"não deitem fora os vossos votos, desperdiçando-os na esquerda radical", votem em nós, os tachistas do aparelho, esqueceu-se de dizer José Junqueiro- que piada; foi "esquerda radical" que disse, fôfo?
Rui Tavares, hoje no Público, acerta na mouche:
“Muita gente, pegando no exemplo alemão (1), crê que seria necessário enveredar por um governo de “bloco central” para ancorar a governação ao centro, conter as franjas e recuperar o bipartidarismo”
(1) quando Ângela Merkel foi eleita em 2005 como líder da coligação SPD-CDU, o problema era tirar o país da crise
(5 milhões de desempregados, economia estagnada), pelo que a banca internacional liderada pelos gestores do remanescente do “Plano Marshall” exigiram um governo de estabilidade como garantia da abertura de novos créditos. Passados quatro anos, poucos se recordam já que Merkel, levada ao colo pela comunicação social, não governa sózinha. Passados quatro anos o modelo conservador de Merkel, que vai a votos no mesmo dia 28 que Portugal, não consegue ganhar autonomia.
E o problema persiste: trata-se de concertar um novo governo que garanta estabilidade e retire a Alemanha da crise. Mas, vendo o problema numa perspectiva de classe social, estabilidade para quem? Atendendo ao problemático endividamento externo português, para os contribuintes da classe operária e das classes médias não será de certeza; e as perspectivas de desemprego continuam em alta,
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