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segunda-feira, maio 19, 2014

"O Capital no Século XXI"

Incrível, é isto que ensinam nas escolas superiores de gestão... Inacreditável: é o livro que está no topo de vendas da Amazon. Os teóricos do capitalismo selvagem de hoje (não) "pensam" duas coisas: 1. que no actual paradigma é possível eternamente emitir sempre mais massa monetária, e "fazer" dinheiro com juros sobre dinheiro, sem qualquer relação com os bens materiais... 2. que o Capital não é a medida de Trabalho acumulado
Para Thomas Piketty, o "Capital”, tem um sentido lato (na verdade bastante conforme com o uso comum do termo), e significa o mesmo que “património”, ou “riqueza”: designa todo e qualquer “activo” (financeiro ou não financeiro, produtivo ou não produtivo) em que seja possível investir e que possa, por isso, proporcionar um retorno, seja este um retorno explícito (sob a forma, por exemplo, de rendas, dividendos, juros, ou lucros), seja um retorno implícito (como, por exemplo, a renda de habitação que não se paga quando se tem casa própria)"
Assim sendo, é natural para este maralhal que a palavra "Trabalho" defina um conceito ultrapassado e pouco ou nada seja referida neste "best-seller". O que se explica por certos pensadores de esquerda sobre o trabalho improdutivo acreditarem piamente que não é o "operaismo" (um revisionismo chique do papel histórico da classe operária) nem a classe social que trabalha no sector produtivo que vão transformar a sociedade liderando uma revolução que possa desparasitar toda esta bicharada

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