Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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terça-feira, março 22, 2005
Bahrein: berço da democracia bushCon
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Um dia destes ao consultar a lista telefónica não pude deixar de sorrir ao constatar que, numa época em que tanto se fala na reforma das Nações Unidas, uma base Naval Americana “perdida” no meio do Pacífico– Diego Garcia – possui afinal o estatuto de País Independente,,, e veio-me á memória a propósito de “pequenos países” o elogio do presidente W.Bush, quando no último discurso sobre o estado da União, saudou os Progressos democráticos registados no Bahrein.Coisa estranha,,,
Dos cerca de 200 mil eleitores, 80 mil vivem abaixo do limiar de Pobreza, os níveis de corrupção e a repartição cada vez mais desigual das riquezas do Petróleo quase levaram o país á falência económica em 2003,,,ainda no virar do século o Bahrein era uma férrea ditadura, onde se torturavam adultos e crianças, se disparava sobre manifestantes desarmados e centenas de intelectuais eram obrigados a viver no exílio, as garantias constitucionais estavam suspensas, e 1% da população estava presa.Que sucedeu então? Após a “libertação” democrática o Emir Hamad Bem Issa al-Khalifa proclamou-se Rei, redigiu sozinho uma “Constituição” e instituiu uma “Assembleia Nacional” com duas câmaras onde a maioria são nomeados por ele, como aliás já sucedia como 1º ministro,ministros, tribunais constitucionais e do Supremo!,,,Para não haver dúvidas legisla-se por decreto!
Um dos seus primeiros actos oficiais, depois da “liberalização”, foi mandar prender o director-geral do Centro de Direitos Humanos do Bahrein (CDHB).
Tudo isto,num pequeno país de 670 mil habitantes, que, com as suas receitas do Petróleo, poderia ser um pequeno paraíso nos seus 1300 Km2, é obra!
Ah!,,mas já me esquecia de um pequeno pormenor: - 1/3 dos habitantes são estrangeiros,a população vive toda em apenas 117 Km2, estando o resto do país ocupado pelas empresas petrolíferas e pelos 4000 membros da família al-Khalifa! E,,, como se não bastasse, e aqui fica descoberto o mistério do “elogio bushiano” a base naval de Juffair abriga o Estado Maior da 5ª Armada Americana, a unidade de suporte administrativo para todo o Sudoeste Asiático e o Comando das Forças Especiais,,, a base aérea de Cheikh-Issa aloja o Comando Avançado da Força Aérea (CENTAF) que controla toda a região que estendendo-se por mais de 8000 km, vai do Quénia ao Cazaquistão, controlando 27 paises com cerca de 430 milhões de habitantes.
(veja aqui a estratégia pós 11/9 americana para a região)
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