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segunda-feira, março 12, 2007

a Longa Marcha contra o Pentágono

a “Comissão Baker” foi mais autora de uma Charada do que foi propriamente um Grupo de Estudo sobre o Iraque (ISG). Mal os designados autores acabaram de redigir o relatório a Administração Bush mandou-o às urtigas e decidiu aumentar o envio de tropas – enquanto eles como políticos tocam violino, o Iraque continua a arder – enquanto houver uma réstea de resistência o esforço de guerra continuará, até que os sobreviventes, qualquer que seja o governo por que optem, não tenham outra hipótese senão concordar com a venda do seu petróleo sob as condições que lhes são impostas pelos invasores. Nesse aspecto, a guerra está ganha. Bastará apenas empossar os "democratas" e recolher os proventos do investimento. Ainda assim, consegui-lo-ão?

"Onde está um judeu está Israel. Não somos uma linha no mapa"
Golda Meier

Em 1970, quem secretariava a Guerra do Vietname, numa outra versão do “Grupo de Estudo sobre o Iraque”, era o judeu Henry Kissinger, o maior criminoso do século XX. O seu nome era virtualmente o mesmo do Comissão Bipartida presidida por James Baker; a Comissão de Kissinger chamava-se “Vietnam Special Study Group” (VSSG). Ambas as Comissões, a de 1970 e a de 2006 tinham o mesmo objectivo: Retirar os Estados Unidos da América do Norte de uma guerra de agressão que estava a ser perdida.

Devido à experiência acumulada de uma geração, a Comissão Baker deveria ter muito maior sucesso do que o “Grupo de Estudo” de Kissinger; mas não é isso que se verifica. Depois de Kissinger ter concluído o seu relatório em que previa a retirada gradual, a situação de guerra permaneceu durantre mais três anos. Centenas de soldados americanos e centenas de milhar de vietnamitas foram mortos até que os EUA reconhecessem a sua derrota em 1973. A guerra criminosa desencadeada por Bush falhou o objectivo de uma vitória militar, e cada vez mais eles sabem-na inalcançável. Por esta altura, os dois partidos imperialistas, conciliam-se para reconhecer, cada um na sua óptica, ou uma derrota catastrófica ou a aparência de uma derrota catastrófica. Esta é , mais ou menos a mesma questão que se punha nos idos de 1968. Manter as aparências é no entanto cada vez mais difícil, tanto como foram já investidos 400.000 milhões de dólares na hedionda empresa – quanto mais terá de ser gasto?, quantas mais vidas terão de ser perdidas? Quantos mais Iraquianos terão de ser mortos, raptados ou subjugados pela miséria até que os Estados Unidos possam salvaguardar as aparências da derrota? Deverá, nem que seja mais um soldado americano perder a sua vida para o Pentágono se justificar perante os Media?

Contra a guerra!, a partir de amanhã, vindos de mais de 200 cidades, o povo americano vai literalmente acampar em frente da Casa Branca – até à grande marcha que terá lugar no dia 17 de Março

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