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Só para juros e outros encargos com a Dívida que vão sustentar os lucros da Banca Estrangeira e nacional (por esta ordem), os portugueses pagarão 8,6 mil milhões de euros, cerca de 28% do total de receitas de IRS e impostos indirectos arrecadados em 2013. É um valor superior à despesa em Saúde, Educação ou transferências do OE para a Segurança Social. No portal do Governo, este apresenta uma simulação do destino dos impostos directos (IRS) pagos pelos portugueses. Porém, esquece-se de incluir um vasto conjunto de despesas do Estado, que, longe de beneficiarem os trabalhadores, enchem os bolsos dos especuladores. São despesas que são pagas pelos trabalhadores e pensionistas, mas que são canalizadas para o sector financeiro, ao mesmo tempo que o Governo apresenta cortes na Educação na ordem dos 14% (desde 2011), ou de 19% na Saúde.
O Governo quer fazer crer ao povo e ao país que terão de pagar mais impostos se querem continuar a ter serviços públicos e de qualidade. N verdade, são as enormes e crescentes despesas com as Parcerias Público-Privadas, as colossais despesas com o BPN e os monumentais encargos com a Dívida (juros e outros encargos) que constituem os grandes sorvedouros de dinheiros públicos e para onde são dirigidos mais de 40% dos impostos pagos pelos trabalhadores portugueses (IRS, IVA e outros impostos indirectos).
Em 2013, cerca de 3% dos impostos pagos pelos trabalhadores irão para as Parcerias Público-Privadas (884 milhões de euros), para no próximo ano ascenderem a 1,6 mil milhões de euros.
Em 2013, serão “enterrados” no BPN, através de garantias bancárias e crescentes custos de reprivatização, mais de 4 mil milhões de euros, 13% dos impostos pagos pelos portugueses. Valor que acresce aos 3,4 mil milhões de custos que o “buraco” do BPN já custou, fora as garantias bancárias assumidas pelo Estado. Esta é a despesa inútil e parasitária, que enriquece alguns com o dinheiro dos trabalhadores...
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