Pesquisar neste blogue

terça-feira, março 16, 2010

Palestinianos travam batalha urbana contra ocupação israelita em Jerusalém

clique para ampliar
O embaixador norte americano em Telavive, Michael Oren, alertou para "uma crise de proporções históricas". Israel já roubou 80 por cento do território palestiniano; e continua a construir ilegalmente colonatos na parte que resta da Palestina. Tudo isto tem acontecido sob o olhar condescendente da coligação wasp anglo-americana-europeia que patrocinam em conjunto de facto o expansionismo judeu-sionista. Há que tomar partido contra uma das mais diabólicas injustiças que foi legada ao século XXI; e no entanto, apesar dos 1,3 mil milhões de árabes no mundo, devido à benevolência e passividade da doutrina islâmica, nada acontece passível de corrigir a situação.
O brasileiro Lula da Silva, que esteve até ontem de visita a Israel recusou-se a visitar a tumba do fundador da doutrina sionista Theodor Herzl. Como retaliação, o tresloucado militante de extrema direita que desempenha as funções de ministro dos negócios estrangeiros, Avigdor Lierberman, resolve boicotar a presença de Lula na câmara dos deputados. Por sua vez o presidente brasileiro que chegou esta tarde à parte que resta da Cisjordânia visitará o túmulo de Yasser Arafat.

Manifestações de judeus religiosos ultra ortodoxos empunharam ontem faixas onde se lê “todos os não-judeus devem deixar esta terra” – os promotores explicam: “o antigo testamento diz que a Terra de Israel é pequena e pertence apenas aos judeus. Todos os outros não terão permissão para ficar permanentemente. A esses dizemos que deixem a terra de Israel por forma a garantir a paz nesta terra. Existem versículos tanto na Torah como no Corão que dizem isso mesmo”. A retórica escrita nos panfletos distribuídos continua: “depois de terem visto estas divinas explicações, e o Islão é uma religião de crentes obedientes, verão que têm muitos países nos quais poderão viver. Vocês têm de entender que nós estamos a cumprir os mandamentos do “antigo testamento”, por isso sugerimos que negoceiem com Israel por forma obterem reembolsos pela vossa partida”. Nenhuma organização assumiu declaradamente a mensagem, mas a avaliar pela constante presença desde 1948 dos partidos religiosos em todos os governos de coligação no poder, é fácil depreender que este é de facto um comunicado oficial que anuncia a politica das próximas acções de Israel.

Militarmente há algo que confirma a intenção: o General Petraeus no relatório divulgado imediatamente antes da visita do vice-presidente Joseph Biden reclamava que os territórios da Margem Ocidental e Gaza deveriam passar a integrar o Comando Central norte americano das forças de intervenção presentes no Médio Oriente.

Matar em nome da construção de mitos religiosos
(e não esquecer, também das fontes petroliferas próximas)

O pretexto para o desencadear de mais uma acção bélica contra populações civis desarmadas no território mártir da Palestina tem sido a reconstrução da sinagoga Hurva (sem nenhum valor arquelógico uma vez que a construção em ruinas data apenas do século XVII), obliterando o local de raiz árabe; e a intenção de instalar na mesma zona da Cidade Velha de Jerúsalem mais 1600 familias de judeus sefarditas angariadas como emigrantes por esse mundo fora ao abrigo da abjecta “lei de naturalidade judaica” para virem engrossar o caudal de carne de canhão na ocupação. O cerco e o previsível isolamento da zona da Mesquita Al-Aqsa tem sido persistente convertendo-se a arqueologia no local num assunto de validação com provas falsas e fabricadas de um pretenso direito a territórios das tribos nómadas essénias da antiguidade. Em Israel a arqueologia converteu-se num campo de investigação que não raro tem dado lugar ao assassínio de investigadores que apresentem provas que refutem as intenções dos sionistas. É este estado de coisas que levou o Hamas, único representante legitimo dos povos árabes da Palestina, a decretar “um dia de fúria”. Desde ontem já foram assassinados mais 7 palestinianos nos confrontos com as forças militarizadas de Israel

Movimentações internacionais

George Mitchell o “emissário especial” dos EUA para o Médio Oriente adiou a visita prevista para hoje. Netanyahu está de visita a Moscovo para tentar obter apoios para a aplicação de sanções ao Irão. O chamado Quarteto para o Médio Oriente (EUA, União Europeia, Rússia e ONU) reúne-se também em Moscovo no próximo dia 19. Mas as maiores expectativas estão reservadas para os discursos de Hillary Clinton e do 1º Ministro de Israel na Associação Judaico-Americana AIPAC, organização também dominada pela extrema direita sionista, que já intimou o presidente Obama a "baixar a tensão nas relações com Israel”. A reunião deste órgão onde os executivos políticos vão manifestar a sua concordância com as disposições tomadas pelo Lobie Sionista americanao decorre em Washington entre os dias 21 e 23 de Março. Entretanto esta semana o Irão anunciou a sua entrada no clube da energia nuclear. Talvez seja esta a principal razão porque os norte americanos tenha vituperado Israel, segundo veicula a nossa pró-judaica alinhada imprensa: “Vocês pensam que podem embaraçar o vosso único aliado no mundo sem consequências? Vocês perderam totalmente o contacto com a realidade". Ou talvez não…

4 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Apague a dita, ok? Niet

xatoo disse...

Carissimo Niet
tomei nota do recado. O meu email está na coluna do lado direito do bloque, logo ao cimo junto à bandeira branca da paz.
melhores audações
x

Anónimo disse...

Caro xatoo: Já tentei enviar dois e-mails. Nada! è mesmo o fnp...Diga ! O assunto era o referido no primeiro post! Abrac. Niet