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domingo, setembro 27, 2009

de que forma se processa o rapto da esquerda na América? (e nos arredores ideológicos)
















o grupo dos G20 em Pittsburgh
, que leva Ângela Merkel mediaticamente ao colo na qualidade de “querida e influente líder europeia” em vésperas de eleições na Alemanha, “criou mecanismos concretos de controlo de desmandos no mercado financeiro”, diz-se. Mas no relato, salvo intenções cínicas, “de concreto” nada se vê (1) Excepto a ideia que a lógica capitalista de acumulação de mais valias (lucro sem trabalho acrescentado, ou a "indústria financeira" como lhe chamou Obama) agora em novilíngua imperial se designa por “desmando”. Não seria mais lógico pôr em causa as origens do problema em vez de se tentar arranjar mézinhas ridículas para curar as consequências?

Mutatis mutandis, que liberdade de opção para quem contesta a imposição do pensamento único transantlântico "burro ou elefante"? Os contestatários são tratados policialmente como sendo "um problema técnico" e criminalizados: 1º a contestação no espaço público é muito menor porque a policia impede violentamente o acesso ao local das reuniões; 2º desta vez os poucos que não desistiram de se manifestar foram isolados e concentrados à força por milhares de policias num subúrbio de Pittsburgh a dezenas de quilómetros de distância da reunião do G20. 3º Ainda assim, foram perseguidos individualmente por paramilitares fardados e literalmente raptados e enfiados em carros civis sem qualquer identificação. Isto acontece exactamente no mesmo campus universitário onde Obama foi avacionado há escassos seis meses:


A muldidão que ia permanecendo foi confrontada por carros blindados e outros equipados com armas acústicas (LRAD), sobrevôo de helicópteros e intimidados por slogans dos cães de guarda à ordem ilegal estabelecida: "não obedeçam ao que os vossos lideres dizem; vocês podem ser detidos e encarcerados; dispersem":



finalmente a carga policial com disparos de gás lacrimonégeo; ninguém imaginaria que estamos na América…a pátria da liberdade de expressão (ver vídeo)

(1) Sérgio Aníbal, Público 26-9, pag3: “Nas negociações do comércio internacional e nas questões para o equilíbrio económico do planeta, os assuntos que mais afectam a China, Índia, Brasil (a Rússia e outros paises menores) não se vislumbrou qualquer sinal de acordo (…) Os únicos acordos continuam a ser no eixo transatlântico, entre os EUA e a Europa, nomeadamente sobre regulação no sector bancário”. Ou seja, mais do mesmo
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