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quinta-feira, fevereiro 28, 2013

3 Pecados Mortais: Sexo, Corrupção e Dinheiro Fulminam Coração da Igreja

"Longe do céu e muito perto dos pecados terrenos, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta".

Cobarde, vais-te embora e agora? 
quem zela pela catequese das crianças? 

Texto respigado da "História Secreta da Renúncia de Bento XVI", um artigo de Eduardo Febbro publicado na "Carta Maior" e do livro de Geoffrey Robertson, "O Papa é Culpado?"

A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI para a renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de refrear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os Vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com Anjos não é fácil de redesenhar. Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública a sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa.

Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adoptadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo. Já sabíamos: o Papa é Culpado, tem a responsabilidade no Vaticano por violações de Direitos Humanos, e nem o Papa está acima da lei dos homens: responder perante a Justiça.

Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que os seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a esse respeito que o Papa “deixou-se engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as Finanças, as contas maquilhadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise actual
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quarta-feira, fevereiro 27, 2013

um mundo, dois sistemas

27 de Fevereiro de 1990 - faz hoje 23 anos a Duma, o parlamento soviético, aprovou a criação de um sistema ao estilo presidencial ocidental que deu a Mikhail Gorbachev novos e amplos poderes para estabelecer eleições directas para os cargos ocupados pelos representantes populares.

Disse então o charlatão que se tratava de "retornar ao poder do Povo de acordo com o pensamento de Lenine", enquanto Gorbachev se ia abotoando com interesses pessoais no Ocidente (através da sua Fundação livre de impostos), actividade que culminou com a publicidade à venda de malas da Louis Vuitton.

Obviamente, do que se trata é de duas concepções de organização da sociedade diametralmente opostas, uma centrada no propriedade colectiva, outra na propriedade privada. Assim, o exemplo clássico de uma luta entre dois antagonistas que se digladiam até à morte será o de Leónidas quando esbarrou com Xerxes; desafiou-o este: "as minhas flechas serão tão numerosas que obscurecerão a luz do Sol", ao que lhe respondeu o outro: "Tanto melhor, combateremos à sombra!" - e sentaram-se os dois à mesa. 
Porém para os espectadores, a Luta Continua

Ouçam o vosso destino, ó moradores de Esparta,
Ou a vossa famosa e grande cidade deve ser saqueada
pelos filhos de Perseus,
Ou, se isso não acontecer, toda a terra da Lacónia,
Irá lamentar a morte de um rei da casa de Hércules,
Pois nem a força de leões e touros irá segurá-lo,
Força contra força, pois ele tem o poder de Zeus,
E não terminará até que um dos dois seja consumido


"Leónidas nas Termópilas", Jacques-Louis David, 1814 
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terça-feira, fevereiro 26, 2013

há crime? a nova pide que actue e "Prenda os Suspeitos do Costume": o Povo

"A realidade tem falhas terriveis, twilight zones, buracos negros, por onde desaparecem as mais sólidas e credíveis previsões do senhor da Gasparlândia (...) os tempos são de semântica para evitar as mentiras óbvias" (editorial do Expresso)



A Troika está de novo Portugal para examinar pela sétima vez o cumprimento do chamado "Memorando de Entendimento" que nada mais é que um pretexto para vender valiosos activos da economia portuguesa a interesses estrangeiros. A burguesia, de direita e da falsa esquerda, está naturalmente de acordo com as privatizações, com o agravamento da crise social, as sucessivas revisões em baixa do crescimento económico e as revisões em alta do desemprego e da dívida pública, isto é, de acordo com o seu enriquecimento face à falência dos trabalhadores. Julgando em causa própria, os responsáveis do FMI, da Comissão Europeia, do BCE e do Governo concluirão, uma vez mais, que o falhanço da Austeridade deve ter como resposta ainda mais Austeridade. É tempo de sermos nós, cidadãs e cidadãos, a avaliar a mentira do "Memorando", este Governo de Traição e a Troika imperialista.


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segunda-feira, fevereiro 25, 2013

“Lincoln” o filme de Spielberg trata de Emancipação deixando os Escravos de fora do filme

Examinando historicamente o modo como o presidente Lincoln foi actor real dos acontecimentos que aboliram a escravidão nos Estados Unidos, este não pode ser comparado com o “Lincoln” da historieta contada no filme. Até os Óscares sempre atentos a epopeias mais empolgantes toparam a inutilidade.

Steven Spielberg concentra-se nas manobras políticas da elite branca em torno da 13 ª Emenda à Constituição dos EUA, que em Janeiro de 1865 decretou o fim da escravidão, menos de três meses antes do final da sangrenta Guerra Civil Americana. O argumento tenta ser uma parábola moderna sobre a virtude de compromisso. Com um olho sobre as divisões que afligem hoje a Washington de Obama, centra-se sobre as medidas legislativas, e as maquinações e intrigas de bastidores que determinaram formalmente o fim da escravidão. Esse sistema, bárbaro mas extremamente rentável, foi o centro da vida política e económica norte-americana por quase dois séculos e meio, com um legado profundamente enraizado que perdura até ao presente no racismo geo-social económico nos guetos dos EUA.

Daniel Day-Lewis dá-nos um Abraham Lincoln combinando o astuto com a imagem não afectada, simples e popular, comportamento pelo qual ficou conhecido o pathos profundo que marcou o seu mandato. Day-Lewis é brilhantemente apoiado por Sally Fields e Tommie Lee Jones nos papéis de Mary Todd Lincoln e do republicano radical Thaddeus Stevens. As filmagens com pouca luz, uma textura sépia e uma preciosa atenção aos detalhes, dá-nos uma ideia precisa dos ambientes iluminados a lâmpadas a gás usadas em meados do século XIX. Algumas cenas-chave podem ter um ar exagerado, mas Lincoln tecnicamente falando é um filme bem elaborado e convincente. Pior para nós.

O que Spielberg, dispondo dos meios excepcionais de Hollywood, não faz, é oferecer aos espectadores um retrato fidedigno das nuances de vida de Lincoln, que variam entre um advogado politico feito à estrada armado em revolucionário e o homem profundamente conservador que é obrigado a evoluir por força dos acontecimentos de uma convulsão social profunda entre esclavagistas e abolicionistas. Como árbitro este é o Lincoln, que disse: "Alego não ter os acontecimentos controlados, mas confesso claramente que são os acontecimentos que me têm controlado a mim". Mas esta situação escapa ao realizador e argumentistas do filme. Quando os exércitos do Norte entraram no Sul tornaram-se automaticamente em exércitos de libertação e emancipação. Quase 200.000 escravos fugiram então dos seus antigos senhores do Sul, alistando-se no exército nortista da União. Mas os espectadores não têm nenhuma indicação sobre o processo que levou Lincoln a adoptar medidas que ele mesmo tinha rejeitado à outrance apenas um par de anos antes. “Lincoln”, o filme, desvia-se neste ponto para uma limitação do âmbito da história quase que exclusivamente aos corredores do Poder em Washington.

A guerra marcou um momento revolucionário na história dos EUA, e essa dinâmica refletiu-se na polarização entre revolucionários burgueses agrupados em torno dos republicanos radicais de um lado e os burgueses defensores da escravidão entre os democratas por outro, mas a relação entre a alta politica ao longo dos últimos anos da guerra e unidade dos escravos desesperados e persistentes na prossecução da liberdade e a mudança a que isso obrigou na conduta militar da guerra, tudo isso, é deixado cair no corte-e-cose da mesa de montagem de Spielberg


Na época da guerra da Secessão norte americana, as classes dominantes na Europa faziam o seu melhor para ignorar o significado revolucionário do conflito, enquanto o próprio Lincoln estava apostado em reforçar as esperanças das forças nortistas para reconquistar a fidelidade dos empresários sulistas senhores de escravos. Karl Marx, um observador atento e perspicaz dos eventos descrevia como "a presente luta entre o Sul e o Norte… nada mais é que uma luta entre dois sistemas sociais radicalmente opostos (…) que apenas poderia terminar com a vitória de um sistema sobre o outro". Marx era um crítico ferrenho da relutância inicial e meias-medidas de Lincoln para lançar um ataque frontal à escravidão,

compartilhando a frustração dos abolicionistas com a "terna consideração para os interesses, preconceitos e sensibilidades da burguesia esclavagista" comparando essa politica com a coragem de atacar o ponto mais vulnerável do inimigo, que seria acabar de vez com a raiz da escravidão como mal-em-si. E não como uma mera transferência do sistema de exploração para relações de trabalho discriminatório assalariado tão ou mais escravizante que o anterior. Em 1862 ao anunciar a “Proclamação de Emancipação” Lincoln assinalou não apenas a sua própria conversão ao abolicionismo, mas também a maior reviravolta da guerra. Marx exultou: "até agora, temos apenas assistido ao primeiro acto da guerra civil-constitucional (…) O segundo acto, a luta de classes pela emancipação revolucionária nesta guerra, está agora ao alcance da mão de todos, pretos e brancos, os homens escravizados" – Ora esta era de facto a última coisa que Lincoln pretenderia que acontecesse.

Lincoln foi um revolucionário provisório numa revolução que visava apenas consolidar a democracia burguesa face ao trabalho escravo que impedia o desenvolvimento e expansão das forças produtivas.

Ele foi obrigado pela força dos aconteci- mentos e contra as suas próprias convicções conserva- doras a deitar mão ao "raio de escravidão" para ganhar uma guerra desesperada que de outra forma não poderia ser vencida. À margem da morte de escravidão uma nova vida surgiu, encarnada por Marx na nova agitação em torno da jornada de trabalho de oito horas, mas (como sabemos agora) nos momentos decisivos, greves e outras duras e amargas lutas, os ex-escravos começaram a dar algum sentido à sua liberdade e a burguesia triunfante virou-se para enfrentar uma nova ameaça na forma de uma classe operária expectante e reivindicativa… O melhor do que sobreviveu da luta entre abolicionistas e radicais, encontrou o seu caminho no movimento dos trabalhadores pela emancipação na luta pela igualdade racial. O "novo nascimento da liberdade" prometida por Lincoln em Gettysburgo foi o inicio da nova disputa pela maximização dos lucros. Mas essa é uma história sobre a qual Hollywood não parece disposta a permitir que os holofotes brilhem. Esta é a razão porque foi em directo de Washington que foi anunciado o melhor filme, o que trata das pseudo-heróicas cavalgadas de CIA. Afinal em termos de espectáculo Hollywwod e Washington são uma e a mesma coisa
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domingo, fevereiro 24, 2013

O regresso de Marx e a sua surpreendente actualidade

Quase 130 anos depois da sua morte, as ideias de Karl Marx hoje ganham uma segunda vida. Em 2012, vários livreiros europeus e americanos e sites como a Amazon registaram um aumento nas vendas das suas obras mais representativas. A tendência, que começou em 2008, logo após o inicio da crise do sistema financeiro global, tem uma possivel explicação: Se o capitalismo falhou, é Marx uma alternativa? obviamente, recorde-se algumas das citações marxistas que o Poder tem tentado ocultar e ludribiar por todos os meios ao seu alcance durante mais de um século:




















"A propiedade privada tenta fazer-nos tão estúpidos que um objecto só existe quando é possuido, comido, bebido, vestido, habitado, etc". Dir-se-ia hoje, e deitado para o lixo como desactualizado e inútil.
(Comunismo e Propriedade Privada, 1844)

"A indústria moderna converteu-se numa pequena oficina do mestre que passou a ser assalariado da grande fábrica do capitalismo industrial".
(Manifesto do Partido Comunista 1848)

"A necessidade de mercados sempre em expansão faz mover a burguesia de um extremo ao outro do globo. Criam ninhos em todos os lugares, constroem em todos os lugares, em toda parte se produzem novas relações de trabalho".
(Manifesto do Partido Comunista 1848)

"O capital não leva em linha de conta a saúde do operário, salvo quando a sociedade o obriga a tomá-la em consideração".
(O Capital, 1867)

"Em toda a especulação por acções, não há quem não saiba que um dia poderá ser desencadeada a tempestade. Mas todos esperam que ela possa ser descarregada sobre a cabeça do vizinho, depois que ele mesmo tenha posto a bom recato a sua chuvada de ouro. Depois de mim, o dilúvio ". (O Capital, 1867)

"Têm medo por queremos abolir a propriedade privada, como se dentro da nossa sociedade a propriedade não tivesse sido já abolida para nove décimos da população". 
(Manifesto do Partido Comunista, 1848)

"Os filósofos apenas se têm esforçado por interpretar o mundo de modos diversos. Mas o que interessa é mudá-lo".
(Teses sobre Feuerbach, 1845)

o Coro dos Prisioneiros 
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sábado, fevereiro 23, 2013

silêncio... que se vai cantar qualquer coisinha sem ser fado




Vendo a credibilidade de todas as áreas governativas ir pela sargeta abaixo, o governador do Banco de Portugal Carlos Costa apressou-se vir a público em Serralves afirmar que a Cultura é uma parte importante do desenvolvimento económico que sustentará o crescimento. Vai-se a ver melhor e o autor do estudo que sustenta tal afirmação é irmão de Carlos Costa... Pelo menos estes dois lá vão "crescendo" (fonte)

Aliás, o próprio Carlos Costa sustenta e realça "a cultura" deste governo e do gangue cujos interesses representa:

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sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Para onde vão os nossos Impostos?

clique no gráfico para ampliar
Só para juros e outros encargos com a Dívida que vão sustentar os lucros da Banca Estrangeira e nacional (por esta ordem), os portugueses pagarão 8,6 mil milhões de euros, cerca de 28% do total de receitas de IRS e impostos indirectos arrecadados em 2013. É um valor superior à despesa em Saúde, Educação ou transferências do OE para a Segurança Social. 

No portal do Governo, este apresenta uma simulação do destino dos impostos directos (IRS) pagos pelos portugueses. Porém, esquece-se de incluir um vasto conjunto de despesas do Estado, que, longe de beneficiarem os trabalhadores, enchem os bolsos dos especuladores. São despesas que são pagas pelos trabalhadores e pensionistas, mas que são canalizadas para o sector financeiro, ao mesmo tempo que o Governo apresenta cortes na Educação na ordem dos 14% (desde 2011), ou de 19% na Saúde.

O Governo quer fazer crer ao povo e ao país que terão de pagar mais impostos se querem continuar a ter serviços públicos e de qualidade. N verdade, são as enormes e crescentes despesas com as Parcerias Público-Privadas, as colossais despesas com o BPN e os monumentais encargos com a Dívida (juros e outros encargos) que constituem os grandes sorvedouros de dinheiros públicos e para onde são dirigidos mais de 40% dos impostos pagos pelos trabalhadores portugueses (IRS, IVA e outros impostos indirectos).
Em 2013, cerca de 3% dos impostos pagos pelos trabalhadores irão para as Parcerias Público-Privadas (884 milhões de euros), para no próximo ano ascenderem a 1,6 mil milhões de euros.
Em 2013, serão “enterrados” no BPN, através de garantias bancárias e crescentes custos de reprivatização, mais de 4 mil milhões de euros, 13% dos impostos pagos pelos portugueses. Valor que acresce aos 3,4 mil milhões de custos que o “buraco” do BPN já custou, fora as garantias bancárias assumidas pelo Estado. Esta é a despesa inútil e parasitária, que enriquece alguns com o dinheiro dos trabalhadores...
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quinta-feira, fevereiro 21, 2013

taco a taco com o inimigo (II)



agenda

Guarda - Miguel Macedo, ministro das Policias - 22 Fevereiro - 18:00 horas 
 Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço 

Um pouco de História, para avivar a Memória

Em 1619 D Felipe IV “o Gordo” passou a governar todos os reinos ibéricos unificados, tendo nesse ano sido nomeado Principe de Portugal. Deu posse para 1º ministro ao castelhano Conde-duque de Olivares Gaspar de Guzmán com cujo governo o povo esperara lucrar devido à actividade do novo ministro nas guerras de conquista além-mar que vinham sendo amplamente financiadas pelas aristocráticas famílias das casas bancárias europeias, nomeadamente os investidores alemães. A ínfima burguesia portuguesa colaborava com o lucrativo esquema.

Atacadas pelos holandeses e ingleses a Casa Real de Espanha ia perdendo possessões ultramarinas, a Bahia e Pernambuco no Brasil, Ormuz e Macao no Oriente, a feitoria da Mina que assegurava o ouro da Guiné, e Luanda que garantia o fornecimento de escravos em África. As campanhas bélicas para reconquistar essas possessões custavam rios de dinheiro, levando Portugal à ruína, por via de um cada vez maior endividamento. Para controlar a insustentável dívida e o défice, os impostos lançados sobre o povo eram cada vez maiores. Com o agravamento do problema Olivares tivera a ideia de obrigar os portadores de títulos de divida publica a um empréstimo forçado, mandando que os tesoureiros das alfândegas retivessem um trimestre de juros aos portadores, a quem os pagavam. De tal forma estas medidas oprimiam o povo que este começou a mostrar os primeiros sinais de revolta. Alguns fidalgos lideravam a contestação contra os tributos e vexações do fisco obtidos à custa de enormes sacrifícios dos súbditos.

Madrid nomeia então secretário do conselho de Portugal e escrivão das finanças o parente do rei de Espanha, Miguel de Vasconcelos e, para apaziguar politicamente os ânimos por graça de Diós, a Duquesa de Mântua. Olivares de grande escudeiro do Rei e chanceler das Índias, depois de se acrescentar numerosos títulos nobiliárquicos tinha construído uma enorme fortuna, enriquecido a família e dado à corte de Espanha uma magnificência inaudita. Apostado em recapturar os antigos territórios dos Países Baixos, Olivares e os seu lacaios, levaram os reinos ibéricos a mais um empreendimento ruinoso, envolvendo-se na Europa na Guerra dos Trinta Anos que duraria até 1648. Como é sabido os Patriotas portugueses não esperaram pacificamente pelo seu empobrecimento. A 1 de Dezembro de 1640 a população acabou com a tirania de forma radical, implantando um governo patriótico e democrático ao serviço do povo.
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quarta-feira, fevereiro 20, 2013

taco a taco com o inimigo

chefe do ministério da Saúde, o amanuense Paulo Macedo, foi interrompido pela "Grândola Vila Morena" hoje no Porto

atenção Povo do Norte: S. João da Madeira, próxima sexta-feira dia 22


Todos os dias são destruidos em Portugal 1350 empregos. Número de desempregados de longa duração que desistem de procurar trabalho dispara. Sem respostas ou esgotados por tantas recusas, muitos entram em depressão. Segundo o pasquim do Balsemão o desemprego levará muitos anos a baixar novamente... Missão cumprida em beneficio da banca estrangeira e dos seus sequazes. E é com este pano de fundo que o ainda ministro Relvas resolve dar inicio a um "Plano Estratégico de Intervenção para a Juventude" (a mais sacrificada com a falta de trabalho e perspectivas de vida) que na fatalidade neocon ainda teria de aturar uma campanha intensiva de angariação de votos tendo em vista as Eleições Autárquicas do próximo Outono. Do que é que estavam à espera? diagnóstico: para além dos habituais serventuários do capital, do modo suíno como tratam as obrigações de serviço público, da falta de verticalidade para cumprirem os mínimos da função sem o labéu de gatunos e mentirosos... estes comparsas traidores à identidade nacional, sucumbiram também à indigência mental - converteram-se num problema de sanidade pública.  E na circunstância, os malucos por centenas de lugares nas Câmaras Municipais não têm nada de doidos. 

Em frente com as candidaturas de partidos revolucionários e independentes!
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terça-feira, fevereiro 19, 2013

está na hora, está na hora, do governo ir embora!! o ministro Relvas volta a ser corrido...

alarmante! ainda há quem fique calado quando vê um ministro... e alguns até ainda lhes batem palmas.



Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre! O tempo urge, Governo para a Rua! 

(apesar de tudo, o Relvas passou hoje mais tempo no ISCTE do que quando se formou na Lusófona)
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onde é que fica a soberania popular no meio disto tudo?

"A inovação financeira apresentada vai para 30 anos por Alan Greenspan como uma panaceia tem-se revelado um grande flop, causando danos económicos e sociais muito graves, para não falar dos ataques aos direitos democráticos dos cidadãos e das cidadãs, que a ditadura dos mercados e os éditos da Troika na Europa provocam. Os tratados europeus e a política concreta de governos sucessivos estão a destruir gradualmente os direitos democráticos conquistados pelos povos: o poder legislativo está sujeito ao executivo, o Parlamento Europeu é a tanga da Comissão Europeia, as escolhas dos eleitores são cada vez menos respeitadas... Os governantes escudam-se atrás de tratados para recuperarem o refrão de Margaret Thatcher: Não Há Alternativa (TINA, There Is No Alternative) à austeridade e ao pagamento da Dívida" 



«os Bancos contra os povos: os bastidores de um jogo manipulado» (por Eric Toissant)

"Enquanto isso, (os actuais politicos que governam à revelia dos povos) tentam ao máximo, por um lado, minar os direitos económicos e sociais conquistados no século XX e, por outro lado, evitar que uma crise bancária ainda maior aconteça. No entanto, não tomam medidas vinculativas e sérias que imponham aos bancos e às instituições financeiras uma nova disciplina. Os bancos, de facto, ainda não sanearam as suas contas desde 2007-2008. Pior ainda, continuam muito activos a desenvolver novas bolhas e a fabricar novos produtos estruturados (desta vez dando como garantias (colaterais" as Dívidas Soberanas dos Estados). Neste artigo intitulado "os Bancos, gigantes de pés de barro" são passadas em revista as acrobacias feitas pelos bancos para se financiarem, a sua dependência quase total face às ajudas públicas, o aumento das bolhas especulativas, as inovações financeiras especulativas, os efeitos desastrosos produzidos pelo sistema bancário actual em termos de crise alimentar e os novos riscos que os povos correm devido ao modo como os bancos funcionam" 

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

a Dívida e as Quimeras dos partidos da Troika

“Se nos dizem que uma determinada política vale a pena porque terá determinados resultados, mas esses resultados são constantemente revistos em baixa, e se constatamos que as contas estão feitas de modo a dar-nos falsas expectativas, então podemos dizer que, de facto, estamos a ser enganados” (1). António Costa, (do partido dito “socialista”) empregou mesmo o termo “aldrabice:



a primeira aldrabice do relatório do FMI, é que ele já existia, foi feito pelo governo, antes de ir para o FMI (outros aldrabões) tendo o governo utilizado os próprios computadores de Abebe Selassie para depois tornar público a necessidade de novas medidas de austeridade e, deste modo sorrateiro, fazer passar os “governantes” por descomprometidos no esquema. Assim o trabalho do grupo de aldrabões liderado por Passos Coelho autodenominado “relatório do FMI”, é um amplo cardápio de medidas muito superiores em números aos 4 mil milhões de cortes no Estado Social, o que lhes dá margem de manobra para continuar a usar a técnica de lançar o barro à parede: se umas medidas não colam escolhem-se outras. Em última instância este gang de lacaios vende o país e tenta esconder como é que o imperialismo Capitalista funciona

Perante isto, António Costa (esperança numa mudança de rumo do P”S”, mas convidado ao Bilderberg em 2008) calou-se e apressou-se a conciliar as facções neoliberais dentro das suas hostes, mantendo Seguro o lugar como um “passos coelho” de alternância caso as coisas corram mal ao actual governo e seja preciso substitui-lo por um outro que não mexa em nada das medidas que estão actualmente a ser tomadas contra o povo. No final, a imprensa lança as parangonas de véspera que são anunciadas pelo governo na manhã seguinte e aldraba a população publicando sondagens em que continuam a fazer crer que o PSD ainda tem cerca de 30% de gente disposta a votar neles e o PS continuará a enganar 38% dos eleitores. E não haverá alternativa? senão continuar a votar neste dois gangues de aldrabões? 


(1) no Le Monde Diplomatique: “No seu relatório preliminar, a Iniciativa por uma Auditoria Cidadã refez as contas da evolução da Dívida, com base nos quadros da 5.ª revisão da troika, prevendo três cenários alternativos (…) o resultado foi que o cenário de sustentabilidade utilizado pela Troika e pelo governo português é frágil, para não dizer enganador. As quimeras da Troika ganham tempo para o governo destruir o Estado Social mas não impedem que, no fim, se chegue na mesma à conclusão: a dívida não pode ser paga(Sara Rocha, membro da IAC)
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domingo, fevereiro 17, 2013

os soljenítsinianos bem que haviam avisado do perigo...


a região mineira e industrial de Tcheliabinsk onde caiu o meteorito é tão rude, longinqua e inóspita que se converteu em alvo do anedotário russo, com estórias tais como "o Metro de Tcheliabinsk é tão duro que anda por debaixo da terra sem precisar de túneis" ou a agora apropriada piada "a siderurgia de zinco de Tcheliabinsk é de tão dificil acesso que tem de receber o minério directamente do Céu". Ora aí está. "o Povo que vinha no meteorito viu horrorizado que ia cair em Tcheliabinsk"...

deus salve a Mãe Rússia! 

sábado, fevereiro 16, 2013

Governo? quanto mais guita lhes dermos, mais os pagagaios sobem

"O desemprego oficioso e real atingiu o patamar escabroso de 22%. O país não aguenta isto muito mais tempo: ai não aguenta, não!" (Miguel Sousa Tavares)

Vêm aí mais uns quantos milhares de falências e a inevitável quebra de receitas de impostos para o Estado, mais desemprego e a respectiva espiral recessiva (1). Assim sendo, para que é que os reformados e pensionistas precisam de tanto dinheiro se cada vez há menos sitios onde o gastar?

O governo (des)governa por arremessos de barro à parede: se as reacções forem de indignação o governo lacaio para além da troika recua; se não houver reacção que se note, o governo aplica o barro colado como lei. Cada um sabe portanto nuito bem qual o papel que pretende desempenhar neste filme de terror...


Há cerca de um ano o ministro desmentiu a hipótese de espiral recessiva, garantindo então que 2013 "seria um ano já de recuperação". Os bonzos da troika este ano já não sabem outra vez do que é que falam... 
clique no recorte para ampliar
(Expresso, 16 Fevereiro) 

* O sociólogo norte americano Immanuel Wallerstein esteve em Lisboa a convite do Cidac para uma conferência, a qual aconteceu na passada quinta-feira. Um dos patrocinios, para além da Gulbenkian, foi o do jornal "Público", anunciando-se ali que no dia seguinte seria publicada ampla cobertura do evento e uma entrevista. Passou-se sexta e sábado e da promessa nem vê-la. Será que o "Público" patrocina eventos para melhor os ocultar da opinião pública"? - acontece que uma das mais acutilantes opiniões do professor Wallerstein é a de que estamos no meio de uma recessão capitalista (no ciclo longo de Kondratiev) iniciada em 1970 e que só terminará cerca de 1950...


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sexta-feira, fevereiro 15, 2013

"Quem não exigir factura arrisca multa do Fisco"

claro, ainda está para renascer o famoso fiscal de isqueiros do Salazar e para nascer o dia em que nos obriguem a pedir um documento fiscal de uma bica ou outras pequenas despesas sem caracteristicas comerciais para os consumidores. Se algum patusco algum dia nos incomodar na qualidade de cidadãos ou havendo qualquer sinal de coacção ou intimidação sobre a liberdade de um individuo consumir o que quer que seja é um caso de policia; e acabará nos tribunais. Dado os valores em apreço é um bocado incongruente, mas é assim que esta amostra neofascista de ministro quis, é assim que tem de ser e assim será.

Este tipo de multa é inconstiticional, mas como bem sabemos isso não é particularmente relevante para esta governança sob a égide do "Cavaleiro da Ordem do Bolo Rei"

Vamos então à luta! Good Morning Vietname !!!! Então malta ? Tudo preparado para ser a tropa de elite do Gaspar ?! Imagino que gente que nunca conheceu as agruras o fascismo esteja agora a acenar com as cabecinhas no sentido afirmativo! Pois, mas a maioria de nós não vão acenar ... primeiro porque trabalhamos no sector privado e não podemos por lei, ser requisitados para trabalhar na função pública como fiscais de cobrança, logo não podemos ser funcionários do dito, depois teriam que nos pagar um gordo ordenado para fazermos o trabalho dos empregados dele ... a quem ele não quer pagar mais por isso ... e depois, ah depois, ele que me venha multar porque não desempenhámos uma função para a qual não temos contrato e que não podemos acumular com o nosso trabalho no sector privado!!!! assim, agarra-me se puderes, idiota!
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quinta-feira, fevereiro 14, 2013

um Outro Ciclo (II)

clique no cartaz para ampliar

A principal obra do sociólogo norte-americano é "O Sistema Mundial Moderno", publicada originalmente em três volumes em 1974, 1980 e 1989. Esta obra parte de quatro referências teóricas fundamentais:

1. Karl Marx, que Wallerstein segue em teses como a predominância dos factores económicos sobre os políticos e ideológicos na história mundial, a dicotomia entre capital e trabalho, a concepção do desenvolvimento da economia mundial segundo fases históricas como o feudalismo ou capitalismo, a acumulação de capital, a dialéctica, entre outros.
2. a Escola dos Annales, nomeadamente o historiador Fernand Braudel, que registara o desenvolvimento e implicações políticas das redes económicas européias dos séculos XV-XIX.
3. Max Weber, um dos sociólogos clássicos mais importantes, que opôs à "luta de classes" em Marx a teoria da "estratificação das classes sociais".
4. Presumivelmente, a sua própria experiência enquanto estudioso da África pós-colonial e das várias teorias relativas às "sociedades em desenvolvimento".

Immanuel Wallerstein recusou a noção de Terceiro Mundo, argumentando que existe "apenas um mundo articulado por uma complexo sistema de trocas económicas" — uma economia mundial ou sistema mundial — caracterizado pela dicotomia entre capital e trabalho e a acumulação de capital entre agentes em concorrência (nomeadamente os Estados-nação), num equilíbrio sempre ameaçado por fricções internas. Esta abordagem marxista mantém a plena actualidade da consigna do Manifesto Comunista "Proletários de todo o Mundo Uni-vos" e constitui o núcleo da sua "Teoria do Sistema Mundial"
 
entrevista com Immanuel Wallerstein: "os Estados Unidos são a única nação que não precisa de se preocupar com a Dívida..."

(legendado em português)

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Deus criou o Universo?


Pedro Julião dito o Hispano, nascido e baptizado português em Lisboa foi o único papa dado pela indústria da fé a Roma com o epipeto de João XXI. Em 1277 o papa português sentiu-se (a ele e a Deus) tão ameaçados pelas leis da Natureza que as declarou heresia. Passados poucos meses o telhado do palácio onde dormia desabou e caiu-lhe em cima matando-o.

terça-feira, fevereiro 12, 2013

quem ganhará o prémio para a melhor Máscara Mística?

B16 despediu-se com um adeus inesperado e tardio. Com um pontificado marcado pelo conservadorismo, a saída deste Papa "não deixará saudades entre os que anseiam por mudanças na Igreja Católica", (aliás parece que sai, mas fica de plantão ao papa seguinte. Não há que fiar, deus não dorme); mas mudanças para acreditar em quê? Porque é que o Vaticano gasta 14 milhões por ano na manutenção do Palácio Episcopal em Roma?


Nos seus arquivos todo o conhecimento do mundo antigo é monopolizado pelo Clero de Roma.
No entanto, o clero concentra-se principalmente na sua própria doutrina religiosa, ignorando e até mesmo suprimindo obras de ciência, literatura e arte fora do seu âmbito. Pela sua imagem vemos o que causou a Idade das Trevas: Roma, numa tentativa para impor o Cristianismo a todo o mundo conhecido. No Cristianismo existe uma autoridade absoluta e através dela os Reis eram capazes de impor as suas regras, fazendo aprovar essa autoridade através do Papa. Este conceito de submissão à Autoridade absoluta tornou-se natural para os gentios ignaros, levados a aceitar uma autoridade absoluta na pessoa terrena do seu Rei, que tinha sido empossado nessa função pela divina vontade de Deus.

Como se pode ver, os governantes utilizam o cristianismo para nos controlar. É por isso que, quando as tribos germânicas invadiram Roma e se encontraram cara a cara com o “Papa”, este insistiu com elas para que o escutassem. Aqui está o que aconteceu, como mentalidade histórica que foi assim predeterminada. Sem meios para conter os “bárbaros” as tropas romanas, incapazes de defender todo o Império, foram contratando os invasores como mercenários. Pouco depois os chefes das tribos germânicas governavam Roma e o “Papa” estava nas suas mãos. O Papa foi-lhes explicando que antes da sua chegada, antes do ano 300, Roma se tinha convertido à doutrina de um profeta que provocava muitas revoltas e ameaçava destruir o esplendor da aristocracia esclavagista. Seria preciso fazer qualquer coisa, alguma coisa que acalmasse a população. Esgotado o modelo, Jesus seria o novo exemplo. Assim, deitando mão a todas as informações, lendas e charadas místicas trazidas pelas hostes de gregos e romanos, foi sendo comissionada a alguns notáveis da época a chamada “Biblia".

A Biblia é engendrada naquilo que Roma quer que nós devemos pensar e fazer. É dessa forma que a Igreja controla os crentes. Então, as tribos germânicas ouviram e trabalharam com os papas de Roma. Tal qual como ainda trabalham hoje, com dois papas consecutivos anti-comunistas, isto é, contra a propriedade colectiva das comunidades. Após a queda do Império Romano do Ocidente, como reza a História, todos os reis da Europa passaram a assumir o título de "imperador romano sagrado por vontade de deus". Eles tinham um plano, um plano que ainda funciona no presente. O plano é submeter e programar as pessoas na sua condição de dependência. Fazer-nos mudos, pelo “Cristianismo”

Jesus, o profeta (um ser humano "iluminado") teria, segundo se depreende da doutrina, sido utilizado para atar as duas pontas nessa estória milenar dos ricos e dos pobres. Para impor respeito, medo, inveja e autoridade o Papa tinha de viver uma vida de luxo. Ainda hoje se diz que usa uma toilete por dia, nunca as reutilizando. Ao contrário do mártir do simbolo da cruz que usou o mesmo trapo a vida inteira

Mãe Terra! dá-me um Sinal; Ensina-nos o caminho de regresso à Natureza. 

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

um Outro Ciclo

"Apenas chegaram ao hotel, Cândido adoeceu com ligeiro mal estar, motivado pelas fadigas. Como trazia no dedo um enorme diamante, e como tinham notado na sua bagagem um cofre prodigiosamente pesado, logo dois médicos, sem serem chamados, lhe cercaram a cabeceira, vários amigos íntimos não o deixaram mais, e dois beatos encarregaram-se de lhe aquecer os caldos" (Voltaire, in "Candide", 1759)

Depois do terramoto levaram a carcassa de 80 anos do antigo amanuense do Partido dito Comunista em ombros até à Casa do Alentejo, mataram saudades do tempo em que o fedelho do Partido dito Socialista recebeu então o insignificante clérigo dissidente, foram chegando os convivas para o adiado funeral da mentira, pelos vistos podre mas imperecivel. Na hora de soprar nas velas, depois dos caldos assegurados pelas novas tabelas de impostos, todos pressentiram ter um futuro auspicioso, qual deles o mais mumificado, qual deles o mais esperançoso. Como grupo, os amigos íntimos assumiram o descrédito de ficar nomeados nesta história: o dissidente Semedo, Sampaio, Seguro, o Costa, o Alegre, o espirito de Soares, Carvalho da Silva, o espirito do Louçã, Mário "jamé" Lino, Pina Moura, João Proença, o Daniel Oliveira que nega ter lavado o recinto com criolina. Chamaram ao velório "inicio de um outro ciclo" como se alguém acreditasse que não se trata apenas de enterrar a cerimónia fúnebre anterior. Sem grandes danos na consciência, os oportunistas


e assim, pombas e camelos levaram Voltaire até à Broadway onde tiveram grande sucesso 


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sábado, fevereiro 09, 2013

Portugal e a Decadência Ocidental

Vivemos agora numa nação onde os doutores destroem a Saúde, onde os Juizes destroem a Justiça, as Univer- sidades destroem o Conhecimento, onde os governos destroem a Liberdade, a imprensa destrói a Informação, a religião destrói a Moral e os nossos bancos destroem a Economia

Chris Hedges. Devido ao elevado número de elementos da população que não participa de facto na cidadania, nem politica nem economicamente, os Estados Unidos devem ser vistos como uma parte importante do 3º Mundo
 

Prof. Jorge Miranda, no "Público" de hoje: "O relevo e o direito de uso da lingua portuguesa, sabendo-se como a lingua materna é o primeiro elemento distintivo da identidade cultural, resulta não só de o português ser declarado lingua oficial, mas também de constituir uma das tarefas fundamentais do Estado "assegurar o Ensino e a valorização permanentes, defender o uso e promover a difusão internacional da lingua portuguesa" (Ref. artigos 4º, 7º, 11º, 26º, 37º, 38º, 42º, 43º, 52º, 73º, 74º e 78º da Constiuição da República Portuguesa) 

Debate sobre a Lingua e a Lusofonia como instrumentos de uso do Neocolonialismo. Renato Epifânio e a acusação de direita e nostalgia do Império do "Movimento Internacional Lusófono" 

Portugal gastava em Educação 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) aquando da chamada "revolução de Abril", hoje gasta 4,6% do PIB com tendência a diminuir. Segundo a Unesco, Cuba investe 12,9% do PIB nas escolas e universidades num sistema de Ensino totalmente gratuito que abrange 100% da população. É por estas e por outras que Portugal "exporta" serventes de pedreiro e "empreendoristas" e Cuba "exporta" mão de obra altamente qualificada e útil no contexto globalizante da actual divisão internacional de trabalho. Como perspectiva de futuro, em Cuba existe uma politica estratégica ao serviço do povo; em Portugal existirá no futuro uma ordem de submissão ou expulsão de analfabetos
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sexta-feira, fevereiro 08, 2013

As nomeações do governo (Garcia Pereira)

a breve meia-dúzia de linhas que a Visão dedicou à grave ocorrência de ter sido nomeado "um marxista-leninista para o Governo" contém logo uma linha errada: Frankelim Alves passou de facto no principio da década de 70 pela Federação de Estudantes Marxistas Leninistas (FEML) o orgão estudantil do Movimento Reorganizativo do Proletariado (MRPP), mas foi imediatamente expulso (junto com Durão Barroso, este pelo célebre roubo das mobilias do povo) e pelo oportunismo politico dos arrivistas. Quando o MRPP se transformou no Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP, circa de 1986) estas duas nódoas nunca o chegaram a integrar.  Porque o PCTP/MRPP só integra gente com Ética.

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

a careca de mais um Charlatão

Segundo o currículo que consta no site do governo, Franquelim Alves nasceu em 16 de Novembro de 1954. Está certo, espera-se. Terá iniciado a sua carreira, em 1970 (ou seja, com 16 anos de idade), como auditor e consultor da empresa internacional Ernst&Young, empresa que só foi fundada 19 anos depois, em 1989. Temos então o homem certo para o Empreendedorismo, Inovação e Competitividade (Esquerda.Net)


1959 | o rapaz-prodígio, então com 5 anos, formava uma banda: Franquelim & the Beatles. "Fizemos umas coisas engraçadas" disse ele
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a Leitura como perda de tempo com a Ignorância

«Quando lê um livro a sua cabeça é uma floresta viva cheia de canto de pássaros.» (E. E. Cummings) mas o bitaite também dá para o aterrorizante grasnar de abutres...

Cuidado com as generalizações, é o recado dado lá para os compadres da Biblioteca de Beja. o Livro é uma arma de dois gumes, pode proporcionar sabedoria ou não. Ler é uma importante selecção de escolha, porque mais de 90% do que se edita hoje em Portugal é palha. E ninguém quererá ser alimentado a palha, excepto os inteligentes que têm a mania que já sabem tudo. Veja-se bem o ridiculo da "sabedoria" do imbecil Ministro que em tempos "já leu" tudo e de nada lhe serviu:

 
"a Indústria de hoje não tem nada a ver com o exército social de reserva de trabalhadores nem com o Capital, já não estamos no século XIX senhor deputado..." (Álvaro Santos Pereira).

Por acaso a propriedade dos meios de produção mudaram de mãos senhor ministro? na grande revolução industrial milhões de trabalhadores, em fuga da fome e privações, viram-se constrangidos a emigrar dos campos para os novos Burgos onde encontraram "o progresso das máquinas" (capital fixo) dos novos senhores, que continuaram e agravaram as condições de exploração no novo regime de assalariamento. A miséria, a fome e as condições de insalubridade dessa época ficam para sempre na história, imortalizadas por Dickens e Vitor Hugo. Hoje, quando no berço da nossa civilização se assiste a nova onda de migrações em massa, fugindo às mesmas condições de fome, miséria e impossibilidade de pagar um abrigo, por acaso o regime de propriedade dos meios de produção mudaram de mãos?  ou permanecem na posse da nova Burguesia Transnacional? o Capital em fuga aos impostos nacionais por acaso não é responsável pelos danos causados a milhões de vítimas?
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