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terça-feira, fevereiro 17, 2009

um novo paradigma económico

a preto e branco; o estado actual do Naufrágio da Medusa

“quanto mais tarde vos levantardes, mais tempo ireis sofrer” lia-se num panfleto anónimo que apareceu pregado na porta da igreja de Kent em 1630. Estávamos em plena época dos Feudos onde o Senhor das terras escravizava o povo pelo pagamento de impostos arbitrários sobre as colheitas e posses dos rurais, verificando-se um autêntico êxodo das pessoas que procuravam sobreviver nos novos burgos que nasciam com as manufacturas; a Europa debatia-se com desumanas guerras religiosas e a nova classe nascente, a Burguesia, então revolucionária, estava em vésperas de criar uma nova forma de dominação: o Estado, (o Leviathan) que pior ou melhor se concretizou no Tratado de Vestfália. Esta nova forma juridica foi o motor da revolução industrial.

Carta aberta aos meus camaradas do Mundo

Os professores Ronen Palan e Anastasia Nesvetailova da Universidade de Birmingham analisaram e propuseram a discussão na Comissão do Tesouro da Casa dos Comuns britânica, das propostas de salvação aos Bancos e o papel das filiais off-shore que os próprios bancos gerem – o Estado ao entrar com dinheiro em Bancos Privados passa a integrar o rol de accionistas e está a financiar a economia paralela onde se procede à lavagem de dinheiro, que não paga impostos ao Estado. É o fim do Estado nacional e o princípio de legalização de um novo tipo de rede financeira extraterritorial – esta nova economia é comandada por um número restrito de decisores que se constituem numa nova classe de um novo tipo de burguesia. A que habita em resorts de condomínio de alta segurança, se desloca em jactos privados e possui meios de remunerar infindáveis exércitos de criados, vassalos e operários.

Para manter o estilo de vida que estes indíviduos começaram a criar, para espanto de muitos milhares de milhões de proletários e novos pobres, é fundamental para conseguir manter a nova ordem que controlem 1. a maquinaria humana que desencadeia as guerras, 2. as bases militares e 3. as redes de bancos centrais que criam e emitem moeda. Estas três componentes estão intrinsecamente ligadas: Guerra, Bases Militares e Dinheiro. Sim é de keynesianismo militar que eles andam a tratar, e não como os ingénuos engolem, de um messiânico keynesianismo ecológico.

Armados da compreensão da situação, podemos fazer a vontade à nova Oligarquia Global, desarmar por insolvência os seus mais ferozes funcionários, e ajudá-la a disseminar a mobilidade do crime económico até ficar a pairar nas núvens, isto é, ajudar a dissolver o Estado: se nós, os excluídos da festança, empreendermos uma greve de pagamento de impostos acaba-se com a primeira componente, o Dinheiro. Como aquela bela ideia que tiveram os 9 putos de Tarnac.
Uma ameaça concreta ao Estado!. Sem guita acabam-se também as outras duas componentes da sinistra tríade, uma vez que se esgotam as possibilidades de pagar quartéis põe-se também fim às guerras interpretadas por profissionais remunerados - voilá, engendradas pelas oligarquias que dominam o Estado
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