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sábado, abril 17, 2010

a diáspora das cinzas

"A crise provocada pelo vulcão da Islândia já é maior do que a que se seguiu ao 11 de Setembro", disse Walter Oppenheimer no ElPaís, com a crueza de esta não se fundamentar numa mentira...

num primeiro instante pairou no ar a sensação que o agravamento da erupção do Eyjafjallajökull tinha aspectos bons: parecia possivel que Cavaco não regressasse tão cedo; que ficasse por lá nuns dois minutos de silêncio eterno sobre o destino da cúpula do Estado reaccionário polaco, enfim que a camarilha de tachistas auto-enviada a Praga para averiguar da nacionalidade do lisboeta Santo António de Pádua tivesse o mesmo destino do maralhal das classes low-cost - mas parece que não, a comitiva mobilizou toda a parafernália de recursos high-cost do Estado para regressar rapidamente à sua fonte original de rendimentos. (ver actualização)

Cuidado com os materiais tóxicos que estão a chegar ao ar que respiramos. A núvem de cinzas da Islândia poderá ser o principio de um desastre ecológico?

Uma história horrível

A última vez que o Eyjafjallajokull esteve activo foi em 1821, lançando milhões de toneladas de cinzas que contêm gás tóxico com ácido fluorídrico na atmosfera. Ainda vamos nos primeiros dias, porém nesse ano e até 1823, o episódio causou a morte de muito gado contaminado pelo venenoso flúor facilmente absorvido pela pele e olhos, tendo também efeitos graves na saúde de cavalos e humanos-sapiens. Uma pequena percentagem de gás no valor de 28 miligramas de flúor por quilo de massa corporal é fatal. Nas últimas centenas de anos o vulcão teve quatro erupções: em 920, 1612, 1821-23 e agora em 2010. Todas as anteriores erupções foram precursoras de actividades massivas acrescentadas pelo vizinho vulcão Katla, de que até agora os geólogos ainda não detectaram qualquer actividade sísmica. O Eyjafjallajokull, um glaciar que cobre um vulcão com 1.600 metros de altura e tem uma cratera que ronda os 3 a 4 quilómetros, começou a dar sinais de instabilidade em finais de 2009. Mas face às experiências anteriores, não houve preocupações de tomar quaisquer medidas em relação à Islândia que não fossem financeiras.

Outros exemplos: Nos gases expelidos pelo Hecla bastou a alimentação do gado caprino ser contaminada com 25 ppm para se verificarem doenças. Aos 250 ppm a morte é inevitável. Em 1783, 79% dos caprinos da Islândia foram dizimados pela erupção do Lakagigar. Várias erupções durante o último século causaram uma baixa de temperatura na superfície da Terra de meio grau centigrado por períodos entre um e três anos, conquanto se espere que o relativo pouco impacto desta erupção não tenha um impacto significativo no clima global; este pode ser também um sério aviso da Mãe-Natureza ao homo- economicus para que mude de rumo. (Fontes: Pravda.Ru e Wikipedia)

relacionado:
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* This is just the beginning, warn scientists
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