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sábado, dezembro 01, 2012

o Congresso do Partido dito Comunista, ou a Vitória do Determinismo

Não adianta lutar em acções concretas, o futuro (tal como as acções em bolsa sobre o Capital que há-de vir) está traçado - algum dia o Socialismo nos virá cair às mãos como uma inevitabilidade da história. Tal como os calvinistas séculos atrás(1), os autodenominados “comunistas” de hoje, eternos reformadores do capitalismo irreformável (2) acreditam que uma pessoa, ou o grupo a que pertence, quando nasce já traz o seu destino totalmente inscrito na Alma ( por precaução cientifica mude-se “almas” por códigos genéticos).

Assim, temos o “debate” em congresso das teses do antes do ser já o era - o P”C”P já tem o seu “Bando dos Quatro” para assassinar, designados para a imprensa burguesa como “neo-Estalinistas: Filipe Leandro Martins, Ana Paula Henriques, Luis Piçarra e Margarida Aboim Inglez, as “Teses do PCP” já estão aprovadas, o novo secretário-geral é o mesmo, posições extremadas como a saída do Euro ficam de fora. Disfarçadamente, quem como Sérgio Ribeiro, o primeiro economista a defender a não entrada de Portugal no Euro, e outros (3) saem do Comité Central. Tal como Carlos Costa (4), que já tinha sido corrido há 4 anos. No final o P”C”P reafirma-se como partido marxista- leninista e de vanguarda”. Aos insignes ficantes, lá paleio não lhes falta. O que dá muito jeito e corda à imensa turba de papagaios dos media burgueses (5).
notas:
(1) Deus escolhe um grupo de pessoas e as restantes vão para o inferno
(2) Jerónimo de Sousa: “Esta União Europeia é ireformavel. Dizemos não às medidas de austeridade da Direita, que mais não são que o cumprimento de planos que visam a colonização económica do nosso país”. E para isso contam com o PS, não este, mas um que não seja de direita.
(3) na «Interpelação do PCP sobre a Moeda Única», Carlos Carvalhas, então Secretário-geral do PCP disse em 1997: «a moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as transnacionais e as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais. A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado». Quer dizer, quanto mais o determinismo da Direita se move para a Direita, mais o P”C”P se deixa ficar quieto, mantendo uma imobilidade a condizer.
(4) Blogue “Pelo Socialismo”
(5) Editorial do Público 30/11: “...e tudo isto se fica pelo verbo (...) “o PCP a cuidar da sua própria sobrevivência”
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