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segunda-feira, dezembro 17, 2012

a TAP e a privadadização

Para situar a politica de privatizações na paisagem há que ter em consideração que 1. Quando os especuladores atacam financeiramente determinado país, fazem-no extraindo a maior fatia de lucro possível, não existindo um mínimo de escrúpulos em colocar esse país no maior estado de carência possível. 2. Dado o golpe, com a ajuda das 3 agências de rating conluiadas com os especuladores, na fase seguinte aparece o FMI a oferecer dinheiro emprestado para salvar o país. Mas fá-lo sob determinadas condições, a mais importante das quais é obrigar a vítima a vender o maior número de bens activos a preços irrisórios. Consumado o acto é provável que os especuladores se proponham investir novamente em Portugal. Mas para que tal aconteça, desta vez até exigiram garantias de que as relações sociais de produção fossem igualmente reconstruidas. Como se vai vendo, trata-se da acção concertada de Gangsters


Nos últimos vinte anos o Estado não meteu um único euro na TAP, tendo a companhia sido nesse período sempre rentável; a TAP só começou a apresentar resultados negativos após a nomeação deste governo, como estratégia justificativa das intenções para a sua venda; a TAP é um Grupo integrado de 8 empresas. Só a Portugália custou à TAP um investimento de 120 milhões. Agora a TAP é vendida por 35 milhões. Há no entanto o problema da Dívida… Para o amenizar, e tal como o Governo fez à última hora antes da venda com os 600 milhões injectados no BPN, o Governo vai injectar 200 milhões na TAP para reduzir o passivo e tornar mais confortável a situação do comprador.

A dívida da TAP é pesada: 1,2 mil milhões, mas esse será o valor dos activos da companhia a que o comprador deita mão; portanto, o dinheiro que o judeu lá irá meter para recapitalizar a TAP é metido naquilo que passa a ser dele. Como o dinheiro não é dele, mas sim pedido a crédito aos bancos cúmplices na golpada (preferencialmente norte americanos ou alemães), essa dívida e os juros serão pagos pelos resultados obtidos no futuro pela Companhia. Resumindo, a esmola negociada previamente com o Relvas era tão parca e escandalosa que à última hora foi alvo de um reforço na oferta de 20 para 35 milhões de euros em cash e de 200 para 351 milhões no total. Para esta gente é assim: do céu caem do nada 150 milhões da noite para o dia. O negócio na manutenção no Brasil sai do universo da TAP e entra no grupo Saynergy. Dos 10% que os trabalhadores da TAP têm como direitos assumidos na compra, a Sinergy já os diminuiu, antes de entregar um único euro, para 5% e, em última instância, parece que para 0%. E no caso das taxas de juro reduzidas sobre a dívida, o aval dado pelo Estado é para manter avalizando o sr. Efromovich?

Diz o Público, na sua edição de 17-12-2012 , que "Na primeira quinzena de Novembro de 2011, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio e irmão de José Dirceu, veio a Lisboa falar com altos responsáveis. Semanas antes, Miguel Relvas tinha recebido Efromovich, a pedido do empresário". Isto é verdade mas é mentira.
De facto o que se passou foi que a 13 de Novembro o Presidente da Colômbia chegava a Portugal em visita de Estado trazendo na bagagem o milionário judeu Germán Efromovich promitente comprador da TAP, e entre outros personagens aparentemente não relacionados com a privatizações que o FMI e a Troika decretaram obrigatórias, John Fredy Pareja, o empresário/ presidente do Off-Shore da Zona Franca de Pereira na Colômbia. O que quer dizer que o negócio irá ser processado através de um offshore sob o signo da habitual fuga ao Fisco.

Temos assim um caldo explosivo: um comprador mafioso nascido na Bolivia, naturalizado para sucessivas golpadas como Brasileiro e Colombiano e que agora invoca a sua condição de filho de naturais da Polónia para se naturalizar outra vez e operar livremente na União Europeia. Do titulo dos jornais destes dias fica uma certeza: a alta Corrupção e o Banditismo gerado por falsários e criminosos que usurpam os Estados.

As metastáses portuguesas no escândalo do "Mensalão" são conhecidas. Foram depositados 25 milhões de euros pela chefe de gabinete do ex-presidente Lula da Silva num Banco português. Porém o BES, nega a evidência. Isto é, como a assessora foi exonerada após a investigação judicial, o BES tem de reconhecer que existiu o acto de corrupção, mas encobre a entrada desse dinheiro, para mais depositado numa agência BES do Porto durante uma viagem oficial do Chefe de Estado brasileiro .
As consultoras brasileiras e portuguesas ligadas ao antigo chefe da Casa Civil do ex-Presidente da República Lula da Silva, José Dirceu, condenado a mais de 10 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção activa no caso Mensalão, promoveram a candidatura de Gérman Efromovich à privatização da TAP, a única proposta de compra da companhia aérea nacional que chegou a ser avaliada pelo Governo de Passos Coelho
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