navios
tinha o Alto de Santa Catarina

Prós pobres a Rua da Prata
do Ouro prós ricos os valha
Quem quiser sustentar cavalos
Leva-os prá Travessa da Palha

Quem queria sair da cidade
podia ir pelo Arco do Cego
E pra depois voltar a vir
entrava pelas portas do Rego

Pela calçada de Santana
Inda aparece cada marmelo
Sem que se lhe acabe a mama
Que deu o Costa do Castelo
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domingo, fevereiro 22, 2009

George Labica 1930-2009

a Classe Operária não existe. Porém cada vez mais ela anda de boca em boca.
o Comunismo é o único contra-veneno, o único antídoto, o único remédio, a única alternativa à sociedade de exploração do capitalismo que nunca teve nem terá rosto humano. Os párias da terra sabem que cada vez são mais, e que cada vez são mais párias. Só os cabrões não estão com eles; e é desse modo a forma como são reconhecidos”
(Démocratie et révolution)

"As visitas de Georges Labica a Portugal em 2004 e 2005 foram ignoradas pela comunicação social com excepção de um pequeno semanário de Beja, o "Alentejo Popular" (site), que o entrevistou"
Miguel Urbano Rodrigues, no Resistir
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sábado, fevereiro 21, 2009

óscares, holocausto, espectáculo e anti-semitismo

Com uma pontualidade cronometrada de forma aleatória (!) somos bombardeados, usando todos os meios à disposição dos fautores da cultura pop, com eventos com ligação à memória do chamado holocausto – sempre reescritos segundo o memso script genérico: a vitimização dos judeus, para que uma pequena minoria deles, fanáticos religiosos, possam continuar a levar a cabo as piores malfeitorias em nome de todos, desde o gueto de Gaza ao controlo da Reserva Federal norte americana.

Como funciona a ficção? Pela repetição; tantas vezes se repete uma invenção que os distraídos, subliminarmente, acabam por aceitá-la como real. Conceito aliás que já vinha ferrado no primeiro livro impresso em Portugal – foi nesta espécie de terra prometida para os filhos da maga mitológica atlante que se deu à estampa o “Pentateuco” o livro do “Deuterónimo” no ano da graça de 1489. Termo que deriva do grego “deutorosis” e que significa “a explicação pela repetição”. Uma técnica sacada da bíblia dos iluminados que sabem exactamente aquilo que deus quer que eles façam, batendo repetitivamente com a cabeça para trás e para a frente contra um muro.

Assim tivemos nestas últimas semanas à laia de rol de casos: o ciclo “nazismo e cultura” no CCB “depois do holocausto perdeu-se a inocência (...) a situação era insustentável” (contradito pela judia Hannah Arendt que se ganhou de amores com o professor alemão Heidegger); os judeus de Salónica, livro de Mark Mazower; Ratzinger e o caso do Bispo negacionista; a entrevista de Zeev Sternhell; “a demência nazi” na Ópera “o Imperador da Atlântida” de Viktor Ullman; o caso do diplomata britânico Rowan Laxton acusado pelo tribunal de “declarações anti-semitas”; a história falsa do sobrevivente Herman Rosenblat (com a verdade me enganas e com a mentira me fazes acreditar); para além dos habituais cromos, o repórter sionista Cymerman e a spinner Esther Mucnik não há culpados, apenas vítimas” disse ela sobre Gaza; a dançarina Ruah que vai para Hollywood; o filme de Tom Cruise “Valquiria”; e a “obra sobre a culpa da geração do pós-guerra sobre o extermínio e a memória colectiva da Alemanha “o Leitor” onde pontifica a guarda prisional de Auschwitz, Hanna Schmitz aka Kate Winslet, da qual se pode dizer por antecipação dos interesses mediáticos da causa, ganhará o Óscar para a melhor actriz (diz-se desta obra retirada do livro de Bernhard Schilink que “se tornou referência obrigatória dos estudos universitários sobre o Holocausto”.

Por último uma carta de uma leitora de jornal vem repetir (repetir) o efeito fatal: “num inquérito em sete paises europeus 31 por cento dos inquiridos consideraram “os judeus culpados pela crise económica global”, e chama-lhe uma coisa aterradora, “o regresso do anti-semitismo”. Não é. Pela enésima vez, deixem de repetir-se em mentiras, do que se trata é de anti-Sionismo, uma contestação verdadeiramente legítima
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sexta-feira, fevereiro 20, 2009

finalmente

ao abrir o pano para se dar inicio ao Carnaval, o governo PS toma uma posição de esquerda (travestida, como é da tradição neocon)
e logo sobre uma das mais oportunas questões a glosar (que o digam os prisioneiros politicos do Império torturados e mal pagos que fizeram escala em território nacional, entre outros países da UE, com a conivência das autoridades). Como foca o DN sobre os voos da CIA: "o Ministro dos Negócios Estrangeiros diz que é "irresponsável lançar suspeitas sobre anteriores Governos". Em carta enviada ao Parlamento Europeu, Luís Amado deixa claro que "não há nenhum dado novo" sobre os voos da CIA"

Excepto naquilo que nós em tempo vimos: que Durão Barroso mentiu sobre os motivos (a existência de armas de destruição massiça) que o levaram a aceitar um pacto com um criminoso de triste memória envolvido numa agressão à margem da legalidade a um país ao qual já foram causados cerca de 1 milhão e meio de mortos. E quem mente sobre um assunto tão sensivel, é capaz de mentir sobre tudo. Nomeadamente sobre qualquer dos assuntos legados por Bush que modificaram radicalmente as nossas vidas nestes últimos oito anos de pesadelo pinoquiano.

"Bom seria é que o governo de direita do engº. Sócrates nos revelasse onde foi de repente buscar milhares e milhares de euros para "segurar" a banca e apoiar financeiramente alguns sectores do patronato considerados "estratégicos"... Onde pára a lengalenga do "combate ao défice"? Pelos vistos, tal lengalenga teve por único fito conter os salários, aumentar o desemprego e desferir novas machadadas em sectores como a saúde, a educação, ou a agricultura e as pescas!
Garcia Pereira (Luta Popular Janeiro 2009)
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quinta-feira, fevereiro 19, 2009

produzir local, consumir local

a destruição do aparelho produtivo nacional e do ensino profissional, propósitos politicos (em benefício das multinacionais) levados a cabo pelas élites que vêm sequestrando o poder desde o 25 de Novembro, são as principais causas da inviabilidade do actual Portugal face à crise.
clique no recorte para ampliar
obviamente, o negócio em que as nossas élites estão interessadas é outro. É o que ficou mais ou menos claro com o estúpido pacto feito pelo clã Barroso/Sócrates/Cavaco com os falidos Neocons, agora reciclados,

e um video para percebermos onde estamos. Os 25 principais bancos norte americanos registam actualmente $13 triliões de dólares de défice; enquanto a contracção de novos créditos os levou a perder valores de $11 triliões em 2008. Claro que, a injecção continuada de triliões de dólares para salvar as massas falidas (a FED dá ordens para não os deixar falir) conduzirá a uma hiperinflacção com efeitos devastadores. O video, veiculado pela Fox News, destina-se a ir preparando as massas para o que aí vem. A patética peregrinação do Tom Joad de Steinbeck pelas estradas em busca de sustento para a familia nos anos 30 é apenas um filme, comparado com as grandes convulsões globais em gestação, de gente para quem hoje não existe mais caminhos a percorrer. Apenas o caos, a fome e o tumulto.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

que força é essa amigo?

em 1980 o Capital em circulação era igual ao PIB mundial,
em 1990 passou ao dobro,
em 2006 o capital emitido era já 5 vezes mais que o PIB mundial

A inflacção monetária não se destina a sustentar uma ilusória maior complexidade civilizacional. O mundo está pior e a degradação é visivel. Construiu-se nestes últimos trinta anos de neoliberalismo apenas uma terrível máquina de apropriação de bens e valores em proveito próprio da classe dominante;

e como está agora bem à vista, existe uma impossibilidade financeira do capitalismo nem que seja apenas para manter o património construido, as fábricas, o emprego, os edifícios, os serviços públicos. Existirá uma lógica capitalista não acumulativa?, cujo produto não seja empochado à má fila pelos administradores do sistema? - a Burguesia nada mais sabe fazer, e conseguirá sempre transfigurar as formas de acumulação em benefício próprio da sua classe social, enquanto conseguir manter apagada a consciência da classe proletária.

Da parte do Poder, dos partidos ultra- conservadores aos “socialistas”, passando pelos respectivos berloques, tanto “à esquerda” (BE) como “ao centro” (CDS), assistimos à retórica do determinismo metafísico que exorcisa as leis tendenciais >>>>> do reformismo na crença que as coisas possam melhorar um pouco; O uso politico do discurso cínico entranha-se como a coca cola - é com isso que se contentam? – apelando a um novo bloco histórico de revolução passiva (o português é manso, geneticamente herdou os brandos costumes do salazarismo) – no prolongamento ad-infinitum, sem rupturas nem possibilidade de revolução, o tuga apenas estrebucha e produz alguma algazarra em surdina como mera resistência dos dominados. Nada como na Grécia, onde o poder se vê grego, e não tardará cair nas mãos da revolta.

Entre nós, apesar da passividade são patentes cada vez mais manifestações de um certo ódio contra “esta” democracia. É natural; à economia doméstica das famílias contrapôs-se o “interesse superior da economia do país, o Estado”, comandado a partir de uma concepção idealista exterior às pessoas, expulsas da cidadania como agentes de transformação. Mas todos os mistérios que conduzem da teoria ao misticismo encontram a sua explicação na prática concreta, e na compreensão dessa prática: pode a Politica apolitica mudar o mundo sem tomar o Poder? - A concepção originária de criação do Partido tinha sido subordinada à visão do Estado de classe, da obrigatoriedade de substituir o poder da burguesia pelo poder do proletariado; mas até a tradicional forma de partido operário na mundivisão pós-moderna se encontra subordinada aos “interesses do Estado

O choque da miséria no mundo alienado traz-nos agora aqui na Europa uma novidade, capaz de ultrapassar eleitoralmente tanto o Partido “socialista” como o PCF - as intenções de voto no NPA ultrapassam os 20%. Oliver Besancenot, é um dos nossos:
“Nós não queremos administrar a situação existente. Queremos mudá-la!”
Enquanto entre nós o P”S” se irá entreter deliberadamente a enganar meio mundo como habitualmente com as nóveis siglas pensadoras “respública”, “estados gerais”, “esquerda grande” e outras tretas, pretendendo não existir alternativa fora das margens do neoconservadorismo global pós-bushista, em França o P”S” local fazia como se Besancenot e o seu Novo Partido Anticapitalista (NPA) também não existissem – mas vale a pena seguir com ternura, porque isso pega-se e alastra, estes revoltosos herdeiros da tradição da Liga Comunista Revolucionária. Por exemplo, no caso francês, o "lider" temporário do partido é carteiro de profissão.

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terça-feira, fevereiro 17, 2009

um novo paradigma económico

a preto e branco; o estado actual do Naufrágio da Medusa

“quanto mais tarde vos levantardes, mais tempo ireis sofrer” lia-se num panfleto anónimo que apareceu pregado na porta da igreja de Kent em 1630. Estávamos em plena época dos Feudos onde o Senhor das terras escravizava o povo pelo pagamento de impostos arbitrários sobre as colheitas e posses dos rurais, verificando-se um autêntico êxodo das pessoas que procuravam sobreviver nos novos burgos que nasciam com as manufacturas; a Europa debatia-se com desumanas guerras religiosas e a nova classe nascente, a Burguesia, então revolucionária, estava em vésperas de criar uma nova forma de dominação: o Estado, (o Leviathan) que pior ou melhor se concretizou no Tratado de Vestfália. Esta nova forma juridica foi o motor da revolução industrial.

Carta aberta aos meus camaradas do Mundo

Os professores Ronen Palan e Anastasia Nesvetailova da Universidade de Birmingham analisaram e propuseram a discussão na Comissão do Tesouro da Casa dos Comuns britânica, das propostas de salvação aos Bancos e o papel das filiais off-shore que os próprios bancos gerem – o Estado ao entrar com dinheiro em Bancos Privados passa a integrar o rol de accionistas e está a financiar a economia paralela onde se procede à lavagem de dinheiro, que não paga impostos ao Estado. É o fim do Estado nacional e o princípio de legalização de um novo tipo de rede financeira extraterritorial – esta nova economia é comandada por um número restrito de decisores que se constituem numa nova classe de um novo tipo de burguesia. A que habita em resorts de condomínio de alta segurança, se desloca em jactos privados e possui meios de remunerar infindáveis exércitos de criados, vassalos e operários.

Para manter o estilo de vida que estes indíviduos começaram a criar, para espanto de muitos milhares de milhões de proletários e novos pobres, é fundamental para conseguir manter a nova ordem que controlem 1. a maquinaria humana que desencadeia as guerras, 2. as bases militares e 3. as redes de bancos centrais que criam e emitem moeda. Estas três componentes estão intrinsecamente ligadas: Guerra, Bases Militares e Dinheiro. Sim é de keynesianismo militar que eles andam a tratar, e não como os ingénuos engolem, de um messiânico keynesianismo ecológico.

Armados da compreensão da situação, podemos fazer a vontade à nova Oligarquia Global, desarmar por insolvência os seus mais ferozes funcionários, e ajudá-la a disseminar a mobilidade do crime económico até ficar a pairar nas núvens, isto é, ajudar a dissolver o Estado: se nós, os excluídos da festança, empreendermos uma greve de pagamento de impostos acaba-se com a primeira componente, o Dinheiro. Como aquela bela ideia que tiveram os 9 putos de Tarnac.
Uma ameaça concreta ao Estado!. Sem guita acabam-se também as outras duas componentes da sinistra tríade, uma vez que se esgotam as possibilidades de pagar quartéis põe-se também fim às guerras interpretadas por profissionais remunerados - voilá, engendradas pelas oligarquias que dominam o Estado
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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Homens sem Reino

O título é de Baptista Bastos, sobre “as toneladas de realizações destinadas à felicidade que aí viriam em prol dos portugueses (…) ficando claro que “já quase ninguém acredita em nada”, conclui.

soaristas e cavaquistas (ou seja, a seita maçónica versus a opus dei) concordam no essencial: “viria aí “um vento de esperança a soprar ao mundo com a vitoria de Barack Obama”. Não durou um mês, até que as pessoas percebessem que era mais do mesmo, ou pior!. Nesta luta simulada entre os dois séquitos vassalos do mesmo Rei, com as suas peripécias os actores fazem com que a audiência à farsa se esqueça do essencial: que o escolhido para ser entronizado no Poder visível terá de ser capaz de arrecadar financiamentos para os seus partidos – a Parte que oprimirá o todo, em determinado momento, tomando medidas decisivas, antes de estar gasta.

Sempre o mesmo jogo, ancestral, entre os milionários Medici e a famiglia Pitti, Montéquios e Capulettos, até aos clãs novaiorquinos da famiglia italiana Cuomo digladiando-se com o clã irlandês dos Kennedys; ambos condicionados pelo sistema de criação de moeda: Judas, que é mais macaco que eles todos juntos, contra milhões de cristos.
É sobre este pano de fundo tradicional que dona Maria Barroso Soares, presidente da gerontica Fundação Pró Dignitate (mais uma) vem a queixinhas como “para se ganharem eleições não vale tudo! É preciso respeitar os valores de uma sociedade humana, justa, livre e pacífica” Fogo neles!, “a indignação” manifesta-se, note-se bem, “pelas incríveis acusações a pessoas que, por virtude das suas funções, ainda mais difíceis em tempo de crise, deveriam por isso mesmo ser poupadas e até objecto da nossa solidariedadeTudo isto a propósito do caso Freeport.
compadrio

domingo, fevereiro 15, 2009

Divisão Social Internacional do Trabalho

se dúvidas houvesse sobre a natureza de continuidade do regime neoliberal de Obama dominado pelo Sionismo, tanto financeiro como militarizado, elas desvaneceram-se quando o Cavaco que lhe mastigou o slogan "yes You can" apontando o dedo a uns figurinos úteis que se prestaram a servir como amostra de juventude resignada. Emigrem e depositem a "guita" nos nossos bancos, foi a mensagem que ele quis dizer lá na dele.

a exportação do Trabalho

"Nos últimos doze meses, a economia norte americana destruiu 3,5 milhões de empregos, o maior corte desde 1939, durante a Grande Depressão. Cerca de metade desses cortes ocorreram somente nos últimos três meses. De acordo com o departamento de trabalho dos EUA, existem agora 11,6 milhões de trabalhadores sem emprego no país. Além disso, somam-se mais 7,8 milhões que estão subempregados ou que buscam um emprego de 8h, mas não o encontram. Se forem contados os subempregados e os marginalizados, a taxa de desemprego chega certamente a 14% da população, de acordo com o Wall Street Journal.
O sector que mais sofreu foi o industrial, com 207.000 postos de trabalho perdidos em Janeiro (após os 162.000 em Dezembro). Tal número representa o maior desde 1982, quando a produção industrial dos EUA foi deliberadamente diminuída pela "terapia de choque" do chefe da Reserva Federal, Paul Volcker (um carreirista da mesma escola neocon de Greespan) - o mesmo que agora é conselheiro económico do presidente Barack Obama. Existem actualmente apenas 12,6 milhões de trabalhadores fabris nos EUA, o menor número desde 1946"
(publicado no World Socialist)

Face ao aumento do desemprego (programado pelas deslocalizações) como efeito directo verificam-se fortes quedas nos "mercados financeiros". O sector continua a acumular prejuizos abissais, sem que exista um plano definido. ("apenas temos um plano para ter um plano", diz-se de Timothy Geithner). Um programa de intenções de continuar a comprar valores falidos de Bancos à medida que a derrocada se vai avolumando. (ler mais aqui)
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sábado, fevereiro 14, 2009

Médio Oriente

entrevista com o historiador judeu anti-Sionista Ilan Pappé, legendada em português; TV Globo. 23 minutos a não perder, para uma compreensão alargada aos primórdios do problema Israel Palestina. Ilan Pappé é o autor do livro A Limpeza Étnica da Palestina (edição One World, Oxford, 2006). Professor catedrático de renome internacional na Universidade de Haifa, vive em Israel entre ameaças de morte e é obrigado a editar e publicar as suas obras no estrangeiro.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

a Origem das Espécies

“Já no fim da sua viagem de cinco anos no navio HMS Beagle na zona de Pernambuco o jovem Darwin ouviu um grito que não mais deixaria de ouvir toda a vida: “só posso suspeitar que algum pobre escravo estivesse a ser torturado(…) no Rio de Janeiro vivi perto de uma senhora que tinha um instrumento para esmagar os dedos das suas escravas” O horror à escravatura foi o motor da investigação de Charles Darwin sobre a origem e a transformação de todos os seres vivos, afirmam Adrian Desmond e James Moore, autores de “A Causa Sagrada de Darwin – Raça, Escravatura e a Busca das Origens

Rio de Janeiro (1). Em 1996 a história de Valongo emergiu do subsolo de uma forma abrupta. Um casal de moradores da Rua Pedro Ernesto no bairro da Gamboa decidiu fazer obras na casa construida no século XVIII; durante as escavações encontrou no meio do entulho centenas de fragmentos de ossos misturados com cacos de cerâmica e vidro. Eram vestígios do até então desconhecido cemitério dos Pretos Novos. Ali, duzentos anos antes, enterravam-se em aterros os escravos recém chegados de África e mortos antes de serem vendidos. O maior entreposto negreiro das Américas, o Mercado de Escravos de Valongo, desapareceu do mapa sem deixar vestígios. A sua localização é ignorada nos mapas das ruas, na direcção da Praia Mauá numa ladeira chamada de Morro de Valongo, sem nenhuma placa, monumento ou identificação.
Por alturas da chegada da Corte portuguesa ao Brasil, navios negreiros despejavam no Mercado de Valongo entre 18.000 a 22.000 homens, mulheres e crianças por ano. Permaneciam em quarentena, para serem engordados e tratados das doença. Quando adquiriam uma aparência mais saudável, eram comercializados da mesma maneira que animais de carga ou de pecuária.
O desembarque, a compra e venda de escravos faziam parte da rotina da colónia havia quase três séculos, face à dificuldade de obter mão de obra indígena. A “mercadoria” destinava-se a alimentar as minas de ouro e diamantes, os engenhos de cana de açúcar e as lavouras de algodão, café e tabaco. Segundo um relato do espanhol Juan Francisco de Aguirre, os 30 monges do Convento de São Bento, então o mais rico do Brasil, "viviam dos rendimentos proporcionados por “quatro engenhos de açúcar, que empregam 1.200 escravos e de rendas de casa no Rio”.

Ao passar pelo local em 1823 a viajante inglesa Maria Graham registou no seu diário uma visão confrangedora: “Hoje vi o Valongo. Quase todas as casas desta longuíssima rua são um depósito de negros cativos. Passando pelas sua portas à noite, vi na maior parte delas bancos corridos colocados rente às paredes, nos quais filas de jovens criaturas estavam sentadas, com a cabeça rapada, os corpos macilentos, tendo na pele sinais de sarna recente. As pobres criaturas jaziam sobre tapetes, evidentemente muito fracas para se sentarem”
O cônsul inglês James Henderson descreveu assim o desembarque dos escravos no Rio de Janeiro: “ Os navios negreiros que chegam apresentam um retrato terrível das misérias humanas. O convés é abarrotado por criaturas, apertadas umas às outras tanto quanto possível. As suas faces melancólicas e os seus corpos nus e esquálidos são o suficiente para encher de horror qualquer pessoa não habituada a este tipo de cena. Muitos deles, enquanto caminham dos navios até aos depósitos onde ficarão expostos para venda, mais se parecem com esqueletos ambulantes, em especial as crianças. A pele, que de tão frágil parece ser incapaz de manter os ossos juntos, é coberta por uma doença repulsiva, que os portugueses chamam sarna” (...)
“Quando uma pessoa quer comprar um escravo, visita os diferentes depósitos, indo de uma casa a outra, até encontrar aquele que lhe agrada. Ao ser chamado, o escravo é apalpado em várias partes do corpo, exactamente como se faz quando se compra um boi no mercado. Ele é obrigado a andar, a correr, a esticar os braços e pernas bruscamente, a falar, a mostrar a lingua e os dentes. Esta é a forma considerada correcta para avaliar a idade e julgar o estado de saúde do escravo”

"Assim que o comprador entra o vendedor faz um sinal e todo o harém se levanta e começa a gritar e a dançar, como se para provar que têm pulmões e que compreendem à maravilha a servidão. Infeliz é aquele que não imita os seus companheiros, o chicote bate-lhe no flanco e pedaços de carne negra voam pelo ar" - J.Arago, 1817.

Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 10 milhões de escravos africanos foram vendidos para as Américas. O Brasil, maior importador do continente, recebeu quase 40 por cento desse total, algo entre 3,6 milhões e 4 milhões de cativos. Com a chegada da Corte e o aquecimento dos negócios na colónia, o tráfico aumentou de forma exponencial. O número de escravos desembarcados no Rio saltou de 9.689 em 1807 para 23.230 em 1811 – um aumento de duas vezes e meia em quatro anos. A média anual de navios aumentou de 21 para 51 - o trabalho escravo tinha-se tornado um deus económico - “tentar suprimir o tráfico era uma actividade vã” notou o historiador Alan K. Manchester. Os lucros do negócio eram astronómicos; um escravo comprado em Luanda por 70.000 réis era revendido no Distrito Diamantino em Minas Gerais por 240.000 réis. Só em impostos o Estado recolhia cerca de 80.000 libras esterlinas por ano com o tráfico negreiro.
Era um negócio arriscado. Cerca de 40% dos negros escravizados morriam no percurso entre as zonas de captura no interior do Congo, Angola ou Moçambique e o litoral e depois durante a viagem marítima (em navios de companhias como a Grão Pará e Maranhão). A bordo eram considerados uma carga como outra qualquer; tinham menos espaço que um homem dentro de um caixão segundo relata o autor de “Black Slaves in Britain”: “temendo perder toda a carga antes de chegar ao destino, o capitão Luke Collingwood decidiu lançar ao mar todos os escravos doentes ou desnutridos. Ao longo de três dias, 133 negros foram atirados da amurada, vivos. E depois o armador pedia uma indeminização à seguradora por carga pedida”. Da costa atlântica até ao Brasil a viagem durava entre 33 a 43 dias e do Indico chegava aos 76 dias, quando não havia naufrágios, que eram frequentes. Por fim, ao chegar aos depósitos, como os do Mercado de Valongo, entre 10 a 12% pereciam antes de serem vendidos. Em resumo, de cada 100 negros capturados em África só 45 chegavam ao destino final. Significa que, de dez milhões de escravos vendidos nas Américas, quase outro tanto teria morrido no percurso, num dos maiores genocídios da história da humanidade.

a melhor prova da teoria de Darwin, que as espécies
evoluem ultrapassando e adaptando-se inexoravelmente
às vicissitudes do meio, está na mestiçagem que
desfila no Carnaval do Rio, como este belo exemplar:

(1) Dados respigados do livro de Laurentino Gomes 1808

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Change? (VIII) a "nova" administração Obama

















Mais sobre a conferência de imprensa de Obama (link); onde se diz que defender a paz é fazer a guerra. Fazê-la e pagá-la, foi esta a mensagem que Joe Biden trouxe à Europa.

P – Prometeu-nos transparência; quais os custos destas guerras?
R – (!) precisamos de garantir que não seremos atacados no nosso território. Esperamos por isso uma maior ajuda e coordenação com os nossos aliados (...)
[na prática isto representa incutir medo para consumo interno, continuar a sonegar dinheiro dos contribuintes europeus para pagar as guerras do Império, e a adesão da França à Nato, que sempre, desde os tempos de DeGaulle tinha negado a presença militar americana em território francês. Foi isso mesmo que Joe Biden veio transmitir à conferência de Munique]
(...) temos também de prevenir (impedir) a continuação da execução do programa de armamento nuclear do Irão (...)
[Esta frase, de puro spin de Obama dito o Abençoado (Baraka, em árabe), articula-se com acções paralelas similares de Israel que ao mesmo tempo que toda a gente percebe que a estória dos foguetes Qassam é ridícula e inverosimil, começou a acusar o Irão de estar a fornecer misseis C-802 ao Hamas em Gaza. Como assim?, se existe um cerrado bloqueio terrestre e marítimo ao território? onde existem carências de tudo, menos de mísseis?

[no bloqueio até Portugal colabora sem que o seu próprio povo se aperceba, embora se visse nas televisões uma pequena multidão choramingosa de esposas e filhos a despedir-se da fragata “Álvares Cabral’ partindo para uma missão no Mediterrâneo no âmbito da Nato"]. O negócio da guerra como privilégio das Altas Patentes das Forças Armadas portuguesas “contra o terrorismo” tem raízes fundas no salazarismo (quando se usava dizer que o colonialismo combatia “os Turras); reciclados, os cães de guerra que em tempo de crise usufruem de generosíssimas remunerações e mordomias, sob a a capa da Nato colocaram-se (desde que haja quem pague) numa boa posição para ajudar o Estado ilegal de Israel a prosseguir as suas violações da lei.

Psiche - Peter Howson

Fidel Castro: "que nome tão estranho, Rahm Emanuel! de onde provém?" - "Todos os outros povos vão pagar os empregos americanos, o desperdício e os lucros das grandes multinacionais"; mas ainda assim "o presidente Obama não será capaz de salvar a América da crise do capitalismo"
(ler em CubaDebate)
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terça-feira, fevereiro 10, 2009

“eleições” em Israel não significam nada

o Palácio de Westminster em Londres, nas comemorações
do 60º aniversário da fundação do Estado de Israel (2008)

Quando na conferência de imprensa de ontem Obama mencionou que “é preciso evitar a todo o custo a proliferação de armas nucleares” mencionando a possibilidade de a Al-Qaeda e os Talibans que actuam no Afeganistão virem a adquirir armas desse tipo, a veterana Helen Thomas, 89 anos, (que já "aviou" 7 presidentes e é das poucas que recusam o Heil ao Chefe) fez-lhe uma pergunta assassina: “Conhece mais alguns países no Médio Oriente que tenham armamento nuclear?, que sejam “paraísos para terroristas”? – a resposta foi que sim, que havia “o caso do Paquistão, para onde enviámos mister Holbrook”. O branqueamento da actividade dos genocidas Sionistas é total.

Quando se fala em “eleiçõesem Israel trata-se apenas de uma encenação onde diversas cliques extremistas disputam competências para comandar acções militares expansionistas. Sem medo nem vergonha pelas consequências. Ou não estivessem gravadas as declarações do 1ºministro bushista Ariel Sharon em Outubro de 2003:
“de cada vez que fazemos qualquer coisa vêm dizer-me que a América fará isto ou que fará aquilo… sobre isso quero dizer-vos muito claramente: não se preocupem com as pressões da América sobre Israel. Nós, o povo judeu, controlamos a América, e os americanos sabem muito bem disso



Ver também o vídeo do RussiaToday onde o controverso Norman Finkelstein, um académico judeu norte americano, negacionista da teoria oficial do “holocausto e especialista em questões do Médio Oriente, condena Israel pelas atrocidades massivas cometidas em Gaza durante as três semanas de guerra contra os militantes do partido político Hamas
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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

O holocausto segundo a Heuristica

Diz-se de heurístico um pressuposto que assenta em “ses”, e a partir daí segue regras de lógica não rigorosas. (Pratkanis, 1995). Uma forma de heurística comum é a assumpção que um item mais caro é superior a outro de menor custo. As conclusões que seguem esta premissa de uma maneira geral podem ser consideradas verdadeiras; mas então ocorrem importantes excepções. Por exemplo, os preços dos maços de tabaco, bebidas alcoólicas, perfumes ou o parlapié dos sócrates e santanas lopes, mantêm escassas relações com os actuais custos de produção.
Outra fórmula heurística é “não há fumo sem fogo” – partindo do Inferno é arduamente dificil a um historiador crítico aceitar como factos verdadeiros crenças cristãs como “o espírito de deus feito download (através do espírito santo) em Cristo, ou na ressureição e subida aos céus ao terceiro dia”, apesar destas mitologias persistirem durante dois milénios e a partir das quais se construiram sólidas instituições. Por incrível que seja neste principio de século XXI, o decano dos comentaristas da nossa praça, decerto lido por populares pouco exigentes que lhe fazem a fama, equaciona heurísticamente as práticas das hierarquias da ICAR e do holocausto como assentes em factos seguros, incontornáveis e indesmentiveis. Infelizmente isto não é matéria nem de igreja nem de sinagoga. É matéria sobre factos, comprovados por testemunhos e documentação verídica.

Guerra de Religiões:
porque haveria Richard Williamson de pedir desculpas?

Em 1988 o engenheiro norte americano Fred Leuchter visitou os alegados “campos de extermínio” de Auschwitz, Birkenau e Majdanek para recolher amostras de resíduos de Zyklon B (um ácido com base de hidrocianeto) as quais deveriam inevitavelmente permanecer nas supostas “câmaras de gaz” se por acaso foram usadas como tal. Eram as primeiras provas forenses testadas a partir das “câmaras de gaz”.
Leuchter era um consultor que havia sido contratado pelo “American Prison Service” como conselheiro técnico na construção das câmaras de gaz destes serviços nos EUA.
Os residuos de hidrocianeto recolhidos na Instalação de Desinfestação nº1 de Birkenau (o termo empregue é “delouse”, despiolhar) que procediam dessa amostra eram 1000 vezes mais altos do que as amostras recolhidas das zonas de chuveiro comunitários, as áreas que supostamente “teriam servido como câmaras de gaz para assassínios em massa. Os residuos em análise consistiam em acumulações de simples fumigações ciclicas que tinham sido efectuadas, o que levou Leuchter a concluir em 1989:
“Depois de revisionar todo o material e inspeccionar todos os sítios em Auschwitz, Birkenau e Majdanek, como autor tenho de considerar as evidências que os factos decorrentes foram sobreavaliados. Não houve execuções em câmaras de gaz em nenhum destes locais. É uma questão de grande engenharia de opinião alegar que nestes sítios puderam alguma vez existir instalações seriamente consideradas com a função de câmaras de gaz.
Os relatórios subsquentes do engenheiro químico Germar Rudolf, da Kammerer & Solms em 1993, e do Presidente da Ordem dos Engenheiros Austríacos Walter Lüftl concordou com as conclusões de Leuchter no que diz respeito a Auschwitz, o caso mais famoso da campanha de 60 anos de propaganda de vitimização sionista.

Como Richard Verall relata no livro “Did Six Milion Really Die” (Morreram Mesmo 6 Milhões?) “apesar das inspecções feitas pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha a inúmeros campos de concentração, através das suas 1600 páginas de Relatórios de actividades (IRCC) durante a Segunda Grande Guerra não existe uma única menção que seja à existência de quaisquer câmaras de gaz. Autores como Arthur Butz, Verall e Rassinier todos eles afirmam que não chegava a haver seis milhões de judeus na Europa ocupada nessa época, desenvolvendo esforços consideráveis para demonstrar demograficamente que a maioria da população judaica sobreviveu. Segundo Martin Gilbert no inicio da guerra na Alemanha existiriam nesse país apenas 160 mil. Os milhares de massacrados em Kielce quando os judeus foram libertados dos campos de concentração já depois do fim da guerra e procuravam refúgio dentro da Polónia (tinha então Ratzinger 20 anos) até esses inflacionam as contas do holocausto de Vasco Pulido Valente (para diabolizar Hitler) ou vice-versa, com a intenção oculta de reabilitar os Nazis, segundo afirma o cronista.
Paul Rassinier, ele próprio um internado em alguns desses campos de trabalho, deu um formidável contributo sobre o tipo de vida que se levava aí, como uma primeira vaga, antes de começarem a aparecer fantasiosas elaborações de outros internados nos mesmos campos em que ele esteve. Apenas uma pequena proporção de presos eram judeus e os campos eram maioritariamente administrados pelos próprios detidos. Do outro lado do conflito, ambos os beligerantes, britânicos e americanos recorreram a campos de concentração durante a 2ªGGuerra para encarcerar potenciais elementos subversivos (Ponting, 1990: pag.151-152). A taxa de mortalidade nos campos de detenção japoneses (POW) foi quase sete vezes mais que nos campos da Alemanha (Johnson, 1983: pag.428).

fonte a explorar:
* "Ciências suprimidas - Psicologia Social, Crenças Religiosas, Censura e Holocausto" de Simon G. Sheppard
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domingo, fevereiro 08, 2009

então e a (in)dependência?

Tem causado alguma polémica através dos debates em curso, a insinuação que uma certa esquerda de cariz social democrata radical propõe para a participação na governabilidade dentro do actual paradigma capitalista. Luis Fazenda, deputado pelo Bloco de Esquerda, (no Le Monde Diplomatique, Fevereiro de 2009), responde à questão, equacionando os problemas do desemprego, subemprego e precaridade em Portugal fazendo o diagnóstico da situação, depois de passar “pelas peripécias das promessas eleitorais de emprego do governo do PS”, do “mal crónico dos responsáveis politicos que se queixam da crise internacional do capitalismo como se a tempestade tivesse caído do céu”; da “escolha do século entre o marxismo e o tipo de capitalismo selvagem à escala global” e do “unilateralismo patronal depois da cultura anti-sindical dos governos liberais”. “Tal como acontece pelo mundo fora, Portugal vai assistir em 2009 a uma subida em flecha dos números do desemprego. É um problema central, num país marcado por insuficientes protecções sociais, por acentuadas desigualdades socioeconómicas e por elevados níveis de pobreza. (inclusive a pobreza laboral, ligada a vínculos precários e a um modelo assente em baixos salários). Que instrumentos podem ser accionados ao nível de politicas sociais e de investimento público para enfrentar o desemprego?

Tirar a politica do offshore

(…) “É tempo de a politica determinar escolhas na economia, depois da primeira vaga neoliberal. A crise global que atravessamos actualmente pode ser a primeira de várias se não houver alterações significativas ao nível do regresso dos Estados á economia, onde prevaleça o vector social. É preciso realmente acabar com a «offshorização» da politica, em primeiro lugar.
As medidas de salvação pública dos bancos quebraram um tabu, mesmo que me tenha oposto à nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) e ao colo oferecido ao Banco Privado Português (BPP), por achar errada a protecção de accionistas e a socialização de prejuízos. Em todo caso, são decisões politicas a preponderar sobre o mercado financeiro. A politica, o Estado representando a cidadania, tem de ir muito mais longe, subordinando, de facto, o poder económico ao poder politico, sancionando o intervencionismo no âmbito de uma economia mista. Isto é tão somente o quadro constitucional português, posto de lado e até demonizado.

Num pequeno país como Portugal, interligado cambial e economicamente com o mercado europeu, é fulcral exigir outra politica europeia, dos critérios monetários ao comércio, à fiscalidade, à divida e ao investimento público. O começo será deitar fora as soluções contidas no Tratado de Lisboa. Quem relê toda a orientação económica do Tratado, que encalhou lá pela Irlanda, depois do tufão de Wall Street percebe o seu anacromismo ultraliberal. Percebe até que todos os governos violaram o Tratado em inúmeros aspectos para fazer face à crise, a começar pelas metas do défice público.
Por cá é forçoso revogar o Código de Trabalho que favorece o desemprego e a precaridade, alargar as protecções no desemprego para defesa das pessoas. É essencial, dir-se-ia de interesse vital, restaurar o sector público na energia baixando o preço dos factores de produção, alargar as funções e o volume dos serviços públicos, qualificar recursos, direccionar o investimento público para fins reprodutivos. Estas são medidas a favor da criação de emprego, prioridade das prioridades.

A barragem do sistema à expansão do sector público assenta em mitos e numa escolha ideológica nunca assumida. O mercado à solta provoca um grau de desperdício nunca antes atingido. Voltar, de modo novo, à racionalidade da utilização de todos os recursos produtivos, sustentá-los na oferta e equilibrados no ambiente, é desejar não ficar pelas intenções quando os serviços de emprego parecem centros de adiados.
Para tanto falta uma viragem politica de monta. O caminho não é fácil nem sorri num instante breve. O neoliberalismo foi ferido na sua dogmática, mas está longe de estar morto como o “capitalismo realmente existente”; não tem ainda, infelizmente, autópsia marcada. É por isso que não faz sentido falar de governabilidade à esquerda sem verificar o conteúdo das politicas a pôr em marcha. Não se pode invocar o poder à toa. Poder é poder-fazer politicas socialistas bem diferentes das mascaradas liberais. Pleno emprego, nem menos, sempre foi o objectivo de todos, do plural movimento socialista. Que sentido têm, além do paradoxo, aqueles que tipificam o desemprego como uma variável, se acham que o desemprego é uma constante?”
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