“o Pensamento é sempre feito por oposições”
Fernando Gil, “Mimésis e Negação” 1984
Os ideólogos mais influentes na geo- estratégia mundial dos últimos 50 anos são, sem sombra de dúvida, o nosso amigo judeu Republicano anti-comunista Henry Kissinger ,,, e o polaco que foi o principal mentor da Guerra Fria e criador da Al-Qaeda como armadilha contra os soviéticos - Zbigniew Brzezinski - pelo lado do partido Democrata. Se o primeiro é famoso pela ascendência como protegido do banqueiro Rockefeller e pelo seu trabalho na repescagem dos nazis alemães para os serviços de inteligência americanos que deram inicio às actividades da CIA,
o segundo continua na crista da onda sendo de sua iniciativa a encomenda a Huntington da obra “O Choque das Civilizações” complementada depois por si mesmo com o best seller “The Eurasian Chessboard” sobre o futuro do imperialismo que se joga hoje entre o Médio Oriente e a zona estratégica do Mar Cáspio. Lyndon La Rouche, um politico perseguido na pátria da liberdade, com várias penas de prisão no currículo, não hesita em ligar Brzezinski ao coup-d`État levado a cabo com o 11 de Setembro. É o ex-secretário de Estado do democrata e prémio Nobel da Paz (!) James Carter que continua a ser noticia:
Com excepção do "The Washington Note" e do "Finantial Times", os grandes media decidiram não relatar as declarações de Zbigniew Brzezinski que agitam a classe dirigente americana. Ouvido a 1 de Fev, 2007 pela Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, o antigo conselheiro de segurança leu uma declaração cujos termos tinham sido cuidadosamente pesados. Disse:
“Um cenário possível para um confronto militar com o Irão implica que a derrota iraquiana se consume; seguida por acusações americanas tornando o Irão responsável por esta derrota; depois por algumas provocações no Iraque ou um acto terrorista em solo americano pelo qual o Irão seria responsabilizado. Isto poderia culminar com uma acção militar americana “defensiva” contra o Irão que mergulharia a América isolada num profundo lamaçal englobando o Irão, o Iraque, o Afeganistão e o Paquistão”.
Leram bem: o senhor Brzezinski evocou a possível organização pela administração Bush de um atentado em solo americano que seria falsamente atribuído ao Irão para provocar uma guerra.
Em Washington os analistas hesitam entre duas interpretações desta declaração. Para uns, o antigo conselheiro nacional de segurança tentou tirar o tapete aos neocons e lançar antecipadamente a dúvida sobre qualquer circunstância que conduzisse à guerra. Para outros o senhor Brzezinski quis, de alguma maneira, sugerir que em caso de confronto com os partidários da guerra, ele poderia reabrir o dossier do 11 de Setembro.
Seja como for, a hipótese de Thierry Meyssan, o director do Voltaire.Net- segundo a qual os atentados do 11 de Setembro teriam sido perpetrados por uma facção do complexo militar-industrial para provocar as guerras do Afeganistão e do Iraque - deixa subitamente o domínio do tabu para ser publicamente discutida pela elite de Washington.
2001 - Para que nunca se esqueça: Este edificio,
onde se alojavam importantes arquivos da CIA,
não foi atingido por nenhum avião
.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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