agenda
Guarda - Miguel Macedo, ministro das Policias - 22 Fevereiro - 18:00 horas
Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço
Um pouco de História, para avivar a Memória
Em 1619 D Felipe IV “o Gordo” passou a governar todos os reinos ibéricos unificados, tendo nesse ano sido nomeado Principe de Portugal. Deu posse para 1º ministro ao castelhano Conde-duque de Olivares Gaspar de Guzmán com cujo governo o povo esperara lucrar devido à actividade do novo ministro nas guerras de conquista além-mar que vinham sendo amplamente financiadas pelas aristocráticas famílias das casas bancárias europeias, nomeadamente os investidores alemães. A ínfima burguesia portuguesa colaborava com o lucrativo esquema.
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Atacadas pelos holandeses e ingleses a Casa Real de Espanha ia perdendo possessões ultramarinas, a Bahia e Pernambuco no Brasil, Ormuz e Macao no Oriente, a feitoria da Mina que assegurava o ouro da Guiné, e Luanda que garantia o fornecimento de escravos em África. As campanhas bélicas para reconquistar essas possessões custavam rios de dinheiro, levando Portugal à ruína, por via de um cada vez maior endividamento. Para controlar a insustentável dívida e o défice, os impostos lançados sobre o povo eram cada vez maiores. Com o agravamento do problema Olivares tivera a ideia de obrigar os portadores de títulos de divida publica a um empréstimo forçado, mandando que os tesoureiros das alfândegas retivessem um trimestre de juros aos portadores, a quem os pagavam. De tal forma estas medidas oprimiam o povo que este começou a mostrar os primeiros sinais de revolta. Alguns fidalgos lideravam a contestação contra os tributos e vexações do fisco obtidos à custa de enormes sacrifícios dos súbditos.
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Madrid nomeia então secretário do conselho de Portugal e escrivão das finanças o parente do rei de Espanha, Miguel de Vasconcelos e, para apaziguar politicamente os ânimos por graça de Diós, a Duquesa de Mântua. Olivares de grande escudeiro do Rei e chanceler das Índias, depois de se acrescentar numerosos títulos nobiliárquicos tinha construído uma enorme fortuna, enriquecido a família e dado à corte de Espanha uma magnificência inaudita. Apostado em recapturar os antigos territórios dos Países Baixos, Olivares e os seu lacaios, levaram os reinos ibéricos a mais um empreendimento ruinoso, envolvendo-se na Europa na Guerra dos Trinta Anos que duraria até 1648. Como é sabido os Patriotas portugueses não esperaram pacificamente pelo seu empobrecimento. A 1 de Dezembro de 1640 a população acabou com a tirania de forma radical, implantando um governo patriótico e democrático ao serviço do povo.
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2 comentários:
Defenestración
prognatismo borbónico (gonzalo de reparaz)
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