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sábado, fevereiro 24, 2007

o conflito Etiópia-Somália

Numa das regiões tradicionalmente mais pobres do corno de África (chamadas de "paises" por via dos interesses geoestratégicos do Ocidente), na Somália, depois do golpe militar de 1974 de Mengistu Hailé Marian, organizou-se a agricultura e a pastoricia em comunas populares, com o apoio da URSS; mas na sequência das grandes secas dos finais dos anos 80 foi necessário o auxilio da comunidade internacional - que em troca exigiu o fim do "comunismo"
A Etiópia, de etnias berberes (de pele clara), não tem acesso ao mar e por isso lutam tradicionalmente com a etnia (de pele negra) do Sul, da Somália, por esse acesso. Para azar dos da mó de baixo, recentemente descobriu-se também que no Sul havia petróleo - resultado: 2 milhões de negros bantus abatidos na ultima década com o apoio do Ocidente - por enquanto,,, enquanto não se conseguir pacificar o renascido tribalismo e estabilizar um regime dócil que faculte a exploração do petróleo em condições "eficazes" para os paises doadores: os EUA e a UE. Já conhecemos esta história contada noutros lados, de outras maneiras, com protagonistas diferentes.

"Com a recente invasão da Somália, quase sem combate (e sem o menor protesto da “comunidade internacional”!), permitiu-se dar por concluido o derrube do poder islâmico no país. Recordado da sua desastrosa expedição de 1992 (quando os invasores yankees andaram a ser passeados de arrastão pelas ruas de Mogadiscio), Washington utilizou desta vez como seu “cão de guarda” regional a Etiópia (que tem vindo desde 2002 a rearmar ao abrigo de um plano de assistência militar). A derrocada do regime islâmico pareceu, contudo, demasiado rápida para ser legal. Na Somália pode estar a iniciar-se uma longa guerra de guerrilha, como no Iraque".

(ultimo paragrafo respigado da Politica Operária)
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