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domingo, março 13, 2011

a apropriação da manifestação "apartidária"

A nota de 500 euros com a efigie de José Sócrates (a cara da geração dos 500 euros) a que as pessoas acharam imensa piada, que andou a ser distribuida anónimamente era feita por militantes da Juventude Social Democrata (o orgão infantil do PSD) mas que pressupõe por detrás a existência de uma máquina de propaganda bem sustentada financeiramente - a mensagem subliminar (dinheiro, e o seu regresso ao campo do investimento produtivo, dinheiro em circulação de novo abundante, ávido desejo do qual a canalha miuda dos mais espertos se poderiam de novo apropriar) passa por sugerir que com a mera mudança do governo do PS para o PSD a questão ficasse resolvida; quando de facto o que o jovem Passos Coelho fará (se lá chegar) será apertar ainda mais a tenaz, com a desculpa velha-e-relha que "a situação que herdámos está afinal muito pior do que aquela que nos era dada a conhecer"

Portanto, depois do trabalho dos acessores de propaganda de Cavaco na (mal desmentida) apropriação da genuina e legítima contestação do movimento popular: Sócrates para a rua já!, (mas não chega), a prossecução da trapaça por outros meios continua; embora com a cauda neoliberal de fora, a estratégia presidencial de substituição da actual maioria parlamentar adversa por outra de direita e extrema direita não estaria mal pensada para principio do novo "mandato activo" - isto é, vinda de onde vem, não estaria mal pensada senão estivesse a ser topada

3 comentários:

Anónimo disse...

Tudo parece que o teatro está montado para meter um par de patins do p.sucialista.
Amanhã,um género de greve dos patrões dos camionistas(isto faz-me lembrar outra 'coisa'q se passou no Chile do grande Allende...)e o psd a dizer q não apoia o PEC4.É muito provável q as 'elites' já estão a pensar nos criados de serviço(bem pagos)do psd e,nos meios para se fazer o alterne.

peter farnsworth disse...

O pcp e o be tb estavam lá em força a fazer a sua propaganda. Não criticas isso numa manif apartidária?

xatoo disse...

peter
não considero urgente criticar a esquerda porque ela já está suficientemente dividida para não ser necessário fazê-lo; pelo contrário, a direita e a exterma direita actuam como um bloco homogénio... e é a esses que é urgente desmontar as tramas