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domingo, março 11, 2007

na pátria de Orwell

A Grã Bretanha está em vias de se tornar uma sociedade sob vigilância”, conclui um relatório divulgado a 2 de Novembro pela Comissão britânica para a Informação.
Existem no Reino Unido 4,2 milhões de câmaras de vigilância, ou seja, uma por cada 4 pessoas. As televisões em circuito fechado estão por toda a parte: na rua, nas auto-estradas, comboios, autocarros, corredores do metro, centros comerciais, estádios. Um londrino pode ser filmado 300 vezes num dia. Por outro lado, a vigilância de dados leva a que, “de cada vez que utilizamos um telemóvel, ou um cartão de crédito, fazemos compras pela net, visitamos a internet, ou conduzimos os nossos carros – deixamos uma marca electrónica”, observa o presidente da comissão, Richard Thomas.
Em 2016, prevê o relatório, aparelhos fotográficos minúsculos serão incorporados na iluminação das ruas, permitindo, com a ajuda de um minicomputador, registar a imagem dos transeuntes em três dimensões; aeronaves sem piloto telecomandadas permitirão vigiar manifestantes. Como é da norma, o governo e a associação dos oficiais de policia contestaram que as disposições legais em vigor protegem os cidadãos contra eventuais abusos da vigilância policial. E tudo vai seguindo o seu caminho” (in “Pelo Mundo”, revista Politica Operária, Jan/Fev 2007).

Efectivamente, com esta enorme massa crítica de câmaras de filmar na política e no espaço público britânico, não é de admirar que sua majestade tirasse partido disso,,, e tenha este ano ganho o Óscar para a melhor actriz
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