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sábado, abril 30, 2005

Sob a capa,,, por detrás dos “Mercados Livres”

O Capitalismo é um regime económico que precisa de crescer sempre, e que apenas pode sobreviver criando desigualdades.

Ainda na fase dos Monopólios dominados pelos Estados Nacionais, a seguir à segunda Grande Guerra, a Europa foi o campo de expansão previlegiado do Capitalismo, convertendo os Estados Unidos da América do Norte os Estados Europeus nos seus principais aliados no saque ao resto do Mundo inteiro.
A expansão da economia Global capitalista gerou encadeamentos macro-económicos que sustentam agora o poder global de uma moderna Minoria transnacional possidente, não apenas já só dos “meios de produção” mas de toda uma infraestrutura coerciva que gere e controla todas as bases Materiais (Produção,Finanças,Comércio,Energia,Telecomunicações,etc,) do Sistema Mundial organizado nos núcleos fundamentais que são as “Empresas” em fase de "libertação" do antigo controlo dos Estados.
Este sistema (monetário baseado no dólar) Internacional caracteriza-se por ser PRIVADO (propriedade das empresas por accionistas cujo sigilo não permite a sua responsabilização perante as legislações), ESPECULATIVO (na medida em que pretende desregulamentar sempre e cada vez mais os Mercados), INSTÁVEL (porque pretende a redução do papel keynesiano do Estado, cujos mecanismos de controlo ainda vão permitindo algum equilibrio fiscal, alguma estabilidade de preços e capacidade de comabate anti-crise) e PRÓ-ESTADOS UNIDOS (porque são desta nacionalidade a esmagadora maioria das “empresas multinacionais” que financiam o complexo politico-militar de dominação global)

A expansão Capitalista faz-se agora pela criação da bolha de desenvolvimento na Ásia principalmente através da gigante que é a China (1 bilião e 200 milhões de habitantes). Todo o processo é conduzido da mesmissima maneira pelos Estados Unidos, que controlando o capital de Investimento e as encomendas á China fazem dela actualmente a grande fábrica do mundo.
A novidade é que quem não apoiou os Estados Unidos na sua politica de agressão, (ao Iraque e seguintes) foi descartado, como é o caso do núcleo duro da União Europeia (França e Alemanha) (1) enquanto os Estados que apoiaram essa politica de saque expressa no Tratado das Lajes (Portugal,Espanha, Itália,Polónia,etc) vão ter direito às benesses (2) desta nova fórmula de exploração.
José Sócrates dito "socialista" mas na verdade um lidimo representante do Bloco Central vai poder reorganizar o Estado Português, com base na mesmissima politica seguida por Durão Barroso/Aznar (a outra face da mesma moeda) tirando partido do redireccionamento da economia para investimentos americanos direccionados para os paises de economia emergente (Brasil,Angola,China,etc) e de parceria com os aliados espanhóis (para a América Latina), subalternizando a nossa dependência (empréstimos/subsidios) dos mercados Europeus
Cabe á França, a resposta,,, porque na realidade eles e os Alemães têm um problema grave para resolver ( a sustentabilidade do Modelo Social Europeu) (3),,,porque a adesão da China á OMC apadrinhada pelos Estados Unidos, enquanto potência dominante, foi mesmo destinada a partir a Europa (4) enquanto Unidade e a retirar-lhe importância enquanto Directório da Federação neoliberal pretendida, “eliminando” assim a concorrência.

na sequência da previsivel "Insurreição Francesa"
a Holanda tambem se prepara para dizer NÃO! ao Estado Neoliberal Único.

Notas:
( 1 ) - O Dilema Económico da Europa - AQUI
( 2 ) - o caso do BCP/Polónia/Empresas Portuguesas e a colaboração na "reconstrução" do Iraque é sintomático - AQUI
( 3 ) - Finis Europae - “Não é de excluir que o Modelo Social Europeu impluda como implodiu o comunismo russo” - Artigo de Luis Salgado de Matos no “Público” de 18/Abril - AQUI
( 4 ) - No limite, depois das convulsões que se adivinham,irá emergir um regime diferente daquele em que hoje vivemos - AQUI

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