os caçadores de votos
Qual o papel reservado ao eleitor no meio da guerra mediática actualmente em curso? ter confiança e dispensá-la à borla a um dos contendores, legitimando negócios de milhões. Quem não se lembra do dramático jogo disputado entre os psicologicamente afectados intervenientes na famigerada guerra do Vietname? o terrivel jogo de disparar sobre as convições próprias na esperança que a cabeça não rebente e ainda se ganhe qualquer coisa de material com isso, hellas, dinheiro!, ficaria conhecida como "roleta russa" mas de facto a coisa chama-se o jogo da confiança. Casa tiro cada minhoca. Com a imprensa corporativa a explorar a necessidade de evasão de cada um, temos uma sociedade bloqueada em os ingénuos são chamados a dobrar um papelinho um dia e são de imediato desprezados nos restantes 364 dias em cada dia que passa dos quatro anos seguintes, até ao dia em que volta tudo de novo à estaca zero.
O jogo da confiança provocou esta semana um morto e três pessoas presas (1). O morto, simbólico em termos de regime, é o Bloco de Esquerda. Os presos, em relação ao desprezo do eleitorado são Sócrates, Soares e agora Alegre e mais o seu cada vez mais cagativo "milhão de votos". Depois das cobras e lagartos que disseram uns dos outros, de candidaturas obsoletas para partir o eleitorado em dois a favor de Cavaco, das tentativas de sequestro de militantes, e das ameaças rebeldes de "maiorias de esquerda" - poisa tudo de novo na acrítica normalidade estupidificante: Soares, Alegre, e Sócrates voltam romanticamente a reunificar-se sobre o chapéu de chuva da corporação de colocação de empregos políticos&afins PS-SA. Entretanto, desprezo "quid pro quo", a casa do vizinho do lado, o PSD, está arrombada em duas com o sismo, e nos escombros vagueiam uns em busca dos outros a ver quem arregimentou figurantes para fazer o papel de bombeiro a troco do pagamento das quotas. Vem aí o Outono, ou seja, a realidade,,, e a reentré depois do periodo que em valeram toda a espécie de baboseiras virtuais - Rafael Barbosa no JN 21.9: "Se o PSD ganhar, o Estado Social vai ser desmantelado. Se o PS ganhar, vamos ter um Governo Revolucionário. Os eleitores ainda acreditarão no medo do bicho-papão?"
(1) Ficções e galhofas virtuais domésticas àparte, (de onde veio inspirado o enredo da historieta eleiçoeira acima descrita), um ensaio real sobre o jogo da confiança "na desenvolvida sociedade norte americana" (where else?, no nosso farol obrigatório para a vida consentida) aconteceu de facto na passada semana entre os marines de Forte Lejeune. Muito educativo:
"Trust game leaves 1 dead, 3 in jail"
* post scriptum:
"a maioria PS-PSD de 2/3 no Parlamento está em risco"
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