Pesquisar neste blogue

segunda-feira, março 09, 2015

a Grécia não é Portugal (pelo menos no governo, porque quanto à economia Portugal para lá caminha)

1. Portas em discurso às massas populares: (...) "Agora que cumprido o programa já não temos cá a Troika..." - horas depois chegava o FMI para inspecionar as contas do Estado... 
2. Pires de Lima ministro da Economia do partido do Portas: "Só alguém muito incauto poderia esperar que Portugal não estivesse ainda incluido num gupo de paises que precisam de ser monitorizados" (pela Troika)
3. Paulo Rangel, chefe de fila dos eurodeputados do PSD; "Sabendo-se que havia (e subsiste...) o risco da Grécia sair da zona Euro, só um governo português irresponsável, capaz de deitar tudo a perder, se poderia esperar uma atitude de cooperação activa com o executivo helénico"
"Deitar tudo a perder"? compreende-se o Rangel, há uma minoria parasitária  que ganha (e aguça já os dentes nos partidos da alternância para abocanhar a nova catadupa de fundos financeiros fabricados pelo BCE), enquanto a grande maioria do povo já perdeu - e o que se perdeu,.em vida, nem PS nem CDS, nem PSD pensam em restituir. A tomada de posição pró-Alemanha do governo neoconservador português é contra quem e o quê? a reportagem do jornal Público de hoje explica:

(...) Katerina, 62 anos, viu-se obrigada a reformar-se antecipadamente há dois anos, mas até agora ainda não recebeu nada. Vive com a mãe de 81 anos e a filha, professora de 37 anos que foi despedida pelo Estado. A parca reforma da idosa é que mantém toda a familia (...)  Os números mostram uma situação sem paralelo na zona Euro. 35,7% dos gregos está em estado de pobreza . A taxa de desemprego é de 25,8% (e chega aos 50% entre os jovens) - o subsídio de desemprego dura apenas um ano, mas antes disso, como deixa de descontar, perdem o acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos públicos. Neste casos o hospital irá rapidamente tentar perguntar ao doente ou à família se não há algo que possa ser vendido ou penhorado para pagar a conta. Há médicos a ver cancros como nunca tinham visto: estes não são removidos e os tumores crescem até não ser possível fazer nada. Os suicídios aumentaram em cerca de 43% quando comparado com os anos antes da crise. É cobrada uma taxa de parto que pode chegar aos 300 euros que sem que esteja paga não deixam o bebé sair. Há doenças que estavam erradicadas e voltaram a aparecer. Em muitos bairros vêem-se sacos de plástico pendurados nos contentores do lixo com pão ou comida para quem anda à procura. Foi imposta uma elevada taxa nas contas da luz, que leva muitas pessoas a não conseguirem pagar. Mais de 300 mil gregos não têm electricidade em casa. Bem vindos à União Europeia do século XXI,
Varoufakis à saída do Eurogrupo: "A troika é um grupo de tecnocratas. Chegavam a Atenas, entravam nos ministérios com uma atitude colonial e tentavam impor um programa. Essa prática acabou. (...) Alguns colegas das Finanças no Eurogrupo usaram a palavra Troika. Se eles gostam tanto da palavra, podemos enviar a Troika para eles. Eles não regressam à Grécia"

o Ministro das Finanças da Grécia não cumprimentou a sua homóloga portuguesa na reunião do Eurogrupo porque esta ficou do outro lado da sala. "É só uma explicação geográfica", disse Varoufakis ao responder sobre o facto de não ter cumprimentado a desprezivel agente alemã Marilu "Swap" Albuquerque. (DN)

Sem comentários: