Pesquisar neste blogue

quarta-feira, julho 31, 2013

a chamada “Primavera Árabe” está a ser sufocada pelas armas

Perto de 300 pessoas já foram mortas em actos de violência desde que o presidente eleito Mohamed Morsi foi destituído pelo golpe militar no Egipto a 3 de Julho, incluindo os seus 80 apoiantes mortos a tiro durante uma vigilia junto a uma mesquita no norte do Cairo no último fim de semana, o segundo assassinato em massa desde que Morsi foi deposto. Recorde-se que Morsi, líder da Irmandade Muçulmana, foi o mais votado nas últimas eleições, obtendo cerca de 1/3 dos votos expressos. A “crise”, segundo a Reuters (para inglês ver), estaria a “deixar Washington à beira de um ataque de nervos, uma vez que o Egipto recebe 1,3 biliões de ajuda militar por ano”, para cumprir a sua função de pivot aliado Árabe fundamental para a paz no Médio Oriente.

O Governo golpista diz que (apesar de ser o partido maioritário no país) os "protestos da Irmandade Muçulmana deixaram de ser aceitáveis". Os novos governantes do Egipto, “invocando a Constituição e a Lei”, declararam ilegais as duas vigílias levadas a cabo no Cairo por partidários do presidente deposto. Numa declaração televisionada, a junta provisória instalada pelos militares afirmou que os "actos terroristas" e a interrupção do trânsito decorrente das manifestações não eram aceitáveis e "representam uma ameaça à segurança nacional do Egipto" e o Ministério do Interior deu ordens para lhes pôr fim. A Irmandade Muçulmana mantém que os seus partidários vai continuar o protesto até que Morsi seja reconduzido no cargo. Levanta-se assim o espectro de ainda mais derramamento de sangue.

É neste cenário que a União Europeia envia a baronesa Ashton ao Egipto para avaliar as condições de detenção do presidente deposto – e volta dizendo que Morsi tem acesso aos Media – enquanto o exército egípcio nega o uso de balas reais para conter os protestos (sugerindo que os manifestantes atiraram contra si mesmos?), e políticos como o secretário de Relações Externas dos EUA, William Hague, saem a terreiro com pruridos de como se devem opor ao "uso da força". O que é certo é que não há uma condenação clara da Comunidade Internacional face à inversão das mudanças políticas produzidas sob a mira das armas.

A Arábia Saudita e outros países árabes do Médio Oriente, são o que são, e não são democracias, nunca foram atacados pelo vírus facebookiano das “primaveras árabes” (manipulando movimentos sociais, hordas sem organicidade e liderança, sem projecto nem objectivos politicos, que apenas podem produzir rupturas anárquicas) e não ameaçam, não se contrapondo, os interesses das grandes potências. Este é o motivo da deposição do governo Morsi e, ao invés, da ajuda aos rebeldes que actuam em países não submetidos à lógica dos mercados controlados pelos Estado Unidos. Neste cenário, as reformas estruturais não são alcançadas, antes grassando a destruição, o empobrecimento da população e a frustração, sendo a "primavera Árabe" exemplo eloquente desse desastre que consome qualquer hipótese de energia revolucionária. Líderes mundiais como Barack Obama prometeram de modo incessante conter os ditadores "que matam o seu próprio povo". Lembra-se de como David Cameron enviou prontamente jactos da RAF para ajudar a bombardear a Libia de al-Ghaddafi? A "proteção de vidas civis" sempre foi a primeira justificação para o uso dessa força letal, assim como o foi para o Ocidente afinal se declarar favorável às revoluções em todo o Oriente Médio e norte da África. Hoje esses mesmos líderes ocidentais permanecem em silêncio e cúmplices sobre os excessos de um exército que sempre foi a principal base de poder insustentável do déspota egípcio Hosni Mubarak.

Só falta a Síria... as imagens da destruição são impressionantes
Os grotescos assassinatos de egípcios comuns pelos seus próprios militares dizem tudo sobre as falsas promesas da Primavera Árabe. Apenas um ano depois das eleições democráticas que deveriam anunciar uma era de liberdade e estabilidade no terceiro país mais populoso da África, testemunha-se nada menos que uma chacina rotineira nas ruas. Os mortos e feridos por armas automáticas no Cairo ao tentarem demonstrar o seu apoio ao presidente eleito Mohamed Morsi – por homens armados que usam as suas armas contra civis desarmados – e controlam hoje uma cidade que, com as imagens de uma Praça Tahrir repleta e jubilosa, já foi um foco de esperança e optimismo.

terça-feira, julho 30, 2013

gozar à grande e à sionista

Soldados israelitas, prenderam uma menina palestiniana na sua escola, algemaram-na, vendaram-lhe os olhos, há um deles que deita a lingua de fora, apontam-lhe as suas armas e tiram fotografias, como se de um troféu se tratasse...

Por estas e por outras...

o Irão convidou todos os países para a cerimónia de posse do novo presidente Hassan Rohaní a ter lugar no próximo dia 4 de Agosto em Teerão, mas veta a presença dos Estados Unidos e Israel:
"O nosso convite inclui todos os países, excepto os Estados Unidos, e certamente o regime Sionista que fundamentalmente não reconhecemos como um país", assegurou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano (fonte)

segunda-feira, julho 29, 2013

Ói governantes do Brasil, corta aí 20% da Corrupção p`ra não dar Bronca



terminou a visita papal; no adeus, Bergoglio, no seu estilo sacro-popularucho, incentivou os jovens a "rebelarem-se contra as injustiças sociais" - no meio do folclore, os jovens que não se confundam, ou não perceberam de que lado samba o Papa?

domingo, julho 28, 2013

29 de Julho todos a S. Bento

No dia 29 de Julho serão votadas na Assembleia da República as leis que pretendem consagrar o aumento do horário de trabalho e o despedimento massivo de trabalhadores da Administração Pública. Este governo ilegítimo e a maioria que o sustenta precisam de ser derrubados! 

Esta acção de luta convocada pela Frente Comum para este dia, às 15 horas, em Lisboa, no Largo Camões, com desfile para a Assembleia da República, teve a decisão unânime do Plenário de Sindicatos da CGTP-IN e foi alargada a todos os sectores.

Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa discutem nova Greve Geral!

sábado, julho 27, 2013

Nelson Mandela

Muita água correu sob as pontes ideológicas desde que Mandela nos idos de 90 se assumia abertamente como Comunista e depois foi obrigado a reciclar-se ao sabor de um sistema que está de pés prá cova 

A 18 de Julho de 2008, nos 90 anos de Nelson Mandela, a efeméride era comemorada na Assembleia da República portuguesa. Das actas desse dia respiga-se esta curiosidade (onde a “esquerda” conluiada com a direita omite cuidadosamente o papel fulcral da Cuba de Fidel Castro na aniquilação do Apartheid sul africano): "(...) aquilo que os senhores não querem que se diga, lendo os vossos votos, é que Mandela esteve até hoje na lista de terroristas dos Estados Unidos da América. (1) Mas isto é verdade! É público e notório - toda a gente o sabe! Os senhores não querem que se diga que Nelson Mandela conduziu uma luta armada contra o apartheid, mas isto é um facto histórico. Embora os senhores não o digam, é a verdade, e os senhores não podem omitir a realidade. Os senhores não querem que se diga que, quando, em 1987, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 129 votos a favor, um apelo para a libertação incondicional de Nelson Mandela, e os três países que votaram contra foram os Estados Unidos da América, de Reagan, a Grã-Bretanha, de Thatcher, e o Governo de Portugal nessa época… precisamente liderado por… Cavaco Silva. O cinismo desta sinistra personagem é inenarrável: três anos depois o pigmeu Cavaco elogiava Mandela como sendo "um gigante do nosso tempo",

Isto é a realidade! Está documentado!

Não querem que se diga que, em 1986, o governo português tentou sabotar, na União Europeia, as sanções contra o regime do apartheid. Não querem que se diga que a imprensa de direita portuguesa titulava, em 1985, que: «Eanes recebeu em Belém um terrorista sul-africano». Este «terrorista» era Oliver Tambo! São, portanto, estes embaraços que os senhores não querem que fiquem escritos num voto. Não querem que se diga que a derrota do apartheid não se deveu a um gesto de boa vontade dos racistas sul-africanos mas à heróica luta do povo sul-africano, de Mandela e à solidariedade das forças progressistas mundiais contra aqueles que defenderam até ao fim o regime do apartheid.(...)"

sexta-feira, julho 26, 2013

Marilu “Swap” Albuquerque


Tal como Garcia Pereira denunciou, aí está o inquérito que comprova que a actual ministra das finanças está metida dos cabelos aos pés neste ataque aos dinheiros públicos que dá pelo nome de swaps: “Emails confirmam que Albuquerque foi alertada para perdas com swaps”

Miss Swap mentiu ao Parlamento.. e para ajudar a encobrir a mentira o Governo combinou uma entrevista de emergência na RTP para ajudar a ministra a manter que não mentiu… é para estes fretes que serve o serviço público de televisão. Não admira, Marilu Albuquerque, tal como o famigerado Relvas, foi toupeira de Passos Coelho na equipa que levou o actual Governo ao pote do Poder. Como se nota este naco de prosa retrospectiva: «(…) Passos Coelho começou a receber dados que confirmavam a derrapagem e ouvia aquele mesmo diagnóstico de outras pessoas com quem falava e se aconselhava regularmente. Uma dessas pessoas era Maria Luís Albuquerque. A sua antiga professora na universidade era uma das sete pessoas que trabalhavam no gabinete de liquidez do IGCP. A ligação ao PSD não era segredo e há alguns meses que Maria Luís era deixada à margem das decisões e reuniões mais importantes do instituto. Com Passos ela não podia entrar em detalhes — as regras de confidencialidade não lho permitiam —, mas os dois não deixaram de partilhar as suas preocupações acerca da situação financeira do país». (via Alfredo Barroso)

quinta-feira, julho 25, 2013

Brasil, ponto de ordem

Os Governos do PT e os seus aliados deram continuidade às privatizações de sectores estratégicos como o petróleo e serviços públicos. Os brasileiros votaram no PT para ver se o Brasil mudava. Mas depois de dez anos perceberam que não mudou! (1)

Pressionada pelas vozes das ruas, ávidas por pôr termo à pouca vergonha da corrupção generalizada, à falta de estruturas de apoio social e à precarizada situação nos serviços de saúde , Dilma Roussef, em mais uma demonstração de demagogia explícita, anunciou, com pompa e circunstância, a solução para o problema mais imediato: importar médicos e obrigar os jovens recém formados a aceitar coercivamente postos de trabalho no interior do país com salários irrisórios. E anuncia pretender realizar um "Plebiscito", mas para daqui a um ano!. Para quê? para poder mentir ao povo de outra maneira menos evidente! (2). Enquanto isso, a multiplicação dos pães, impossível para os pobres, vai acontecendo para os mais ricos.


81% dos brasileiros entendem que os partidos políticos promovidos pela chamada “comunicação social” são "corruptos ou muito corruptos" (3)
e esta opinião popular tem como causa próxima a percepção de ter sido recentemente levado a cabo o maior roubo do erário público da história do Brasil, que consistiu em canalizar a corrupção pelo "Valerioduto" (4) alegoria visando Marcos Valério o arquitecto financeiro dos governos Lula comprometidos no esquema do Mensalão, entre outros, como José Dirceu, o amigalhaço do ex-ministro de Estado português Miguel Relvas (5) que trataram de lavar os fundos roubados transferindo o dinheiro para Portugal.

Afinal, se ainda é adequada a classificação esquerda-direita aplicada ao campo mais abrangente do neoliberalismo, o povo deu-se conta que também existia “corrupção de esquerda”. O filho do ex-Presidente Lula, que há 5 anos era subempregado no Jardim Zoológico de São Paulo com um salário de 1500 reais acaba agora de comprar a fazenda Fortaleza pela bagatela de 47 milhões de reais (6). O próprio juiz Barbosa, principal inspirador dos protestos do povo brasileiro graças ao prestigio angariado pelo julgamento do Mensalão, usou fundos públicos para ir aos jogos da Copa de futebol (7) o presidente do Congresso Henrique Eduardo Alves arregimentou um avião da Força Aérea para ele e a sua família assistirem à final da Copa, enquanto a sucessora de Lula na presidência desmentia que o Governo do Brasil tivesse gasto 2 mil milhões de dinheiros públicos em estádios de futebol (apenas a verba recebida pela FIFA como organizadora do evento, quando o total dos gastos ascende a 10 mil milhões (8). Como habitualmente, os políticos designados para a área do Poder não entenderam nada; e o povo grita: Chega de Impunidade! (9) e exige que os crimes de Lula sejam punidos desafiando a Justiça a exigir a devolução do dinheiro do povo brasileiro (10)

A presidente Dilma Roussef vai nua! (11) em três semanas o seu indice de popularidade baixou de 57 para 30% e a sua reeleição em 2014 deixa de estar garantida. Os agentes policiais e militares do Estado perseguem civis pelas ruas do Rio de Janeiro e de mais 438 cidades do Brasil (12). Os defensores da “democracia sem partidos” atacam os militantes da “esquerda” neoliberal e queimam bandeiras vermelhas (13), A extrema direita toma a iniciativa nos protestos com ajuda da Rede de Televisão Globo e do estado de excepção (14) naquilo que pode ser considerado como uma verdadeira guerra civil de militares contra o povo brasileiro (15) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cumprindo as ordens da rede de espionagem global com sede nos Estados Unidos monta uma rede para monitorar as comunicações e a Internet (16). Com larga experiência na luta de classes contra os pobres, potência emergente controlada pelo paradigma neoliberal, o Brasil, um dos maiores fabricantes mundiais de armas não letais destinadas à repressão sobre multidões de dissidentes, exporta bombas de gás lacrimogénio para a Turquia (17)


quarta-feira, julho 24, 2013

E assim, um partido que obteve 653 987 votos, 11,7%, nas últimas eleições...

... chega de submarino para ocupar os lugares-chave do governo colaboracionista que vende o país a retalho
o CDS não tomou posse! tomou conta 
Rui-BPN-Machete também entra pela mão de Cavaco-BPN-Silva
e já ninguém se recorda de Franquelim-BPN-Alves.
Portugal, irrevogável.
Portugal, ininputável.
Portugal, irrespirável.


O caso mais lapidar da idoneidade deste governo recauchutado é o de Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete, 73 anos, com uma carreira eivada de golpadas, o que neste Portugal de hoje é suposto ser um sinal de competência. Ex-presidente da Comissão Política do PSD e ex-vice-primeiro-ministro do Governo do Bloco Central [PSD/CDS], o novo Ministro dos Negócios Estrangeiros classificou no dia de tomada de posse “como um reflexo da "podridão dos hábitos políticos" as críticas por ter exercido funções na SLN/BPN” concluindo que está de consciência tranquila "há muitos anos” (1). Rui Chancerelle de Machete foi também, entre muitos outros cargos, presidente do Conselho Fiscal do Taguspark, sociedade que se viu envolvida num processo-crime a propósito de um contrato publicitário com o ex-futebolista Luís Figo e de ligações consideradas suspeitas à campanha para a reeleição do então ex-primeiro ministro socialista José Sócrates, em 2009.

Machete tornou-se administrador da FLAD em 1985, logo quando a Fundação foi criada com dinheiro dos EUA no âmbito do acordo das Lajes, tornando-se seu presidente em 1988. Logo em 1992 adquiriu para o seu longo currículo, duras críticas feitas pela diplomacia dos EUA à forma como geriu a Fundação Luso-Americana ao longo de duas décadas (2). O embaixador norte-americano argumentava então que "chegou a hora de decapitar Machete" com base, entre outras coisas, no facto de a fundação gastar apenas 40% das suas receitas na programação anual reservando 60% do seu orçamento de funcionamento aos seus gabinetes luxuosos decorados com peças de arte, pessoal supérfluo, uma frota de BMW com motorista e 'custos administrativos e de pessoal' que incluiam subsídios, despesas de representação em roupas, empréstimos a baixos juros para os trabalhadores e honorários para o pessoal que participa(va) nos próprios programas da FLAD". Num telegrama revelado pela Wikileaks em Dezembro de 2008 o embaixador Briggs concluía que, "Enquanto Machete permanecer na FLAD poderá ser apenas marginalmente útil para nós" (3). Quer dizer, roendo a corda à guita posta ao serviço dos lacaios dos imperialistas, Machete transformou-se num case-study de anti-imperialista per acidentalis vigarium surripiador.

Cavaco deu ontem posse a esta dupla
notas:
(1) “Estou de consciência tranquila há muitos anos”
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3340541

 (2) Americanos criticaram duramente Machete como presidente da FLAD (desde 1988) http://expresso.sapo.pt/americanos-criticaram-duramente-machete=f822426#ixzz2a06A9iMP

(3) a Wikileaks divulgou telegramas da diplomacia norte-americana referentes a Portugal reportando em Dezembro de 2008 os “Problemas na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) 
 http://wikileaks.org/cable/2008/12/08LISBON2780.html 


Tradução do telegrama da embaixada dos EUA em Lisboa para Washington, divulgado pela Wikileaks

Classificada por: o Embaixador Thomas Stephenson, pelas razões 1.4B e D.

¶ 1. (C) RESUMO: Em 1985, com a missão da USAID para Portugal a encerrar as portas, os governos dos Estados Unidos e de Portugal criaram a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), com sede em Lisboa, para enfrentar os desafios do desenvolvimento de Portugal e para promover a cooperação EUA-Portugal. Da USG transitaram contribuições de cerca de 111 milhões dólares para FLAD. Duas décadas de esforços da embaixada para o exercício responsável da supervisão sobre a gestão financeira da FLAD foram frustrados pela liderança da Fundação, criando um profundo e contínuo atrito entre a FLAD e a embaixada. Propomo-nos a travar mais uma campanha para mudar a direcção da FLAD, mas devemos considerar se a nossa participação continuada nesta instituição é do interesse do USG. Resumo final.

PRIMEIROS ANOS DA FLAD
------------------
¶ 2. (U) Em 1983, o PM português Balsemão e o presidente Reagan anunciaram a criação do Luso-American Foundation (FLAD), em Lisboa. O anúncio surgiu do iminente encerramento da missão da USAID em Portugal e no reconhecimento da importância da realização no desenvolvimento de projectos de cooperação bilateral. Em 1985 a FLAD abriu portas com a USG a fornecer uma doação inicial de US $ 38 milhões. As contribuições da USG para a FLAD, eventualmente, totalizaram $ 111 milhões, muitos dos quais na forma de apoio económico de Fundos (ESF) que os EUA enviaram para Portugal até 1992. Quando a FSE terminou em 1992, a FLAD não recebeu qualquer financiamento externo e, em seguida, a sua receita deveria derivar somente a partir do seu património e investimentos.

¶ 3. (SBU) A missão declarada da FLAD é contribuir "para o desenvolvimento econômico e social de Portugal através da promoção da cultura científica, técnica, cultural, educacional, cooperação comercial e de negócios entre Portugal e os Estados Unidos. "O projecto foi concebido como um programa de curto prazo para ajudar trazer Portugal para um nível de desenvolvimento compatível com o resto da União Europeia, a que Portugal aderiu em 1986. Assim, o objetivo da FLAD era passar 75 por cento dos seus recursos financeiros disponíveis a cada ano em subsídios para o desenvolvimento, educação e ciência projetos.

¶ 4. (C) Em 1987, o então primeiro-ministro (e atual presidente) Cavaco Silva reorganizou a fundação num movimento provável que visa reforçar o controle do Partido Republicano [dos EUA]sobre a sua programação e orçamento. As principais autoridades foram transferidas do Conselho de Administração (onde o embaixador dos EUA, tem assento) para o dia-a-dia do conselho executivo (onde o embaixador não intervém). O Embaixador Rowel opôs-se a esta e outras decisões e suspendeu sua participação no Conselho. De acordo com os nossos arquivos, a fundação parou a realização de reuniões do Conselho por completo no final de 1980, protegendo-se efectivamente de toda a fiscalização.

¶ 5. (C) Em 1990, o embaixador dos EUA Briggs tentou uma abordagem diferente. Apesar de ter sido em grande parte um gesto simbólico, pois o Conselho não se tinha reunido por anos. Briggs renunciou formalmente a participar no Conselho devido ao seu papel na negociação do novo acordo bilateral sobre o uso dos EUA de Base das Lajes nos Açores (que ele viu como apresentando um conflito com os deveres da FLAD). Pouco tempo depois, um membro do Congresso dos EUA entrou em contacto com a Embaixada solicitando informações sobre a gestão e supervisão da FLAD mas o Director Rui Machete recusou-se a responder, dizendo que as operações da FLAD "não eram negócios da sua conta".

¶ 6. (C) A tensão chegou ao auge em 1992, quando a Embaixada abordou directamente o primeiro-ministro Cavaco Silva procurando esclarecimentos sobre os relatórios nos quais o Director da FLAD Rui Machete tinha proposto negócios à FLAD com empresas em que ele tinha uma participação. Machete não admitiu nenhuma ilegalidade, mas propôs-se pôr termo aos contratos. Separadamente, em 1992, a USG no periodo final do Programa ESF português terminou todo o financiamento dos EUA para a FLAD. A decisão de cortar o financiamento do FSE foi tomada objetivamente com base nos níveis de desenvolvimento nacional de Portugal, o qual o Partido Republicano, evidentemente, acreditava ser uma resposta a alegações de má gestão. Logo após a peleja sobre o inquérito do Congresso e um estudo independente e separado da administração da FLAD, a fundação retomou as suas reuniões semestrais do Conselho, e o Embaixador dos EUA voltou ao Conselho de Administração. Na Junta de nove membros, o embaixador dos EUA detém um assento e o direito de nomear um segundo director.

O ÚLTIMO HOMEM ---------------------
¶ 7. (C) Rui Machete, um advogado e político que ocupou cargos nos gabinetes do governo em 1983-1985 Português (incluindo Ministro da Justiça e Vice-Primeiro-Ministro) tem sido o director da FLAD desde 1988, recebendo o trabalho como um prémio de consolação depois que ele perdeu o seu posto de gabinete na mudança de governo em 1985. Machete tem sido crítico do EUA e tem resistido à participação da embaixada em cada mandato. Ele está ligado a ambos os principais partidos políticos e é suspeito de desembolsar ajudas da FLAD para bajular políticos e manter as suas sinecuras. Machete tem historicamente feito oposição a todos os esforços de fiscalização, contabilidade profissional independente práticas e revisão transparente dos programas da FLAD. Desde o início de 1990, quase todos os embaixadores dos EUA, pediram a Machete para realizaros seus deveres fiduciários ou para se afastar, mas sem sucesso.

- (C) Em 1992, o embaixador Briggs informou que, "Enquanto Machete estiver lá, a FLAD só pode ser marginalmente útil para nós. "Os gastos de manutenção da fundação foram de 60% da receita, deixando apenas 40% de programação real. Hoje, esse número é apenas um pouco melhor mas a FLAD continua a gastar 46% do seu orçamento em sobrecarga para os seus luxuosos escritórios arte-adornadas, inchados funcionários, frota de BMWs com motorista, e em "pessoal e custos administrativos ", que incluiu, por vezes, guarda-roupa, subsídios, empréstimos a juros baixos para funcionários, e honorários de funcionários que participam nos próprios programas da FLAD.

- (C) O Relatório de Boris, uma auditoria independente conduzida em 1993 nos EUA, observou que o Conselho de Administração foi excluído do planeamento e recebeu materiais informativos inadequados antes das suas reuniões semestrais. (Comentário: esta é uma das tácticas favoritas de Machete que continua até hoje: documentos chave postos à consideração do Conselho de Administração são distribuídos por Machete apenas alguns dias, e em alguns casos, horas, antes do Conselho reunir a fim de evitar discussões informadas que possa contrariar os seus objetivos.) O Relatório de Boris também recomendou que a FLAD desenvolvesse metas de investimento devendo reestruturar o portfolio de doações para garantir a sua viabilidade a longo prazo, o que não tem sido feito.

- (C) Em junho de 2006, em resposta às críticas do Embaixador Hoffman, Machete, de repente anunciou que se havia se aproximado do primeiro-ministro Sócrates, apoiando as alterações propostas para a FLAD do Estatuto Social que concedem o controle total ao GOP (4) sobre a Fundação e elimina totalmente o embaixador dos EUA do “Board” administrativo. O embaixador Hoffman protestou junto do então ministro dos Negócios Estrangeiros [Freitas do] Amaral, que foi o nosso contacto do GOP designado para o assunto. Por acaso, Amaral renunciou uma semana depois por motivos de saúde sem relação com o caso e o plano de Machete foi discretamente arquivado.

- (C) Desde o final de 2007, nas reuniões do Conselho e em discussões em privado o embaixador Stephenson instou várias vezes a FLAD a reformar-se e cortar despesas gerais, apontando que em 2008 e 2009, os orçamentos eram irrealistas e insustentáveis, dadas as condições de mercado difíceis, o que resultaria numa dotação diminuída. Ambos os orçamentos foram aprovados pelo Conselho com as objeções do embaixador. Outro membro do quadro, que compartilha as nossas preocupações, aponta que não só o orçamento é construído sobre previsões excessivas e irrealistas para a doação orçamental, como esquecem as promessas de Machete que façam melhorar a contabilidade e transparência subjacente ao orçamento, processos que não foram atendidos.

¶ 8. (C) Em 2008, além dos seus custos indirectos, a FLAD passou de 1,5 milhões de euros em subsídios reais para financiar projetos tais como: 10.000 € para um Seminário de Inovação realizada nos escritórios da FLAD; 89.000 € para uma conferência sobre Franklin Roosevelt nos Açores e € 15.000 por trimestre para um projecto politicamente ligado a uma empresa de relações públicas. Face aos anteriores elefantes brancos a Fundação incluiu uma conferência no sul de África sem conexão perceptível para os Estados Unidos ou com as relações bilaterais.

¶ 9. (C) O embaixador Stephenson teve uma conversa franca na última semana com o Director da FLAD Rui Machete, que parecia aceitar o diagnóstico sombrio do embaixador sobre os males da Fundação, chegando inclusivé a especular em voz alta sobre o desafio de corte de pessoal sob as leis laborais portuguesas. Machete confidenciou que pretendia deixar o cargo em 2010, no 25 º aniversário da FLAD, e que até lá gostaria de fazer progressos nessas reformas; que a questão deveria ser levantada pela primeira vez em privado com o primeiro- Ministro Sócrates, que poderia dar cobertura política e possivelmente assistência na abordagem dessas condições de trabalho e outras questões vexatórias. O Embaixador Stephenson provisoriamente concordou participar numa reunião com o primeiro-ministro, caso o embaixador ainda cá estivesse depois de 20 de Janeiro.

COMENTÁRIO: TEMPO PARA MACHETE CHEGAR AO CERNE DA QUESTÃO -----------------------------------------
¶ 10. (C) O portfolio da FLAD, em Novembro de 2007 foi de 122 milhões de euros. Em Novembro de 2008, esta verba tinha encolhido para 106 milhões de euros. A esse ritmo, a FLAD podia queimar toda a doação prevista até ao ano 2014. Enquanto isso o dinheiro deixou de ser contabilizado nos livros da USG, que originalmente provinha dos contribuintes dos EUA com o objetivo de fortalecer a cooperação bilateral e apoiar projectos de desenvolvimento (5). Apesar dos nossos longos e melhores esforços a alto nível, acreditamos que a actual gestão da FLAD é incapaz e não tem vontade de enfrentar a realidade económica e vai desperdiçar a dádiva - preferindo caminhar para um penhasco com o status quo em vez de fazer as dolorosas reformas necessárias para lançar as bases de um caminho para a solvência e planeamento responsável. As duas décadas da actual liderança não têm sido boas para a FLAD, e a sua alienação em relação à Embaixada dos EUA é simultaneamente uma causa e um sintoma da doença.

¶ 11. (C) A Embaixada propõe travar mais uma campanha para mudar a direcção da FLAD pela via da pressão sobre Machete e contemplando discussões ao mais alto nível com o GOP. Estamos um pouco encorajados pela aceitação de Machete no encontro da semana passada da necessidade de profundas reformas imediatas, mas ele tem feito muitas promessas vazias para muitos embaixadores dos EUA ao longo dos anos. Vamos acreditar em mudanças na base apenas quando as vemos, e na sua falta, devemos considerar se a nossa participação continuada na instituição permanece no interesse da USG.
STEPHENSON

notas:
(4) GOP: Partido Republicano dos Estados Unidos, coloquialmente conhecido no seu país como GOP - Grand Old Party - (Wikipedia).
De assinalar a estreita colaboração dos neoconservadores instalados no Governo português, não com o país Estados Unidos em si, mas exclusivamente com o partido bushista republicano

(5) a FLAD de Machete vendeu acções da SLN um ano antes da nacionalização do BPN http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/machete-sobre-bpn-saimos-tempo

terça-feira, julho 23, 2013

O fascínio do “ANONYMOUS”, o novo partido único da Direita, dirigido de Londres. Quem são "eles" e qual o modus operandi?

Por razões evidentes, (os 10 mil milhões metidos no futebol dos quais a Fifa sonegou 2 mil milhões limpinhos) a onda de manifestações no Brasil não pára, nem os revoltosos respeitam ninguém, pelas mesmas razões evidentes (o Estado a sustentar com milhões uma crença religiosa) nem respeitam, obviamente, o próprio Papa (1).

O povo lembra-se do golpe-de-Estado de 1954 quando “eles” destituiram e assassinaram o presidente Getúlio Vargas e, dez anos depois, aliados a alguns generais brasileiros chefiados por Carlos Lacerda, um jornalista financiado pela Agencia Central de Inteligência (CIA) então governador da Guanabara e pelo embaixador norte-americano Lincoln Gordon, no dia 1 de Abril de 1964 derrubaram, com o total apoio dos seus meios de comunicação social, não apenas o presidente trabalhista, João Goulart, mas o regime democrático por inteiro. Através dos seus rádios e TVs convocaram então uma “Marcha com Deus pela Democracia”, que levou às ruas dezenas de milhares de pessoas, principalmente da classe média, para “pedir a intervenção dos militares”. No Brasil as acções de policia são desempenhadas pelo Exército, actor principal numa luta de classes que se institucionalizou em guerra civil.

Aproveitando-se da grande religiosidade do povo, eles criaram programas religiosos nas principais rádios do Brasil, nos quais pretensos “padres americanos”, na verdade agentes da CIA infiltrados na Igreja Católica, chefiados por Patrick Peyton, diziam que a “Virgem Maria os havia enviado ao Brasil para salvar o país do comunismo”. Entre outros “crimes”, eles acusavam João Goulart de defender a reforma agrária e principalmente por ter aumentado em 100% o salário mínimo, congelado por oito anos, o que era um sinal de que o presidente eleito “queria implantar o comunismo no Brasil”. Após consolidado o golpe, eles e os generais que com apoio entusiástico dos seus jornais haviam roubado o poder para “defender a Democracia com a Ajuda de Deus”, traíram as suas promessas e nunca mais realizaram eleições directas para presidente, governador e prefeitos das capitais regionais. Fecharam o Congresso, cassaram mandatos, prenderam prefeitos, vereadores, parlamentares adversários. A alguns como o deputado comunista Gregório Bezerra amarraram-no na traseira de um Jeep do exército e arrastaram-no meio morto, algemado, pelas ruas de Recife. Implantaram o regime de excepção, que governava por decretos e não por leis, que os seus jornais, rádios e TVs aplaudiram e louvaram por 21 anos.  

A ditadura que “eles” apoiaram proibiu a existência de partidos políticos, (aos escravos não é permitido organizarem-se),  estabeleceu a censura a livros, revistas, músicas, poesias, rádios e jornais que deveria aprovar previamente qualquer coisa antes de ser publicada. Centenas de jornalistas foram presos, torturados, mortos ou processados naquela época. A ditadura encerrou milhares de sindicatos em todo o Brasil, cassou mandatos de senadores e deputados adversários, prendeu sem ordem judicial, sequestrou, torturou e matou os seus opositores e qualquer pessoa que continuasse a defender a democracia. Através das suas estações de televisão, promoveram uma verdadeira lavagem cerebral em massa, ganhando de uma só vez, centenas de concessões de rádio e TV, em todo o país, formando uma rede monopolista de veículos de comunicação. Nos 21 anos que se seguiram, os golpistas ganharam fortunas imensas, medidas em biliões de dólares como pagamento da publicidade oficial que faziam dos governos da ditadura, sem qualquer tipo de licitação. Através do emprego de equipamentos de televisão de ultima geração e de videotape, com recursos quase ilimitados, eles passaram a produzir programas e telenovelas de qualidade muito elevada para a época, que passaram a hipnotizar a classe média.

Aproveitando a lavagem cerebral promovida pelas TVs durante estes 50 últimos anos, bem como a falta de qualquer preocupação do governo e do PT em dar educação política ao povo, em ter qualquer meio de comunicação que não esteja sob o controle do capital americano, inglês ou israelita, eles querem culpar Lula, Dilma e o PT pelo enorme atraso do Brasil. Que por ironia, e ainda assim, foram exactamente aqueles que, do mal o menos, mais fizeram pela diminuição dessas desigualdades. Devotam um ódio irracional contra Lula por não poderem admitir que um operário tenha em oito anos, criado mais de 15 milhões de empregos, tirado 28 milhões de pessoas da faixa da miséria e passado 31 milhões de pessoas da pobreza para a ilusão de pertencerem à classe média, agora hipnotizada pela perspectiva do consumismo.

Rogerio Mattos Costa, no site Pátria Latina, (1) depois de passar por um resenha histórica dos governos de direita no Brasil, coloca a questão da instrumentalização das actuais manifestações contra um regime comandado pelo Partido dos Trabalhadores. O facto de militantes do partido do Poder terem tentado aderir a diversas manifestações tendo sido imediatamente expulsos, teria a marca da mesma extrema direita de sempre, que desta vez tenta manipular e orientar as manifestações de rua através do “Anonymous”, uma empresa privada com sede em Londres, criada pela CIA, pela Mossad e pelo M-16, os serviços secretos dos EUA, Inglaterra e Israel, para contratar jovens de classe média entusiasmados com computadores e jovens desempregados do terceiro mundo, todos potenciais dissidentes “contra o sistema” mas extremamente bem preparados, Usando esses jovens mascarados, é a mesma extrema direita de sempre que tenta conduzir e direccionar as manifestações e, com a ajuda da TV e de vídeos postados no Youtube, impor as suas palavras de ordem e os seus objectivos, bem como sugerir os seus trajectos e estimular os actos de violência. Trabalhando para eles, comandados por eles, vicejam dentro do “Facebook” inúmeros agrupamentos que usam o “charme da clandestinidade” para atrair os incautos e os mais distanciados da realidade. Será que alguém ainda acredita que um grupo de valentes cidadãos anónimos teria tanto dinheiro e recursos para produzir centenas de vídeos contra o governo brasileiro como o tal “Anonymous”?

As elites brasileiras e os seus patrões norte americanos não suportam a ideia (!?) de que um operário metalúrgico e uma ex-guerrilheira tenham colocado 1,5 milhão de jovens pobres nas universidades e construído 240 escolas técnicas federais, criando 18 milhões de empregos em dez anos. No “Facebook” pessoas identificadas com as forças conservadoras dizem que querem acabar com os partidos políticos, tendo como alvo principal o Partido dos Trabalhadores, se fossem todos iguais. Querem criar uma “Democracia Directa”, que funcionaria convocando Assembleias populares pela internet, passando por cima do facto da imensa maioria não ter acesso a essas tecnologias nem aos meios informáticos necessários. Percebendo que iriam perder as próximas eleições em 2014 eles pretendem tornar realidade mais uma vez o seu velho sonho para o Brasil (mas a estratégia é global): como os seus partidos estão desacreditados e desmoralizados, querem acabar com os outros partidos políticos e implantar novamente uma ditadura. O único partido admitido seria o “Partido do Facebook”, como se não existissem programas que votam dezenas de vezes em qualquer “pesquisa”, que enviam milhares de mensagens automáticas em nome de milhares de pessoas diferentes. Trata-se de uma manipulação grosseira das massas. Tal como ocorre hoje em dia no Egipto, na Turquia, na Tunisia, Libia e Síria, estimulam através do “Facebook”, da televisão e do You-Tube, cenas de violência, de preconceito, de intolerância instrumentalizando a opinião pública.

Em vez de usar tanques de guerra e a 7ªesquadra da Marinha Americana como em 1964, eles agora tentam golpes-de-Estado de tipo novo, com ajuda de programas informáticos desenvolvidos por encomenda do próprio governo dos Estados Unidos (também em versões comerciais de multinacionais como a Google), que simulam serem autênticos, mas que enviam de um único computador milhares de mensagens por minuto de milhares de pessoas “adicionadas”, que recebem mensagens dos “seus amigos”, sem saber que podem não ser verdadeiras, como denunciaram Julien Assange e Edward Snowden. Por todo o mundo, basta ver os telejornais para perceber que eles não usam apenas tanques de guerra, soldados, nem só jornais, rádios e TVs para derrubar governos. É preciso reagir a essa tentativa da contra-informação militar norte-americana, inglesa e israelita de manipular os movimentos sociais que descem à rua, divulgando informações verdadeiras.

O artigo de Rogerio Mattos Costa tem como objectivo a defesa eleitoral do PT, quando afirma que Dilma Roussef está a ser alvo de um golpe-de-Estado que visa destitui-la. Mas a “informação verdadeira” é que o “Partido dos Trabalhadores” se converteu igualmente num partido de elites subjugadas pelos interesses estrangeiros, embora o faça de forma mais dissimulada. Uma elite metamorfoseada tão corrupta quanto todas as outras que tradicionalmente militam nos outros partidos de direita e extrema-direita. Para o cidadão desprevenido e desarmado, entre uns e outros venha o diabo e escolha… entre a punhalada imediata ou a morte lenta

(1) Papa Francisco é a ContraRevolução Moderna
(2) Breve História do Brasil, – da Ditadura ao “Facebookismo” de rosto “democrático” – , dedicada aos jovens que estão nas ruas fazendo o país avançar, mas que não querem ser usados pela CIA para fazer o Brasil voltar atrás.

segunda-feira, julho 22, 2013

o que vem o Papa fazer ao Brasil?

"de Papa eu abro mão, quero mais dinheiro para saúde e educação"... palavras de fé, 4 feridos e 7 detidos

Emil Sader: "A visita ao Brasil estava na programação do papa anterior, que o novo papa se limita a cumprir. É claramente parte de um plano do Vaticano para tentar recuperar terreno perdido nas últimas décadas no continente considerado o mais católico do mundo.
O Papa João Paulo II havia feito uma opção estratégica de alinhamento com os EUA e a Inglaterra, para protagonizar, junto com Ronald Reagan e Margareth Thatcher, a ofensiva final contra a URSS, para provocar o desenlace favorável ao bloco imperialista na guerra fria. Fez parte disso a repressão e o enfraquecimento fundamental da teologia da libertação – que poderia ter sido a versão popular do catolicismo.
A forte ofensiva do Vaticano contra a teologia da libertação matou a galinha dos ovos de ouro do catolicismo e abriu campo para todas as variantes evangélicas, que ocuparam o espaço que poderia ter sido ocupado pela teologia da libertação. Ao invés de se fortalecer, a Igreja Católica entrou numa profunda – e provavelmente irreversível – decadência. (continuar a ler aqui)

domingo, julho 21, 2013

Passos Coelho descuidou-se na cronologia e confessa conluio com Cavaco desde o inicio do simulacro de crise

"Este governo nem para se demitir tem competência"



"Não sei se ouviram e repararam, mas o primeiro-ministro que temos, Pedro Passos Coelho, declarou publicamente, que só divulgou a proposta de promoção de Paulo Portas a vice-primeiro-ministro, pouco depois da sua demissão «irrevogável», porque para tal foi autorizado pelo Presidente da República que temos, Aníbal Cavaco Silva. Ora, esse anúncio foi feito quase uma semana antes da comunicação do Presidente ao país no passado dia 10 de Julho. Se tivéssemos alguma dúvida acerca da total hipocrisia com que a a direita andou a «manobrar» esta crise, e acerca da «farsa» a que fomos obrigados a assistir entre 10 e 21 de Julho, esta declaração de Passos Coelho bastaria para nos desiludir e apagar essa dúvida. Ou seja, o medíocre primeiro-ministro que temos acabou por confessar o conluio que nunca deixou de existir entre Cavaco, Passos e Portas, desde que esta crise política foi desencadeada, no início de Julho" (via Alfredo Barroso)

sábado, julho 20, 2013

Detroit tornou-se o maior município na história dos EUA a declarar falência

Com a declaração de falência de Detroit os poucos habitantes restantes na cidade viram fugir junto com os que já tinham fugido o dinheiro dos seus impostos.

 O mayor de Detroit, Kevyn Orr, pediu a um juiz federal para colocar a cidade ao abrigo do capitulo 9 do Acordo de Insolvências datado de 2010 - "Temos que encarar o facto de que Detroit não pode e não vai pagar as suas dívidas [...] é insolvente", reconheceu Rick Snyder, o governador de Michigan. Uma série de factores contribuíram para a queda de Detroit em insolvência. A antiga capital industrial do automóvel nos EUA, desde o golpe neocon de 11 de Setembro, a financeirização das fábricas gigantes da indústria automóvel, a decisão de deslocalizar a produção local e o agravamento da crise a partir de 2007, perdeu cerca de um milhão de pessoas entre 2000 e 2010. A cidade, agora em ruinas, cuja população em 1950 chegou a 1,8 milhões de pessoas, luta agora para não perder os seus últimos 700.000 habitantes. Dezenas de empresas encerraram ou fugiram de Detroit deixando de pagar impostos. Grande parte da classe média desapareceu igualmente, levando consigo o dinheiro necessário dos impostos para a manutenção dos serviços públicos. Com o desemprego o nível de criminalidade aumentou para o maior índice de sempre. Nos últimos meses, a cidade recebeu empréstimos garantidos pelo Estado para poder pagar salários a cerca de 10 000 funcionários municipais. O déficit orçamental de Detroit situa-se em 380.000 mil dólares e a sua dívida é de mais de 18,5 mil milhões de dólares. A permissão de falência de Detroit tem que ser aprovada pelo Tribunal do Estado do Michigan, mas especialistas da Fitch e da Standart &Poors vaticinam que o colapso final de Detroit é quase inevitável. Como é que se vai demolir uma cidade capitalista completamente e o que é que se pode erigir em seu lugar? - este é um sinistro sinal dos tempos que estão a chegar 
 

sexta-feira, julho 19, 2013

depois de ter o pássaro na mão...

...´o grande patrocinador da coligação da mentira, anda por aí a sugerir através dos seus funcionários destacados para os Media manipuladores de massas que o problema da "salvação nacional" está a ser resolvido 
cumpra-se

quinta-feira, julho 18, 2013

o Golpe de Estado de Cavaco Silva

* a 10 de Julho, Cavaco Silva pôs em marcha um autêntico golpe de estado visando impor, totalmente à margem da Constituição, uma "solução" para a crise política tão autoritária quanto reaccionária (Luta Popular) 
* 14 Jullho. PS lamenta que BE e PCP não participem no "compromisso de salvação nacional" (fonte)
* 17 Julho. "Seguro fecha porta ao Bloco num possivel entendimento com vista à formação de um governo de esquerda, ao dizer que o P"S" não entra neste jogo partidário. Mas promete manter o diálogo" (fonte)

quarta-feira, julho 17, 2013

Conversações da Treta

Se o PS se mantiver de fora como será expectável, Cavaco vai fazer o que há muito espera - empossar um governo presidencialista cujas personalidades escolhidas por si farão o que é preciso fazer, cortar a torto e a direito doa a quem doer e neste contexto fica também a salvo do Tribunal Constitucional e dos partidos que nem oposição poderão fazer. Esta armadilha da dívida passada que já é menor que a armadilha da dívida futura montada pelos mercados financeiros só se resolvia , se houvesse em Portugal personalidades de todos os quadrantes politicos de esquerda capazes formar um governo patriótico e de negociar com os representantes da Troika de forma clara e objectiva, dizendo-lhes: - Os senhores querem receber de volta o dinheiro do empréstimo que fizeram a Portugal? então sujeitem-se a uma auditoria feita por uma entidade independente que esclareça a quem entregaram o dinheiro, qual a quantidade entregue, com com que finalidade e a quem... e talvez assim se chegasse à conclusão que a fatia de leão da divida foi embolsada pelos mesmos (a banca internacional) que agora clamam ser credores de uma dívida que ninguém sabe ao certo como foi contraída

ufa...já podem ir tomar banho

segunda-feira, julho 15, 2013

1789 toma lá a Bastilha... 1989 dá cá a Bastilha...

"É uma Revolta?" perguntou o Rei naquele fatidico 14 de Julho - como desta vez não havia ninguém da grande burguesia à testa dos acontecimentos para os controlar, responderam-lhe: "não Majestade, é uma Revolução"


O modo como no refluxo da Revolução a Burguesia (os proprietários dos meios de produção) se voltam a apropriar das conquistas do Povo é recorrente; pode demorar uns dias, uma década ou um século, que se a Revolução não for permanente e participativa, esta não corra o risco de ser transformada em espectáculo de pompa e mediocridade. No ano da graça de 1989, sob o consulado do autodenominado "socialista" Miterrand a efémeride já era comemorada tendo como convidado de honra na Ópera da Bastilha o expoente máximo da criminalidade neoliberal organizada: George Herbert Bush



De modo análogo em Portugal, no mesmo dia em que se começa a representar a farsa do "governo de salvação nacional",
nos bastidores fala-se como "personalidade de reconhecido prestígio" para tutelar a actual pseudo democracia no general Ramalho Eanes,mandatário das duas campanhas presidenciais de Cavaco Silva e personagem obscura que se notabilizou precisamente por ter preparado e executado o golpe militar contra-revolucionário de 25 de Novembro de 1975. Para se aquilatar da natureza da personalidade, "tendo sido CEMGFA de 76 a 81, Eanes saberá explicar muitas das coisas que nós não sabemos", disse Freitas do Amaral, referindo que Ramalho Eanes afirmou "que mandou arquivar os relatórios como documentos confidenciais relativos ao Fundo de Defesa Militar do Ultramar (FDMU) que foi o principal móbil no assassinato de Sá Carneiro.

domingo, julho 14, 2013

"Quanto ao P"S", aceita o debate sobre o pós-Troika e ficou feliz com as eleições para daqui a um ano"


"Haverá um momento em que a burguesia, os grandes grupos financeiros e bancários, as grandes corporações, quer as nacionais, quer as estrangeiras, que têm interesses no saque do nosso país, como sempre o fez no passado, chamará o PS a servir de “bombeiro voluntário” para apagar o fogo da revolução que inexorávelmente se agiganta e se torna incontrolável" (Garcia Pereira, Reflexões sobre as condições para a constituição de um governo democrático patriótico!)

Um País esCavacado 
(Comentário de um leitor do artigo publicado no semanário "Sol") 

Os Portugueses perceberam finalmente que as políticas Neoliberais iniciadas por Cavaco Silva nos tempos do Cavaquismo foram ruinosas para Portugal. Quase tudo o que de mau se fez em Portugal desde o 25 de Abril de 1974 tem a mão de Cavaco Silva e dos seus Boys. Os exemplos são mais que muitos:
1 - Desmantelamento do aparelho produtivo Português (Agricultura, Pescas e Indústria),
2 - as Privatizações ruinosas das empresas estratégicas (EDP, PT, GALP, REN, ANA, Banca, Seguradoras, etc.)
3 - as Universidades Privadas que se revelaram centros de crime organizado,
4 - As TVs privadas que se revelaram fontes de Telelixo e alienação Big Brother,
5 - as maiores Golpadas da História de Portugal feitas por íntimos de Cavaco (BPN (a), BPP, os Fundos Europeus, Betão&Alcatrão, Formação Profissional fraudulenta, etc.)
6 - As PPP ruinosas para o Estado, das quais a primeira foi a Lusoponte num Governo de Cavaco.
7 - As Empresas Municipais ruinosas que são cerca de 500 e foram criadas para dar tachos às clientelas e permitir o endividamento das Câmaras Municipais.
8 - As inúmeras Fundações para as clientelas fugirem ao Fisco.
9 - os SWAPs.
10- Os "salários" e mordomias criminosas do Banco de Portugal

(a) Por muito menos do que Cavaco fez no caso BPN o ex-Presidente da Alemanha foi obrigado a demitir-se do cargo o ano passado.

sábado, julho 13, 2013

Olá!... “Austerität über alles und alle”

é mentira, a sugestão de mandar evacuar o Povo foi só para disfarçar: nunca me furto a orgias com os nossos carrascos...
Traduzido do dickat alemão, reina "a austeridade acima de tudo e por cima de todos", ou por outras palavras, citando o presidente do parlamento europeu Martin Schulz:
Salvámos os bancos mas estamos a correr o risco de perder uma geração

Bancos centrais ganham 1,1 mil milhões com dívida dos paises periféricos 
a ler: "Uma democracia tutelada pelos mercados"

sexta-feira, julho 12, 2013

Cavaco e Governo rua!

Cavaco e o seu Governo são a garantia do cumprimento do programa da Troika... Ora para o país sair da crise é preciso rejeitar esse programa... que existe para garantir uma fonte de rendimentos em juros sobre uma dívida que sob acção deste governo já ultrapassa os 240 mil milhões de euros - em 2005, em vésperas da segunda aparição de Cavaco Silva agora como Presidente a Dívida era de 60% do PIB Passados 7 anos da tutela deste competente lacaio dos interesses estrangeiros a Dívida em 2014 atingirá mais do dobro: 130% do PIB

quinta-feira, julho 11, 2013

All together now...

"o Governo que resulte das próximas eleições poderá contar com um compromisso entre os três partidos que assegure a governabilidade do País" - ao definir PSD, CDS e PS como únicos partidos que podem integrar um "governo de salvação nacional" Cavaco apontou quais os três partidos em quem os portugueses não devem votar, uma vez que foram eles os responsáveis pela venda da soberania nacional aos credores estrangeiros por via do acordo com a Troika. Porque pressente que estas contas são susceptiveis de sair furadas... esta é a razão porque Cavaco não quer eleições imediatas para resolver a crise dos investidores capitalistas e dos banqueiros internacionais com os bolsos cheios de acções sobre a Dívida portuguesa que valem zero das quais se querem livrar a todo o custo. É esta a tarefa a incumbir ao próximo governo neoliberal e Cavaco sabe bem que não pode resolver tal crise pela via democrática.

Financial Times, AFP, Reuters, AP e Bloomberg não perceberam o que disse Cavaco Silva… Não faz mal. Temos a certeza que o próprio Cavaco Silva também ainda não compreendeu metade daquilo que disse aos portugueses. Mas percebe perfeitamente que tipo de Portugal "quer salvar"...



Demissão! Demissão! grita-se no Parlamento. "Se calhar temos de reconsiderar as regras de acesso às galerias" disse Assunção Esteves, 11.07.2013 - nenhum deputado se levanta e fala... o canal Parlamento cancelou a transmissão de imagens.

quarta-feira, julho 10, 2013

"Sabereis Vós, seus imbecis, a quem Vos encomendar antes de alcançardes a fonte do Conhecimento?" (Deus)

depois da monumental barracada salazarenta da Missa Católica pela salvação dos dirigentes da Pátria num Estado Laico, blasfemando mais uma vez contra a Constituição no ponto 2 do artigo 4º da Lei da Liberdade Religiosa, oremos irmãos pela dismistificação das acções politicas deste bando de pulhas

"A estreia oficial de Maria Luís Albuquerque no Eurogrupo foi uma festa. A ministra das Finanças foi recebida com grande calor por todos os ministros da zona Euro, que fizeram questão de informar os portugueses de que a crise política já está ultrapassada e Portugal vai continuar no "caminho do sucesso" (Ionline); Tanta unanimidade trocada por miúdos, quer dizer: "a escolha de Marilu "Swap" Albuquerque para a pasta das Finanças foi uma imposição da Troika sob a batuta do sub-imperialismo alemão"

Nos próximos dois anos (2014-2015), como resultado prático da politica seguida pela casta neoliberal que se alcandorou ao poder, Portugal vai ter de pagar 18 mil milhões de euros em juros e amortizações da Dívida (fonte). Tem-nos sido dito, nomeadamente pelo economista financeiro Cavaco Silva, que as condições de financiamento de Portugal no periodo pós-Troika que se inicia em Julho de 2014 estão garantidas pela "Europa", sem a intervenção do FMI. Assim sendo... Christine Lagarde a directora do FMI, que esteve esta semana na reunião do Eurogrupo fazendo parte do coro que deu efusivos vivas à nossa nova ministra das finanças, estava lá a fazer o quê?
"Em 2014, as instituições europeias, o FMI e a banca nacional deterão 80% da dívida soberana portuguesa ( avalizadas pelo Estado português). O que quer dizer que os credores privados internacionais (os chamados "Mercados"), que em 2008 detinham 75% da nossa dívida, se puderam, à custa dos sacrifícios dos contribuintes, livrar-se dela. Daqui a um ano terão menos de 20% de acções dessa Dívida" (Expresso).

Por isso Sergio Anibal não tem pejo em reconhecer na sua coluna de hoje no Público que "os Mercados já recuperaram"; enquanto os portugueses continuam à rasca. - isto é, ao contrário do que diz Cavaco e a sua corja de lacaios, Portugal irá pagar 18 mil milhões nos próximos dois anos, sem ajudas,
uma vez que "a Comissão Europeia vai excluir do cálculo do défice nos próximos dois anos os investimentos em infraestruturas para promover o crescimento económico, mas rejeita que as novas regras se apliquem aos paises sob resgate"