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domingo, janeiro 18, 2009

Guerra e Paz

Um grupo de românticos americanos quer prender Bush e Cheney e vão manifestar-se nesse sentido na Pennsylvania Avenue quando a comitiva de Obama e o presidente descartável passar em frente ao edifício do FBI cerca das 11 horas da manhã do dia 20 a caminho da Casa Branca – acto final da parada eleitoral que é o maior circo do mundo e que faz a ponte com o feriado que comemora o assassinato de Martin-Luther King. Até a "starbucks" oferece cafés aos consumidores que fizerem serviço cívico durante a semana da inauguração do mandato. Mas beber um café à borla, prender um bush ou ter eleito um Preto não resolverá o problema. Só a vitória de uma solução anti-capitalista o poderia (tentar) fazer.

"Não quero parecer um pastor com a sua Bíblia marxista, mas quero ler uma passagem de O Capital: o verdadeiro limite da produção capitalista é o próprio capital; é o facto de que, nela, são o capital e a sua própria valorização que constituem o ponto de partida e a meta, o motivo e o fim da produção. O meio empregue - desenvolvimento incondicional das forças sociais produtivas - choca constantemente com o fim perseguido, que é um fim limitado: a valorização do capital existente"
François Chesnais - "O capitalismo tentou romper os seus limites históricos e criou um novo 1929, ou pior"

uma foto gigante resguardada por celofane
de presumiveis grafitis ou ataques com tomates
aguarda impassível a cerimónia de inauguração
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"O capitalismo sem espírito : Na pulsão contra-humanista do capitalismo contemporâneo não se reconhece dívida simbólica com o passado de quem o tem. Na impossibilidade de fazer da história do Outro um bem comum compartilhado, opta-se pela sua destruição. Os EUA reduziram a escombros o Museu Arqueológico de Bagdade. Israel bombardeou a Universidade de Gaza. No exercício da razão do mais forte revela-se a vontade de destruir a vida biológica e a vida do espírito"
Olgária Mattos, na "Carta Maior"

"A desmobilização cívica do país é uma das consequências da ausência da instância Estado, da falta de comparência de um ideal de libertação (sim, de libertação) que nos empolgue. (...) Estamos marcados pelo mais atroz niilismo e identificados com o mais absoluto indiferentismo"
Baptista Bastos, no "DN"

"Os neocons influem desde o governo Reagan mas só com Bush II assaltaram o poder. Para Leo Strauss, filósofo que admiram, e Irving Kristol, que criou a expressão "neocon", o governante pode mentir ao povo, pois sabe o que é melhor para o povo; e assessores sábios podem mentir ao governante. Bush sai do governo achando que só é impopular porque as pessoas não entendem: tinha de aterrorizá-las para salvá-las"
Thomas E. Ricks - "Fiasco - The American Military Adventure in Iraq"
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Uma das cidades mais perigosas do mundo. É daqui que partiu o simbólico comboio de Obama. "Lei e Ordem em Filadélfia" o estado da cidade berço onde o Império começou. (video 58min.48seg.)
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