Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, março 28, 2005
Portugal é um dos paises mais pobres da Europa e fonte de mão-de-obra barata em sectores produtivos como nos Têxteis e no Calçado (os ordenados, para os homens, rondam os 750 Euros mensais).É tambem o país na União Europeia onde é maior o fosso entre Ricos e Pobres.
Nos últimos anos, sob o fogo cerrado da Globalização Neoliberal defendida pelo governo de Durão Barroso, Portugal enfrentou a deslocalização de capitais para os novos desafios de investimento na China e nos novos países a Leste da União, enquanto perdia igualmente os antigos subsidios.
As empresas estrangeiras abandonaram Portugal procurando taxas e mais baixos custos de produção nesses países. Durante os três anos do governo PSD-PP perderam-se 150 mil empregos. Em 2004 Portugal era o único país da zona Euro cuja economia estava em recessão, sendo a taxa de desemprego de 7,1% (a maior nos últimmos 7 anos) e tendo as falências aumentado 31%.
No último ano, o FMI veio exigir (Portugal tem a 2ª maior dívida externa Mundial!)acções concretas para enfrentar a “queda de Investimento real e a subsquente perda de competitividade”.Criticou todos os governos anteriores pela não tomada de medidas duradouras de controlo dos custos do Estado e apelou para reformas estruturais, incluindo a privatização dos Serviços Públicos e dos Fundos de Pensões Sociais, retirando benefícios aos pensionistas.Outra receita foi a de desvalorizar a concertação com os parceiros sociais (sindicatos e associações patronais) de forma a que prevaleça a “regra de austeridade restritiva central” que permita uma maior “flexibilidade liberalizando o emprego e os despedimentos”
É neste contexto, e sendo obrigado a assumir estas politicas, que o governo “socialista” de José Sócrates toma posse.Manuel Pinho ex-CEO de um dos maiores grupos económicos portugueses (BES-Espirito Santo, e Luís Campos e Cunha, um ex-governador do Banco de Portugal, são a dupla das Finanças com poder para vetar as despesas de todos os outros ministros.
Sócrates , que na campanha eleitoral tinha demagogicamente prometido a criação de 150 mil novos empregos, iniciou na prática a sua actividade governativa anunciando medidas de corte de 75 mil empregos na Função Pública.
A folclórica presença de Freitas do Amaral na qualidade de ministro dos “negócios estrangeiros com doutrina anti-USA” foi alvo de um apressado telefonema de Sócrates para Washington reafirmando o reforço da tradicionais relações atlânticas no âmbito da NATO, e dos fortes laços previlegiados com os Estados Unidos, para o que contará com a actividade do ex-1º Ministro Durão Barroso á frente da Commissão Europeia.
É neste contexto que se entende a análise da “Crise” feita pela IV Internacional Socialista, que vendo o problema do lado de fora, titula:
(já lá dizia o Eça: “para ser português, só lendo inglês”)
The Impact of Globalization
Portugal:”New Socialist Party government intensifies Social Attacks”
O artigo complete está AQUI:
http://www.wsws.org/articles/2005/mar2005/port-m23.shtml
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