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quarta-feira, julho 18, 2007

um ex-ministro de Barroso, com a autoridade moral que isso lhe confere, deu o recado: "a politica deve ser deixada para os politicos", exclusividade que também não é o caso do fulano, (por acaso já exemplarmente demolido aqui), porque, como sanguessuga notável do regime, as suas acções se desenrolam igualmente em múltiplas actividades colaterais


Pela 1640ª vez:
não foi ao Iberismo como macroestrutura de dominação política aquilo a que José Saramago se referiu; ele disse: "Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla La Mancha e tínhamos Portugal(...) Não se deixaria de falar, de pensar e sentir em português" (…) provavelmente Espanha teria de mudar de nome e passar a chamar-se Ibéria. Se Espanha ofende os nossos brios, era uma questão a negociar (...), ou seja,

porque os media corporativos precisam de vender papel sem escrúpulos.

Na realidade Saramago diz que faremos parte da comunidade de nações livres da Ibéria, com poderes locais autónomos, descentralizados, embora economicamente interdependentes por via de um sistema de trocas comerciais por valores equitativos e justos. Assim como assim, só teremos a ganhar com a integração: o PIB português é o mais baixo dos países e regiões ibéricas, 13.830 euros/ano, contra 25.818 de Madrid, 24.509 do País Basco, ou 23.533 da Catalunha. Até a semi-desértica Andaluzia, com 7 milhões de habitantes e sensivelmente a mesma área (87.000 km2) nos ultrapassa com um rendimento médio de15.154 euros anuais per capita.

Sabe-se que os pequenos rios procuram sempre os declives que os levem a desaguar em correntes maiores. No actual contexto, Portugal está desfavorecido porque é onerado com custos exorbitantes de elites administrativas exorbitantes – não há “produtividade” que aguente tamanha distorção social. A posição sobre o Imperialismo (Saramago afirmou também recentemente que a Ibero-América é um conceito aplicado a milhões de pessoas que não têm nada a ver entre si), que afinal é o sistema que sustenta as elites e que por ele existem, pela exploração desenfreada dos países de expressão luso-ibérica na América Latina, África e noutras comunidades espalhadas pelo mundo, também seria substancialmente outra, controlado pelos diversos poderes locais, a quem os gestores do poder central teriam de prestar contas a qualquer momento. É deste medo, de alguma vez ter de prestar contas, que padece a generalidade dos comentadores oficiais, medo de serem revogáveis dos tachos.
A crise do capitalismo veio para ficar, é terminal, o Poder central Imperial padece de capacidade para nos ludribiar, nada mais tem para nos dar, excepto “breaking news” sobre o terror auto provocado pelos seus próprios agentes e serventuários:
atenção atenção, acredita nisto?: " as sirenes que vão começar a ouvir anunciam o estado de alerta vermelho; é um aviso de perigo para um ataque aéreo eminente, isto significa que devem largar as vossas vidas de imediato e procurar refúgio nos abrigos” – o duo persa “Abjeez” explica como é que é encenado mediaticamente o actual estado de excepção da “demokracy” made in USA que nos é servida,

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