O ministro das Finanças da Alemanha não está preocupado porque sabe estar a gerir, em conjunto com o BCE e Wall Street, o sistema de criação de dívida que vai ser pago por outrem. No caso da Alemanha as possiveis derrapagens serão pagas pelos outros 27 membros do Eurogrupo. E ao nosso ministro Centeno deu-lhe vontade rir. O Deutsche Bank, o maior banco privado alemão e também da Europa, já perdeu 40% em Bolsa este ano. O seu valor de mercado é neste momento quase metade do que era há um ano, tendo perdido só em 2015 qualquer coisa como 6,89 mil milhões de euros, dos quais 2 mil milhões no quarto trimestre; e desde 2008 perdeu 90% do valor em Bolsa. O Deutsche Bank é o último dos grandes bancos europeus a operar uma reestruturação no sector da banca de investimento, desde que por ordem do sistema financeiro dos EUA as regulações se tornaram mais apertadas e a FED decidiu aumentar as taxas de juro; quer dizer, todos os residuos tóxicos que os Estados Unidos lhe enfiaram nos balanços ainda lá estão quase todos, na medida em que ainda não os conseguiram enfiar nas economias dos outros 27 Estados europeus da zona Euro; obviamente, a crise da Grécia e todos os bancos da periferia tem servido para ocultar a situação desde 2011-13. O próprio presidente da Comissão Europeia acha que isto é o principio do fim da União Europeia. Se olharmos para um gráfico comparado com o Lehman Brothers que despoletou a Grande Recessão que teve inicio em 2008 a situação do Deutsche Bank é similar. E a natureza da fraude continua a mesma, o mesmo esquema de Ponzi: os derivados financeiros do Deutsche Bank situam-se neste momento em 75 triliões de dólares, 20 vezes o PIB da Alemanha (3,95 Triliões) e cinco vezes o PIB de toda a Zona Euro (16 Triliões) e para pôr as coisas em perspectiva, a divida pública total dos Estados Unidos é menos de um terço da exposição a fundos tóxicos do Deutsche Bank. O colapso eminente do Deutsche Bank não será somente do banco alemão - o CitiBank nestes últimos dias caiu 25 por cento, o Bank of América, UBS e o Credit Suisse 23 por cento, o Goldman Sachs 20 por cento e o JP Morgan 18 por cento. Todo o sistema financeiro global adstricto ao Banco dos Bancos Centrais Privados está em queda livre.
Tem a palavra o Proletariado da Alemanha: como é possivel deixarem-se governar por facinoras?
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