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sexta-feira, setembro 07, 2007

Festa do Avante








Neste recorte do publicado no nosso Diário da República vale bem verificar que os objectivos das grandes sociedades privadas que determinam hoje as politicas dos Estados ficam bem longe dos objectos de negócio tradicional em que se fundaram. Todas as grandes multinacionais, quase sem excepção, delegaram no outsourcing as suas explorações materiais e optaram pela gestão financeira desmaterializada – são hoje apenas “empresas financeiras” soprando incessantemente na bolha, pese embora que já deitem os bofes pela boca.

Nesta óptica, é fácil entender que, para os governos a soldo destas politicas transnacionais em favor e ao serviço descarado das condições impostas pelo capital, a Censura e a perseguição politica se tornaram obsoletas – deixa-os barafustar que nós logo os apanhamos nas contas – ready to use, logotipo modernaço, voilá, eis a nova Pide: as Finanças!
Aliás, como diriam os pedros arrojas lixados pelos mecanismos de controlo fiscal, se cá fizessem como o Putin faz na Rússia quando alguém fala mal do Poder (metendo-os na pildra, ou espetando-lhes um balázio adentro pela surra quando o caso é mais grave) por estas bandas do Ocidente as instalações prisionais teriam de quadriplicar.

Chegados aqui, cabe notar que este vosso humilde anotador de factos não se filia propriamente como militante do PCP – faz muitos anos que não vou à popular Festa do Avante – mas desta vez, por solidariedade até vou! E de bom grado. Acontece que os ingressos puderam ser comprados antecipadamente nas milhentas organizações locais e regionais do Partido, e deste modo os Fiscais da Pide Financeira (que gozo ver as fuças desanimadas dos espécimens) jamais conseguirão contabilizar com precisão as receitas do evento.

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