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segunda-feira, julho 06, 2015

“Exibirei com orgulho o desgosto que inspirei nos credores”

(do blogue de Yanis Varoufakis, o homem que está por detrás de um plano mais amplo do que o noticiado pelos media). Entretanto, segundo Tsipras o “Não' torna mais difícil uma solução"

A transcrição da mensagem de demissão de Varoufakis segue abaixo, dedicado aos lambe-botas José Manuel Fernandes, Camilo Lourenço, José Gomes Ferreira, José Rodrigues dos Santos, A.Costa de Bruxelas, Luis Delgado e à cáfila de politicos mentirosos que enxameia o comentarismo canalha lusitano.

“O referendo de 5 de Julho ficará na história como um momento único em que uma pequena nação europeia se levantou contra a servidão da dívida. Como todas as lutas pelos direitos democráticos, a rejeição histórica ao ultimato feito em 25 de junho à Grécia pelo Eurogrupo, tem seu custo. É, portanto, essencial que a grande confiança depositada em nosso governo pelo esplêndido voto NÃO seja investido imediatamente por um SIM a uma resolução apropriada - a um acordo que implique uma reestruturação da dívida, menos austeridade, a redistribuição em favor dos mais modestos, e reais reformas. Pouco depois do anúncio dos resultados do referendo, tomei conhecimento de uma certa preferência de alguns participantes do Eurogrupo, e de “parceiros” pela ... minha “ausência” das suas reuniões; uma ideia que o primeiro-ministro julgou potencialmente útil para chegar a um acordo. Por esta razão, deixo hoje o ministério das Finanças. Considero que é meu dever ajudar Alexis Tsipras a explorar, como ele entende, o capital que o povo grego nos deu no referendo do dia de ontem. E levarei com orgulho o desgosto que inspirei nos credores. Nós, na esquerda, sabemos como agir coletivamente, sem apego aos privilégios do cargo. Vou apoiar plenamente o primeiro-ministro, o novo ministro das Finanças e nosso governo. O esforço sobre-humano para honrar o bravo povo da Grécia e o célebre OXI (NÃO) ouvido pelos democratas de todo o mundo apenas começou”. (traduzido do l`Humanité pelo Vermelho.org) 

Os credores da Grécia não vão ganhar nada com a saída de Varoufakis (The Telegraph)
epilogo provável: 
J. Nascimento Rodrigues: “Interrogam-se os deuses do Olimpo -- para onde irá Varoufakis, que ele quieto no Parlamento não consegue ficar. Uma maldade suprema era, depois do acordo, se houver, correr com o Stournaras e meter Varoufakis a governador do Banco central da Grécia, para poder passar a ir às reuniões de Frankfurt”; nem mais... mas ainda que fosse às do BCE não é de crer que fosse convidado para as reuniões do Banco dos Bancos Centrais em Basileia, onde a tramóia original é tramada.

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