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A principal obra do sociólogo norte-americano é "O Sistema Mundial Moderno", publicada originalmente em três volumes em 1974, 1980 e 1989. Esta obra parte de quatro referências teóricas fundamentais:
1. Karl Marx, que Wallerstein segue em teses como a predominância dos factores económicos sobre os políticos e ideológicos na história mundial, a dicotomia entre capital e trabalho, a concepção do desenvolvimento da economia mundial segundo fases históricas como o feudalismo ou capitalismo, a acumulação de capital, a dialéctica, entre outros.
2. a Escola dos Annales, nomeadamente o historiador Fernand Braudel, que registara o desenvolvimento e implicações políticas das redes económicas européias dos séculos XV-XIX.
3. Max Weber, um dos sociólogos clássicos mais importantes, que opôs à "luta de classes" em Marx a teoria da "estratificação das classes sociais".
4. Presumivelmente, a sua própria experiência enquanto estudioso da África pós-colonial e das várias teorias relativas às "sociedades em desenvolvimento".
Immanuel Wallerstein recusou a noção de Terceiro Mundo, argumentando que existe "apenas um mundo articulado por uma complexo sistema de trocas económicas" — uma economia mundial ou sistema mundial — caracterizado pela dicotomia entre capital e trabalho e a acumulação de capital entre agentes em concorrência (nomeadamente os Estados-nação), num equilíbrio sempre ameaçado por fricções internas. Esta abordagem marxista mantém a plena actualidade da consigna do Manifesto Comunista "Proletários de todo o Mundo Uni-vos" e constitui o núcleo da sua "Teoria do Sistema Mundial"
entrevista com Immanuel Wallerstein: "os Estados Unidos são a única nação que não precisa de se preocupar com a Dívida..."
(legendado em português)
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