“
o Trabalho é o pai da riqueza, a Terra é a mãe”
Karl Marx
Garrett Hardin , um ecologista em terra queimada, na década de 70 afirmava que: “nós os EUA crescemos 1% ao ano e o resto do mundo cresce duas vezes mais... se o mundo se torna uma grande comunidade em que os bens são repartidos igualitariamente, então nós estaremos perdidos. Os que se multiplicam mais rapidamente irão substituir-nos”
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O argumento é grosseiro (ao tentar fazer pôr de novo na moda as teses malthusianas (1), mas demonstra a politica demográfica norte americana: a finalidade é conter os sub-desenvolvidos, na impossibilidade de superar as contradições internas do capitalismo made-in-USA onde o “ter” suplanta o “ser”. A população mundial entretanto cresceu consideravelmente, mas a fome e a miséria de todos os tipos não são consequência do excesso de seres humanos, mas sim da
má gestão em nome do lucro privado dos recursos do planeta e da subsquente má redistribuição dos rendimentos.
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“Conhecemos apenas uma ciência, a ciência da História. Pode-se focar a história de dois ângulos; pode-se dividi-la em “História da Natureza” e “História dos Homens”. Porém as duas vertentes são inseparáveis; enquanto existirem os homens, a história da natureza e a história dos homens condicionam-se mutuamente (...)
os projectos humanos que não levam em linha de conta as leis essenciais da natureza só podem ocasionar calamidades”
Lenine
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(1) Baseados na teoria de
Thomas Robert Malthus, um pastor da Igreja Anglicana que pregava o controlo da natalidade (sexo só para procriar, como advogou em tempo o nosso deputado Morgado), na obra publicada em 1798, os neo-malthusianos insistem que o aumento incontrolado da população mundial
esgotará a capacidade da Terra para produzir alimentos para todos. O padre Malthus não teve a ajuda celeste para prever o progresso cientifico e o aumento de consumo que as novas tecnologias agrárias oferecem, inclusivamente ajudando a regressão civilizacional quando coloca o homem a concorrer com os automóveis no caso dos plantios para alimentar a indústria dos biocombustiveis. Por outro lado, embora existam paises que têm vindo a optar por uma politica de controlo de natalidade, outros há em que existe a preocupação de aumentar a população, como é o caso de alguns europeus desenvolvidos onde cada filho tem um preço determinado pelo capitalismo, nomeadamente Portugal onde as familias médias não auferem rendimentos que possam pagar a criação, educação e sustentação de mais bocas.
* Movimento pelo Decrescimento:
Comércio justo, consumo responsável e soberanía alimentar .
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