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os primeiros livros portugueses
O judeu Samuel Gacon foi o primeiro editor, conhecido também por Samuel Porteiro, detentor de uma das primeiras oficinas tipográficas instaladas em Portugal, de onde saiu em 1487 na cidade de Faro, o primeiro livro impresso em Portugal - "O Pentateuco"*. (ver na Wikipedia) "Segundo o colofon, o livro foi concluido em 30 de Junho de 1487. Para a edição desta obra em hebraico, cujo único exemplar conhecido está na British Library em Londres, teria existido já o recurso a caracteres metálicos móveis. Estes caracteres hebraicos eram quadrados e elegantes, de dois tamanhos, sendo o maior usado no texto e o outro, mais largo, nas rúbricas. A tipografia hebraica portuguesa teve as suas origens na Itália, de onde os judeus a teriam trazido para Portugal. Há a notícia de que outros incunábulos foram possivelmente impressos em Portugal antes de 1487, mas cujo desaparecimento tornou impossível, até hoje, a confirmação de que são anteriores àquela data. Estão neste caso as chamadas "Obras de D.Pedro" a "Imitação de Cristo" e a "Cartilha" de D. Diogo Ortiz.
Só uma década depois, a 4 de Janeiro é publicado, no Porto, o primeiro livro totalmente português. Trata-se das "Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto", livro produzido pelo primeiro impressor português: Rodrigo Álvares".
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* "o Pentateuco e a suposta autoria de Moisés" - Stephen Van Eck
o Êxodo descrito por Maneto (M.), sacerdote egípcio do período helenístico era a versão corrente na época, mas Flávio Josefo refutou-a nas "Antiguidades Judaicas". (M.) descreveu o Êxodo como a expulsão de um contingente indesejável no Egipto. O Êxodo, para (M.), não foi uma fuga épica, mas uma expulsão de escravos por razões até sanitárias (relata a alta prevalência de "lepra" entre os expulsos). Provavelmente ambas as versões são de cunho propagandístico, pró (Pentateuco) e anti-judaico (Maneto). Esperemos que a Arqueologia e a Filologia socorram a verdade histórica que naufragou com Cecil B. de Mille.
(The early years: After a number of military tailors fell short, Secretary Talbott turned to Hollywood director Cecil B. DeMille for help)
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Nicolas Poussin, 1634 - National Gallery, Londres
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