em 1990 passou ao dobro,
em 2006 o capital emitido era já 5 vezes mais que o PIB mundial
A inflacção monetária não se destina a sustentar uma ilusória maior complexidade civilizacional. O mundo está pior e a degradação é visivel. Construiu-se nestes últimos trinta anos de neoliberalismo apenas uma terrível máquina de apropriação de bens e valores em proveito próprio da classe dominante;
e como está agora bem à vista, existe uma impossibilidade financeira do capitalismo nem que seja apenas para manter o património construido, as fábricas, o emprego, os edifícios, os serviços públicos. Existirá uma lógica capitalista não acumulativa?, cujo produto não seja empochado à má fila pelos administradores do sistema? - a Burguesia nada mais sabe fazer, e conseguirá sempre transfigurar as formas de acumulação em benefício próprio da sua classe social, enquanto conseguir manter apagada a consciência da classe proletária.
Da parte do Poder, dos partidos ultra- conservadores aos “socialistas”, passando pelos respectivos berloques, tanto “à esquerda” (BE) como “ao centro” (CDS), assistimos à retórica do determinismo metafísico que exorcisa as leis tendenciais >>>>> do reformismo na crença que as coisas possam melhorar um pouco; O uso politico do discurso cínico entranha-se como a coca cola - é com isso que se contentam? – apelando a um novo bloco histórico de revolução passiva (o português é manso, geneticamente herdou os brandos costumes do salazarismo) – no prolongamento ad-infinitum, sem rupturas nem possibilidade de revolução, o tuga apenas estrebucha e produz alguma algazarra em surdina como mera resistência dos dominados. Nada como na Grécia, onde o poder se vê grego, e não tardará cair nas mãos da revolta.
Entre nós, apesar da passividade são patentes cada vez mais manifestações de um certo ódio contra “esta” democracia. É natural; à economia doméstica das famílias contrapôs-se o “interesse superior da economia do país, o Estado”, comandado a partir de uma concepção idealista exterior às pessoas, expulsas da cidadania como agentes de transformação. Mas todos os mistérios que conduzem da teoria ao misticismo encontram a sua explicação na prática concreta, e na compreensão dessa prática: pode a Politica apolitica mudar o mundo sem tomar o Poder? - A concepção originária de criação do Partido tinha sido subordinada à visão do Estado de classe, da obrigatoriedade de substituir o poder da burguesia pelo poder do proletariado; mas até a tradicional forma de partido operário na mundivisão pós-moderna se encontra subordinada aos “interesses do Estado”
O choque da miséria no mundo alienado traz-nos agora aqui na Europa uma novidade, capaz de ultrapassar eleitoralmente tanto o Partido “socialista” como o PCF - as intenções de voto no NPA ultrapassam os 20%. Oliver Besancenot, é um dos nossos:
“Nós não queremos administrar a situação existente. Queremos mudá-la!”
Enquanto entre nós o P”S” se irá entreter deliberadamente a enganar meio mundo como habitualmente com as nóveis siglas pensadoras “respública”, “estados gerais”, “esquerda grande” e outras tretas, pretendendo não existir alternativa fora das margens do neoconservadorismo global pós-bushista, em França o P”S” local fazia como se Besancenot e o seu Novo Partido Anticapitalista (NPA) também não existissem – mas vale a pena seguir com ternura, porque isso pega-se e alastra, estes revoltosos herdeiros da tradição da Liga Comunista Revolucionária. Por exemplo, no caso francês, o "lider" temporário do partido é carteiro de profissão.
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