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segunda-feira, agosto 29, 2011

The United States of Europe

a proposta de “Governo Económico” que dá o tiro de partida para os Estados Unidos da Europa irá integrar o continente europeu num grau nunca visto desde o Império Romano
(AmericanDream)

Como cidadão europeu, está preparado para os “Estados Unidos da Europa”? a integração da Europa trata de subir a um outro nivel. Conforme a crise dos défices europeus se aprofunda disparam os gritos de aflição por toda a Europa a favor de uma completa integração económica da União. O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chancheler alemã Angela Merkel enviaram recentemente uma carta ao presidente do Concelho Europeu Herman Van Rompuy onde se estabelecia a pretensão de um novo”governo económico” a ser formado para a Europa. E de acordo com essa carta, Sarkozy e Merkel querem que os lideres dos paises da Eurozona façam “eleger” um presidente para esse novo governo económico.
A ideia seria a de que esse presidente teria duas reuniões anuais para debater os problemas dos défices que a Europa enfrenta neste momento. Mas muitos críticos pró-União Europeia acusam Sarkozy e Merkel tão longe quanto é preciso. Um grande lote de “experts” proclamou que sem uma integração económica total e a criação de obrigações “Eurobonds” a Europa permanecerá estagnada.
Jennifer McKeown, uma economista da “Capital Economics”, põe a questão da seguinte maneira, quando se interroga sobre o que acontecerá se os Eurobonds não forem criados urgentemente: “prevendo um futuro optimista, no mínimo a Eurozona deixará de existir”. É deste modo que as mudanças bruscas ocorrem no nosso mundo de hoje. Primeiro é criado um problema profundo, então haverá uma reacção negativa, depois, sobre os factos consumados, ser-nos-á apresentada uma solução. Neste preciso momento, o problema é a soberania sobre a crise dos défices. Tem-nos sido dito que a única maneira que a eurozona poderá sobreviver será se todos os paises concordarem numa integração económica mais profunda e na perda das soberanias nacionais dos paises mais débeis a favor dos economicamente mais poderosos.

Num artigo para a Seeking Alpha, Cliff Wachtel equaciona as escolhas para os povos da Europa do seguinte modo: “a continuação da existência na forma presente da Eurozona limitará enormemente as soberanias nacionais. Em particular, com uma limitada autonomia financeira, com uma espécie de um qualquer orçamento centralizado aprovado e com os gastos limitados pelo direito de veto dos Estados individuais que liderarem a integração. Continuar com plenas soberanias com mudanças radicais que alterem ou dissolvam a Eurozona, provavelmente conduzirá à expulsão dos Estados-membros que sejam fiscalmente deficitários e economicamente insustentáveis...
Grande escolha, não?
Enquanto alguns aplaudem a possibilidade de incrementar a integração da Eurozona, outros avisam acerca das potenciais consequências. Por exemplo, o Daily Mail num artigo intitulado Ascenção do IV Reich, como a Alemanha está a usar a crise financeira para conquistar a Europa considera o seguinte depoimento do que o aprofundamento da integração económica para a Europa pode significar:

“Isto irá desenhar uma perda de soberania nunca vista nestes países desde que muitos deles estiveram sob os tacões das botas do III Reich há 70 anos. Para não haver dúvidas sobre o que a integração fiscal significa: trata-se de uma politica económica única, um sistema de impostos único, um sistema de segurança social único, um défice único, um único ministro das Finanças. E sobre tudo isto estará a Alemanha. (1)

Nigel Farage, um deputado europeu profundamente crítico (cuja frontalidade já conhecemos daqui) vê assim a nova proposta de Sarkozy e Merkel: “peça por peça, os membros da Eurozona vão perdendo a sua sobernia enquanto o Super-Estado europeu vai sendo construido. Nada nestas propostas acalmará os mercados. Estou também preparado para apostar que as elites politicas europeias não pedirão permissão aos seus povos por via de um referendo para que tal possa acontecer” (fonte)
Mas Sarkozy e Merkel são indiferentes acerca da opinião dos críticos. De facto eles anunciaram os planos que têm para a criação de um imposto único comum europeu em 2013 e para coordenar os trabalhos com base nos seus orçamentos nacionais. Então, se as lideranças da Alemanha e da França ambas querem impôr um aprofundamento económico da União, haverá alguém mais suficientemente forte na Eurozona para resistir a isso?... Provavelmente não.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, apelou para as propostas apresentadas por Sarkozy e Merkel como sendo uma contribuição politica importante dos dois lideres das duas maiores economias na área do Euro como uma boa proposta para principio de trabalho. Paises como a Grécia, Portugal, Itália e Espanha estão já profundadmente dependentes financeiramente da Alemanha (via BCE). Inclusivamente estes paises correm o risco de ter de abandonar o euro (o que será um desastre financeiro para eles), ou terão de avançar concordando com a Alemanha e a França naquilo que eles pretendem. Não será uma integração fácil. Continua a haver muita resistência na União Europeia à ideia dos “Estados Unidos da Europa”. Muitos dos paises do norte opõem-se a uma maior integração com a irresponsabilidade financeira das nações do sul da Europa (2)
Craig Alexander, o economista-chefe do Toronto-Dominion Bank, fez recentemente o seguinte afirmação sobre os problemas de se tentar uma Europa completamente integrada:

“O problema é que os sistemas politicos na Europa não podem ser enquadrados com um salto dos actuais sistemas para uma união fiscal num único movimento”

Assim, sera certamente muito interessante ver o que vai acontecer. Continua a existir uma possibilidade muito real da União Europeia se poder desintegrar e de que o Euro possa vir a implodir. Absolutamente nada está gravado em pedra no presente momento. Mas os lideres da União continuarão a fazer tudo o que podem para a manter unida. Eles acreditam sinceramente que uma Europa única unida sobre a sigla UE é aquilo que será melhor para os povos do continente. Contudo, no final, o seu verdadeiro objectivo será colaborar na união do mundo inteiro sob um governo único. Governos regionais, como os da União Europeia, são vistos como um degrau intermédio para um verdadeiro governo global. (3). Como muito se tem escrito, os globalistas têm a esperança de um dia fazer a gestão de uma economia global única usando uma nova moeda global. Num artigo de opinião recente, o ex-bigwig da UE Javier Solana fez a seguinte declaração:

“Uma efectiva e verdadeira governança global será o horizonte que a humanidade deve perseguir hoje com todas as suas energias. Isto pode parecer dificil de atingir, mas ainda assim, assim será. Mas isto não será nada que possa ser feito com pessimismo. O desafio dos riscos de um governo global não é menor que o desafio de prevenir o “fim da história” – não como a plácida apoteóse da vitória da democracia liberal global, mas como meio para evitar o pior colapso colectivo que podemos imaginar”

Gente como Solana acredita piamente que se conseguirmos unir o mundo inteiro isso trará uma nova era de paz e prosperidade. Muita dessa gente acredita que se eles conseguirem formar 10 ou 12 “uniões regionais” primeiro, eventualmente estarão habilitados a obter desses governos regionais a concordância para formar um “super-Estado gigante global”. Globalistas como Solana (4) estão convencidos que o farão para bem da humanidade. Acreditam verdadeiramente que a guerra e a pobreza podem ser erradicadas se estivermos todos sob a tutela de um governo gigante. Mas como temos visto no passado, a partir da maior amplitude que as Uniões conseguam, o resultado que se obtém é que as piores tiranias tendem a regressar. Olhando para um “governo único mundial” pode parecer uma boa ideia para alguns grupos, mas a verdade é que essa entidade ocuparia o palco da maior opressão que jamais foi vista antes. Todos aqueles que amam a liberdade e a democracia deverão opôr-se a 100 por cento aos “Estados Unidos da Europa” e devem em definitivo opôr-se 100 por cento a um “Governo Mundial Único” (5)

(original no blogue O Fim do Sonho Americano)
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segunda-feira, agosto 22, 2011

cadê o nosso quinhão no esbulho da Líbia seus facinoras incompetentes?

o editorialista do Público queixa-se amargamente da triste tradição nacional de laxismo no que toca ao abocanhar bens alheios que permitam manter a untuosa prosápia das elites governantes portuguesas e seus serventuários da opinião escrita. Em causa está o rasto do 13º Fundo mais rico do mundo, criado em 2005 pela Autoridade Líbia no valor de 70 mil milhões de euros, dos quais entre nós apenas o BCP congelou uma conta no valor de uns míseros 14 milhões. Por contraste com o parlamento suiço que anunciou a expropriação de 570 milhões, da Turquia com 490 milhões e da Holanda que com extrema benemerência "ofereceu" 100 milhões desse dinheiro à Organização Mundial de Saúde para mandar lamber as feridas ás vítimas que se declarem pró-invasão capitalista... (ler o editorial)

Obviamente, o governo português sabe muito bem qual a parte que lhe toca no saque, só que não o quer tornar público para mal-azar do mal-amanhado articulista... ou não fosse o português Jose Filipe Moraes Cabral, por via da participação activa de Portugal na agressão da NATO, o presidente do Comité da ONU de Sanções à Libia (UNSC)


Rumo ao "sucesso catastrófico" em termos de destruição das estruturas de mais um país: "Cronologia do conflito na Líbia: desde as "revoltas" da oposição até à finalidade da intervenção militar estrangeira"

No caracteristico jargão do Exp(r)esso todo este complot é "aviado" sob o genérico "o ministro dos negócios estrangeiros português reuniu com os empresário líbios para estudar as várias possibilidades de cooperação que existem ao nível da "amizade, cooperação económica e ajuda humanitária" (conferir)
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quarta-feira, agosto 10, 2011

Debt Deal

“Em última análise, [na necessidade da América de conter a URSS e não deixar que o comunismo alastrasse para Ocidente], a vontade e o poder económico e militar americano fizeram a “Europa”, como hoje o desinteresse e o declínio americano a desfazem” – Pulido Valente elabora a história de uma “Europa desnecessária, mas o cronista discorre apenas sobre a parte que é visivel para o consciente do senso comum difundido pelos meios de comunicação. Sobre a parte oculta, inconsciente (Jung), porque a desconhecem, as pessoas não podem pronunciar-se... quer dizer, que o declinio americano para ser perceptivel não pode continuar a ser tratado a nivel geo-estratégico territorial de um país ou união de Estados, mas como sendo obra de uma casta minúscula de multimilionários transnacionais apostados em dar o mais fabuloso golpe de conquista de todos os séculos.

As 6 Maiores Mentiras sobre o Défice dos Estados Unidos

Enquanto o défice dos EUA está a um dos mais altos níveis de sempre em termos de produto interno bruto, o pagamento de juros para todo o ano de 2011 sobre os 14,3 triliões de défice público está situado nuns meros 430 biliões de dólares. Este valor é apenas 18 por cento superior aos 364 biliões pagos no ano de 1998, enquanto a economia dos Estados Unidos teve um crescimento próximo de 30 por cento desde então. A bússula dos pagamentos do governo dos EUA aponta hoje para a necessidade de pagamentos mais baixos, mas o efeito prático da baixa do serviço da dívida face ao incremento da economia é que essa percentagem em relação ao PIB é a mais baixa em muitas décadas

Quais são as verdadeiras causas da dívida e do défice dos Estados Unidos?

São, antes de mais nada, os pacotes de resgate multi-bilionários de dólares que foram impressos e entregues a Wall Street para suprir as perdas nos jogadores financeiros nas derrocadas em Bolsa a partir de 2008, a constante escalada dos custos das guerras e do militarismo, as imensas isenções fiscais às empresas multinacionais, o vertiginoso aumento de custos dos serviços de saúde e dos medicamentos incrementados sistematicamente pelas companhias de seguros e pelas multinacionais farmacêuticas...
E quais são os bodes expiatórios? São os direitos adquiridos das redes de apoio social, a segurança social, os serviços de prestação sanitária e tudo o que envolva custos que não sejam miltares: saúde e educação pública, habitação social, transportes colectivos, energia, desenvolvimento autárquico, gastos com o ambiente, ciência, etc. E são bodes expiatórios porque não constituem as fontes da contínua escalada das dívidas e dos défices... (Rebelion)

Sob este pano de fundo, a Câmara de Representantes aprovou, com 269 votos a favor e 161 contra, o acordo de bloco central entre Republicanos, Casa Branca e Democratas de cortes na despesa e de aumento do tecto da dívida. Metade da bancada democrata votou contra e Paul Krugman considera que se trata de uma catástrofe a vários níveis”. De facto é uma mera jogada eleitoral, até 2013 não haverá cortes significativos na despesa e a dívida continuará a crescer. É uma situação catastrófica para a economia global mas por outros motivos: porque o presidente Obama é um mercenário que exerce o cargo ao serviço de interesses de mega-empresas privadas, da rede de banksters internacionais e das oligarquias nacionais mancomunadas que atraiçoam os seus próprios povos.

O presidente Obama, como o presidente Bush, o presidente Clinton e o Papá Bush, são todos mercenários que prestam serviço a essa rede oligárquica privada que detêm a rede de emissão de dinheiro que são os Bancos da Reserva Federal, rede de “agências” pseudo oficiais, mas de facto privadas, que nada tem a ver com os interesses sociais que seria suposto os governos defenderem. Os investidores norte americanos continuam a pagar juros irrisórios sobre empréstimos de capital (0,25%) enquanto, devido à exportação da dívida do Império os juros disparam em flecha nas periferias (6,7,8,10% ou mais) e a concessão de crédito se torna cada vez mais dificil pela retirada de capitais dos investimentos públicos.

O acordo sobre o défice agora concertado nos EUA num clima de embuste e fabricação de animosidade partidária é de facto um golpe dos bilionários visando a tranformação dos serviços públicos em áreas de negócio privado em seu benefício. O negócio obtido pelo acordo entre os blocos centrais sobre austeridade atingirá os mais pobres que, manipulados por canais de televisão e partidos populistas neoconservadores acabam por agir contra os seus próprios interesses.
George Monbiot: “Parcialmente como resultado do programa de cortes de impostos de George Bush em benefício do patronato em 2001, 2003 e 2005 (vergonhosamente mantido por Barack Obama) a tributação sobre os rendimentos, nas palavras de Obama, “está ao mais baixo nivel do último meio século”. A consequência de politicas tão retrógadas é um nivel de desigualdade até agora desconhecido entre as nações desenvolvidas. Como o laureado com o nóbel Joseph Stiglitz observou: “nos últimos dez anos os rendimentos do 1 por dento dos mais ricos subiu 18%, enquanto os rendimentos dos trabalhadores do terciário caíram 12%. Depois das deslocalizações das indústrias que desarmaram as classes oprerárias no Ocidente, esta é apenas mais uma faceta da declaração de guerra dos governos contra as classes médias

Na verdade o processo de concentração capitalista em curso, não nasceu agora com a “crise”, é um processo que começou há muito (1). Numa passagem do livro“A Audácia da Esperança” (Audacity of Hope) Obama, ainda antes de ser eleito, elogia efusivamente o herói da sua infância, Ronald Reagan: “Reagan correspondeu à ânsia de ordem dos Estados Unidos, à nossa necessidade de crer que não estamos simplesmente submetidos a forças cegas, impessoais, mas que podemos confrontar os nossos destinos individuais e colectivos, sempre que soubermos redescobrir as virtudes do trabalho duro, patriotismo, responsabilidade pessoal, optimismo e fé”. Como sucedia na economia das tribos primitivas os “boys” da escola de Chicago voltam a ser guiados pela Fé.
Quer dizer que Obama já estava debitando o mantra dos ultra liberais neocons inclusivamente ainda antes de entrar na sala Oval para assinar despachos. Enquanto se mascaravam os discursos de excelsa oratória com visões progressistas, os decisores que investiram Obama estão a obter agora o que sempre quiseram desde o principio (2). Durou pouco até se perceber que o individuo não era aquilo que parecia. Num discurso pronunciado em Novembro de 2008, portanto antes de tomar posse do cargo, e muito antes de que os défices orçamentais se convertessem num problema, Obama leu a seguinte passagem: “A nossa economia está encurralada num círculo vicioso: a recessão a partir de Wall Street significa um novo apertar de cinto para as familias e para os negócios particulares... teremos que estudar minuciosamente o nosso orçamento federal, linha por linha, e também proceder a cortes e sacrifícios significativos” – isto explica porque se escolheu dois dos executivos perdedores e responsáveis pelo que estava a acontecer em Wall Street em 2008 para dirigir o gabinete de economia de Obama: Lawrence Summers (que antes fez parte da equipa de Clinton) e Timothy Geithner. Foi a primeira grande recompensa de Obama a Wall Street depois da rede financeira o ter “eleito”. (Mike Whitney - CounterPunch)

(1) Em 1961 o presidente Dwight Eisenhower pronunciou no seu discurso de despedida uma famosa advertência sobre o poder desmedido do Complexo Industrial Militar. Segundo o seu biógrafo Geoffrey Perret o rascunho preparado para ser lido por Eisenhower continha o termo “Complexo-Militar-Industrial-Congressista” para marcar o papel negativo que o Congresso desempenha(va) como correia de transmissão do poder da ndústria militar. Porém no último momento o presidente preferiu eliminar a referência ao poder legislativo do Congresso para não irritar demasiado a opinião pública. De facto resulta muito caro para a população em geral ser-se imperialista. Se fosse hoje Eisenhower teria deixado a referência ao Congresso no seu discurso, uma vez que com este acordo o Congresso declara abertamente a guerra contra o seu povo, obedecendo aos designios dos 5 por cento da população mais rica do país. Embora, como se vê, Washington tenha declarado guerra ao seu povo desde há muito tempo.
(2) O acordo entre republicanos e democratas cria um Comité bipartidário no Congresso que fica encarregado de estatuir 1,5 biliões de redução adicional de despesa até ao final deste ano. Para alcançar esse objectivo o Comité considera necessária a pilhagem dos fundos da segurança social e a criação de um “plano de ajuda social de emergência” para os mais miseráveis (tal e qual está determinado ser feito em Portugal pelo governo Passos-Portas) e uma reforma tributária que aumente as receitas do Estado: menos impostos para a pagar pelos patrões com a redução da TSU e a compensação com o aumento do IVA a pagar por toda a gente. O plano é suposto continuar com os cortes até 2013, se entretanto a população não se decidir começar a incendiar todas as instalações relacionadas com a economia que tenham porta aberta para a rua


segunda-feira, agosto 01, 2011

breve história de mais um especulador de peso nos “mercados”, talvez ex-aquo com o especulador principal

"A minha avó dizia que o que tinha acontecido antes da chegada aos Estados Unidos pertencia ao passado e, por isso, vivi sem ter de me relacionar com a pesada herança judaica. Ser judeu era, para mim, mais uma forma de ser América" (Philip Roth)

as Obrigações do Tesouro do Estado de Israel. Artigo publicado apenas em língua inglesa e hebraica (na Wikipedia)

Os “State of Israel Bonds” são titulos de divida emitidos pelo Governo de Israel. São também um dos nomes mais familiares dos subscritores de Bonds nos Estados Unidos. A companhia emissora é oficialmente conhecida como Corporação de Desenvolvimento para Israel (DCI, Development Corporation for Israel). O quartel general da DCI está situado na cidade de New York e a companhia é uma correctora de bolsa registada pela Entidade Reguladora da Indústria Financeira norte americana (FINRA, Financial Industry Regulatory Authority). Joshua Matza, um ex-deputado do Parlamento de Israel (Knesset) por dezoito anos, ex-presidente da Câmara de Jerúsalem e ministro da saúde no governo de Benjamin Netanyahu, exerceu funções como presidente da supracitada correctora DCI desde Março de 2002 até ser nomeado para as funções governamentais que actualmente exerce. A DCI é também um dos membros da Corporação de Protecção e Segurança dos Investidores (SIPC, Securities Investor Protection Corporation).

A venda de titulos financeiros de Israel converteu-se num negócio de abrangência global. Somados aos títulos dos Estados Unidos, são vendidos no Canadá através da Canada-Israel Securities Limited, na América Latina e na Europa através da Israel Bonds International. As vendas tiveram um incremento notável desde a emissão inicial do Dia da Independência e excedem agora um total de 32,4 biliões de dólares espalhados por todo o mundo.
Recentemente celebrou-se o 60º Aniversário da organização emissora de bonds. Na comemoração da efeméride a “Israel Bonds” publicou a sua história oficial, intitulada Not Just A Bond: A Bond With Israel, detalhando a evolução da multi-bilionária empresa que comercializa emissão de dívida em dólares pelo mundo inteiro. No posfácio do livro o Presidente Shimon Peres saúda a criação da “State of Israel Bonds” como “um capítulo vital da História de Israel