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domingo, julho 27, 2008

para quê ,e a quem serve a guerra?

Como cristão, Bush deveria saber que não devia ter invadido o Iraque; o velho testamento oferece numerosos exemplos dos ódios perpétuos entre as tribos. Claro que Bush sabia, e a intenção declarada para criar desordem em redor dos invasores enquanto as tropas se resguardam nas ilhas-quartéis, foi provocar a guerra entre sunitas e xiitas, uma etnia que “entra” pelo Irão adentro. Dá jeito, e decerto está a ser objecto de aturado estudo.

Depois de Freud e de Lacan (entre outros) a nossa visão do ser humano não ficou igual..."no seminário do ano de 1964, Lacan fez da transferência um dos quatro conceitos fundamentais da psicanálise, ao lado do inconsciente, da repetição e da pulsão. Definiu-a como a encenação, através da experiência analítica, da realidade do inconsciente. Esta perspectiva levou-o a ligar a experiência à pulsão."
(E. Roudinesco e M. Plon,"Dicionário da Psicanálise", Ed. Inquérito, 2000, p. 755).

Agora que Obama (e com ele as boas intenções dadas a emocionar meio mundo) já foram a Bagdad e voltaram, (e no intermezzo pediu mais tropas à Europa) quais são as novidades acrescentadas para compreensão do problema? Para que é que serviu, serve e servirá a invasão e a guerra do Iraque?

Para deitar mão ao petróleo? para proteger o dólar? Para mudar de regime?
Provavelmente para todas estas coisas - quando se vai para a guerra, a América chama-lhe Negócios, mas é preciso não esquecer, cada dia que passa representa sofrimento para milhões, mas também é dia de receber os salários do século para a corja tripulada pela administração Bush – é esta a verdadeira razão porque eles não cortam de imediato com a situação insustentável e desaparecem.

“Os do contra, como este pândego que apelida a revista New Yorker de esquerda" escandalizam-se com os desenhos escabrosos do Osama muçulmano, mas não reparam na mesma palhaçada feita com o neo-neocon McCain. Não reparam que ambos são “vaipes” do mesmo género lançados para entreter multidões enquanto, distraídas, as questões objectivamente importantes lhes escapam.
Por especial cortesia de um spot publicitário da Halliburton, a empresa onde pontificou o ex-administrador Dick Cheney, trazida até nós pela administração Bush, desvenda-se neste video o modo como esta dupla de criminosos, com o beneplácito do Congresso, apoia as tropas que enviam para as privatizadas missões de ocupação – dos próprios soldados nacionais americanos aos da coligação Nato – todos são envenenados pela água que bebem fornecida por contrato exclusivo pela KBR, uma subsidiária da Halliburton – é preciso facturar e receber o dinheiro, claro. No Iraque isso não é problema. Mas a segurança sanitária não faz parte das preocupação deste tipo de empresas mercenárias. Ou “os desinfectantes adicionados” são simplesmente um processo de guerra biológica para neutralizar quimicamente os desgraçados armados que são enviados como alvo para acções militares com as quais nada têm a ver?

A chusma de boçais cobardolas do Congresso norte americano devia preocupar-se com o problema, mas se calhar andam demasiado ocupados com a preparação do ataque ao Irão – assim, sobram apenas as declarações dos soldados zé-ninguém imbecilizados pelas pulsões medievais do drapear de bandeiras,

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